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ISIS corta água para civis em Mosul

Estado islâmico desliga o abastecimento de água para áreas de Mosul que podem ser liberadas pelo exército iraquiano para manter os civis sob controle.

À medida que o exército iraquiano avança em Mosul, o último baluarte do Estado islâmico no Iraque, o ISIS corta a água e a eletricidade de alguns dos distritos que em breve poderão ser libertados pelo exército iraquiano.

“[ISIS] corta a eletricidade para as estações de água que alimentam vários bairros onde as tropas iraquianas estão avançando”, disse à CNN Zuhair Hazem al-Jabouri, um funcionário da cidade de Mosul responsável pela energia e água. “Eles estão privando as pessoas de água potável no leste de Mosul. Eles querem forçar as pessoas a se retirarem com eles para usá-las como escudos humanos”.

A U.N. não conseguiu verificar independentemente os relatórios, mas disse que essa estratégia estava de acordo com a conduta do ISIS em outros lugares onde ele tem se esforçado para manter o controle sobre as populações civis, que não tem escrúpulos em usar como escudos humanos.

A situação humanitária foi agravada quando um dos principais canos de água da cidade foi atingido durante os combates. A perda da tubulação cortou a água a 650.000 pessoas, de acordo com Al-Jazeera.

Estamos enfrentando uma catástrofe humanitária “, disse Hussam al-Abar, membro do conselho provincial de Mineul em Nineveh.” Serviços básicos como água, eletricidade, saúde e alimentos são inexistentes “.

Estimativas do número de civis ainda dentro de Mosul variam de um milhão a 1,5 milhão de pessoas.

http://www.clarionproject.org/news/isis-cuts-water-civilians-mosul

França e Rússia fazem ataques na Síria, mas Estado Islâmico avança

Apesar dos ataques da Rússia e da França, o Estado Islâmico continua a avançar na Síria nesta sexta-feira (9), segundo relatos das agências de notícias. O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) observou que o grupo terrorista se aproximou da cidade de Aleppo, que é uma importante cidade no norte do país.

“O EI nunca esteve tão perto da cidade de Aleppo, em seu maior avanço em direção” à antiga capital econômica da Síria, declarou à AFP Rami Abdel Rahman, diretor da ONG, que dispõe de uma rede de fontes neste país em guerra.

A Rússia anunciou nesta sexta-feira que nas últimas 24 horas bombardeou 60 “alvos terroristas”, o que representa um grande aumento de seus ataques desde o início de sua intervenção em 30 de setembro, de acordo com a France Presse.

“Os aviões russos realizaram 67 decolagens a partir da base aérea de Jeimim (…) e bombardearam 60 alvos terroristas” nas províncias de Raqa, Latakia, Hama, Idleb e Aleppo, declarou o subchefe do Estado Maior russo, o general Igor Makuchev, segundo a AFP, citando as agências.

Já um segundo ataque aéreo francês contra o Estado Islâmico atingiu Raqa, no norte do país. Os aviões franceses já tinham atacado outras posições do grupo terrorista em 27 de setembro.

Os dois aviões Rafale, que partiram dos Emirados Árabes Unidos com outros caças franceses de escolta, voltaram a atacar um centro de treinamento do EI em Raqa, reduto da organização jihadista e capital do califado proclamado nos territórios sob seu controle no Iraque e na Síria.

O ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, afirmou que nos arredores da cidade “há centros de treinamento de combatentes estrangeiros cuja missão não é ir combater em nome do Daesh no Levante, mas vir à França, à Europa, para cometer atentados”. O Daesh quer dizer Estado Islâmico em árabe.

Escudo humano
A Rússia “considera que é preciso proteger Bashar. Nós consideramos que Bashar não forma parte da solução” ao conflito sírio, insistiu Le Drian.

O ministro da Defesa francês afirmou que o Estado Islâmico utiliza a população civil como escudo humano, tanto no Iraque quanto na Síria, o que complica a escolha dos alvos. “O Daesh se organizou de tal forma que as crianças, as mulheres e os civis estão na linha de frente”, disse.

“Os responsáveis se escondem em escolas, mesquitas, hospitais, o que complica a ação da coalizão (internacional liderada pelos Estados Unidos), porque não queremos causar vítimas colaterais”, acrescentou.

A França forma parte da coalizão liderada há mais de um ano pelos Estados Unidos, que desde então bombardeia pelo ar alvos do EI naSíria e no Iraque.

No dia 30 de setembro, a Rússia, aliada de Assad, iniciou sua própria campanha aérea na Síria, dizendo querer combater o terrorismo.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/10/franca-e-russia-fazem-ataques-na-siria-mas-estado-islamico-avanca.html

Al-Qaeda e Estado Islâmico avançam na Síria

EI se aproxima de aeroporto em Deir Ezzor, província rica em petróleo.
Rússia se diz disposta a ajudar regime sírio, mas nega envio de armas.

O Exército sírio continua enfrentando grandes dificuldades frente aos grupos Al-Qaeda e Estado Islâmico (EI) no noroeste e no leste do país e, nesta quinta-feira (10), a corporação informou que pelo menos 54 combatentes morreram ontem em intensos choques do regime com o EI.

De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), o Estado Islâmico se aproxima do aeroporto militar da cidade de Deir Ezzor (leste). O EI já controla alguns setores dessa localidade.

“Trata-se de um dos ataques mais violentos lançados pelo EI contra o aeroporto. Dezoito soldados morreram, assim como 36 membros do EI”, afirmou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.

Os jihadistas cometeram dois atentados suicidas com carro-bomba e, segundo Abdel Rahman, um deles foi lançado por um garoto.

Rica em petróleo, a província de Deir Ezzor, na fronteira com o Iraque, está em grande parte nas mãos do EI. Há um ano o grupo tenta assumir o controle do aeroporto.

‘Soldados executados’
Se o grupo for bem-sucedido, Deir Ezzor pode se tornar a segunda capital da província a cair nas mãos do EI, depois de Raqa, designada “capital” do califado proclamado pelo Estado Islâmico entre Síria e Iraque.

Na quarta-feira, a Frente al-Nusra e outros grupos rebeldes islâmicos tomaram o aeroporto de Abu Duhur, na província de Idlib, informou o OSDH, acrescentando que eles cercavam a instalação há dois anos. Em março, já haviam invadido a capital da província no final de março.

“Houve 56 mortos ontem e pelo menos 40 presos e dezenas de desaparecidos”, disse Abdel Rahman, nesta quinta-feira à AFP.

“Alguns soldados foram executados”, afirmou.

Em sua conta no Twitter, a Al-Nusra publicou fotografias de cerca de 15 homens apresentados como soldados de Abu Duhur, “nas mãos dos mujahedine”. Os reféns estão sem camisa, de barba e aparentam fraqueza.

Na província de Idlib, os povoados xiitas de Foua e de Kafraya continuam cercados pelos rebeldes e são defendidos, não pelo Exército, mas por milícias pró-regime e combatentes do Hezbollah xiita libanês.

De Idlib, desde o final de julho, os jihadistas e seus aliados conseguiram avançar mais ao sul e lançar uma ofensiva que ameaça a província de Latakia (oeste), um dos principais redutos do regime.

Desmentido russo
A Rússia garantiu nesta quinta-feira que está disposta a oferecer um maior apoio militar ao regime sírio, mas negou que isso vá prejudicar os planos da coalizão internacional que luta contra o Estado Islâmico.

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, disse que o Kremlin quer evitar uma repetição do “cenário líbio” na Síria e que, por isso, dará maior assistência militar ao Exército do presidente Bashar al-Assad, se for solicitado.

Lavrov negou, contudo, estar aumentando sua presença militar na Síria, depois que autoridades de Washington acusaram Moscou, esta semana, de enviar veículos de transporte blindados e dezenas de soldados a Latakia.

Iniciado em março de 2011, o conflito na Síria deixou mais de 240 mil mortos e levou ao êxodo de mais da metade da população. Cada vez mais refugiados instalados na Turquia e no Líbano tentam chegar à Europa.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/09/al-qaeda-e-estado-islamico-avancam-na-siria.html

Estado Islâmico avança sobre cidade de Hassake, no nordeste da Síria

Energia elétrica e comunicação foram cortadas na localidade.

DAMASCO — O grupo Estado Islâmico chegou, nesta quinta-feira, às portas de Hassake, capital de uma província do nordeste da Síria, apesar dos ataques aéreos contínuos por parte da coalizão internacional, que já mataram 10 mil no país e no Iraque. De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), os integrantes do grupo extremista se encontram a apenas 500 metros de Hassake, uma cidade cujo controle é compartilhado entre o regime de Bashar al-Assad e as forças curdas.

A queda desta cidade daria ao EI o controle de uma segunda capital provincial síria depois de Raqa (norte), seu principal reduto neste país devastado por quatro anos de guerra.

— As famílias destes bairros fugiram para as áreas sob controle curdo no norte e oeste da cidade. Elas têm medo do progresso do grupo e dos morteiros — disse um ativista da província, que informou ainda que a energia elétrica e as comunicações foram cortadas na cidade após a captura pelo EI de uma estação de energia na periferia sul..

Ainda nesta quinta-feira, os extremistas detonaram um carro-bomba próximo a uma posição do Exército, no setor sul da cidade. Não há informações de vítimas. Segundo o OSDH, o Estado Islâmico enviou há alguns dias como reforços mais de 400 soldados.

http://oglobo.globo.com/mundo/estado-islamico-avanca-sobre-cidade-de-hassake-no-nordeste-da-siria-16354733

Estado Islâmico avança sobre insurgentes sírios na fronteira com a Turquia

Combatentes do Estado Islâmico avançaram em direção a insurgentes rivais no norte da Síria neste domingo, capturando áreas próximas à fronteira com a Turquia e colocando em risco uma importante rota de abastecimento até a cidade de Aleppo, revelaram combatentes e um grupo de monitoramento do conflito.

O Estado Islâmico tomou as cidades de Soran Azaz e dois vilarejos próximos após conflitos com homens de uma aliança rebelde do norte sírio, que inclui tanto rebeldes apoiados pelo Ocidente como combatentes muçulmanos.

O Estado Islâmico agora tem caminho livre para avançar para o norte até a passagem de Bab al-Salam, que liga a província síria de Aleppo à província turca de Kilis, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

A tomada da cidade é um duro golpe para os rebeldes agrupados na chamada aliança Jabhat al-Shamiyya (Frente de Levante), porque obstrui uma importante rota de abastecimento que era usada para trazer armas para a região oriental de Aleppo, afirmaram dois combatentes anti-Estado Islâmico.

“A principal rota de abastecimento entre Turquia e Aleppo será bastante afetada”, disse Abu Bakr, um comandante dos rebeldes aliados, em mensagem online.

http://noticias.terra.com.br/mundo/oriente-medio/estado-islamico-avanca-sobre-insurgentes-sirios-na-fronteira-com-a-turquia,7aa0340ec14ea578840bb4f072bf3806nt3jRCRD.html

Grupo Estado islâmico avança na Síria

Os combatentes do Estado Islâmico avançam no norte da Síria e dominam em áreas próximas da fronteira com a Turquia. Os jiahdistas capturaram a cidade de Soran Azaz e mais de 25 aldeias vizinhas após confrontos com combatentes de uma aliança rebelde do norte, que foi formada em dezembro passado.

Os combates ameaçam paralisar a rota de abastecimento para a cidade de Aleppo.

 Pelos menos 53 milicianos foram mortos nos últimos três dias de confrontos segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

Um vídeo alegadamente do Estado islâmico circula nas redes sociais com imagens de militantes a destruirem a prisão Tadmur em Palmyra, um dos símbolos do terrror do regime de Assad.

O vídeo foi verificado mas não é possível confirmar a data nem a autenticidade do material.

Nos arredores de Damasco chegam igualmente imagens de combates. Nas últimas 24 horas, bombardeamentos da força aérea síria mataram pelos menos 184 civis, segundo o observatório da oposição em Londres.

http://pt.euronews.com/2015/06/01/grupo-estado-islamico-avanca-na-siria/

Al-Qaeda avança no Iêmen, afirma secretário de Defesa dos EUA

Ashton Carter prometeu que EUA prosseguirão com ataques ao grupo.
Governo americano apoia coalizão liderada pela Arábia Saudita.

A Al-Qaeda está avançando no Iêmen, reconheceu o em Tóquio o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, que prometeu que Washington prosseguirá com os ataques ao grupo jihadista, apesar da situação caótica no país.

“Vemos que estão avançando no campo de batalha”, declarou Carter na capital do Japão, etapa de uma viagem asiática que também o levará até a Coreia do Sul.

A Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA) representa “há muito tempo uma ameaça série e vamos seguir combatendo”, disse Carter, ao lado do ministro japonês da Defesa, Gen Nakatani.

“Obviamente, sempre é mais fácil realizar operações de contraterrorismo quando há um governo estável que aceita cooperar”, afirmou.

“Mas sem estas condições no Iêmen, temos que fazer de outro maneira e assim fazemos”, completou Carter.

“Esperamos o retorno da ordem no Iêmen, não apenas por esta razão, e sim para acabar com o sofrimento da população”, disse.

No último fim de semana, a AQPA, o braço mais perigoso da rede extremista sunita, assumiu o controle do quartel-general do exército e do porto da cidade de Mukala (sudeste).

O governo dos Estados Unidos apoia a coalizão liderada pela Arábia Saudita que iniciou, em 26 de março, uma campanha aérea contra os rebeldes xiitas huthis para deter seu avanço.

Pelo menos 540 pessoas morreram e 1.700 ficaram feridas no país desde 19 de março, uma semana antes da ofensiva aérea.

Publicado em 08.04.2015

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/04/al-qaeda-avanca-no-iemen-afirma-secretario-de-defesa-dos-eua.html

Secretário de Defesa dos EUA vê avanços na luta contra o Estado Islâmico no Iraque

Declaração foi dada nesta sexta-feira durante visita à Coreia do Sul.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, afirmou nesta sexta-feira (10) em Seul que foram registrados avanços na luta para derrotar o Estado Islâmico (EI) no Iraque, apesar de preferir a cautela sobre previsões para o fim do conflito e a derrota definitiva dos jihadistas.

Em entrevista coletiva realizada na capital sul-coreana, Carter afirmou que ainda não é possível prever por quanto tempo persistirão as batalhas contra forças do Estado Islâmico em território iraquiano. Também mostrou prudência ao declarar que, por enquanto, que este não é “o princípio do fim” do EI no país.

Jihadistas libertam 215 yazidis sequestrados no norte do Iraque

O chefe do Pentágono fez as afirmações depois de se reunir com o ministro da Defesa Nacional da Coreia do Sul, Han Min-koo, como parte de sua primeira viagem ao leste da Ásia desde fevereiro, quando substituiu Chuck Hagel como secretário de Defesa dos EUA.

As declarações de Carter ocorrem um dia depois de o vice-presidente americano, Joe Biden, mostrar otimismo sobre a situação no Iraque e afirmar que o EI já deixou de avançar no país. Biden também destacou que a batalha contra os jihadistas está unindo grupos e etnias antes rivais no país.

Estado Islâmico mantém em cativeiro 50 pessoas sequestradas na Síria

O EI proclamou em junho do ano passado um califado na Síria e no Iraque. Desde então, forças locais e internacionais unem suas forças para combater a ocupação dos extremistas.

Carter está na segunda jornada de sua viagem de três dias à Coreia do Sul, que tem como objetivo coordenar as estratégias de defesa para combater a “ameaça” da Coreia do Norte. O secretário de Defesa americano chegou na quinta-feira ao país após visita ao Japão e volta a Washington no sábado.

http://noticias.r7.com/internacional/secretario-de-defesa-dos-eua-ve-avancos-na-luta-contra-o-estado-islamico-no-iraque-10042015

Mesmo sob ataque, houthis avançam sobre território do Iêmen

No Irã e na Arábia Saudita, líderes religiosos criticam e apoiam intervenção no país

SANAA — Os rebeldes houthis conseguiram progressos significativos na sexta-feira no Sul e no Leste do Iêmen, apesar dos ataques da aliança liderada pela Arábia Saudita pelo segundo dia consecutivo.

O houthis conseguiram sua primeira vitória na costa do Iêmen ao tomar o controle do porto de Shaqra, a 100 quilômetros a leste de Aden, afirmaram moradores a agências internacionais.

O avanço dos rebeldes aconteceu enquanto aeronaves da coalizão atacavam as forças houthis que controlam a capital Sanaa, e sua fortaleza no Norte, no segundo dia de uma campanha dos Estados árabes do Golfo Pérsico que ameaça espalhar o conflito por toda a região.

O Marrocos também anunciou sua participação na coalizão rapidamente formada por sunitas contra o grupo muçulmano xiita, que tem o apoio do Irã. O Paquistão, anunciado na quinta-feira como um dos participantes, disse que ainda não decidiu se irá se juntar à coalizão.

As tribos da região petrolífera de Marib foram a favor do bombardeio, mas os houthis continuaram avançando para o Sul.

A iniciativa de Riad abre uma nova frente em uma crescente disputa de poder regional contra o Irã, na qual Teerã apoia o governo de Bashar al-Assad na Síria, enfrentando rivais em sua maioria sunitas, e no Iraque, onde milícias xiitas estão desempenhando um papel destacado nos combate.

Monarquias do Golfo sunitas apoiam o foragido presidente do Iêmen, Abd-Rabo Mansour Hadi, e seus irmãos sunitas do Sul do país contra o avanço xiita.

Quando perguntado sobre a duração da ofensiva, o ministro iemenita das Relações Exteriores, Riyadh Yaseen disse ao canal de televisão estatal saudita al-Arabiya que esperava que a operação não “durasse muito tempo”. “Acho que vai durar dias”, disse Yaseen.

Ele disse que a porta para o diálogo com os houthis ainda está aberta, enquanto Hadi, no Facebook, pediu a seus compatriotas que sejam pacientes, já que os “rebeldes” — em referência aos houthis — serão derrotados em breve.

No entanto, os combatentes houthis e as forças aliadas ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh chegaram nesta sexta-feira às províncias do Sul de Abyan e Shabwa por meio do território central da Bayda, segundo fontes tribais.

Nas mesquitas de Riad foram ouvidos nesta sexta-feira sermões inflamados contra os houthis e seus aliados iranianos, descrevendo a batalha como um dever religioso. O conselho máximo clerical da Arábia Saudita emitiu uma “fatwa” na quinta-feira, dando sua bênção à ofensiva. Em Teerã, o aiatolá Kazem Sadeghi, líder de orações da sexta, descreveu os ataques como “uma agressão e ingerência nos assuntos internos do Iêmen”.

Moradores disseram que os aviões atacaram as bases da Guarda Republicana em torno de Sanaa, incluindo uma perto do complexo presidencial, logo a amanhecer e, em seguida, atacaram próximo a uma instalação militar que abriga mísseis.

A Guarda Republicana é leal a Saleh, principal aliado do houthis, e mantém um grande poder, apesar de sua saída do cargo em 2011, após os protestos da Primavera Árabe.

Ataques aéreos anteriores na zona sul da cidade e na região do Marib parecem visar instalações militares também relacionados com Saleh. O petróleo iemenita flui através do oleoduto de Marib, a sua principal rota de exportação, a uma taxa de 70 mil barris por dia. As tribos, fortemente armadas, são a verdadeira autoridade na província central, e por isso o suporte ao bombardeio é significativo.

http://oglobo.globo.com/mundo/mesmo-sob-ataque-houthis-avancam-sobre-territorio-do-iemen-15723081