O Estado Islâmico do Iraque e da Síria (ISIS) assumiu a responsabilidade por um ataque suicida nesta sexta-feira, contra duas mesquitas em Sanaa, informou a Reuters citando um comunicado do grupo.
Homens-bomba se explodiram em duas mesquitas usadas principalmente pelos Houthis e seus partidários na capital iemenita na sexta-feira, matando 137 pessoas e ferindo 345 outros, o canal de televisão de propriedade dos rebeldes disse, no último relatório sobre acidentes.
Os ataques, em que quatro homens-bomba vestindo cintos explosivos direcionados a fiéis dentro e fora das mesquitas lotadas, aconteceu um dia depois de um avião de guerra não-identificado atacar o palácio presidencial no sul da cidade de Aden.
Armas anti-aéreas abriram fogo contra aviões voando por cima do complexo presidencial em Aden na sexta-feira, disseram fontes do governo e testemunhas.
Iêmen é dilacerado por uma luta pelo poder entre os rebeldes Houthi apoiados pelo Irã no norte e, as Nações Unidas reconhecendo o presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi, que criou um rival no sul, com o apoio dos Estados árabes do Golfo sunita.
As mesquitas em Sanaa são conhecidas por ser usadas principalmente por simpatizantes do grupo Houthi, que controla a maior parte do norte do Iêmen.
A subida ao poder dos Houthis desde setembro do ano passado aprofundou divisões no complexa teia do Iêmen de alianças políticas e religiosas, e deixou o país cada vez mais afastado do mundo exterior.
Uma testemunha disse que ouviu duas explosões sucessivas em uma das mesquitas, conhecida como a Mesquita Badr, em um bairro ocupado no centro de Sanaa.
“Eu estava indo para rezar na mesquita então eu ouvi a primeira explosão, e um segundo depois, ouvi uma outro,” disse a testemunha à Reuters.
Hospitais em Sanaa apelaram para doadores de sangue para ajudar a tratar o grande número de vítimas. Uma testemunha da Reuters no local da mesquita Badr disse que contou pelo menos 25 corpos ensanguentados ou cadáveres que encontram-se na rua e no interior do edifício mesquita.