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Pesquisa mostra que a maioria dos franceses se opõe à venda de armas à coalizão contra o Iêmen liderada pela Arábia Saudita

Segundo pesquisa de YouGov divulgada pela Reuters, 75% dos franceses querem que o presidente Emmanuel Macron suspenda as exportações de armas para países, incluindo Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, envolvidos na guerra do Iêmen.

Macron tem sido pressionado para reduzir o apoio militar aos dois países do Golfo Pérsico devido à preocupação de que as armas francesas estejam sendo usadas na ofensiva que marca seu terceiro ano na segunda-feira.

Os dois Estados do Golfo Pérsico estão liderando uma coalizão que luta contra o grupo Houthi, alinhado com o Irã, que controla a maior parte do norte do Iêmen e da capital Sanaa. O conflito já matou mais de 10 mil pessoas e desalojou mais de três milhões.

A pesquisa mostrou que 88 % dos entrevistados acreditam que seu país deve parar as exportações de armas para todos os países onde há um risco de serem usadas ​​contra populações civis e especificamente 75 % para aqueles que operam no Iêmen.

Leia:  Daesh afirma tiro na França, não fornece provas

Sete em cada dez pessoas disseram que o governo deveria parar de exportar armas para a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.

“Por ocasião do terceiro aniversário da guerra da Arábia Saudita no Iêmen, é hora de o governo (francês) ouvir essa mensagem”, disse Eoin Dubsky, gerente de campanha da ONG SumOfUs, que encomendou a pesquisa.

Emmanuel Macron, que se apresenta ao mundo como um presidente humanista, deve passar de palavras para ações.”

A pesquisa acontece enquanto alguns Estados europeus, especialmente a Alemanha, cortam laços com a coalizão militar liderada pela Arábia Saudita. França, Grã-Bretanha e os Estados Unidos não seguiram o exemplo.

A França é o terceiro maior exportador de armas do mundo e conta com a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos entre seus maiores compradores.

Leia:  Nenhum sinal da França revendo as vendas de armas para a coalizão liderada pelos sauditas do Iêmen – fontes

Ao contrário de muitos do seus aliados, os procedimentos franceses de licenciamento de exportação não têm freios ou contrapesos parlamentares, tornando o sistema particularmente opaco.

A pesquisa mostrou que 69% das pessoas queriam ver o fortalecimento do papel do parlamento francês no controle das vendas de armas.

A pesquisa foi realizada on-line entre 20 e 21 de março com uma amostra de 1.026 pessoas de várias vertentes da população francesa com 18 anos ou mais.

Com informações e imagens de Middle East Monitor

Em Pyongyang, fazenda-modelo com armas de brinquedo para as crianças

Governo apresenta cooperativa moderna, com poucos moradores e escolinha

PYONGYANG – O governo dizia que era um exemplo a ser seguido de fazenda compartilhada. Havia legumes, certamente, mas mal dava para ver alguém trabalhando. E tudo estava surpreendentemente limpo, ainda que a agricultura costume causar sujeira.

— Este é um lugar muito bonito. Todos os cidadãos de Pyongyang têm inveja desta fazenda — afirmou Park Myong Shil, guia escolhido pelo governo para conduzir alguns repórteres pela fazenda Jangchon, ao Sudeste da capital.

A Coreia do Norte, que costuma ser um país recluso, permitiu que alguns membros da mídia internacional fossem à capital nesta semana. O regime quer mostrar melhoras na administração do país desde que Kim Jong-un chegou ao poder, há quase cinco anos.

A praça central tinha um mural de Kim Il-sung, o “eterno presidente” da Coreia do Norte, sobre uma plantação de repolho. Em torno da praça estavam casas idênticas, com painéis solares e aquecedores de água idênticos nos telhados.

Os inspetores conduziram os repórteres a um jardim de infância na fazenda, cuja entrada tinha uma pintura de crianças sorridentes sob o slogan “Somos felizes”. As paredes eram decoradas com desenhos de animais — em um deles, um esquilo segurava um lançador de granadas — e os brinquedos nas prateleiras incluíam tanques de guerra. Em outra sala, uma professora ajudou uma criança de 2 anos a mostrar um fuzil de brinquedo para os repórteres.

Depois, os inspetores levaram todos para as residências. A versão oficial é que três mil pessoas vivem na fazenda. Entretanto, quase ninguém estava lá. E as hortas em frente às casas? Eram apenas jardins domésticos, disseram os inspetores. Mas não explicaram por que uma tinha um jardim apenas com repolho, outra apenas com pepino, e a terceira inteiramente com abóboras.

Os inspetores, então, levaram os repórteres para uma casa habitada por Hong Son Suk, uma ex-professora que vive lá há um ano.

Um repórter abriu a geladeira e encontrou morangos e um peixe — parecia, portanto, que ela realmente vivia lá. Do lado de fora, um cão sarnento estava amarrado. Seu nome? Prosperidade.

Fonte: O Globo

 

Crianças desfilam com explosivos e lançadores de granadas em comemoração pelo ‘Dia do Fatah’, em Belém

O evento assinala o “Dia do Fatah” – o 51º aniversário de criação.

do movimento Fatah, em 01 de janeiro de 1965 – ocorreu este ano (2016), sob o impacto dos acontecimentos violentos que começaram no início de outubro de 2015. Essa violência é apoiada e incentivada por funcionários do Fatah e Autoridade Palestina (AP), que o chamam de um “despertar popular.” [1]Em seu discurso no Dia do Fatah, em Ramallah, o presidente da AP, presidente Mahmoud Abbas, reiterou seu apoio aos jovens palestinos que se propuseram à prática de atentados terroristas, e destacadas autoridades do Fatah igualmente expressaram seu apoio para o “despertar” do povo palestino e resistência em todas as suas formas.

Em vários locais da Cisjordânia, foram realizadas paradas militares, com os militantes do Fatah mascarados e armados. Em Belém, os manifestantes usaram rifles e machados, e as crianças usavam falsos cintos de explosivos e carregavam lançadores de granada.

Este relatório examina alguns dos eventos do Dia do Fatah deste ano na Cisjordânia.

‘Abbas: Nosso povo não vai ser humilhado, mas despertará

Em seu discurso em Ramallah, Mahmoud Abbas, disse: “Aproveito esta oportunidade para enfatizar que o despertar popular é uma resposta à contínua ocupação, os assentamentos, a afronta à honra dos lugares santos, e à falta de uma solução justa para o problema palestino, um horizonte diplomático e esperança para o futuro. Todas estas frustrações têm produzido entre a juventude [nenhuma esperança] um novo amanhecer em que eles vão sentir tranquilidade e segurança … Apesar de tudo, o nosso povo não vai dobrar seu joelho, não vai se render e não será humilhado, mas vai despertar …

“Exigimos direitos, justiça e paz. A paz, a segurança e a estabilidade na Palestina, na região e em todo o mundo só serão alcançadas se os direitos do povo palestino forem reconhecidos e o problema palestino encontrar uma solução justa, pondo fim à ocupação do solo palestino desde 1967, removendo os colonos, desmantelando o muro de separação racista, resolvendo o problema dos refugiados de acordo com a [resolução da ONU] 194 e libertando todos os prisioneiros em cadeias israelenses para que um Estado palestino seja estabelecido com Jerusalém como sua capital …

“Dizemos às pessoas em Israel: O seu governo está enganando vocês. O governo não quer a paz para vocês e nem para nós, mas está trabalhando em todos os sentidos para perpetuar a ocupação e os assentamentos em nosso solo. Ele quer terra, segurança e paz.. por si só. Não podemos concordar com isso … Retirem as mãos dos lugares sagrados para o islamismo e o cristianismo “.[2]

Declaração do Fatah: O povo palestino tem o direito de resistir à ocupação

Uma declaração emitida pelo Fatah, por ocasião do Dia do Fatah disse semelhante: “O povo palestino tem o direito de resistir à ocupação usando todas as formas de resistência legítima. O movimento reitera o seu compromisso jurado para um despertar popular, cuja bússola é Jerusalém – capital eterna da Palestina -. e sacrificar pelo bem dos lugares sagrados para o islamismo e o cristianismo “. [3]

A declaração do Fatah (imagem: Fateh.org de 31 de Dezembro, 2016)


Cartaz do Dia da Fatah (imagem: Twitter.com/mazen2984gmail1)

Homens mascarados empunhando machados e crianças vestindo cintos de explosivos falsos participaram da parada pelo Dia do Fatah em Belém

A Filial do Fatah em Belém marcou o Dia do Fatah em 07 de janeiro de 2016 com um desfile no campo de refugiados Dheisheh com homens mascarados brandindo armas de fogo e machados, bem como as crianças armadas com foguetes RPG simulados e cintos suicidas. O evento teve a participação de altos funcionários da AP e do Fatah, incluindo o membro do Comitê Central do Fatah, Mahmoud Al-‘Aloul, chefe Geral de Inteligência da AP, Majed Faraj, e ministro do Turismo da AP Rula Ma’ayah. [4]

Membro do Comitê Central do Fatah: Continuaremos a resistência emquanto a ocupação não terminar

Mahmoud Al-‘Aloul disse na cerimônia: “51 anos de sacrifício e luta constante no caminho da revolução, o heroísmo, vigor e vitórias se passaram … Apesar da pressão prolongada e cerco contra os revolucionários em Beirute [em 1981] e a tentativa de arrancá-los, e apesar de sua expulsão [os países] na fronteira com a Palestina, eles perseveraram em seu caminho [que levou] para a primeira e segunda intifadas e reforçou a sua presença política na pátria sob a liderança do mártir Abu ‘Amar [Yasser Arafat], no caminho para a liberdade, a independência e o estabelecimento de um Estado.

“A mensagem do movimento Fatah para o ocupante é clara: continua a resistência até que [a ocupação] seja removida e Fatah não permitirá que ninguém destrua o navio e interrompa seu curso. Vocês, irmãos, filhos e netos dos líderes martirizados que.. trouxeram glória para a nação, são chamados a preservar e protegê-la. Nós vamos permanecer sempre unidos em torno de [nossos] princípios nacionais. Nós pagamos um preço alto de sangue dos mártires e o tormento dos prisioneiros e feridos, para uma questão de liberdade e independência. “[5]

A seguir estão as fotos do Dia do Fatah . Desfile 07 de janeiro em Deheisheh: [6]


Criança vestindo um cinto suicida carrega bandeira do Fatah


Criança com ffalso lançador RPG


Militantes armados com armas e machados


Crianças carregando uma arma falsa e cocktail Molotov


Jovens com rifles de assalto M-16

 

Eventos em outros locais da Cisjordânia

O Dia do Fatah teve seus comícios e desfiles frequentados por homens armados e mascarados, e também foram realizados em outras partes da Cisjordânia, como Qalqilya, Tulkarm e Jericó. No comício em Tulkarm, supostamente com a participação de milhares, o governador de distrito, ‘Issam Abu Bakr, leu um discurso em nome de Mahmoud Abbas. [7] Em Jericho uma parada militar foi realizada, com a polícia palestina e forças de segurança, além da participação dos chefes municipais locais. [8]

Membro da Comissão Central: apoio completo para o povo palestino ‘despertando’, todas as formas de resistência

Na parada militar em Qalqilya, que também contou com homens armados e mascarados carregando bandeiras do movimento Fatah, o membro do Comitê Central do Fatah, Jamal Al-Muhsin, disse que “o movimento apoia plenamente o ” despertar “do povo palestino e seu direito de usar todas as formas de resistência até que alcance as suas aspirações de independência e o estabelecimento de um Estado “. [9]

 

 

[1] Ver MEMRI Especial Despacho nº 6184, do Fatah Funcionários, palestino Social Media, Autoridade Palestiniana Diários Incentive violência contínua, 12 outubro de 2015; Inquérito e Análise No. 1193, ‘Abbas: vamos continuar a resistência popular; Israel está planejando para mudar o status quo na Jerusalém; Israel usa o terror, Executa Crianças, 16 de outubro de 2015; Despacho Especial nº 6249,

PA comemora autores de ataques Stabbing, 30 de dezembro de 2015.

[2] Al-Ayyam (PA), 01 janeiro de 2016.

[3] Al-Ayyam (PA), 01 janeiro de 2016.

[4] Al-Hayat Al-Jadida (PA), 08 de janeiro de 2016.

[5] Al-Ayyam (PA), 8 de janeiro de 2016.

[6] Maannews.net, 07 de janeiro de 2016.

[7] Salam-tv.ps, 31 de dezembro de 2015.

[8] Panet.co.il, 08 de janeiro de 2016.

[9] Amad.ps/ar, 31 de dezembro de 2015.

http://www.memri.org/report/en/0/0/0/0/0/0/8941.htm

Armas brasileiras abastecem guerra no Iêmen

O Brasil se orgulha de promover a paz e a segurança no cenário internacional, mas é o quarto maior produtor de armas de pequeno porte e munições do mundo.

O Iêmen é a nova Síria. Desde o início do ano, o país passa por uma guerra civil provocada pela disputa entre duas facções pela legitimidade do governo. Para complicar, células da Al-Qaeda e do chamado Estado Islâmico intensificaram suas operações e já controlam grandes extensões do território iemenita. Constantes ataques aéreos estão transformando as cidades históricas em ruínas.

MAIS INFORMAÇÕES

O custo humano do conflito é assustador. Os confrontos já causaram pelo menos 2.577 mortes de civis -— 86% de todas as mortes relacionadas aos combates no primeiro semestre de 2015 — e 5.078 feridos. Provocaram também o deslocamento interno de cerca de 1,5 milhão de pessoas e milhares de refugiados em Omã, Djibuti e Somália. A Organização das Nações Unidas estima que pelo menos 13 milhões de pessoas estejam sem acesso a água limpa.

O Iêmen é considerado fundamental para a estabilização do Oriente Médio, além de ser um importante canal para a chegada de ajuda humanitária ao Chifre da África. Muitos Estados, entre os quais o Brasil, condenam o aumento da violência no país. O governo brasileiro fez um apelo para que as partes em conflito parassem com a violência na região e entrassem em diálogo. Recentemente, o Brasil assinou acordos com o Iêmen para a promoção de segurança alimentar, desenvolvimento agrícola e programas escolares.

A crise vai muito além da mera tentativa de controle da capital, Saná. O país está no meio de uma guerra bem maior: de um lado, uma coalizão liderada pela Arábia Saudita e apoiada pelos Estados Unidos que defende o governo deposto de Hadi; de outro, a milícia Houthi, que tem apoio do Irã e hoje controla Saná.

O que alimenta essa tragédia é o grande suprimento de armas. E potências como os Estados Unidos, a Arábia Saudita, o Irã e seus parceiros não são os únicos fornecedores. O Brasil, um país com pouca tradição de interferência no Oriente Médio, também está indiretamente envolvido. Na semana passada, foram encontradas armas de fragmentação não detonadas produzidas pela empresa brasileira Avibras Indústria Aeroespacial. Os foguetes brasileiros teriam sido utilizados pelas forças da coalizão saudita.

Os detalhes técnicos são importantes. Os foguetes, SS-60 e SS-80 (ou submunições), foram lançados com um sistema de lançamento múltiplo chamado Astros. A Avibras alega que as armas deveriam se “autodestruir” com o impacto, mas fotografias feitas no local local provam que isso nem sempre acontece. Por não discriminar alvos, e nem sempre explodir assim que entram em contato com o solo, elas representam uma grande ameaça para civis inocentes.

Esse tipo de munição é proibida pelas leis internacionais. Cerca de cem Estados já baniram a fabricação, a estocagem e o uso. O Brasil, a Arábia Saudita e os Estados Unidos não fazem parte dessa lista.

Ao verem as fotos mostradas pela Anistia Internacional, representantes da Avibras admitiram que os artefatos “lembram” seus produtos. A empresa declarou que vai investigar o incidente.

Não seria a primeira vez que a Avibras vende armas a países com antecedentes de violação aos direitos humanos. Em 2012, a empresa vendeu 36 lançadores de mísseis para a Indonésia, que foramentregues em 2014 a um custo 400 milhões de dólares. Embora a crise econômica brasileira esteja afetando o setor de defesa, a Avibras relatou um lucro de mais de 25 milhões de dólares no ano passado, e espera superar os 250 milhões em vendas em 2015.

O Brasil não é novo no mercado mundial de armas. Desde a década de 1980, o país vem fornecendo armas para a Arábia Saudita, o Irã, a Líbia e outros países do Oriente Médio e da África. Quase sempre, as críticas internas direcionadas aos subsídios governamentais e incentivos fiscais que favorecem a produção de armas de fragmentação são ignoradas. O Ministério da Defesa chegou a intervir para garantir a solvência de empresas como a Avibras, sem mostrar muito interesse pelo destino das armas.

Essa situação não é mais sustentável. O Brasil é atualmente osegundo maior produtor de armas de pequeno porte e munições do hemisfério ocidental, e o quarto do mundo. A Avibras está negociando contratos estimados em 2 bilhões de dólares com a Arábia Saudita e o Catar para o fornecimento de armas. Ao mesmo tempo, o país se orgulha de promover a paz e a segurança no cenário internacional, além de defender o cumprimento dos mais altos padrões de respeito aos direitos humanos. É uma contradição clara.

Por um lado, o Brasil foi um dos primeiros a assinar o Tratado sobre o Comércio de Armas (TCA), em 2013. O tratado proíbe que os Estados vendam armas convencionais a países que possam cometer crimes contra a humanidade, violações de leis humanitárias e violência contra crianças. Esse é exatamente o caso do Iêmen. O país se vangloria por ter assinado o TCA. Os diplomatas brasileiros defendem que “o Brasil é a favor de um instrumento internacional vinculante que discipline o comércio lícito de armas convencionais, armas de pequeno porte e suas munições”. E conclamam os Estados a limitar a posse de armas a situações de “autodefesa individual ou coletiva”. Esse posicionamento é bastante bem-vindo, já que a política de exportação do país ainda é regulada por um obscuro decreto da época da ditadura militar.

Por outro lado, o discurso infelizmente não corresponde aos atos. O país ainda não assinou a convenção que proíbe armas de fragmentação e o próprio TCA ainda não foi ratificado pelo país. O processo está parado na Câmara dos Deputados e, mesmo se aprovado pela Casa, ainda precisaria ser endossado pelo Senado e pela Presidência. São mínimas as perspectivas de ratificação em curto prazo. Até que isso aconteça, lançadores de mísseis, armas de pequeno porte e munições de fabricação brasileira vão continuar a causar estragos no Iêmen — e em outras guerras ao redor do mundo.

Robert Muggah é diretor de Pesquisas do Instituto Igarapé, no Rio de Janeiro, diretor de Políticas e Pesquisas da Fundação SecDev e membro do Conselho da Agenda Global sobre Fragilidade, Conflito e Violência do Fórum Econômico Mundial. Nathan B. Thompson, pesquisador do Instituto Igarapé, contribuiu para este artigo.

http://brasil.elpais.com/brasil/2015/11/13/opinion/1447441086_369498.html

Alemães Compram Armas para a Defesa Pessoal

  • A corrida para adquirir armas ocorre em meio à escalada irrefutável de crimes perpetrados por imigrantes, incluindo estupros de mulheres e meninas alemãs em uma escala aterrorizante, bem como ataques físicos, esfaqueamentos, invasão a residências, saques, arrombamentos em cidades do país inteiro.
  • As autoridades alemãs, no entanto, não estão medindo esforços para preconizar que o repentino interesse dos cidadãos alemães na temática da defesa pessoal não tem absolutamente nada a ver com a migração em massa para o país, apesar da ampla evidência mostrando o contrário.
  • A disparada de crimes violentos cometidos por migrantes foi corroborada por um relatório confidencial da polícia, vazado, que revela que um número recorde de 38.000 candidatos a asilo foi acusado de cometer crimes no país em 2014. Analistas acreditam que esse número, que se traduz em mais de 100 crimes por dia, seja apenas uma fração do número verdadeiro: muitos crimes não são denunciados.
  • “Qualquer um que faz perguntas sobre os motivos da corrida para a aquisição de armas se depara com o silêncio”. — Süddeutsche Zeitung

A entrada de mais de um milhão de candidatos a asilo oriundos da África, Ásia e Oriente Médio, fez com que os alemães corressem para se armar.

Por toda a Alemanha, país que conta com uma das leis de controle de armas mais rigorosas da Europa, a demanda por armas não-letais de defesa pessoal disparou, incluindo spray de pimenta, pistola de gás, pistola sinalizadora, arma de choque elétrico e repelente de animais. Os alemães também estão ingressando, em números recorde, com pedidos de porte de armas.

A corrida para adquirir armas ocorre em meio à escalada de crimes violentos, perpetrados por imigrantes, incluindo estupros, saques e assaltos a mão armada, em cidades do país inteiro.

As autoridades alemãs, no entanto, não estão medindo esforços para preconizar que o repentino interesse dos cidadãos alemães na temática da defesa pessoal não tem absolutamente nada a ver com a migração em massa para o país, apesar da ampla evidência mostrando o contrário.

Nas últimas semanas os jornais alemães vêm publicando dezenas de casos com manchetes como as seguintes: “A Alemanha está com Medo e se Agarra às Armas“, “Os Alemães estão se Armando: a Demanda por Armas Explode“, “Mais e Mais Pessoas estão Comprando Armas“, “Segurança: mãos para Cima!” “Aumenta a Necessidade por Segurança“, “Boom de Vendas nas Lojas de Armas” e “Os Bávaros estão se Armando, Medo dos Refugiados”?

Recentemente o diário alemão Die Welt produziu um vídeo sobre o aumento nas vendas de armas de defesa pessoal na Alemanha, intitulado: “O Comércio de Armas está Lucrando com a Crise dos Refugiados”. (imagem: captura de tela de vídeo do diário Die Welt)

Desde o início da explosão da crise migratória na Alemanha em agosto de 2015, as vendas de spray de pimenta saltaram 600% em todo o país, de acordo com a revista alemã Focus. O fornecimento do produto está em falta em muitas regiões do país e as reposições estarão disponíveis somente em 2016. “Fabricantes e distribuidores dizem que a entrada em massa de estrangeiros nas últimas semanas, ao que parece, amedrontou muita gente”, de acordo com a revista Focus.

Segundo a KH Security, fabricante alemã de artigos de defesa pessoal, a demanda saltou cinco vezes e as vendas em setembro de 2015, mês em que os alemães começaram a se dar conta das implicações da política de portas abertas da Chanceler Alemã Angela Merkel, foram as mais altas desde a inauguração da empresa há 25 anos. A empresa salienta que há um aumento na demanda não só de armas de defesa pessoal como também de sistemas de alarmes para residências.

Outro fabricante de artigos de defesa pessoal, a empresa DEF-TEC Defense Technology sediada em Frankfurt, reportou um crescimento de 600% nas vendas de outono deste ano. De acordo com o CEO Kai Prase:

“As vendas decolaram a partir setembro. Desde então, nossos revendedores não estão dando conta dos pedidos. Nós nunca passamos por algo assim nos 21 anos da nossa história corporativa. Medo: isso não é racional. O termo certo é: crise de refugiados“.

A mesma história se repete por toda a Alemanha. Segundo a emissora pública de rádio e TV Mitteldeutscher Rundfunk, cidadãos na Saxônia podem normalmente serem vistos se enfileirando, aguardando, em grande número, a abertura das lojas de armas.

O proprietário de uma loja na cidade saxônia de Pirna disse que agora ele vende até 200 aerossóis de spray de pimenta por dia, comparado com cinco aerossóis de uma semana antes do início da crise migratória. Ele disse que está observando que há muitos compradores novos, não aquela clientela de sempre, incluindo mulheres de todas as idades e homens adquirindo armas para as esposas.

Günter Fritz proprietário de uma loja de armas em Ebersbach, outra cidade da Saxônia, contou a seguinte história à RTL News: “desde setembro, isso em toda a Alemanha, e também na minha loja, as vendas de artigos de defesa pessoal explodiram”. Ele acrescentou que seus clientes vêm de todas as camadas sociais, do professor à senhora aposentada. Todos estão temerosos”.

Andreas Reinhardt, proprietário de uma loja de armas no norte da cidade alemã de Eutin disse que agora ele vende de quatro a cinco armas de defesa pessoal por dia, comparado com cerca de duas ao mês antes da recente entrada de candidatos a asilo. “A esta altura a revolta social está visivelmente instigando a atual corrida para a defesa pessoal”, segundo ele. “Eu jamais poderia imaginar que o medo poderia se alastrar com tanta rapidez,” segundo Reinhardt.

Eric Thiel, proprietário de uma loja de armas em Flensburg, uma cidade na costa do Mar Báltico, disse que não há mais spray de pimenta à venda: “está tudo esgotado. Novas remessas só estarão à venda até no mês de março. Tudo que está relacionado com defesa pessoal está experimentando um boom gigantesco nas vendas”.

Wolfgang Mayer, proprietário de uma loja de armas em Nördlingen, uma cidade no Estado da Baviera, disse que ele tem a explicação para a avalanche nos pedidos de porte de armas: “Eu acredito que com a entrada de refugiados, o crescimento no número de arrombamentos e de trapaças, as pessoas estão demandando maior proteção”.

Mayer acrescentou que há uma sensação, cada vez maior, dentro da sociedade alemã de que o estado não tem condições de proteger de forma adequada seus cidadãos, consequentemente eles mesmos têm que cuidar mais da sua proteção. “Segundo Mayer desde o verão as vendas de spray de pimenta aumentaram 50%”, acrescentando que as compras são efetuadas na maioria das vezes por mulheres, de todas as idades, da estudante na cidade à avó viúva.

É legal na Alemanha o uso de spray de pimenta e outros tipos de armas não-letais de defesa pessoal, porém é necessário ter uma licença para portar e usar determinadas categorias de armas. Autoridades em todos os 16 estados da federação alemã estão reportando uma escalada nos pedidos dessas licenças, conhecidas como licença para armas de pequeno porte (kleinen Waffenschein).

No estado de Schleswig-Holstein localizado ao norte da Alemanha, cerca de 10.000 pessoas já têm licença para armas de pequeno porte, um “recorde sem precedentes”, de acordo com o ministério interior regional. Varejistas do estado também estão reportando uma “onda sem precedentes” nas vendas de armas de defesa pessoal e que a reposição dos aerossóis de spray de pimenta está vendida até a primavera de 2016.

Na Saxônia, os varejistas estão reportando um boom sem precedentes nas vendas de spray de pimenta, gás lacrimogêneo, pistolas de gás e até de bestas. Algumas dessas lojas estão vendendo mais armas de defesa pessoal em um dia do que em um mês inteiro antes do início da crise migratória.

Autoridades da Saxônia também estãoreportando um salto no número de pessoas requisitando licenças para todos os tipos de armas de fogo (großen Waffenschein). A corrida para a aquisição de armas pode ser atribuída a um “declínio subjetivo na sensação de segurança da população”, segundo o Ministro do Interior da Saxônia Markus Ulbig.

Em Berlim, o número de pessoas que já possuem uma licença para armas de pequeno porte aumentou 30% nos primeiros dez meses de 2015 comparado com o mesmo período de 2014, já o número de pessoas com licença para todos os tipos de armas de fogo saltou cerca de 50% de acordo com a polícia local.

Na Baviera, mais de 45.000 pessoas possuem uma licença para armas de pequeno porte, 3.000 a mais do que em 2014. Isso representa um “aumento significativo,” de acordo com o ministério interior regional. Assim como em outras regiões da Alemanha, os varejistas bávaros também estão reportando um boom nas vendas de armas de defesa pessoal, incluindo pistolas de gás, pistolas sinalizadoras e sprays de pimenta.

Em Stuttgart, capital de Baden-Württemberg, as lojas de armas locais estão reportando a quadruplicação nas vendas de armas de defesa pessoal desde agosto. A proprietária de uma loja disse que agora ela vende mais armas em uma semana do que normalmente venderia em um mês. Ela acrescentou nunca ter visto uma demanda tão alta.

Em Heilbronn, outra cidade do estado de Baden-Württemberg, autoridades locais reportaram que as vendas de spray de pimenta dobraram em 2015. De acordo com um lojista, a aceleração na demanda de spray de pimenta começou em agosto, quando muitas mães começaram a adquirir o produto para suas filhas em idade escolar. “Nossos clientes estão extremamente receosos”, disse o lojista. “Estamos vendo a mesma coisa por todos os lados”.

Em Gera, uma cidade em Thuringia, a mídia local reportou que em uma loja todo o estoque de 120 aerossóis de spray de pimenta foi vendido em três horas. A loja, que subsequentemente vendeu outro lote inteiro de 144 aerossóis de spray de pimenta, está na lista de espera para obter mais unidades, por causa da falta do produto no fornecedor.

Uma mulher em Gera que trouxe spray de pimenta para a sua filha de 16 anos de idade disse o seguinte:

“Acredito que é totalmente certo que eu proteja a minha filha. Ela está na idade de sair sozinha à noite. Se ela diz ser necessário para a sua proteção, eu acredito que não é nada injustificado. Obviamente que é devido à situação que estamos passando agora na Alemanha. Nós simplesmente não sabemos quem anda por aí. Há muitas pessoas não registradas”.

A mesma propensão em relação à defesa pessoal está acontecendo nos estados alemães deBrandemburgo, Mecklenburg-Vorpommern, Saxony-Anhalt e Reno, Norte da Westphalia, onde a escalada vertiginosa de crimes violentos cometidos por migrantes estão transformando alguns bairros em zonas proibidas.

Defensores da migração em massa acusam os cidadãos alemães de estarem reagindo de forma exagerada. Alguns desses defensores apontam para estudos recentes, encomendados por grupos pró-migração, que alegam sem nenhuma lógica, que o número de crimes cometidos por migrantes está diminuindo e não aumentando.

Outros negam que a corrida para a auto proteção tenha algo a ver com os migrantes. Eles culpam uma série de fatores, incluindo a escuridão antecipada devido ao fim do horário de verão, ataques dos jihadistas em Paris (que ocorreram em novembro, ou seja, três meses depois que as vendas de armas de defesa pessoal começaram a disparar) e também a necessidade de proteção contra lobos selvagens em determinadas regiões ao norte da Alemanha.

O jornal Süddeutsche Zeitung descreveu a manobra da seguinte maneira:

“Qualquer um que faça perguntas sobre os motivos da corrida para a aquisição de armas se depara com o silêncio. Oficialmente as agências reguladoras sustentam que qualquer um que entre com um pedido de licença para armas de pequeno porte não precisa apresentar nenhuma justificativa e, portanto os órgãos governamentais não têm como explicar o que está acontecendo. É verdade que vez ou outra fica evidente que eles estão com medo por causa dos refugiados, segundo afirma um funcionário sob condição de que nem seu nome nem seu departamento sejam mencionados pelo jornal. Algumas pessoas já me disseram: eu quero proteger a minha família. Nós reportamos isso ao ministério…

“Os varejistas também não dizem nada oficialmente sobre os motivos do aumento nas vendas. Telefone para uma pequena loja de armas. Inúmeros refugiados chegaram no final de agosto e a partir de setembro as vendas começaram a aumentar, será possível que uma coisa nada tenha a ver com a outra? Se você não divulgar meu nome: Claro que não, pode falar. Diz o homem no outro lado da linha. As pessoas que entram na loja estão com medo. Elas acreditam que entre os refugiados há ovelhas negras. Alguns clientes admitem isso abertamente”.

Evidência empírica mostra uma escalada irrefutável de crimes perpetrados por imigrantes no país inteiro, incluindo estupros de mulheres e meninas alemãs em uma escala aterrorizante, bem como ataques sexuais e físicos, esfaqueamentos, invasão a residências, saques, arrombamentos e tráfico de drogas.

A disparada de crimes violentos cometidos por migrantes foi corroborada por um relatório confidencial da polícia, vazado para uma revista alemã. O documento revela que um número recorde de 38.000 candidatos a asilo foi acusado de cometer crimes no país em 2014. Analistas acreditam que esse número, que se traduz em mais de 100 crimes por dia, seja apenas uma fração do número verdadeiro: muitos crimes não são denunciados.

Não é de se admirar que uma nova pesquisa de opinião mostre que 55% dos alemães estão pessimistas em relação ao futuro, um salto dos 31% no ano de 2014 e 28% acima de 2013. A pesquisa de opinião mostra que 42% dos entrevistados entre as idades de 14 e 34 anos acreditam que seu futuro será desolador, esse número representa mais do que o dobro (19%) daqueles que se sentiam assim em 2013. Ao mesmo tempo, 64% dos entrevistados com idade de 55 anos ou mais estão receosos em relação ao futuro.

A pesquisa também mostra que quatro quintos (79%) da população alemã acredita que a economia irá se deteriorar em 2016 devido ao fardo financeiro criado pela crise migratória, e 70% acreditam que os estados membros da União Européia irão se afastar ainda mais no ano que vem. A constatação mais previsível de todas: 87% dos alemães acreditam que seus políticos irão experimentar uma diminuição no apoio público em 2016.

Por Soeren Kern

Soeren Kern é colaborador sênior do Gatestone Institute sediado em Nova Iorque. Ele também é colaborador sênior do European Politics do Grupo de Estudios Estratégicos / Strategic Studies Group sediado em Madri. Siga-o no Facebook e no Twitter. Seu primeiro livro, Global Fire, estará nas livrarias no início de 2016.

http://pt.gatestoneinstitute.org/7108/alemaes-armas-defesa

Ataques em Jerusalém deixam mortos e feridos

Pelo menos três pessoas morreram em dois casos na cidade.
Ataques envolveram arma de fogo e arma branca.

Pelo menos três pessoas morreram e várias ficaram feridas na manhã desta terça-feira (13) em dois ataques em Jerusalém, um deles com arma de fogo em um ônibus e outro com arma branca em um bairro judeu ultraortodoxo.

Este é o dia mais violento em Jerusalém desde o início da escalada de confrontos em 1º de outubro.

Dois indivíduos abriram fogo em um ônibus em Jerusalém Oriental – parte palestina da cidade, ocupada e anexada por Israel – e mataram um homem de 60 anos. Um dos atiradores foi morto, informaram as equipes de resgate e a polícia. Outras quatro pessoas ficaram feridas.

De acordo com testemunhas, um dos criminosos utilizou uma arma de fogo e o outro uma faca. Os dois foram mortos, confirmou a polícia israelense.

Esta foi a primeira vez que os criminosos abriram fogo em um ônibus.

Poucos minutos depois, um homem avançou com um veículo contra um ponto de ônibus emJerusalém Ocidental. Uma pessoa morreu e outra ficou ferida.

O motorista tentou esfaquear os pedestres depois do atropelamento, mas foi ferido a tiros e detido, segundo a polícia.

Antes dos ataques, em Raanana, ao norte de Tel Aviv, um palestino agrediu com arma branca uma pessoa, mas foi controlado por outras, segundo a polícia israelense.

Governo
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, convocou uma reunião em caráter de urgência com seu gabinete de ministros para analisar a atual onda de violência, informou seu escritório.

Netanyahu cancelou sua participação em cerimônia oficial de Estado em lembrança ao assassinato do ex-ministro de Turismo israelense, Rehavam Zeevi, em outubro de 2001.

O prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, recomendou ao governo que declare o toque de recolher nas povoações palestinas como medida destinada a impedir novas agressões como as registradas nos últimos dias na cidade, que viveu ontem quatro ataques e hoje dois.

“As vidas dos cidadãos de Jerusalém estão em perigo. Minha recomendação é declarar o estado de sítio porque não podemos seguir com esta situação. Agradeço o trabalho das forças de segurança, mas estamos falando de uma guerra contra comandos organizados de terroristas”, comentou o prefeito.

Equipes de emergência são vistas em local de ataque em Jerusalém nesta terça-feira (13); duas pessoas abriram fogo em um ônibus (Foto: Ronen Zvulun/Reuters)Equipes de emergência são vistas em local de ataque em Jerusalém nesta terça-feira (13); duas pessoas abriram fogo em um ônibus (Foto: Ronen Zvulun/Reuters)

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/10/ataques-em-jerusalem-deixam-mortos-e-feridos.html

Egyptian Foreign Ministry Blasts New York Times for ‘Giving Veneer of Legitimacy’ to Gaza Smugglers

A spokesperson for Egypt’s Ministry of Foreign Affairs attacked the New York Times on Friday for publishing an article that it said evokes sympathy for smugglers in the Gaza Strip and gives legitimacy to their tactics.

The piece in question was published by the New York Times on Wednesday and was titled, “As Egypt Floods Gaza Tunnels, Smugglers Fear an End to Their Trade.” The article profiles Gaza smugglers who are fearful that efforts by the Egyptian government to limit illegal smuggling across the Gaza-Sinai border could “spell doom for their trade.” The first paragraph of the article includes a quote from a worried smuggler who said, “This is the end for us.”

Writing on the Foreign Ministry’s blog, spokesperson Ahmed Abu Zeid said the article is “audaciously intended” to leave the reader sympathetic to the smugglers. By referring to their illegal activity as “trade,” the New York Times is “trying to obfuscate reality, giving a veneer of legitimacy to what is essentially an illegal practice condemned by international and domestic law,” Zeid wrote.

He wondered if the New York Times is unaware that it is every country’s “sovereign prerogative” and “international duty” to defend and secure its borders against illegal smuggling.

“What if that smuggling was taking place through clandestine, hidden, underground tunnels that can neither be monitored nor controlled?” he asked. “Would that not make the issue all the more urgent?”

Zeid also blasted the Times for attempting to frame Egypt as responsible for the decline of Gaza’s economy, and the rise of unemployment, poverty and constant power cuts. The accusations are “nothing short of absurd,” he said, adding that advocating for an “underground, illicit economy” is not the way to help Palestinians.

Zeid said the article is “deliberately oblivious” to the fact that the Gaza tunnels pose a threat to Egypt’s national security, because they help fuel and supply terrorists in the Sinai.

“After all, if commodities can be smuggled undetected across a border, what is to stop weapons, human beings and historical and cultural artifacts from being smuggled in the same way?” he asked. “There is plenty of evidence that narcotics and human traffickers have repeatedly exploited the tunnels. Convicted criminals are known to have escaped through them. Weapons and firearms are constantly being smuggled across them… Is this the kind of lawlessness the NYTis advocating?”

In conclusion, Zeid accused the Times of biased reporting, intent on “discrediting Egypt’s image in any possible way, for any possible reason.” He charged the publication with misleading and deceiving its readership, a feature he believes is prominent in all its reportage on Egypt.

“This time,” he wrote, “the paper has gone a step further, advocating what would amount to a situation of lawlessness and chaos.”

http://www.algemeiner.com/2015/10/11/egyptian-foreign-ministry-blasts-new-york-times-for-giving-veneer-of-legitimacy-to-gaza-smugglers/

Navio boliviano foi flagrado com carregamento de armas para o Estado Islâmico

Guarda Costeira da Grécia encontrou 5.000 fuzis e cerca de meio milhão de munições que seriam entregues aos terroristas. As autoridades investigam se além de armas, o cargueiro também era usado para o tráfico de refugiados do Egito para Turquia.

A Guarda Costeira da Grécia divulgou ontem uma apreensão que coloca o governo de Evo Morales no centro da crise humanitária que já levou à morte de mais de 330.000 pessoas na guerra civil da Síria e gerou um saldo de cerca de 4 milhões de refugiados internacionais. As autoridades gregas aprenderam no Mediterrâneo um navio de bandeira boliviana carregado de armas que seriam entregues para os extremistas do Estado Islâmico (EI).

O carregamento de 5.000 armas, principalmente fuzis, e cerca de meio milhão de cartuchos estava escondido em catorze contêineres embarcados na Turquia e que tinham como destino a cidade Líbia de Misurata. A Líbia está sob embargo da Organização das Nações Unidas para o comércio de armas, pelo fato de o país ser uma das áreas sob controle dos extremistas dos EI.

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O navio Haddad 1, partiu da cidade egípcia de Alexandria e, entre 17 e 29 de agosto, passou pelas cidades de Famagusta, no Chipre, e Iskenderun, na Turquia. As autoridades turcas suspeitam que, antes de ser carregado com armas no porto turco, o cargueiro boliviano tenha sido usado para transportarrefugiados do Egito para Turquia.

Registrado sob a responsabilidade do Ministério da Defesa da Bolívia, o navio Haddad 1 tem seus movimentos e registros de carga sob responsabilidade do governo de Evo Morales. Por lei, os armadores precisam reportar as rotas e os despachos de carga às autoridades de La Paz. Como a embarcação está envolvida em uma violação dos embargos da ONU, o governo de Evo Morales será obrigado a prestar contas sobre o uso de um navio com a bandeira de seu país em um caso de tráfico de armas e em outro possível crime: o de tráfico de pessoas.

http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/navio-boliviano-foi-flagrado-com-carregamento-de-armas-para-extremistas-do-estado-islamico

Diversos meninos foram fotografados com rifles durante as comemorações do 25º aniversário da unificação do Iêmen. A criança participava da celebração com os seus irmãos, em Sanaa, segundo a agência de notícias Reuters.

O norte e o sul do Iêmen foram formalmente unidos em 1990.

Crianças comemoravam com rifle nas mãos (Foto: Mohamed al-Sayaghi/Reuters)Crianças comemoravam com rifle nas mãos (Foto: Mohamed al-Sayaghi/Reuters)
Menino carrega rifle durante comemoração do 25º aniversário de unificação do Iêmen (Foto: Mohamed al-Sayaghi/Reuters)Menino carrega rifle durante comemoração do 25º aniversário de unificação do Iêmen (Foto: Mohamed al-Sayaghi/Reuters)

http://noticias.terra.com.br/mundo/oriente-medio/imagem-menino-posa-com-fuzil-durante-comemoracao-no-iemen,c66e4271ddda8b1e02eb0ce7b7b72221le7jRCRD.html

Líder do Iraque buscará armas e adiamento de pagamento em visita aos EUA

O primeiro-ministro do Iraque vai buscar ajuda do presidente Barack Obama para adquirir bilhões de dólares em drones e outras armas dos Estados Unidos para combater o Estado Islâmico durante uma visita a Washington na próxima semana, disse uma autoridade iraquiana.

Diante de uma crise de liquidez devido à queda dos preços do petróleo e um déficit orçamentário de 21 bilhões de dólares neste ano, o primeiro-ministro Haidar al-Abadi quer também adiar o pagamento dessas compras, disse o funcionário, que falou sob condição de anonimato.

Abadi está lutando contra a insurgência de militantes do Estado Islâmico, um ramo da Al Qaeda, que surgiu a partir do caos no Iraque e na vizinha Síria e tomou grande parte do norte e da área central do Iraque no ano passado.

Ao visitar Washington pela primeira vez como primeiro-ministro, ele espera convencer os Estados Unidos que o Iraque merece armas e mão de obra norte-americanas, três anos após as tropas dos EUA terem se retirado do país em dezembro de 2011, já que o inexperiente Exército iraquiano está tendo que combater o Estado Islâmico.

“O Estado Islâmico é problema de todos agora”, disse a autoridade iraquiana. “Não se pode fugir do problema se ele chega ao Canadá e vai a França”, disse em referência a ataques por pessoas influenciadas pelo Estado Islâmico ou Al Qaeda nesses países.

http://noticias.terra.com.br/mundo/oriente-medio/lider-do-iraque-buscara-armas-e-adiamento-de-pagamento-em-visita-aos-eua,6b2d95950feac410VgnCLD200000b1bf46d0RCRD.html