RORAIMA – Uma professora que leciona nas redes municipal e estadual de ensino a teve a sua residência furtada por venezuelanos e ao tomar conhecimento que o autor seria um venezuelano, se dirigiu ao abrigo, mas foi impedida de reaver seus pertences por militares e representante de ONG que administram o local. O ativista Nando Abreu entrevistou a vítima na manhã dessa sexta-feira.
Uma professora do município de Pacaraima – que não sera identificada por razões de segurança – teve a sua casa novamente furtada na noite de quinta-feira (1/11). A família percebeu pela manhã que alguém invadiu a residência pela janela e furtou utensílios diversos, incluindo produtos eletroeletrônicos, roupas, sapatos, bolsa, cartão e R$ 1.750,00.
A família já havia sido furtada em ocasião anterior quando criminosos furtaram um bujão de gás. No entanto, a professora tomou conhecimento que o criminoso seria um venezuelano que vivia num abrigo mantido na cidade, e preocupada, sobretudo, com o material escolar dos seus alunos que estava numa bolsa que também foi levada, se dirigiu ao referido abrigo e assim que chegou avistou seu notebook. Contudo, ao solicitar ao tenente para que fosse efetivada uma “revista” no local pelos militares, teve o pedido negado, posicionamento este ratificado por representante da ONG no local.
A vítima precisou pedir socorro à Força Tática da Polícia, que a acompanhou em diligência ao local procedendo à busca dos objetos furtados e identificando o criminoso venezuelano, o que que resultou na recuperação de parte do produto de furto, pois, segundo o bandido, alguns objetos teriam sido “vendidos”. O dinheiro não foi recuperado.
Ao confessar o crime, o bandido venezuelano informou que costuma alimentar o cachorro da vítima e no dia do crime usou uma substância para dopar o animal facilitando a invasão da residência.
Os policias souberam, ainda, que o criminoso agiu com um comparsa, mas o mesmo se negou a identificá-lo. A vítima do crime que já é comum na localidade mostrou gratidão à eficiência da Força Tática de Pacaraima ressaltando que os policiais civis estão numa situação que os impede de promover um serviço de segurança adequando á necessidade da comunidade, uma vez que, segundo ela, a classe não recebe pagamento há 60 dias e os veículos não têm nem mesmo gasolina para trafegar.
Enquanto a população sofre com o aumento assustador de assaltos e crimes diversos, o governo federal se nega a instalar controle rígido na fronteira para evitar que criminosos ingressem no município. A situação caótica levou o ativista Nando Abreu a articular mais uma reunião com os moradores convidando autoridades locais para participarem a fim de ser viabilizada solução para as demandas de segurança e demais serviços públicos.
Com informações de Nando Abreu e imagem G1 Globo