Por Rommel Werneck
Abandonados à própria sorte, denunciados muitas vezes por suas próprias famílias graças aos benefícios sociais e espirituais que o Islã pode oferecer aos denunciantes, atirados do alto dos prédios, duplamente perseguidos se seguirem a Cruz, vítimas do silêncio de seus irmãos no Ocidente, os homossexuais de Alá ainda são obrigados a ver a esquerda apoiar a islamização da Europa.
Dentre os 194 membros da globalista ONU, 94 países se mostraram favoráveis ao plano de Direitos LGBT (2008), 54 países, em sua maioria islâmica, posicionaram-se contra o plano e os outros 46 membros, também em sua maioria de fé maometana, disseram não. Isso significa que, enquanto em 94 países questões extraordinárias como casamento e adoção são debatidas, no outro grupo a discussão de questões ordinárias como o sacrossanto direito de existir e de se assumir não possuem espaço. E no mundo islâmico o debate parece ser como esses indivíduos merecem morrer.
Muitos contra-argumentarão que a sociedade cristã ocidental também perseguiu esses indivíduos. Sucede que apesar de a escravidão africana ser proibida por vários papas entre os séculos XV e XIX, malgrado Isabel de Castela e Frei Bartolomeu de Las Casas implorarem pela vida dos índios e mesmo o papa Alexandre II já em 1065 condenar as conversões forçadas, a realidade produzida pelos conquistadores luso-espanhóis foi completamente oposta. Sendo assim, adúlteras, judeus, gays e protestantes seguiam o caminho da humilhação. Portanto, é importante salientar que pelo menos as orientações originais do papa eram outras. E também convém salientar que pluralidade de ideias, liberdade religiosa e de expressão são conceitos relativamente novos, do século XVIII para cá. Não se pode olhar para o Rio de Janeiro de 1600, por exemplo, com olhares anacrônicos do século XXI.
No entanto, escrevo sobre a perseguição aos gays no mundo islâmico porque em suas recomendações sagradas do Alcorão, em sua origem mesmo, humilhar, castigar e converter à força todo aquele que não vive segundo os preceitos da religião da paz constitui um dogma de fé. O muçulmano que não promover uma guerra santa não poderá ser categorizado neste credo, esta é a grande questão. A homossexualidade foi descriminalizada no Brasil ainda em 1830 e não estou falando aqui da perseguição islâmica no século XIX e sim no aqui e agora, na Eurábia de 2017.
A legislação de alguns países muçulmanos não é muito clara. O Egito, por exemplo, não criminaliza a homossexualidade propriamente dita embora o ato possa ser categorizado como crime de imoralidade e prostituição. Kuwait prefere a hipocrisia tolerando os gays, mas prendendo se as relações forem descobertas. A adoção por casais homoafetivos inexiste porque a adoção é proibida para qualquer pessoa ou casal no Alcorão. No Afeganistão dá-se o nome de bacha bazi à prática de possuir meninos e usá-los como escravos sexuais. Muitos jogarão na minha cara que em Grécia e Roma a efebofilia era normal e até condenada biblicamente. Entretanto, novamente explico que é muita desonestidade intelectual comparar algo na Antiguidade com uma situação na atual década. E não me consta que os efebos dos filósofos estavam ali obrigados rezando o Alcorão já que o incontestável livro sagrado permite a escravidão de não muçulmanos. Irã obriga os homossexuais a passarem por cirurgia de troca de sexo mesmo que não intencionem isso ou não tenham problemas com sua identidade de gênero.
Soma-se a isto a colaboração das esquerdas, globalistas e grandes covardes. A esquerda tem defendido a cultura islâmica justificando que se trata de uma cultura local e oprimida pelos americanos imperialistas, o “filósofo” Michel Foucault apoiou a Revolução Iraniana. Muitos destes homens e mulheres se refugiam em Israel onde “cristãos, judeus e muçulmanos podem rezar sob o mesmo céu” (Brigitte Gabriel) e desfrutar dos benefícios e liberdade da sociedade moderna diferentemente da Palestina tão defendida pelos vermelhos.
Nesta primeira semana de outubro foi noticiado que o governo egípcio pretende realizar exame anal com presos para detectar a homossexualidade. O que seria vergonhoso para cristãos, é glorioso para os islâmicos, afinal estão a serviço de Alá. Contudo não é a primeira vez que este procedimento é citado, o governo catarense já anunciou que pretende realizar estes exames com aval da FIFA por ocasião da compra da Copa de 2022.
À defesa dos homossexuais no mundo islâmico e acima de tudo, na Eurábia dá-se o nome de homonacionalismo. O primeiro-ministro gay neerlandês Pim Fortuyn não só alertava o perigo do Islã nos anos 90 como fortaleceu seu partido conservador no país tendo sido assassinado por motivações políticas. Scott Ryan Presler é um funcionário gay de 28 anos do Partido Republicano e membro do ACT (American Congress for Truth), a organização anti-islâmica americana fundada por B. Gabriel, além de ter feito a campanha de Trump no instagram. Paradas gays contra a sharia existem, todavia um evento de 2011 em Vancouver no Canadá foi impossibilitado de ser realizado em 2017. Todas as contribuições citadas neste parágrafo podem até ser vistas como islamofóbicas e preconceituosas enquanto zonas de sharia crescem na Europa perpetuando o “ódio de Orlando” por onde passam.
O mundo islâmico é cruel para com todos os indivíduos, afinal alguns países sequer conheceram a divisão de poderes como a cultura ocidental e estão submersos ainda nas monarquias absolutas. Esses filhos de Deus precisam de orações e ajuda dos cristãos e direitistas, seus principais aliados e igualmente alvo de perseguições porque “eles [muçulmanos do mundo árabe] estão cegamente voltados a matar e destruir. E no nome de algo que eles chamam ‘Alá’, que é bem diferente do Deus que cremos porque nosso Deus é um Deus de amor.” (Brigitte Gabriel)