Segundo Oxfam, apenas Canadá, Alemanha e Noruega fizeram mais do que era esperado
LONDRES — Os países ricos acolheram apenas 1,39% dos quase cinco milhões de refugiados procedentes da Síria. Em relatório divulgado nesta terça-feira, a ONG britânica Oxfam pede às nações que façam um esforço e que aceitem pelo menos 10% dos 4,8 milhões de refugiados sírios registrados na região. Hoje, os países ricos reinstalaram apenas 67.100 pessoas.
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Segundo a Oxfam, apenas três países ricos — Canadá, Alemanha e Noruega — fizeram mais do que lhes cabia em matéria de acolhida permanente de refugiados. Outros cinco países — Austrália, Finlândia, Islândia, Suécia e Nova Zelândia — também se comprometeram a fazer 50% mais do que sua parte. Já os 20 países restantes examinados pela Oxfam estão abaixo das expectativas.
— Os países com economias fortes, serviços eficazes e infraestruturas desenvolvidas, podem reinstalar de imediato meio milhão de refugiados, se assim decidirem — disse diretora da Oxfam, Winnie Byanyima, lembrando no Líbano, um em cada cinco habitantes é um refugiado sírio e, na Jordânia, um em cada dez.
Os Estados Unidos se comprometeram com 7% dos quase 171 mil considerados sua parte. Até agora, o governo americano reinstalou 1.812 refugiados sírios e indicou que assumirá mais 10 mil . Holanda também beira os 7%; Dinamarca, 15%; e Reino Unido, 22%, segundo a ONG.
A Oxfam publicou seu informe na véspera de uma conferência internacional promovida pela ONU em Genebra, quando os países têm de prever lugares para reinstalar os refugiados sírios. A grande maioria permanece nos países próximos quando o conflito chega a seu sexto ano. O objetivo da conferência da ONU é conseguir “compartilhar a responsabilidade global” derivada da crise dos refugiados, provocada pela guerra no país, que deixou mais 270 mil mortos.
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