Arquivo da tag: #direitos humanos

O drama das meninas que têm os seios queimados a ferro para ‘adiar a puberdade’

BBC – Simone teve os seios queimados aos 13 anos. Kinaya passou pelo mesmo aos 10. Os nomes das meninas são fictícios, mas suas histórias, não.

As duas vivem no Reino Unido e são de famílias de origem africana, onde a prática de queimar a ferro seios de adolescentes, na tentativa de atrasar seu crescimento, é muito comum em algumas regiões.

“Minha mãe dizia que se (meus seios) não fossem queimados a ferro, os homens iriam começar a se aproximar de mim, buscando sexo”, conta Kinaya.

Normalmente é a própria mãe quem queima o peito das filhas. Usam uma pedra, uma colher ou até mesmo um ferro de passar quentes para achatar os seios das jovens na puberdade.

A prática pode se repetir ao longo de meses.

“O tempo não apaga esse tipo de dor. Você não pode chorar. Se você chora, dizem que você envergonha a família por não ser uma garota forte”, relata Kinaya.

Estima-se que mais de mil meninas tiveram os seios queimados dessa forma no Reino Unido. A prática está sendo questionada e o Sindicato Nacional de Educação britânico alerta que as escolas britânicas são obrigadas a proteger as meninas desse tipo de abuso. Para o governo, professores têm obrigação de comunicar a prática.

Kinaya e sua filh
Image caption‘Kinaya’ não deixou que a filha passasse pelo mesmo sofrimento que passou

Kinaya já é adulta e tem filhas. Quando a mais velha completou 10 anos, a mãe dela sugeriu submetê-la à prática. “Eu disse não, não, não. Nenhuma filha minha vai passar pelo que eu passei. Eu ainda vivo com o trauma”.

Ela mudou-se para longe da família, temendo que seus parentes fossem querer queimar o peito das filhas à força, sem a autorização dela.

No programa matinal Victoria Derbyshire, da BBC, uma mulher relatou que só descobriu que o que fizeram com os seios dela não era normal durante uma aula de educação física. Na hora de trocar de roupa, no vestiário, reparou que tinha algo de errado com ela.

garota com faixa aperdada prendendo o peitoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionNormalmente são as mães que queimam e amarram os seios das filhas

Mas os professores nunca repararam, nem mesmo quando ela parou de frequentar as aulas de educação física.

“Se o meu professor soubesse, se tivesse treinamento, eu poderia ter tido a ajuda que eu precisava enquanto ainda era criança”, relatou, contando que a irmã dela também teve os seios queimados aos oito anos.

Simome também contou sua história ao programa Victoria Derbyshire. Ela teve os seios queimados aos 13 anos, quando a mãe descobriu que ela era gay.

“Minha mãe achava que, talvez, eu fosse atraente por causa dos meus seios. Então, se ela conseguisse achatá-los, eu seria feia e ninguém ia me admirar”, relatou.

Por meses, os seios de Simone foram queimados. Ela foi obrigada a usar uma faixa apertando o peito. “Às vezes era difícil respirar”, contou.

Stone used for breast ironingDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionUma pedra ou uma colher aquecidas no fogo são, normalmente, usados para queimar os seios de meninas na puberdade

Anos depois, ela teve um bebê com o homem com quem foi forçada a se casar.

Amamentar se transformou em algo mais difícil do que normalmente é. “O leite não sai normalmente, parece que tem um nó dentro. Acho que tive alguns nervos comprometidos”.

Crime escondido

No Reino Unido, não há um crime especifico para quem queima os seios a ferro. Mas o governo encara a prática como abuso infantil e informa que quem comete o ato pode ser processado.

A enfermeira Angie Marriott, que já trabalhou com ginecologistas e hoje dá palestras para polícia de Cheshire, no Reino Unido, afirma que a prática é mais comum do que se imagina no país e que existe subnotificação.

Ela descreve o problema como um crime escondido e sensível. Diz que as mulheres têm medo de falar e de sofrerem retaliação das suas comunidades. “Sei o que está acontecendo porque pessoas já se confidenciaram comigo e disseram que era a primeira vez que estavam falando sobre o assunto. Tinham vergonha”, conta a enfermeira.

Simone ainda carrega as cicatrizes dos abusos aos quais foi submetida. Ela quer aumentar a consciência das pessoas sobre o que está acontecendo.

“Para mim foi, no mínimo, abuso. Machuca, te desumaniza”, disse.

Angie Marriott
Image captionA enfermeira Angie Marriott diz que as mulheres têm medo de falar sobre a prática

Kiri Tunks, do Sindicato Nacional da Educação do Reino Unido, pede que professores e funcionários de escolas prestem mais atenção aos sinais.

Kicky Morgan, membro do Parlamento britânico, também se envolveu com o tema. Ela diz que é preciso treinar professores e pessoas que trabalham com jovens para que fiquem cientes de que o problema é real e acontece no Reino Unido.

“É preciso abordar o tema, falar sobre ele e parar com a prática”, afirma Morgan.

Imagem e informações BBC

Será que o “progressismo voraz” da ONU vai engolir o “Brasil conservador”?

Por Andréa Fernandes

Todo ativista é – ou deveria ser – uma incansável “máquina pensante”, pois a reflexão contínua se torna indispensável para cativar a opinião pública objetivando elevar ou mesmo manter suas pautas em discussão. O trabalho não é nada fácil num país onde o desvirtuamento do conceito de “direitos humanos” esvaziou seu grau de importância, já que na atualidade, o tema só interessa, na maioria das vezes, aos grupos militantes de esquerda que receberam vultosas quantias dos governos petistas para dar prosseguimento ao processo de “alienação cultural”, que preconiza a ideia de que no Brasil em que a violência mata mais do que guerras pelo mundo afora, apenas alguns grupos específicos devem ser “protegidos” com leis especiais endurecendo as penas.

Há um “temor velado” em relação à defesa das pautas conservadoras?

A situação se tornou tão complicada que, em certas situações, perdeu-se  o parâmetro entre os próprios conservadores do que representa um efetivo “governo conservador” ao ponto da ministra Damares Alves sucumbir diante do poder atrativo da ONU fazendo “propaganda inconsciente” da “entidade maligna” que apoia a perseguição contra cristãos e demoniza o Estado de Israel. Estranhamente, quando Damares levantou defesa da pauta LGBT em discurso na ONU e ainda se declarou “ativista dos direitos da comunidade LGBT” no Senado, movimento este que teve primazia na recepção de pautas durante o governo de transição, imaginei que os conservadores utilizariam as redes para protestos educados e respeitosos exigindo mudança de posicionamento da ministra. Entrementes, o silêncio foi quase unânime!

Apesar da impossibilidade de explicar-se racionalmente a mudança drástica de alguns posicionamentos da ministra, penso, que em parte, se dão por temor à reação hidrófoba da extrema-imprensa e partidários da esquerda que – principalmente nas primeiras semanas de governo – promoveram ataques grotescos e covardes, não respeitando nem mesmo a dor suportada heroicamente pela ministra em sua infância roubada por “monstros estupradores”. Com isso, acredito que assustada, Damares arrefeceu em seus valores… tanto é que, em entrevista à GloboNews, inacreditavelmente elogiou de forma entusiasmada uma funcionária PETISTA exonerada. Nem mesmo o presidente Bolsonaro foi tão enaltecido como a petista, que ainda terá o apoio aberto de Damares na campanha para “vereadora”. Pelo menos, tive a chance de conhecer uma “petista bolsonarista”, caso contrário não teria apoio da ministra.

Ativismo LGBTI no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos

Talvez, o ímpeto de agradar a imprensa para evitar a perseguição objetivando macular sua imagem tenha desnorteado a ministra, que recentemente em audiência pública no Senado afirmou o seguinte:

Nosso ministério está trabalhando muito na proteção dos direitos LGBTI. A  diretoria ficou intacta, inclusive quem eles indicaram. Essa ministra é uma ativista na defesa dos direitos da comunidade LGBTI[3].”

A fala da ministra suscita várias dúvidas desconcertantes: Ora, porventura os “direitos LGBTI” só seriam resguardados se a ministra mantivesse “intacta” a diretoria anterior, opositora do posicionamento do presidente Bolsonaro? Aliás, essa era a “condição” para a ministra ser “aceita” pela comunidade? Por que a ministra se posiciona frontalmente contrária à promessa de campanha do presidente de não segmentar os direitos humanos? Qual foi o “professor” que ensinou à advogada que para defender os direitos das pessoas que se enquadram no perfil LGBTI precisa necessariamente se rotular como “ativista dos direitos humanos da comunidade LGBTI”?

Outrossim, não ficou muito claro quais são as pautas LGBTI apoiadas pela ministra, uma vez que, até o momento, como bem lembrado em matéria do Gospel Prime[4], ela não se pronunciou sobre a “criminalização da homofobia” em julgamento de ação no Supremo Tribunal Federal, sendo todavia, “resguardada” pelo argumento sorrateiro de não se imiscuir em temas discutidos no Poder Judiciário, muito embora não tenha sido poupada de crítica tácita em pronunciamento do voto do ministro Celso de Mello[5] , que citou a frase da filósofa feminista francesa Simone de Beauvoir de que “ninguém nasce mulher, torna-se mulher”.

Damares não quis se pronunciar sobre a questão da “criminalização da homofobia”, quando o senador Alessandro Vieira (PPS/SE) questionou se “o projeto que criminaliza a LGBTfobia  tem apoio do seu ministério e do governo federal? A “resposta” foi ofertada pelo Secretário Nacional de Proteção Global Sérgio Queiroz, que afirmou que no entendimento do ministério, “os contornos dessa criminalização ou não devem ser decididos por esta Casa (Senado) com as suas devidas excludentes, somos terminantemente contra qualquer violência a essa população ou qualquer outra população”. OU SEJA, a fala do secretário foi dúbia e pode levar ao entendimento que uma vez “sendo contrário a qualquer violência” o ministério apoia tacitamente a criminalização da homofobia. PORÉM, em outro momento dos questionamentos no Senado, a própria Damares expôs  em forma de DENÚNCIA a sua “preocupação” em relação ao “ativismo judicial”, frisando que o tema do ABORTO é do Congresso Nacional e não do Judiciário

Será que Damares silenciou irresignação com o ativismo judicial que concebe a aberração jurídica de “racismo” para tipificar a homofobia devido RECEIO da “diretoria” que manteve no poder pronta para lhe dar “o bote”, caso não “reze” de acordo com a “cartilha” do movimento LGBTI, que é o real mentor desse pleito?

A propósito, dei uma espiada por curiosidade na página institucional do Ministério e resolvi ler o documento em forma de “ata” da 1ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Combate à Discriminação (CNCD/LGBT), que tinha como “pauta” o lançamento da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT, realizada em março de 2011. E sabe o que encontrei?“a leitura de nota pública de repúdio ao deputado Jair Bolsonaro pela conselheira Janaina (vice-presidente do CNCD/LGBT) sobre as ponderações racistas e homofóbicas feitas essa semana em programa de televisão[6]”.

Nada mal essa ata com acusações contra o chefe de Damares compondo o “abre alas” das diversas atas e pautas lá consignadas! Confesso que perdi a vontade de continuar a leitura já imaginando o “respeito” que essa diretoria preservada pela ministra deve ter pelo presidente. Por mais que Damares queira negar essa é a “verdadeira face” do órgão vinculado ao seu ministério: revolta contra Bolsonaro. Contudo, ela se entregou “de corpo e alma” ao ativismo extremista LGBTI e hoje, infelizmente está amordaçada. Daí, não denunciar o “ativismo judicial” na questão que seus ex-companheiros de “ativismo sem rótulos” vem reverberando quanto à Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO Nº 26).

Cabe parceria de um “país conservador” com a escarnecedora “Europa progressista” para o “enfrentamento da homofobia”?

Na realidade, a ministra se tornou “refém” da odiosa agenda multiculturalista da ONU, e a manutenção do Conselho Nacional de Combate à Discriminação é corolário da propaganda das Nações Unidas para fortalecimento da “agenda LGBTI”, E POR ISSO, CONSTA DA PÁGINA OFICIAL DO MINISTÉRIO DOS DIREITOS HUMANOS A “PARCERIA” ENTRE BRASIL E UNIÃO EUROPEIA  VISANDO TROCAR EXPERIÊNCIAS  NO ENFRENTAMENTO DA HOMOFOBIA[7]. Como a ministra não deve andar bem informada sobre as “políticas públicas” da União Europeia, ignora que o PROGRESSISMO VORAZ é a base de atuação das comunidades LGBTI. Poderia mencionar diversos exemplos da agenda minuciosamente propagada pela ONU…

A pergunta que fica: será que os conservadores não teriam “competência” para promover os “direitos humanos” da comunidade LGBT, e por isso, precisam ser “substituídos” pelo ideário totalitarista da União Europeia anti-cristã e extremistas de governos anteriores mantidos nos seus postos?

logo, só após avaliar diversas ações e omissões da ministra Damares, algumas delas não mencionadas aqui, percebo o motivo de ter se acovardado em “discurso politicamente correto” na 40ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU,  não denunciando a Cristofobia que persegue e mata milhares de cristãos anualmente em diversos países, e nesse ponto, ela não precisaria realmente se preocupar porque, de fato, esta não é considerada uma pauta tradicional de conservadores no Brasil. São pouquíssimos aqueles que acreditam no “dever moral” de um país majoritariamente cristão se posicionar nos foros internacionais denunciando a perseguição contra cristãos.

Por sinal, orgulhosamente a ministra aponta as pautas do seus discurso na página oficial do Ministério. Como boa “serviçal” dos interesses da ONU, ocultou a perseguição dos cristãos – que já é “norma da Casa” – e reverberou as pautas da instituição que finge “proteger minorias” com o cuidado redobrado de não pronunciar o termo “aborto” para não manchar sua estreia como “ministra progressista” na tribuna do órgão que se NEGOU a RECONHECER O GENOCÍDIO DE CRISTÃOS nos territórios ocupados pelo Estado Islâmico apesar de fartas provas.

A ministra “terrivelmente cristã”, ao invés de firmar protagonismo exemplar na seara internacional agindo como a “rainha Ester” – que entendeu o objetivo Divino ao ser agraciada com posto tão elevado na potência mundial da época – preferiu agir como uma ativista “LGBTQI” reafirmando na ONU “o compromisso de combater a discriminação e a violência contra a comunidade LGBTQI[8]. O único evento trágico internacional que despertou a sensibilidade denunciativa da ministra foi a turbulência na Venezuela, momento em que o discurso ganhou um “tom emotivo” para posar de “humanista”, já que o derramamento covarde e sistemático de “sangue cristão” não merece o empenho de combate da comunidade internacional. Ou seja, de nada valeu minha constante súplica à ministra quando era assessora de Magno Malta informando os horrores perpetrados contra cristãos no mundo muçulmano. Ela não conseguiu exercer “compaixão” pelos seus irmãos de fé, talvez, pelo fato do tema não render honrarias ou votos num país de maioria cristã, onde a preocupação maior de algumas autoridades é mostrar à comunidade LGBTI que está “seguindo obedientemente suas pautas”.

O “alinhamento conservador” com as pautas da ONU comuno-islâmica

Mais grave foi Damares afirmar que o Brasil pretende se candidatar a vaga no Conselho de Direitos Humanos da ONU, violando incontestavelmente uma “promessa de campanha” do presidente Bolsonaro. E se algum incauto afirmar que essa pode ser uma “estratégia” para tentar mudar posicionamentos diversos da ONU atuando no referido Conselho na defesa de “pautas conservadoras”, tal argumento “cai por terra”, quando no primeiro discurso da ministra a pauta foi eminentemente ditada por “interesses” da agenda progressista. Se houve alguma dúvida sobre essa realidade, foi sanada quando a própria Damares twitou foto sorridente ao lado do Alto Comissário da ONU para Refugiados (ACNUR), Filippo Grandi, o qual reconheceu o exemplo do Brasil no acolhimento de refugiados venezuelanos.

Política imigratória da ONU arruinando Roraima é “orgulho” para a pasta de direitos humanos

Vale explicar o “significado” desse “reconhecimento da ONU, que não orgulharia brasileiro algum com conhecimento elementar de política internacional e direitos humanos: foi a ONU que “desorientou” o Brasil em relação não apenas à perigosa Lei de Migração, mas também, à nossa política migratória. A ONU é culpada por “refugiados” terem sido agraciados com o “livre arbítrio” pertinente à decisão se queriam ou não ser vacinados  ao ingressarem pela fronteira oficial em Pacaraima. Não houve controle sanitário obrigando a vacinação porque as “questões humanitárias” da ONU estão acima da nossa soberania, e por isso, imigrantes e refugiados fazem o que querem em nosso território sem preocupação de nenhuma autoridade no tocante às epidemias importadas com a imigração em massa! Contudo, a ONU que não exigia vacinação para preservar a saúde da população de Roraima agiu de forma diferente para a “interiorização” desses venezuelanos exigindo a vacinação para enviá-los aos municípios brasileiros.

Aliás, o nobre leitor sabe que o “processo de interiorização” utilizado para assentar “refugiados” venezuelanos em municípios brasileiros só ocorreu com a “autorização da ONU”?  E “as regras” impostas para a “interiorização” previam que deveriam ser enviadas “pessoas com maior escolaridade, menos doentes”. Dá para perceber a perversidade? Os doentes e incapacitados para o trabalho deveriam ficar em Roraima, estado já depauperado pela imigração em massa e sem condições de suportar tamanho fluxo em suas fronteiras (oficial e não oficiais).

O elogio do representante da ACNUR aos “direitos humanos” do Brasil é mais do que “merecido”, pois a partir do momento que o governo continua se negando exigir da ONU a instalação de campos de refugiados para acolher os refugiados sem causar impacto destrutivo no estado, privilegia a tese da imigração em massa. Dessa forma, apesar do Brasil ter se retirado do Pacto Global de Migração, causando euforia nos “desavisados”, continua seguindo a pauta de ´promover atenção e cuidados especiais para a imigração em massa comandada pela ONU abandonando a população local. Nesse sentido, foi risível ler post nas redes do deputado federal Nicoletti (PSL/RR), anunciando que a ministra Damares o recebeu em reunião, onde entregou ofício pedindo a promoção de políticas públicas efetivas voltadas para Roraima, recebendo aprovação da ministra em relação ao seu convite para conhecer as necessidades públicas naquele estado. Esquece o parlamentar, que sem controles de segurança e sanitário na fronteira – pastas que não são da alçada daquele ministério – não há resolução da situação caótica em que se encontra a sofrida população. Logo, de nada adiantará a visita de uma ministra que apoia a “política de refúgio totalitária” da ONU.

Outro motivo para a ONU “elogiar” o Brasil se dá pelo privilégio da entidade auferido em detrimento da população do estado pobre de Roraima: o Executivo Federal publicou a MP nº 860/2018 presenteando a ACNUR com doação de 15 milhões de reais, o que mostra que a “nação paga” para a ONU interferir na sua política de migração.

Enfim, assim como abordei temáticas vinculadas aos direitos humanos, poderia abordar outras pautas – de segurança pública (terrorismo), por exemplo – para mostrar que os conservadores precisam se organizar , inclusive, com aparato técnico, para trabalhar as pautas que já estão na mídia e aquelas “estrategicamente nebulosas”, caso contrário, as “contaminações progressistas” irão, aos poucos, minando o governo…

No “Brasil acima de todos”, não é apenas o ministro Sergio Moro que deve sofrer reprimendas em forma de protestos nas redes da militância conservadora, Damares e quaisquer ministros que violarem os ditames básicos que impulsionaram a vitória de Bolsonaro nas urnas, devem ser tratados de forma igualitária eivada de “rigor democrático”. A reconstrução de um país não é ofício para conservadores melindrosos!

Andréa Fernandes é jornalista, advogada, internacionalista e presidente da ONG Ecoando a Voz dos Mártires.

Imagem El Pais – El País

[1] https://ecoandoavozdosmartires.wordpress.com/2017/05/10/senador-magno-malta-recebe-presidente-da-ong-evm-para-deliberar-pauta-em-defesa-dos-cristaos-perseguidos-no-mundo-muculmano/

[2] https://ecoandoavozdosmartires.wordpress.com/2016/12/01/senador-magno-malta-oficiara-o-ministerio-das-relacoes-exteriores-para-responder-postulacoes-da-ong-evm/

[3] https://exame.abril.com.br/brasil/damares-diz-a-parlamentares-nao-haver-vertente-religiosa-em-suas-falas/

[4] https://noticias.gospelmais.com.br/ministra-damares-alves-ativista-direitos-lgbt-108399.html

5] https://extra.globo.com/noticias/brasil/relator-de-acao-pedindo-criminalizacao-da-homofobia-celso-de-mello-critica-ministra-damares-alves-23453076.html

[6] https://www.mdh.gov.br/informacao-ao-cidadao/participacao-social/old/cncd-lgbt/reunioes/pauta-001-ro

[7] https://www.mdh.gov.br/navegue-por-temas/lgbt

[8] https://www.mdh.gov.br/todas-as-noticias/2019/fevereiro/em-genebra-ministra-damares-alves-faz-apelo-por-atuacao-internacional-na-venezuela

 

Nota de Apoio da ONG EVM à Indicação de Damares Alves para o Ministério dos Direitos Humanos

Recentemente, o Brasil consagrou nas urnas a vitória da não-ideologização dos direitos humanos rechaçando os padrões estabelecidos pela doutrina marxista abraçada por sucessivos governos, que ao invés de promoverem de forma equânime a “dignidade da pessoa humana” prevista na Constituição brasileira, traçaram projetos e políticas públicas privilegiando as diretrizes comportamentais determinadas por alguns grupos da sociedade em detrimento da maioria, prática esta amparada na pernóstica relativização do próprio conceito de direitos humanos.

Assim, ao rejeitar o ideário de profunda segregação que divide o país  de acordo com uma cartilha ideológica que prioriza o ente humano com “rótulos distintivos”, o povo brasileiro manifesta a vontade soberana de lograr a garantia dos direitos humanos fundamentais bem como proteger a vida humana desde a concepção.

Dessa forma, considerando os elevados anseios da população, diversas lideranças e entidades renomadas que trabalham na seara dos direitos humanos vêm manifestando publicamente APOIO à indicação da Dra. Damares Alves para ocupar tão importante cargo de  MINISTRA no Ministério dos Direitos Humanos, entendimento que a ONG Ecoando a Voz dos Mártires (EVM) também perfilha em razão dos préstimos resultantes do ativismo incansável da advogada em prol das causas sociais.

A experiência auferida em mais de 20 anos na defesa de populações historicamente esquecidas, com destaque das minorias indígenas e ciganos, além da sua defesa aguerrida à proteção da infância contra a pedofilia, infanticídio, suicídio, automutilação e consumo de drogas, atestam sua competência para exercer com maestria a nobre tarefa de reconstrução dos pilares dos direitos humanos de maneira harmoniosa em respeito à diversidade da sociedade brasileira focada na dignidade da pessoa humana.

Subscrevem esta nota de apoio:

Andréa Fernandes – advogada, internacionalista, jornalista, líder do Movimento pelo Reconhecimento do Genocídio de Cristãos e Minorias no Oriente Médio e Diretora-Presidente da Associação Ecoando a Voz dos Mártires

Sandelane Moura – advogada, palestrante, militante, vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RR, representante da Associação Ecoando a Voz dos Mártires em Roraima

Deputado eleito Douglas Garcia (PSL/SP) reconhece relevância das pautas da ONG Ecoando a Voz dos Mártires

Reforçando comunicado anterior, o Deputado Estadual afirma que Assembleia Legislativa de SP estará de “portas abertas” para receber a ONG EVM

SÃO PAULO- O deputado Douglas Garcia eleito em São Paulo pelo PSL, ao se pronunciar sobre a decisão do presidente Jair Messias Bolsonaro no sentido de transferir a embaixada brasileira sediada em Tel Aviv para Jerusalém, destacou a importância do trabalho na área de direitos humanos que vem sendo promovido pela ONG Ecoando a Voz dos Mártires.

Assim que se elegeu, o deputado entrou em contato imediatamente com a presidente da ONG EVM, a jornalista Andréa Fernandes, disponibilizando o apoio às pautas da instituição no tocante à competência da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Contudo, nessa quinta-feira, Douglas Garcia usou sua página oficial para formalizar o apoio à entidade que além de combater violações dos direitos humanos no mundo muçulmano, perseguição religiosa e antissemitismo, vem, também, sendo arauto do sofrido povo de Roraima, que vem padecendo em virtude do caos provocado pela imigração desordenada de venezuelanos sem o devido amparo do governo federal e ONU.

Eis o pronunciamento do parlamentar em sua página oficial:

Com a declaração do Presidente Bolsonaro sobre a transferência da Embaixada Brasileira de Israel para Jerusalém, aproveito a oportunidade para anunciar que a Assembleia Legislativa de SP abrirá as portas para receber a ONG Ecoando a Voz dos Mártires através do meu mandato. A ONG de Direitos Humanos é reconhecida por lutar pelos direitos dos cristãos, judeus, venezuelanos, africanos, religiosos e grupos que sofrem nas mãos de ditadores e são vítimas de fake news pela extrema-imprensa“.

 

10 países mais perigosos do mundo para as mulheres

Aqui está a lista dos 10 países classificados como os mais perigosos para as mulheres por uma pesquisa de especialistas globais

A Índia foi apontada como o país mais perigoso do mundo para as mulheres em uma pesquisa com especialistas globais divulgada na terça-feira.

A pesquisa da Thomson Reuters Foundation com cerca de 550 especialistas em questões femininas classificou o Afeganistão e a  Síria  em segundo e terceiro lugar, com a Somália e a Arábia Saudita em seguida.

A pesquisa foi uma repetição de uma pesquisa semelhante em 2011, que classificou os países mais perigosos para as mulheres como Afeganistão, República Democrática do Congo, Paquistão, Índia e Somália.

Ele perguntou quais cinco dos 193 estados membros das Nações Unidas eram mais perigosos para as mulheres e o pior para os cuidados de saúde, recursos econômicos, práticas tradicionais, abuso sexual e não sexual e tráfico de seres humanos.

1. ÍNDIA – No topo da lista, com níveis de violência contra as mulheres ainda em alta, mais de cinco anos após o estupro e assassinato de um estudante em um ônibus em Nova Déli provocou indignação nacional e promessas do governo para enfrentar a questão.

A Índia classificou-se como a mais perigosa em três questões – os riscos que as mulheres enfrentam de violência e assédio sexual, de práticas culturais e tradicionais e do tráfico de seres humanos, incluindo trabalho forçado, escravidão sexual e servidão doméstica.

2. AFEGANISTÃO – Segundo na lista, com especialistas dizendo que as mulheres enfrentam problemas terríveis quase 17 anos após a derrubada do Taleban.

Classificado como o país mais perigoso para as mulheres em três áreas – violência não sexual, acesso a cuidados de saúde e acesso a recursos econômicos.

3. SÍRIA – Terceiro após sete anos de guerra civil. Classificada como o segundo país mais perigoso para mulheres em termos de acesso a cuidados de saúde e violência não sexual, o que inclui violência relacionada com conflitos, bem como abuso doméstico. Terceiro conjunto com os Estados Unidos sobre os riscos que as mulheres enfrentam de abuso sexual.

5. ARÁBIA SAUDITA – Quinto total, mas o reino conservador foi nomeado o segundo país mais perigoso para as mulheres em termos de acesso econômico e discriminação, inclusive no local de trabalho e em termos de direitos de propriedade. Quinto em termos dos riscos que as mulheres enfrentam de práticas culturais e religiosas.

6. PAQUISTÃO – O sexto mais perigoso e quarto pior em termos de recursos econômicos e discriminação, bem como os riscos que as mulheres enfrentam de práticas culturais, religiosas e tradicionais, incluindo os chamados crimes de honra. O Paquistão ficou em quinto lugar na violência não sexual, incluindo abuso doméstico.

7. REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO – Listada como a sétima das Nações Unidas, alertando que milhões de pessoas enfrentam “condições infernais de vida” depois de anos de derramamento de sangue e ilegalidade. Classificada como segundo país mais perigoso para mulheres no que diz respeito à violência sexual, e entre sétima e nona em quatro outras questões.

8. IÊMEN – Oitavo na lista após classificar mal o acesso a cuidados de saúde, recursos econômicos, risco de práticas culturais e tradicionais e violência não sexual. O Iêmen ainda está se recuperando da crise humanitária mais urgente do mundo, com 22 milhões de pessoas que precisam de ajuda vital.

9. NIGÉRIA – Classificado em nono lugar, com grupos de direitos humanos acusando os militares do país de tortura, estupro e assassinato de civis durante uma luta de nove anos contra militantes do Boko Haram.  Nigéria foi nomeada o quarto país mais perigoso, juntamente com a Rússia, quando se tratava de tráfico humano. Ele listou o sexto pior dos riscos que as mulheres enfrentam em práticas tradicionais.

10. ESTADOS UNIDOS – Única nação ocidental no top 10 e terceira em conjunto com a Síria pelos riscos que as mulheres enfrentam em termos de violência sexual, incluindo estupro, assédio sexual, coerção sexual e falta de acesso à justiça em casos de estupro. A pesquisa veio depois que a campanha #MeToo se tornou viral no ano passado, com milhares de mulheres usando o movimento de mídia social para compartilhar histórias de assédio ou abuso sexual.

Com imagem   Jornal de Notícias e informações Haaretz

“Marielle vive” e “Patrícia Acioli morre” nos anais do ativismo seletivo

Por Andréa Fernandes

Venho acompanhando a “guerra de narrativas” que se estabeleceu desde o momento que a imprensa noticiou a bárbara e covarde execução da vereadora Marielle Franco, do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL/RJ). Na condição de carioca preocupada com o caos que se implantou na segurança pública do meu querido Rio de Janeiro, é lógico que fui impactada com os desdobramentos de um crime que – vergonhosamente, devo reconhecer –  representa a “normalidade” dos índices de violência que estimularam o presidente Temer a promover intervenção federal, que veio a ser impugnada no Judiciário pelo partido de Marielle, usual crítico das forças policiais, porém, silente em relação ao poder paralelo e consequentes atrocidades promovidas pelo tráfico contra moradores acuados em favelas. Cabe salientar que acessei a página oficial do PSOL e não havia no informativo denominado “resoluções[1]” crítica ou denúncia contra os traficantes que impõem terror em seus “reféns encarcerados” nas comunidades carentes. De modo que, a princípio, o partido não vê a ação do tráfico como “opressão”. Por que será?

Lembro que minha primeira manifestação nas redes que gerou mais de 3,3 mil compartilhamentos externou a revolta de uma cidadã – não uso rótulos vitimistas – que leu em jornais a notícia da execução da vereadora sem menção do nome do motorista que foi tão “vítima” da violência quanto Marielle. Ora, pensei: “por que esse “pai de família desempregado” que representa milhões de brasileiros na mesma condição  foi tratado inicialmente como “invisível” pela mídia e movimentos esquerdistas? Por que, seu “cadáver” não pôde ser aclamado nos comícios montados pelos movimentos de esquerda como “símbolo dos oprimidos pelas classes dominantes”?

Daí, escrevi no meu Facebook: “Ainda não vi consternação pela morte do motorista, deve ser porque não era ‘mulher negra’. Era só um trabalhador”.

Tenho certeza absoluta que todos aqueles que compartilharam meu post acreditam piamente que num contexto de violência endêmica, não existe “cadáver mais especial que outro”…

Nesse sentido, vejo uma “comoção artificial” gerada pela imprensa e movimentos sociais que tentam a todo instante apresentar a vereadora não somente como uma defensora dos direitos humanos, mas, também uma heroína defensora dos policiais[2], muito embora a mesma conclamasse aguerridamente o “fim da polícia” e acusasse – sem provas – policiais de comentimento de crimes como no sua última manifestação nas redes, que atribuía a morte de um jovem a uma possível ação da polícia[3] . No entanto, atrocidades promovidas pelo tráfico não geravam a mesma revolta em tom de denúncia.

Aliás, até a pauta de “direitos humanos” evocada pela mídia segue uma agenda progressista no mínimo “discutível”. Afinal de contas, será que para a maioria da população brasileira, a defesa do aborto e da liberação das drogas, além de outras pautas defendidas por Marielle, seriam compatíveis à benemérita seara dos direitos humanos? Porém, num ambiente raivoso onde todos aqueles que não comungam do “ditoso padrão comportamental” estipulado por “acadêmicos de Frankfurt”, analisar fatos desnudando narrativas distantes da natureza supostamente humanitária, já é o suficiente para ser rotulado de forma negativa com ofensas inexprimíveis. Qualquer crítica ao uso político da morte da veredadora para fortalecimento de uma agenda ideológica altamente perniciosa justifica ofensas e acusações das mais variadas. Parece que os simpatizantes dos partidos de esquerda esquecem que as últimas décadas dominadas por suas “pautas humanistas” propiciaram a degredação da segurança pública.

Contudo, confesso que o apelo emocional promovido pela imprensa e a argumentação desenvolvida nas redes tem lá o seu poder sedutor. Li um post no Facebook que retrata bem isso… Um rapaz afirma que a vereadora  mereceu a comoção gigantesca orquestrada pela mídia e grupos de esquerda, que teriam se manifestado nas ruas por causa da sua “representatividade”. Ela seria um “símbolo” pelos seguintes fatos: era VEREADORA, MULHER, NEGRA e LÉSBICA. Ou seja, se ela não tivesse preenchido essas “condições”, sua morte não teria o condão de arregimentar multidões. Mas será que a “motivação” da consternação e revolta dos vândalos que picharam a Câmara Municipal do Rio de Janeiro era realmente em virtude do simbolismo que a Sra. Marielle trazia consigo? E as milhares de pessoas que também se manifestaram sem depredar o patrimônio público?

Em sendo verdadeiro o argumento da “carga simbólica”, a expressão de revolta contra as mazelas sociais está limitada ao aspecto das “categorias” que sofrem a violência. Se a “vítima” de criminosos cada vez mais audaciosos nas ações de barbárie não pertencer às categorias já estabelecidas por “sociólogos bacaninhas” como “minorias perseguidas pelas elites brancas”, haverá toda uma conjugação de esforços da imprensa, movimentos sociais e líderes partidários da esquerda para minimizar o impacto da desgraça como se uma parte da população dizimada pela violência, que é geral, fosse mais “desgraçada” que a outra parte que deu o “azar” de não ter nenhum “atributo simbólico”.

Assim, fica muito complicado tentar levar as pessoas à seguinte reflexão: Marielle não morreu por ser mulher, negra, ex-favelada e lésbica. Ela morreu, possivelmente, em função das atividades que desempenhava pelo cargo público que ocupava, e nesse aspecto, há necessidade de investigação para identificar e punir com todo rigor da lei os criminosos, lembrando que é muito precipitado chamá-la de “mártir” sem haver aferição das cisrcuntâncias que levaram ao crime, sob pena de culpar antecipadamente a polícia, costume banal dos movimentos de esquerda que agem ao arrepio da lei com a presunção antecipada de culpa por parte dos policiais, eleitos “verdugos das favelas”.

Um fato curioso é que o assassinato de autoridades políticas, judiciárias ou de candidatos a cargos nos poderes Executico e Legislativo não mereceu a elaboração de estatísticas oficiais em nosso país, mas nas eleições em 2016, entre junho e setembro, 45 políticos brasileiros foram alvos de ataques a tiros, dos quais 28 morreram, 15 durante a campanha. Números assustadores, não? Nenhum caso despertou revolta ou comoção da esquerda, que estranhamente “abafou” o escândalo da execução do prefeito Celso Daniel (2002), de Santo André, e de algumas testemunhas. Celso Daniel era um dos homens mais carismáticos do PT e cogitado para sucessão de Lula[4]. Após sua execução, alguns petistas denunciaram o assassinato como “crime político” tal qual estão fazendo em relação à vereadora, embora não haja ainda robusta evidência endossando essa hipótese. Porém, com o desenrolar das investigações, o PT passou a advogar a tese de “crime comum” numa tentativa desesperada de silenciar a repercussão do caso que enxovalhava a imagem do partido. Celso Daniel passou a ser um “fantasma incômodo”.

Todavia, até o momento, o “caso Marielle” vem servindo a contento como bandeira política para o PT, PSOL e demais partidos de esquerda, já que a vereadora assassinada conta com maciço apoio midiático destacando sua luta por direitos humanos. Realmente, melhor “símbolo” não poderia existir… Marielle era apresentada como a favelada que venceu a estigmatização da população negra e pobre alcançando um lugar ao sol na “Casa do Povo” junto ao partido que denuncia policiais e milícias, mas não costuma expressar repúdio às atrocidades do Comando Vermelho.

Aos “gritos de guerra” das lideranças políticas e da mídia, milhares de pessoas foram às ruas e a militância passou a reverberar suas pautas, promovendo tácita e inconscientemente a defesa da liberdade necessária para o tráfico continuar agindo impunemente sem as “ações paliativas” da intervenção federal. Afinal, essa era uma das “lutas” da vereadora-ativista de extrema-esquerda que via no efetivo policial o maior inimigo das favelas.

Como todo ente corporativista, as esquerdas elegeram a vereadora como “mártir” num momento em que precisavam forjar uma “situação política favorável” para implementar sua agenda bolivariana extinguindo as polícias militares. A comoção anula qualquer tentativa de racionalidade para enfrentamento do crime organizado que se agigantou graças às políticas paternalistas de governos esquerdistas que resultaram na explosão de violência que assola o estado.

Interessante, que auxiliares da Procuradora Geral da República Raquel Dodge alegam semelhança entre as execuções de Marielle e da juíza Patrícia Acioli[5], executada cruelmente na porta de sua casa em Niterói  (RJ), com 21 tiros – a maioria no rosto e no tórax – no ano de 2011. Lógico, que ninguém lembrou que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro negou pedido de proteção  policial para a juíza que enfrentou bravamente a corrupção em determinados seguimentos da polícia antes de ser assassinada[6].

Ao contrário da vereadora de extrema-esquerda, a execução da juíza que condenou pelo menos 60 policiais nos últimos dez anos de atuação no Judiciário, não levou multidões para as ruas tendo em vista o “descaso” dos movimentos de esquerda e “azar” de não ser retratada como “heroína” pela imprensa, que se esforçou para “arranhar” sua imagem tachando-a de “rígida”, “impulsiva dentro e fora do tribunal”, centralizadora, “obsessiva”, dentre outras “pérolas de demonização”. Elogios merecem apenas os infalíveis ativistas esquerdistas; os demais defensores de direitos humanos têm defeitos que devem ser salientados para que não se tornem “mártires” frente à opinião pública!

 A mulher corajosa que aplicava a lei para condenação de grupos de extermínio, milícias e quadrilhas formadas por policiais teve apenas cerca de 450 pessoas acompanhando seu sepultamento. O movimento “Rio de Paz” fez um “protesto silencioso”, além disso, amigos e familiares fizeram um pequeno protesto em frente ao fórum de São Gonçalo. Quer fim mais inglório para a juíza que não preencheu os requisitos exigidos pela esquerda para alcançar o apogeu do martírio?

Nem mesmo os depoimentos de colegas de faculdade da juíza convenceram os partidos de esquerda e a mídia. Segundo essas “testemunhas solenemente ignoradas”, Patrícia mantinha a determinação com que lutava por seus ideais de faculdade: “defender os pobres contra a injustiça social”[7]. Essa virtude que costuma ser “lema” nos discursos da esquerda de nada adiantou para a juíza, que enfrentou ameaças de morte com coragem digna de estadistas. Uma mulher branca elitizada “não combina” com essa “coisa engajada” que é defender pobres!

Assim, após o assassinado de Marielle, alguns jornalistas, militantes esquerdistas e membros da Procuradoria Geral da República ressuscitaram o cadáver da corajosa juíza sem elevá-la à heroína dos direitos humanos como vem fazendo com a vereadora.Tratou-se apenas de uso estratégico de um ato covarde de violência para ratificar as teses que reforçam convicções que precedem às investigações. Recordemos que a juíza foi morta por policiais.

No entanto, em minha memória, Marielle jaz como um ser humano e parlamentar que teve a vida ceifada covardemente em circunstâncias ainda não esclarecidas, mas de todo abomináveis que merecem não apenas investigação e punição exemplar, mas também, REPÚDIO dos cidadãos de bem que abominam a violência que mata independentemente da cor da pele, gênero, profissão ou classe social.

De fato, Patrícia é a “mártir” desprezada pela imprensa, intelectuais e militância de esquerda por não ter pertencido aos quadros do partido que sequestrou o conceito de “direitos humanos” e dita arrogantemente as “regras” quanto aos merecedores de “reconhecimento post mortem” num tempo em que a violência não escolhe vítimas segundo os modelos de segregação formulados por humanistas seletivos.

Assim caminha a desumanidade, “Marielle vive” e “Patrícia Acioli morre” nos anais do esquecimento.

Publicado originalmente em 18 de março no Portal Conexão Política

[1] http://www.psol50.org.br/resolucoes-das-setoriais-aprovadas-no-6o-congresso-ressaltam-atuacao-do-psol-nas-lutas-contra-as-opressoes/

[2] https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/mae-de-policial-assassinado-relembra-ajuda-de-marielle-franco-no-caso-foi-imbativel.ghtml

[3] https://oglobo.globo.com/rio/quantos-mais-vao-precisar-morrer-para-que-essa-guerra-acabe-escreveu-marielle-um-dia-antes-de-ser-morta-22491127

[4] http://sensoincomum.org/2017/01/20/celso-daniel-livro-cadaver-pt/

[5] https://oglobo.globo.com/rio/auxiliares-de-dodge-veem-assassinato-de-marielle-semelhante-ao-de-patricia-acioli-22495830

[6] http://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/tj-negou-pedido-de-protecao-policial-a-juiza-executada-no-rio-de-janeiro/

[7] http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2108201112.htm

 

Islã: uma realidade a se conceber

Por Ulisses Araújo

Óculos são objetos interessantes:  eles aproximam, mas também podem condicionar.  Quem já experimentou usar óculos azuis enxerga não tudo azul simplesmente:  a percepção daquele que usa os óculos é resultado da interação entre o objeto que tem sobre seus olhos e as cores dos objetos contemplados.  Não cabe aqui fazer um estudo acerca dos resultados obtidos a partir da fusão de cores.  Não.  Não vamos entrar no conceito de cor a partir do efeito da luz sobre os objetos.  O assunto aqui não é Física.  Basta que fique claro que nosso referencial determina o modo como enxergamos nossa realidade, e tudo parece óbvio – e dado de uma vez por todas – a partir de nossas lentes.

Nossas  lentes ocidentais nos são óbvias:  liberdade individual de pensamento, liberdade de expressão, escolha.  Nada de coerção.  Lutamos muitíssimo para chegar aonde chegamos, e ai de quem sonhar em mudar esse status existencial.

Nossas liberdades se fundamentam em nossa História:  nossos traumas, sobretudo políticos e religiosos – não poucas vezes os dois juntos – nos ensinaram a tentar não errar mais.  Aqueles que não escrutinam o passado estão fadados  a repeti-lo.  Passamos por um Império Romano no qual religião e política foram misturados; passamos por uma Idade Média que foi um prolongamento dessa mistura.  Não.  O objetivo aqui não é demonizar os séculos entre o Império e a Modernidade.  Mas sim:  o casamento Igreja-política, uma tentativa de sobrevivência dos tempos imperiais, trouxe uma série de problemas.

Passamos por problemas:  brigas, guerras em nome da fé.  A Revolução Francesa coloca tudo em seu devido lugar:  religião é foro íntimo e não deve interferir na esfera pública; fé é coisa que se escolhe.

Com a secularização cada vez mais crescente – e bastante pronunciada sobretudo na Europa Ocidental – as liberdades de pensamento são cada vez mais evocadas.  Há quem faça, em tom de piada, porém cheio de seriedade, protestos pelo “desbatismo”:  eu não pedi para ser batizado; deem-me meu desbatismo.

A fé é atacada:  piadas são feitas; o ateísmo pulula;  muitos nem se dão o trabalho de comentar.  São indiferentes.  O assunto nem mesmo entra na zona de discussão.

Ao que parece é a ruptura total com a religião, ao menos institucional.

Nosso lugar existencial enquanto indivíduos, nossas locações socais enquanto grupo, não importa qual seja a perspectiva, são vividos dentro da liberdade de escolha.  O problema disso é que já nos compreendemos como indivíduos dentro de um status de conforto, e não fazemos ideia de que possa existir algo como cerceamento de liberdades; não temos categorias para isso.  É como o viajante que não foi avisado de que ao longo do caminho apareceriam certos tipos de animais:  ele vai lendo seu livro, ouvindo sua música traquilamente sem atentar para o que pode aparecer.  Talvez ele passe por perto de um animal que jamais viu e ache que é um cachorro ou algum outro dentro de seu campo experiencial.  Assim somos nós, sem perceber a realidade de milhões e milhões de pessoas que de tão monitoradas  – e a isso tão acostumadas – nos dão a impressão de que  vivem no uso de suas plenas liberdades.  Não sabemos o que é ter de se sujeitar, ainda na infância a um casamento forçado; não sabemos o que é ser objeto sexual e ter de continuar calada, sem qualquer suporte por parte das autoridades; não fazemos a menor ideia do que seja a obrigação de se sujeitar a um esquema de vigilância total, mesmo dentro de casa.  Não passa por nossa cabeça o que é ser obrigado a seguir um credo imposto, e ter de pedir autorização para abandoná-lo; não sonhamos que haja pessoas que precisam praticar suas crenças em segredo.  Não enxergamos um mundo em que não se possa questionar.

Confrontados com essas outras realidades, reagimos a partir de nossos referenciais:  isso não é verdade; é a cultura; trata-se de uma exceção.

Mas não.

Precisamos entender que tudo aquilo que nos é óbvio e garantido, e pelo que por vezes ainda temos de lutar – e temos garantia e suporte para isso-, não faz parte da realidade de milhões e milhões de pessoas que estão sob um sistema teopolítico que simplesmente não encontra referência dentro de nosso arco de experiências:  o Islã.

É inconcebível para nós uma religião que determine a vida de toda  uma sociedade, mas isso existe.

É inconcebível que uma menina de doze anos seja prometida em casamento.

É inconcebível que uma mulher não possa escolher que roupas usar.

É inconcebível que uma pessoa tenha de abrir um processo a fim de mudar de religão, ou simplesmente abandonar a sua.

É inconcebível que uma pessoa seja degolada por conta de sua orientação sexual.

É inconcebível que alguém não possa questionar aquilo que lhe foi passado.

É inconcebível que um professor universitário pressione seus alunos a abraçarem a religião majoritária.

É inconcebível que uma pessoa não tenha liberdade de ouvir algo diferente do que aprendeu.

É inconcebível que alguém seja forçado a sair de sua terra porque não se conforma à fé da maioria.

É inconcebível ser abandonado pela pela família e ser amaldiçoado em função de uma escolha tão pessoal.

Mas acontece, e isso é o Islã.

Fechar os olhos é mais fácil e confortável.

 

Ulisses Araújo é professor da rede pública de ensino e bacharelando de Teologia.

Imagem: https://www.martureo.com.br/respostas-cristas-ao-isla-ao-islamismo-e-ao-terrorismo-islamico/

O Líbano afasta os palestinos. Seus “líderes” concordaram em torná-los prisioneiros. Grupos de direitos humanos silenciosos.

Este artigo, de  The New Arab , descreve com ironia:

Os primeiros blocos de uma parede de isolamento foram erguidos ao redor do maior campo de refugiados palestinos no Líbano esta semana, como um plano entrou em vigor para construir cordões de segurança e torres de vigia em torno de Ain al-Hilweh.

O muro de segurança faz parte de um acordo entre as facções palestinas e as autoridades no Líbano, na tentativa de conter os recentes confrontos entre palestinos dentro do campo e o exército libanês, afirmam oficiais libaneses e palestinos.

O muro de isolamento está pronto para ser concluído nos próximos 15 meses, de acordo com um relatório do site de notícias al-Modon, baseado no Líbano.

“Quatro torres serão construídas”, disse o oficial do Hamas de Ain al-Hilweh, Abu Ahmad Faysal no início do mês, ao Daily Star do Líbano.

Apesar de ser aprovado pela liderança palestina em Ain al-Hilweh , localizado a sudeste da cidade portuária de Sidon, para os milhares que vivem na vida de campo superlotado só vai piorar.

Os palestinos irritados acionaram a mídia social para expressar sua frustração, chamando a torre de vigilâcia de “a muralha da vergonha” e comparando-a com medidas israelenses semelhantes.

Aqueles que residem na borda sul do acampamento manifestaram queixas porque a parede ficaria a apenas 3 metros de distância de suas casas, de acordo com relatórios sobre os planos de construção.

Eles estão literalmente construindo uma prisão ao ar livre. Os residentes não poderão sair sem permissão específica. Já os palestinos libaneses estão sofrendo de discriminação sancionada pelo Estado, e agora as coisas vão piorar.

Mas ninguém pode culpar Israel, então isso simplesmente não é novidade.

O Daily Star (Líbano) mostra que nada mudou para os palestinos há mais de 65 anos – seus chamados “líderes” cortaram seus próprios negócios para ajudar a si mesmos e depois afirmam que as pessoas os apoiam:

Após uma reunião entre o Exército e as facções palestinas na última terça-feira, uma declaração conjunta foi emitida pelo chefe das facções do campo – o primeiro de seu tipo sobre o muro proposto.

De acordo com o comunicado, o chefe das Forças de Segurança Nacional Palestinas no Líbano, o general Sobhi Abu Arab, confirmou que o povo de Ain al-Hilweh ficaria com o Exército enquanto as obras começassem.

Após as reuniões, os funcionários deixaram claro que não havia objeções ao estabelecimento do muro.

O oficial da frente democrática Fouad Othman salientou que a cooperação estava em curso em todos os aspectos da construção. “Não há objeção palestina ao muro” , disse ele ao Daily Star. “Há notas que tivemos em partes do muro,

As mentiras são risíveis, mas são suficientes para convencer as ONGs de que não há nada a ver aqui – mesmo quando os residentes se queixam amargamente.

(H / t Mark)

http://elderofziyon.blogspot.com.br/2016/11/lebanon-walls-off-palestinians-their.html#disqus_thread

ONG EVM se reúne com Assessor da Bancada Evangélica para articular pautas de direitos humanos

Brasília- A presidente da ONG Ecoando a Voz dos Mártires, Dra. Andréa Fernandes, esteve nessa segunda-feira (08/05), em reunião com o assessor da Bancada Evangélica, Josué Alves, articulando pautas importantes sobre as temáticas perseguição religiosa e violações dos direitos humanos no mundo muçulmano, bem como outros temas importantes.

Josué Alves se mostrou muito prestativo ao tomar conhecimento do campo de atuação da ONG EVM e recebeu o parecer preliminar sobre o projeto de Lei de Migração elaborado por Andréa Fernandes e a jurista Cristina Bassôa de Moraes, através do qual são refutados os principais argumentos engendrados a favor da lei, abordando, ainda, as soluções viáveis para que a mesma seja rechaçada.

Andréa Fernandes e Cristina Bassôa têm se mobilizado no Parlamento no sentido de explicitar parecer técnico apontando as aberrações presentes no bojo do projeto de Lei de Migração, considerada inconstitucional pela jurista Cristina, especialista em Direito Público.

Na oportunidade, Andréa Fernandes recebeu o apoio voluntário de Bruno Dias, que dada  a capacitação em área de pesquisa acadêmica que abrange as atividades da ONG, passará a integrar o grupo de  colunistas que escrevem para o Blog Ecoando a Voz dos Mártires.

Países muçulmanos: “Doutrinas religiosas” ao invés de Direitos Humanos

Audiência da Comissão de Direitos Humanos dos Estados Unidos discute sobre as maiores dificuldades que as minorias religiosas enfrentam em países opressores

India_1980_0050102121.jpg

Recentemente, durante uma audência sobre as “leis de blasfêmia” e sobre as “ameaças globais à liberdade de expressão”, realizada pela Comissão de Direitos Humanos dos Estados Unidos, foram analisados alguns dos principais problemas que têm ocorrido em dezenas de países do mundo. Thomas J. Reese, escritor, jornalista e também presidente da Comissão de Liberdade Religiosa Internacional, declarou o seguinte: “Esses governantes estão violando os padrões internacionais de Direitos Humanos com suas ‘doutrinas religiosas’, o que tem sido um abuso contra as minorias. Além disso, dessa forma eles encorajam os extremistas religiosos a cometerem atos de violência”, disse ele.

Embora a audiência não resulte em soluções para tais problemas e muito menos revogue as leis de blasfêmia que estão vigorando nesses países, pelo menos sublinha claramente os desafios que esses problemas representam para a liberdade de religião. Em países como o Paquistão e Sudão, por exemplo, os cristãos têm sido acusados de forma abusiva e sem controle algum. Os tribunais têm seguido em frente com suas penas e execuções, muitas vezes, sem as devidas investigações em favor do réu.

Sabe-se que a liberdade religiosa sofreu sérios ataques durante o ano de 2015 e que sete países foram adicionados à lista das nações que cometem crimes hediondos contra as pessoas que professam uma fé diferente da que o país considera como “religião oficial”. Esses países são República Centro-Africana, Egito, Iraque, Nigéria, Paquistão, Síria e Vietnã. Os relatórios apontam para uma situação pior que a anterior a cada ano que passa. Enquanto isso, as restrições aos cristãos continuam, os governos intensificam a perseguição de forma violenta, mas omitem qualquer responsabilidade e muitas igrejas continuam sendo demolidas ou fechadas oficialmente.

Leia também
EUA emite relatório anual sobre liberdade religiosa

https://www.portasabertas.org.br/noticias/2016/08/doutrinas-religiosas-ao-inves-de-direitos-humanos