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Cristãos djibutianos chegam a ser ridicularizados por causa de sua fé

O país é um lugar cada vez mais hostil para os cristãos, onde a coragem e a confiança no Espírito Santo são essenciais para o crescimento da igreja

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A igreja de Cristo no Djibuti é bem pequena, mas enfrenta uma grande pressão vinda do governo do país que é acusado de reprimir a liberdade de expressão, de imprensa e de religião, além de ferir os direitos humanos, cometendo crimes contra as minorias religiosas. O país faz parte do Chifre da África e da África Subsaariana e a religião dominante é o islamismo. Trata-se de um lugar cada vez mais hostil para os cristãos, onde a coragem e a confiança no Espírito Santo são essenciais para o crescimento da igreja.

Da população com cerca de 900 mil pessoas, estima-se que 150 mil sejam cristãos. Destes, praticamente todos são ameaçados e vivem debaixo de um regime autoritário, extremista e ditatorial. A paranoia islâmica é a melhor explicação para a violenta perseguição aos cristãos no país. A igreja é vulnerável e tem experimentado o antagonismo social. Sabe-se que aqueles que se decidem pelo cristianismo são até mesmo ridicularizados e rejeitados por suas próprias famílias.

Pequenas comunidades cristãs estão espalhadas pelo país e enfrentam os maiores desafios, fazendo o possível para compartilhar o amor de Jesus com seus vizinhos muçulmanos, além de realizarem discipulados aos novos convertidos, para que eles também encontrem forças na palavra de Deus, a fim de seguirem firmes em sua nova fé. Muitas vezes, sem emprego e expulsos do convívio social, aos cristãos djibutianos só restam a fé e a perseverança para acreditarem num novo dia. Eles são sustentados pela paz que excede todo o entendimento e pelo amor de Cristo que aquece os seus corações. “Eu quero ser um testemunho para os outros”, conclui uma cristã secreta do Djibuti.

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Irã acusa Arábia Saudita de se opor a esforços para atenuar tensões

Mais aliados sauditas aderem a ações contra Teerã.
DUBAI — O rastilho aceso pela execução de um clérigo xiita pela Arábia Saudita, e pelo ataque a representações diplomáticas do país no Irã como retaliação, continua a espalhar a crise diplomática entre as duas nações pelo Oriente Médio e adjacências. Ontem, o Djibuti se juntou a Sudão e Bahrein na lista de países que suspenderam relações com Teerã após os ataques à embaixada saudita na capital iraniana e ao consulado na cidade de Mashhad. Já o Qatar chamou de volta o embaixador no Irã, repetindo uma ação adotada previamente pelos Emirados Árabes e pelo Kuwait, enquanto Omã classificou as invasões e incêndios das representações como “inaceitável”. Já a Jordânia convocou o embaixador iraniano para apresentar seu protesto.

A agência estatal Petra afirmou que a decisão jordaniana é decorrente da “interferência iraniana em assuntos de Estados árabes”, enquanto no Omã, a Chancelaria afirmou que o sultanato “lamenta profundamente” os ataques à embaixada e ao consulado sauditas, e destacou “a importância de estabelecer novas regras para proibir qualquer interferência em assuntos internos de outros Estados para garantir paz e estabilidade na região”.

No Irã, o presidente Hassan Rouhani exortou a Justiça a indiciar os responsáveis pelo ataque à embaixada, motivado pela execução do clérigo xiita Nimr al-Nimr pelas autoridades sauditas.

“Ao punir os responsáveis pelo ataque, devemos pôr fim de uma vez por todas aos danos e insultos à dignidade e segurança nacional do Irã”, afirmou o presidente em carta divulgada pela agência estatal de notícias Irna.

A polícia iraniana anunciou a prisão de 50 pessoas envolvidas nos ataques à embaixada. Porém, em situações semelhantes no passado, a maior parte dos detidos foi liberada pouco tempo depois sem maiores consequências. Além dos sauditas, que já haviam sofrido um ataque em 1988, Kuwait, Dinamarca, Reino Unido e EUA tiveram suas embaixadas em Teerã invadidas desde a Revolução Islâmica em 1979.

Iraque busca reparar relações

O Bahrein, reino de maioria xiita governado pelo soberano sunita Hamad bin Isa Al Khalifa, afirmou que desmantelou uma célula terrorista ligada ao Irã que pretendia realizar atentados no país após a suspensão das relações diplomáticas. Segundo a BNA, agência estatal do reino, o grupo terrorista tinha apoio da Guarda Revolucionária iraniana e da milícia xiita libanesa Hezbollah. Em 2011, durante protestos da Primavera Árabe, o Bahrein declarou estado de emergência por três meses, e contou com o apoio de forças sauditas para conter a revolta popular.

O Iraque, outro país de maioria xiita na região, se ofereceu para mediar a disputa entre Teerã e Riad, numa tentativa de evitar que o aumento das tensões sectárias comprometa a cooperação dos países no combate ao grupo extremista Estado Islâmico.

— Temos que dar fim ao agravamento das tensões e não permitir que inimigos da região e do Islã levem o Oriente Médio a uma guerra na qual todos perderiam — afirmou o chanceler iraquiano, Ibrahim al-Jaafari.

Em manifestação em Bagdá, xiitas protestam contra execução do clérigo Nimr al-Nimr na Arábia Saudita – KHALID AL MOUSILY / REUTERS

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