Por Andréa Fernandes
Um novo relatório do Centro de Bagdá para os Direitos Humanos revelou que mais de 39 mil homens e mulheres iraquianos e suas famílias foram abusados e sofreram discriminação sectária nas prisões em 2017.
Segundo o relatório, as violações nas prisões iraquianas aumentaram em 2017 e se exandiram para incluir as famílias dos prisioneiros. As famílias dos prisioneiros foram assediadas quando visitaram os detidos e impediram que eles levassem comida, roupas ou medicamentos para os mesmos, obrigando os prisioneiros a comprar o material necessário da administração da prisão a preços elevados que sobrecarregaram financeiramente as famílias.
A instituição afirma que o relatório é baseado em depoimentos coletados de detidos, além das várias famílias, advogados iraquianos e funcionários da prisão.
O relatório classificou a prisão central de Nasiriyah, sul e a prisão central de Taji, como a pior em termos de maltratar os prisioneiros.
O relatório elenca 38 mil homens e mais de 900 mulheres detidas em prisões iraquianas, ressaltando que o Ministério da Justiça iraquiano bloqueia os dados oficiais ao público, assim como as organizações locais e internacionais de direitos humanos devido às condições precárias em instalações de detenção, prevalência de doenças graves e negligência médica.
Com informações e imagem de Middle East Monitor