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Governo eritreu nega perseguição religiosa no país

O regime do país tem aprisionado as pessoas durante muitos anos por uma única razão: a fé que professam

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Apesar de o governo eritreu ter embarcado em uma verdadeira missão de relações públicas, anunciando ao mundo que não tem um governo fechado, abrindo inclusive as portas para os jornalistas estrangeiros para tentar desfazer sua imagem negativa, as tentativas foram frustradas. A ONU já havia informado que milhares de pessoas estavam deixando o país por conta da repressão e violação dos direitos humanos. De acordo com os relatórios mais atuais da Portas Abertas, sabe-se que a perseguição religiosa chegou a um nível extremo, tanto que o país que ocupava o 9º lugar na Classificação da Perseguição Religiosa de 2015, passou para o 3º em 2016, subindo 6 posições em um único ano.

Apelidada de “Coreia do Norte da África”, agora a nação recebeu acusações formais de crimes contra a humanidade, que inclui todo tipo de violência: assassinato, escravidão, desaparecimentos, tortura e prisão. O relatório da ONU que apresenta tais acusações baseia-se no testemunho de 833 eritreus que vivem como refugiados em 13 países. O governo eritreu respondeu dizendo que as afirmações são um ataque, não somente contra a Eritreia, mas contra a África de um modo geral. Quanto à perseguição religiosa, o regime do país tem apriosionado as pessoas durante muitos anos por uma única razão: a fé que professam.

A cristã Helen Berhanee, cantora eritreia, ficou presa durante dois anos em contêineres marítimos simplesmente porque não aceitou a pressão do governo para negar sua fé em Cristo. Apesar de ela ter sido torturada sem haver sentença, não houve um julgamento. É possível que haja cerca de 3 mil prisioneiros vivendo ainda nessas condições. Depois de sair da prisão, Helen recebeu asilo político na Europa e, após sua recuperação, ela chegou a escrever um livro sobre sua experiência e a injustiça na Eritreia, um país intolerante que já fechou todas as igrejas cristãs após uma lei que foi lançada em 2002. Mesmo assim, o número de novos convertidos continua crescendo através da evangelização de igrejas subterrâneas. Continue intercedendo pela igreja na Eritreia.

https://www.portasabertas.org.br/noticias/2016/07/governo-eritreu-nega-perseguicao-religiosa-no-pais

ONU denuncia crimes contra a humanidade na Eritreia

O regime da Eritreia, um dos mais repressivos no mundo, foi acusado, ontem em Genebra de crimes contra a humanidade por uma Comissão de Inquérito da ONU. No relatório recomenda-se que esta situação seja levada ao Tribunal Penal Internacional.

“Crimes contra a humanidade foram cometidos de maneira geral e sistemática na Eritreia”, escreve a Comissão de Inquérito sobre as violações dos direitos do homem na Eritreia. As conclusões fazem parte do segundo relatório que começou a ser preparado em 2014 pelo Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas.

A Comissão que não teve autorização do regime, há 25 anos no poder, para se deslocar à Eritreia, ouviu 833 eritreus no exílio e reuniu dossiers com provas contra responsáveis acusados de crimes contra a humanidade. Escravatura, tortura privação de liberdade, desaparecimentos forçados, perseguições, violações e mortes são alguns dos abusos praticados na Eritreia desde 1991.

“Crimes contra a humanidade”

O relatório de 26 páginas apresentado ontem em Genebra será discutido no próximo dia 21 de Junho durante a sessão do Conselho dos Direitos do Homem. A Eritreia que conta com 6,5 milhões de habitantes é descrito como um “Estado autoritário, onde não existe um poder judiciário independente, não existe Assembleia Nacional nem instituições democráticas(…) existe um clima de impunidade para os crimes contra a humanidade que são cometidos desde há uma quarto de século”, declarou, durante a conferência de imprensa, o presidente da Comissão de Inquérito, Mike Smith.

 “Eritreus vivem como escravos”

O relatório sublinha ainda que os ” Eritreus são confrontados a um serviço nacional ilimitado, a detenções arbitrárias, a discriminações religiosas e étnicas, a violências sexuais e a mortes”. A Comissão de Inquérito conclui que entre 300 mil a 400 mil pessoas vivem em condições de escravidão, resultado do serviço militar obrigatório e ilimitado imposto no país. O relatório recomenda que esta situação seja levada ao Tribunal Penal Internacional.

“Eritreia, um Estado quase falhado”

Manuel João Ramos, especialista português do Corno de África, diz que estas conclusões não são novidade: “A situação de desrespeito pela vida humana e os crimes contra a humanidade na Eritreia são uma história já antiga e a situação no país. O analista fala num Estado quase falhado e aponta o dedo a alguns países árabes e empresas de mineração internacionais instaladas na Eritreia que permitem que o governo se financia externamente e mantenha o país prisioneiro. ” Podemos falar num Estado quase falhado (…) Temos que ver que há de alguma maneira situações que permitem que isto aconteça. Nomeadamente, os balões de oxigénio que o governo eritreu tem recebido seja por parte dos países árabes, seja por parte das companhias internacionais de mineração Canadianas, chinesas (…) tem permitido ao governo que financiasse externamente e manter o país prisioneiro desta situação terrível”.

O especialista português do Corno de África fala ainda do conflito com a Etiópia que é utilizado como pretexto pelo regime eritreu e do papel que a Liga Árabe podia desempenhar na resolução deste problema. ” O conflito com a Etiópia é utilizado pelo governo com pretexto para manter um país todo subjugado (…) Desde há muito que eu considero que a Liga Árabe tem aqui uma responsabilidade que não tem assumido, porque a Eritreia é um país que faz parte da Liga Árabe e podia ser um interveniente importante na resolução deste problema”.

http://pt.rfi.fr/africa/20160609-onu-denuncia-crimes-contra-humanidade-na-eritreia

A situação dos refugiados cristãos

Muitos são obrigados a deixar sua casa e se refugiar em outras localidades, às vezes, até fugir do país, arriscando suas vidas.

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Sabe-se que o Oriente Médio tem um número aproximado de 12,5 milhões de refugiados. Mas não se tem certeza da porcentagem de cristãos que estão entre eles. A maioria foi forçada a abandonar suas casas e a se refugiar em diversas regiões da Síria. Alepo já foi considerada a cidade mais cristã desse país, hoje, porém, o número de cristãos lá diminuiu de 400 mil para 60 mil, durante os últimos quatro anos de guerra. Outras localidades menos conhecidas também enfrentam momentos em que os cristãos precisam decidir se refugiar ou não. Em doze estados do norte da Nigéria, por exemplo, governados pela sharia, 27 milhões de cristãos são considerados de segunda classe e discriminados tanto pelo governo, como por suas aldeias e famílias. Isso criou um número incontável de cristãos refugiados que deixou o norte da Nigéria e partiu para outras localidades do país, e em alguns casos, até para outros países.

No Quênia, a situação não é muito diferente, muitos cristãos estão fugindo das áreas muçulmanas e dezenas de milhares de pessoas morrem pelo deserto ou são capturadas por traficantes de seres humanos. Da Eritreia também saem muitos cristãos que partem com destino à Europa. Estatísticas demonstram que 22% de todos os refugiados que chegam à costa italiana são eritreus. Até mesmo cristãos paquistaneses estão fugindo para países do sudeste asiático pedindo asilo por motivos de perseguição religiosa. A revista Portas Abertas de fevereiro traz uma reportagem especial para se ter ideia de como é viver como um refugiado. Segundo as estatísticas, os refugiados já somam cerca de 60 milhões em todo o mundo.

Embora as notícias sobre eles enchem os olhos de lágrimas, é possível enxergar o lado bom da perseguição. Muitos muçulmanos estão tendo um encontro real com Jesus nos campos de refugiados da Jordânia e do Líbano. Estes novos convertidos já sonham em plantar novas igrejas quando regressarem. Na Síria, nos campos de refugiados, cristãos e muçulmanos se misturam, a ajuda humanitária dada aos cristãos também é estendida a eles, que podem testemunhar atos de bondade e a realidade do evangelho. Segundo um líder cristão sírio em Alepo, a igreja cristã continuará ajudando tanto cristãos quanto os muçulmanos que respeitam e se aproximam deles. “Isso representa uma grande mudança, pois eles foram ensinados que os cristãos tentariam matá-los ou envenená-los, mas ao invés disso, eles estão sendo surpreendidos com o amor de Cristo. Apesar das dificuldades, tem sido emocionante ver estas cenas”, conclui o líder.

 

https://www.portasabertas.org.br/noticias/2016/02/a-situacao-dos-refugiados-cristaos

Destaques da Classificação da Perseguição Religiosa 2016

Veja quais países estão no Top 10 e os que foram incluídos na lista.

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1º Coreia do Norte
Liderando a lista pelo 14º ano consecutivo, o país continua sendo o mais fechado do mundo ao Evangelho. Nação liderada por um governo totalmente fechado e controlador, os cristãos norte-coreanos continuam sendo os que enfrentam maior perseguição religiosa.

2º Iraque
Mesmo com boa parte do país sendo controlada pelo Estado Islâmico, a situação dos cristãos não parece ter mudado muito. Junto com a Síria, o país estampou os noticiários de 2015. Os projetos de ajuda socioeconômica na região cresceram em média 53% e quase 190 mil refugiados foram atendidos.

3º Eritreia
O nível de violência fez com que o país subisse da 9ª posição em 2015 para a 3ª esse ano. Foram muitas as situações de violência no país. Os cristãos que vivem na “Coreia do Norte da África” enfrentam grande restrição em termos de liberdade religiosa, de imprensa e garantia dos direitos humanos.

4º Afeganistão
Ao nascer afegão obrigatoriamente o cidadão se torna muçulmano. Seguir a Cristo no país é extremamente difícil, não existem igrejas, os cristãos perseguidos se reúnem secretamente em pequenos grupos. Fora isso, Talibã e Estado Islâmico brigam por territórios locais.

5º Síria
Cenário de uma guerra civil que já dura 5 anos, a Síria deixou de ser casa de milhares de pessoas em função das ações do Estado Islâmico. Muitas igrejas foram destruídas e cristãos mortos, os que sobrevivem convivem com traumas causados pela perseguição.

6º Paquistão
Cultos e reuniões não são permitidos, a situação para a Igreja Perseguida é mais dificultada pelos grupos extremistas que incitam ódio nos paquistaneses em relação aos cristãos. Eles são tratados como cidadãos de segunda classe, mulheres e crianças cristãs são vulneráveis ao abuso sexual.

7º Somália

A população cristã que não passa de 1% é controlada pelo governo. Em um país imerso em uma longa guerra civil, muitas igrejas já foram destruídas. Os cristãos não podem possuir a Bíblia por causa do perigo que isso pode colocá-los e qualquer tipo de celebração cristã ou encontros são proibidos. Mais uma vez o país está no Top 10.

8º Sudão
O governo assedia e expulsa a comunidade cristã. Construir ou reformar igrejas e até mesmo obter permissão para isso é muito difícil. O islã radical continua crescendo e os cristãos precisam ser fortes. A liberdade de expressão e religião enfrenta sérias restrições.

9º Irã
Qualquer muçulmano que deixa o islã enfrenta pena de morte no país. Mais de 100 cristãos foram presos ou encarcerados por sua fé em novembro de 2015. Ser cristão no Irã não é uma decisão nada fácil, as reuniões são monitoradas pela polícia secreta e os cristãos ativos são interrogados frequentemente e, muitas vezes, presos e agredidos por causa de sua fé.

10º Líbia
Pela primeira vez no Top 10, o país ainda está tentando se recuperar da guerra e da revolução popular. Agora, a influência do Estado Islâmico está crescendo ainda mais. A Líbia recebe muitos refugiados vindo da Síria e do Iraque.

Novos

48º Bahrein
Os cristãos enfrentam a perseguição mais forte dentro de suas próprias casas e comunidades, seguido pela igreja. O Estado Islâmico tem concentrado suas forças nessa região e, assim, é provável que o islã radical continue crescendo no país.

49º Níger
Os cristãos enfrentam diariamente o desafio de dar bom testemunho e de resistir às pressões em um país de maioria muçulmana. Segundo um líder de uma igreja local, os políticos estão mais preocupados com os preparativos para as eleições de 2016 e com a luta que estão enfrentando com o Boko Haram, do que com as igrejas que estão sendo abandonadas.

Leia mais sobre a relação dos países que enfrentam maior perseguição religiosa atualmente. Abrace essa causa e sirva a Igreja Perseguida conosco.

https://www.portasabertas.org.br/noticias/2016/01/destaques-da-classificacao-da-perseguicao-religiosa-2016