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Mutilação Genital Feminina já é caso de saúde pública no País de Gales

A primeira clínica no País de Gales para fornecer ajuda médica e psicológica às vítimas da mutilação genital feminina (MGF) foi aberta.

A Clínica de Bem-Estar Feminina especialista da Cardiff Royal Infirmary oferecerá atendimento individualizado, aconselhamento e aconselhamento.

Estima-se que 2.000 mulheres e meninas no País de Gales estejam vivendo com a mutilação genital feminina.

Cardiff e o Conselho de Saúde da Universidade de Vale afirmaram que qualquer pessoa afetada poderia obter atendimento semanal na clínica. As pacientes também podem ser encaminhadas por médicas, enfermeiras e parteiras, policiais, serviços sociais e organizações de apoio.

A prática ilegal da MGF é levada a cabo por razões culturais e religiosas em certas comunidades.

Envolve a remoção parcial ou total da genitália externa feminina ou lesão dos órgãos genitais femininos por razões não médicas e pode causar problemas de saúde profundos.

Clínica de Bem-Estar da Mulher em Cardiff Royal Infirmary
                                            Clínica de Bem-Estar da Mulher 

Até agora, as vítimas deixadas com as cicatrizes físicas e psicológicas não tiveram acesso a serviços especializados no País de Gales, apesar de a Inglaterra ter atualmente cinco clínicas dedicadas.

Mas o novo serviço liderado por parteiras para Cardiff – que será executado como piloto todas as quartas-feiras – oferecerá acesso a aconselhamento psico-sexual, serviços de interpretação e apoio à defesa da comunidade.

Crianças vítimas de MGF serão atendidas em uma clínica adjacente à Clínica de Bem-Estar Feminina dirigida por pediatras de consultores de saúde infantil.

Cerca de 220 vítimas de MGF foram apoiadas desde 2013 pela Bawso, uma instituição de caridade que ajuda as mulheres afetadas pela prática no País de Gales.

Bawso fez campanha para que a clínica fosse aberta no País de Gales e Samsunear Ali, seu vice-presidente-executivo, disse: “É um serviço vital para as mulheres que são vítimas da MGF e fará parte da prestação de serviços integrais”.

Os números obtidos pela BBC Wales no ano passado mostraram que um caso de mutilação genital feminina foi descoberto em média a cada três dias pela equipe de maternidade no País de Gales em 2016.

A ONG Carity Welsh Women’s Aid disse que estima-se que 2.000 mulheres no País de Gales estejam vivendo com a MGF.

Com informações de BBC