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Coreia do Norte: Crer em Jesus é uma atitude antigovernamental

O simples fato de ter uma Bíblia em mãos é visto como uma afronta ao governo norte-coreano; ouvir a respeito do evangelho coloca uma pessoa em risco de prisão e até execução

O ano de 2016 começou com algumas fugas de cidadãos da Coreia do Norte, pessoas influentes para o governo como mostra a matéria Onda de deserções afeta ainda mais a vida de cristãos. O motivo é o controle social elevado das autoridades e a paranoia ditatorial de Kim Jong Un. Os cristãos que vivem lá são muito pressionados por não praticarem o “culto à família Kim”. Na nação mais fechada do mundo, em todos os sentidos, ser um cristão pode significar a morte.

Os trabalhadores de campo que moram em regiões fronteiriças estão ainda mais expostos a situações de risco, tais como sequestros e ataques violentos. Alguns conseguem fugir, é o caso da senhora J, uma refugiada norte-coreana que, atualmente, vive na China. Agora ela pode estudar a Bíblia com um grupo de mulheres, mesmo sendo vigiada pelo marido e alguns parentes que não aceitam sua conversão ao cristianismo.

Mas para quem fica na Coreia do Norte, o simples fato de ter uma Bíblia em mãos é visto como uma atitude antigovernamental. Ouvir a respeito do evangelho coloca uma pessoa em risco de prisão e até execução. Mesmo assim, milhares de pessoas preferem correr esse risco para continuar a seguir Jesus Cristo. Manter a chama da fé sempre acesa, para eles, é um ato de coragem e muita ousadia.

https://www.portasabertas.org.br/noticias/2016/10/crer-em-jesus-e-uma-atitude-antigovernamental

 

Coreia do Norte pede que população se prepare para a fome

Jornal estatal pediu para que a população se prepare para uma possível escassez de alimentos e graves dificuldades econômicas.

Na última segunda-feira (28), a Coreia do Norte instruiu a população a se preparar para uma possível escassez de alimentos e graves dificuldades econômicas, mas ressaltou que a situação não é de desespero porque “o caminho para a revolução é longo e árduo”. As informações são do site da revista Times .

O editorial afirma que as dificuldade podem provocar outra “marcha árdua”, termo atribuído à fome que atingiu o país em meados da década de 1990, matando milhões de pessoas. “Podemos ter outra marcha árdua, durante a qual teremos de mastigar raízes de plantas mais uma vez”, relatava a publicação.

O jornal ainda pediu uma “campanha de 70 dias de lealdade ao líder supremo” Kim Jong Un. O país estaria exigindo que todos de Pyongyang, capital da Coréia do Norte, entreguem cerca de 2 libras de arroz para os armazéns estatais a cada mês.

Segundo o The Telegraph , também foi pedido cerca de meio milhão de toneladas de ajuda alimentar para outros países. No entanto, no mês passado, chegaram apenas 17.600 toneladas.

http://noticias.terra.com.br/mundo/asia/coreia-do-norte-diz-que-havera-escassez-de-alimentos-para-populacao,f37625f10607693ced0fe644bd4ae0e2771w1yx5.html

Cristão é encontrado morto e governo norte-coreano é apontado como responsável

REDAÇÃO CENTRAL, 18 Mai. 16 / 09:00 pm (ACI).- Um pastor protestante chinês pertencente a uma igreja protestante com bastante atividade junto à fronteira entre a China e a Coreia do Norte foi encontrado morto em Changbai. Segundo associações de direitos humanos, há indícios de que teria sido assassinado pelo serviço secreto norte-coreano.

De acordo com a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), o corpo de Han Chung-ryeol, de 49 anos, foi encontrado bastante mutilado, próximo à fronteira com a Coreia do Norte.

Diversas associações de defesa dos direitos humanos na Coreia do Sul assinalam que tudo indica que este cristão teria sido assassinado por agentes dos serviços secretos norte-coreanos, aparentemente em retaliação pela recente deserção de 13 trabalhadores de um restaurante norte-coreano em Ningbo, na China, e que pediram asilo a Seul.

A Fundação ACN indica que, de fato, existem diversas comunidades cristãs ativas nas zonas de fronteira com a Coreia do Norte que auxiliam pessoas que buscam fugir deste país.

Conforme recorda a Fundação, há vários casos de cristãos que sofrem com a perseguição e detenção por parte do governo norte-coreano. Um desses casos é o do pastor protestante canadense Kim Kuk-gi, de 60 anos, condenado a prisão perpétua “com trabalhos forçados” por “atos contra o Estado”.

Kim é obrigado a cavar buracos em um pomar, durante cerca de oito horas por dia, não tendo acesso aos outros detentos do campo de concentração onde foi colocado. Ele é acusado de difundir propaganda religiosa em igreja clandestina.

Além disso, nas cadeias de Pyongyang estão outros cristãos, como o sul-coreano Choe Chun-il, de 55 anos, ou o missionário Kim Jeong-wook, acusado de espionagem quando procurava dar abrigo e alimentos a norte-coreanos que tentavam fugir pela fronteira com China.

http://www.acidigital.com/noticias/cristao-e-encontrado-morto-e-governo-norte-coreano-e-apontado-como-responsavel-71335/

Em Pyongyang, fazenda-modelo com armas de brinquedo para as crianças

Governo apresenta cooperativa moderna, com poucos moradores e escolinha

PYONGYANG – O governo dizia que era um exemplo a ser seguido de fazenda compartilhada. Havia legumes, certamente, mas mal dava para ver alguém trabalhando. E tudo estava surpreendentemente limpo, ainda que a agricultura costume causar sujeira.

— Este é um lugar muito bonito. Todos os cidadãos de Pyongyang têm inveja desta fazenda — afirmou Park Myong Shil, guia escolhido pelo governo para conduzir alguns repórteres pela fazenda Jangchon, ao Sudeste da capital.

A Coreia do Norte, que costuma ser um país recluso, permitiu que alguns membros da mídia internacional fossem à capital nesta semana. O regime quer mostrar melhoras na administração do país desde que Kim Jong-un chegou ao poder, há quase cinco anos.

A praça central tinha um mural de Kim Il-sung, o “eterno presidente” da Coreia do Norte, sobre uma plantação de repolho. Em torno da praça estavam casas idênticas, com painéis solares e aquecedores de água idênticos nos telhados.

Os inspetores conduziram os repórteres a um jardim de infância na fazenda, cuja entrada tinha uma pintura de crianças sorridentes sob o slogan “Somos felizes”. As paredes eram decoradas com desenhos de animais — em um deles, um esquilo segurava um lançador de granadas — e os brinquedos nas prateleiras incluíam tanques de guerra. Em outra sala, uma professora ajudou uma criança de 2 anos a mostrar um fuzil de brinquedo para os repórteres.

Depois, os inspetores levaram todos para as residências. A versão oficial é que três mil pessoas vivem na fazenda. Entretanto, quase ninguém estava lá. E as hortas em frente às casas? Eram apenas jardins domésticos, disseram os inspetores. Mas não explicaram por que uma tinha um jardim apenas com repolho, outra apenas com pepino, e a terceira inteiramente com abóboras.

Os inspetores, então, levaram os repórteres para uma casa habitada por Hong Son Suk, uma ex-professora que vive lá há um ano.

Um repórter abriu a geladeira e encontrou morangos e um peixe — parecia, portanto, que ela realmente vivia lá. Do lado de fora, um cão sarnento estava amarrado. Seu nome? Prosperidade.

Fonte: O Globo

 

Pastor sino-coreano é morto por agentes da Coreia do Norte

Han Choong Yeol ajudava refugiados norte-coreanos que atravessavam a fronteira para a China

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Agentes secretos norte-coreanos capturaram e mataram um pastor sino-coreano (quem nasce ou vive na fronteira da China com a Coreia) que vivia em Chiangbai, uma cidade no lado chinês da fronteira. Han era ativo em ajudar refugiados norte-coreanos, dando-lhes alimentos, medicamentos, roupas e outras necessidades básicas, quando fugiam da Coreia do Norte.

No último sábado (30), o pastor Han deixou sua casa logo após o meio-dia e deveria retornar antes das 17 horas. Como não voltou, uma grande busca foi organizada por parentes e membros da igreja que ele pastoreava. Por volta das 20 horas, seu corpo sem vida foi encontrado mutilado e com vários ferimentos. Pessoas que trabalharam com Han o descrevem como “extremamente apaixonado pelos norte-coreanos”. Seu ministério foi marcado com um alto preço.

Em novembro de 2014, um diácono de sua igreja foi sequestrado e, desde então, nunca mais se ouviu falar dele. O pastor Han sabia que ele também era um alvo, mas continuou seu ministério.

Han tinha 49 anos, e deixou sua esposa e dois filhos, bem como três igrejas locais, com cerca de 600 membros, que ele ajudou a fundar e pastoreava.

Motivos de oração

 Agradeça a Deus pela vida e dedicação do pastor Han.

  • Ore por conforto para os familiares e membros da igreja de Han, que agora estão sem um marido, pai e pastor. Também ore para que eles sejam capazes de perdoar os homens que o mataram.
  • Ore pelos outros cristãos envolvidos no trabalho missionário da Coreia do Norte, que o Senhor os encoraje e os proteja.
  • Ore por perdão para os espiões que mataram o pastor Han. Ore para que eles se arrependam e conheçam o único Deus, para quem o pastor Han entregou a sua vida.
  • Ore pelo diácono que ainda está desaparecido e pelos muitos outros cristãos mantidos em cativeiro na Coreia do Norte.

 

Fonte: Portas Abertas

 

 

Coreia do Norte:Doutrinação ideológica sufoca o cristianismo

Os cristãos, em particular, sofrem muito durante essa fase de fortalecimento da ideologia norte-coreana, por conta do controle social mais elevado.

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Há dois meses, a mídia estatal da RPDC (República Popular Democrática da Coreia) anunciou que uma campanha de 70 dias de trabalho estava sendo criada com o objetivo de preparar o próximo congresso do partido. “É comum na Coreia exigir esforços especiais de lealdade na corrida para as conferências políticas mais importantes. Essa notícia mostra que o 7º Congresso do Partido dos Trabalhadores da Coreia, que vai acontecer em maio, tem certa relevância para o país. O que não é de se estranhar, já que o último congresso desse partido aconteceu há 36 anos”, comenta um dos analistas de perseguição.

O convite para a campanha que vai acelerar os preparativos inclui a mais rigorosa doutrinação ideológica, com um controle social mais elevado e a mobilização de todas as pessoas para completar essa infraestrutura e também o aumento da produção comercial. “Um exemplo disso foi o grande comício realizado em Pyongyang, recentemente. Os cristãos, em particular, sofrem muito durante essa fase de fortalecimento da ideologia norte-coreana. Eventos patrióticos fazem parte da prioridade do líder de governo”, diz o analista.

A Coreia do Norte é o primeiro país da Classificação da Perseguição Religiosa por 14 anos consecutivos. É a nação mais fechada do mundo, em todos os sentidos, onde os cidadãos são obrigados a reverenciar seus líderes. O culto à família Kim não deixa espaços para nenhuma religião. “Esse período de sofrimento no país já dura há muito tempo, mas somos incentivados a seguir em frente com o nosso objetivo em Cristo todos os dias. Por quê? Por que temos as orações e apoio de cristãos de todo o mundo”, declarou um cristão norte-coreano. A sua intercessão pelos cristãos norte-coreanos é essencial. A Igreja Perseguida conta com a ajuda da igreja livre de perseguição. Aproveite a sua liberdade e ore por eles.

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https://www.portasabertas.org.br/noticias/2016/04/doutrinacao-ideologica-sufoca-o-cristianismo

EVM CONVENCE MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES A PROPOR AO ITAMARATY A INCLUSÃO DE CONDENAÇÃO DA “CRISTOFOBIA” EM DISCURSO NA ASSEMBLEIA GERAL DA ONU

Por Andréa Fernandes

Mais uma vez, a equipe de internacionalistas do Ecoando a Voz dos Mártires (EVM) participou de videoconferência com o Ministério das Relações Exteriores e Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, em 29 de março, sobre a atuação internacional do Brasil em temas de direitos humanos. O referido diálogo é realizado periodicamente, seis vezes ao ano, antes e depois das sessões do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra.

As videoconferências costumam ocorrer nas sedes do Ministério Público Federal em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Manaus, Curitiba e Belém, sendo certo que, as internacionalistas do EVM, Dra. Andréa Fernandes e Marcelle Torres, estiveram no MPF de São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente, contando com o apoio operacional de Andrea Giordana Ribeiro que filmou e fotografou o evento.

Cumpre informar que ao ser concedida a palavra à Marcelle Torres, especialista em Coreias e pesquisadora da Escola Naval de Guerra, a mesma se pronunciou tecendo uma análise acurada do cenário de letargia com que são encaradas as terríveis violações de direitos humanos na Coreia do Norte e pontuou a falta de engajamento brasileiro nesse contexto de omissão internacional, requerendo posicionamento brasileiro nesse sentido.

Em resposta às colocações da internacionalista, Pedro Saldanha, Chefe da Divisão de Direitos Humanos do Ministério das Relações Exteriores, informou que na última sessão do Conselho de Direitos Humanos, em março, mais uma vez foi adotado Projeto de Resolução intitulado “A Situação dos Direitos Humanos na República Popular Democrática da Coreia” e foi aprovado por consenso, dizendo que o Brasil apóia essa iniciativa, e afirmando ainda que “há sim, uma preocupação da comunidade internacional com relação à situação de diretos humanos na Coreia do Norte”. Contudo, o representante do Ministério das Relações Exteriores se limitou a expressar que o “Brasil acompanha com atenção a situação e atua tendo por objetivo uma melhora concreta da situação de direitos humanos no terreno e não vai atuar com meras condenações pelo simples fato de condenar se o Brasil não considerar que aquela eventual condenação tem o poder de contribuir para a melhora da situação das pessoas que estão sofrendo violações nos diversos países no mundo todo”, sendo com esse princípio que atua também com a Coreia do Norte, mantendo canal de diálogo objetivando trazer o país à cooperação. Todavia, em momento algum, Pedro Saldanha especificou as tais ações brasileiras ou rebateu com argumentos críveis as colocações da internacionalista.

Logo após, houve a manifestação da presidente do EVM, Andréa Fernandes, que inicialmente teceu considerações onde demonstrou o descaso da ONU para com o tema “perseguição a cristãos e minorias no mundo muçulmano”, abordando o fato de ter havido em 21 de março a celebração do Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial na ONU, e o secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon, alertou para o aumento do preconceito, da xenofobia e da violência contra minorias, migrantes e, particularmente, contra muçulmanos, alertando, ainda, sobre o risco que emerge da “extrema-direita” européia contra os imigrantes, idéia esta seguida também pela Diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, destacando que discriminação racial “divide e mata”. Outrossim, noticiou que em 24 de março, a Comissão de Direitos Humanos pronunciou 37 resoluções, mas nenhuma delas condenou especificamente países muçulmanos por violações de direitos humanos contra minorias cristãs.

Andréa Fernandes afirmou que a chamada “extrema direita” européia não vindica formulação de pena de morte contra homossexuais, adúlteros, dissidentes políticos, apóstatas e crianças, como ocorre, por exemplo, no Irã – país que a presidente Dilma pretende visitar – além do que, não defende a escravidão sexual, decapitações e outras atrocidades que ocorrem em países muçulmanos, sendo absurda a falta de posicionamento da ONU contra tais barbáries. Nesse diapasão, a presidente do EVM lembrou do discurso da presidente Dilma Roussef condenando a ISLAMOFOBIA na sessão de abertura da Assembleia Geral da ONU, em 2012, ano em que 105 mil cristãos foram assassinados em razão da sua fé, ressaltando que, em não havendo pronunciamento da presidente ou representante brasileiro na próxima sessão da Assembleia Geral denunciando e condenando a CRISTOFOBIA, configurar-se-á seletividade no trato com o tema, o que seria inadmissível por ser o Brasil um país de maioria cristã que abomina a perseguição sistemática promovida por governos muçulmanos.

Inobstante tal fato, a internacionalista evocou a denúncia da Anistia Internacional em 2015, no que pertine exportação para Arábia Saudita de bombas de fragmentação – proibidas em mais de cem países – as quais estão sendo utilizadas pela teocracia islâmica em bairros residenciais iemenitas na “guerra por procuração” contra o Irã. Frisando que o Brasil é o 4º maior exportador mundial desse tipo de armamento, Andréa Fernandes indagou Pedro Saldanha sobre a resposta brasileira a tal denúncia e o posicionamento governamental quanto ao banimento de exportação do aludido armamento por ser imoral para um país que postula assento permanente no Conselho de Segurança e diz defender direitos humanos, oportunidade em que, trouxe à lume o informe de o governo brasileiro ter ofertado incentivos fiscais em 2013 para as indústrias que enviam armamento proibido que está matando a população mais pobre do Oriente Médio.

Embora sabendo que a denúncia partiu da Anistia Internacional, o Chefe da Divisão de Direitos Humanos do Ministério das Relações Exteriores afirmou que não poderia se pronunciar num caso relatado pela “imprensa” e que se certificaria sobre o ocorrido.

No que concerne ao pleito da internacionalista acerca da inclusão no discurso brasileiro de DENÚNCIA e CONDENAÇÃO da CRISTOFOBIA na próxima sessão de abertura da Assembleia Geral da ONU, Pedro Saldanha se comprometeu a encaminhar o pedido para o Itamaraty a fim de ser atendido, posto que, impossível refutar os argumentos expendidos dada a gravidade das violações de direitos humanos cometidas contra as comunidades cristãs no mundo muçulmano.

Dessa forma, o EVM cumpriu um dos seus objetivos institucionais, qual seja, “dar voz nos cenários nacional e internacional aos cristãos e minorias” que são perseguidos por governos muçulmanos e pela Coreia do Norte. E vale salientar que o EVM entrará em contato com importantes lideranças cristãs brasileiras para apoiá-la para que haja o implemento de tão importante tema na agenda de política externa da diplomacia brasileira.

Andréa Fernandes é advogada, internacionalista e presidente do Ecoando a Voz dos Mártires (EVM)

‘Estupraram minha mãe e nos venderam’: norte-coreana relata dramática fuga pelo deserto aos 13 anos

Yeonmi Park fugiu da Coreia do Norte quando tinha apenas 13 anos.

Ela teve que atravessar desertos e rios gelados, e chegou a ser vendida por traficantes de pessoas na China.

Park, que hoje vive e estuda nos EUA, contou à BBC sobre a experiência, há quase uma década, e os motivos da fuga de um dos países mais fechados do mundo.

“Escapei em 2007 com minha mãe, atravessando um rio gelado e sob risco de sermos baleadas.

Quando estava na Coreia do Norte, a única coisa que queria era ter algo para comer. Não havia como sobreviver lá. Por sorte eu vivia na fronteira, via as luzes no lado chinês e pensava que poderia encontrar comida se chegasse à China.

Não tínhamos internet na Coreia do Norte. Há apenas um canal de TV e não há revistas.

Minha mãe e eu não sabíamos o que encontraríamos ao fugir. Cruzamos o rio gelado e caímos nas mãos de traficantes de pessoas na China.

Após a travessia estupraram minha mãe na minha frente. Fomos separadas e vendidas a dois fazendeiros chineses.

Image captionYeonmi cresceu no norte da Coreia do Norte; ela via as luzes do lado chinês da fronteira e sonhava com comida.

Venderam minha mãe por US$ 55 (cerca de R$ 200), e pagaram US$ 200 (R$ 722) por mim.

Isso é muito comum. Quando norte-coreanos fogem para a China, o governo chinês não nos considera refugiados e não nos ajuda a chegar à Coreia do Sul.

Em vez disso, costumam nos capturar e devolver ao regime norte-coreano, apesar de saber que seremos castigadas ou executadas.

Por isso, quem escapa da Coreia do Norte fica muito vulnerável – os chineses sabem disso e se aproveitam.

Quando fui vendida ao fazendeiro e me separaram da minha mãe, tentei o suicídio. Mas o fazendeiro disse que se virasse sua amante ele faria com que me reeencontrasse com minha mãe e traria meu pai da Coreia do Norte.

E ele cumpriu a promessa.

Após um tempo fui da China à Mongólia, atravessando o deserto de Gobi, e finalmente cheguei à Coreia do Sul.

Depois de cinco anos lá, vim há pouco tempo para os Estados Unidos, onde estou estudando na Universidade de Columbia, em Nova York.

Image captionA norte-coreana hoje vive e estuda nos EUA.

Gostaria de voltar a meu país algum dia, mas isso não quer dizer que sinta falta do regime ou do sistema.

“Lavagem cerebral”

Cresci no norte da Coreia do Norte. Meu pai foi preso por trabalhar no mercado negro, por isso tive que me mudar para a região central do país e conheci Pyongyang.

Fui à escola por vários anos e só sabia da existência de poucos países no mundo. Nunca havia ouvido falar da internet.

Tudo o que sabia era sobre os “malditos americanos”. Assim eram chamados.

Tentam lavar seu cérebro a todo momento. Tinha a imagem dos “malditos americanos” com narizes muitos grandes e olhos azuis, verdadeiros monstros.

Nunca soube que a Coreia do Sul era um país livre. Pensava que havia sido colonizado pelos EUA e que os soldados americanos estupravam mulheres e crianças, matavam pessoas.

Pensava que era o pior lugar do mundo.

Amor proibido

O ponto de virada na minha vida foi quando vi o filme Titanic. Jamais tinha visto nada parecido, porque histórias de amor não são vistas na Coreia do Norte.

O amor é considerado algo vergonhoso lá, nunca falamos sobre isso.

Image captionYeonmi publicou recentemente um livro sobre sua experiência chamado “In Order to Live”.

Não há músicas, filmes ou novelas sobre o amor. Por isso, quando viTitanic, não acreditei que alguém pudesse ter feito um filme sobre algo tão vergonhoso como o amor, e como alguém poderia morrer por amor, e não pelo regime.

Isso foi uma revolução na minha vida, deu-me uma primeira ideia sobre a liberdade.

Na Coreia do Norte sabemos que os americanos são mais ricos do que nós, mas como no livro 1984 de George Orwell, as pessoas nas ruas continuam achando que vivem no melhor país do mundo.

Esse livro explica tudo o que aconteceu comigo sob o ponto de vista psicológico.

Quando (o líder norte-coreano) Kim Jong-il morreu (em 2011), eu morava na Coreia do Sul com minha mãe e não conseguíamos acreditar.

Minha mãe disse: ‘como pode ser que Deus morreu?’ E vivíamos na Coreia do Sul!

Na Coreia do Norte não acreditam que ele tenha morrido. Estão certos que seu espírito vive entre nós, como Jesus, e que ele lê mentes e sabe tudo o que fazemos, como no filme O Show de Truman.”

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/03/160321_coreianorte_fuga_tg

 

Coreia do Norte condena jovem dos EUA a 15 anos de trabalhos forçados

Estudante de 21 anos foi preso ao tentar roubar item com slogan político em hotel

SEUL — A suprema corte da Coreia do Norte condenou o estudante norte-americano Otto Warmbier a 15 anos de trabalhos forçados nesta quarta-feira. Acusado de crimes contra o Estado, o jovem de 21 anos foi incialmente preso durante uma visita ao país ao tentar roubar um item com slogans de propaganda em seu hotel em Pyongyang.

Warmbier foi detido em janeiro quando estava prestes a deixar o país. Mais tarde, ele confessou que havia roubado um estandarte com um slogan político em uma zona reservada aos funcionários do hotel em que havia se hospedado durante a viagem à capital norte-coreana.

A detenção do estudante, no entanto, veio em um momento sensível no cenário internacional. A Coreia do Norte havia acabado de realizar seu quarto teste nuclear, enquanto os EUA lideravam a campanha por sanções muito mais duras sobre Pyongyang nas Nações Unidas — que foram adotadas no início de março.

A sentença aplicada ao estudante da Universidade da Virginia foi criticada pela organização internacional Human Rights Watch (HRW). A imprensa divulgou imagens de Warmbier sendo levado do tribunal por dois guardas uniformizados.

— A sentença norte-coreana a Otto Warmbier de 15 anos de trabalhos forçados por uma brincadeira de estudante é ultrajante e chocante, e não pode ter permissão para vigorar — disse Phil Robertson, vice-diretor da divisão asiática da HRW.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/coreia-do-norte-condena-jovem-dos-eua-15-anos-de-trabalhos-forcados-1-18886926#ixzz434xl6ALO
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Kim Jong-un ordena preparação de armas nucleares para ataque

 

SEUL – O líder norte-coreano, Kim Jong-un, ordenou que o país deixe preparadas suas armas nucleares para uso imediato, se necessário, informou na manhã de sexta-feira (hora local) a agência estatal de notícias do país. Um dia antes, Pyongyang disparou vários projéteis de curto alcance no mar, horas depois de o Conselho de Segurança da ONU votar a imposição de novas sanções rígidas e a presidente da Coreia do Sul prometer pôr fim à “tirania” da nação vizinha.

Segundo a KCNA, “o país revisará sua postura militar para estar pronto para conduzir ataques preventivos caso a situação de segurança esteja muito precária”.

— Devemos estar preparados a todo momento para disparar nossas ogivas nucleares porque nossos inimigos estão ameaçando nossa sobrevivência — disse Kim em mensagem televisionada.

Os EUA se disseram preocupados com as declarações, ao mesmo tempo em que minimizaram a capcidade nuclear do país asiático.

— Instamos a Coreia do Norte a abdicar de ações provocativas que agravam tensões e passar a focar em cumprir com seus compromissos e obrigações internacionais — disse o comandante Bill Urban, porta-voz do Pentágono.

Os disparos da manhã de quinta-feira aprofundaram as tensões na península, que estão altas desde o teste nuclear e o lançamento de foguete recentes dos norte-coreanos, e deixaram os militares do sul em estado de alerta. O Ministério da Defesa da Coreia do Sul disse estar tentando determinar se os projéteis, lançados às 10h (horário local) na costa Leste norte-coreana, eram mísseis de curto alcance ou fogo de artilharia.

A ação ocorreu depois que o Conselho de Segurança aprovou na quarta-feira, por unanimidade, uma resolução que amplia dramaticamente as sanções a Pyongyang na esteira de seu quarto teste nuclear no dia 6 de janeiro e do lançamento de um foguete de longo alcance em 7 de fevereiro.

O embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, disse que as ações norte-coreanas mostraram que o país não aprendeu a devida lição da última rodada de sanções.

O porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos afirmou que Pyongyang deveria “se abster de provocações que agravam as tensões, e ao invés disso se dedicar ao cumprimento de suas obrigações internacionais”, e o porta-voz da chancelaria chinesa disse que seu país espera que todos os envolvidos evitem ações que causem uma escalada nas tensões.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/kim-jong-un-ordena-preparacao-de-armas-nucleares-para-ataque-18800986#ixzz41tT6b6HY
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