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Colônia registra ataques contra estrangeiros

A cidade de Colônia registrou uma série de agressões contra estrangeiros na noite de domingo (10/01). Dois paquistaneses foram hospitalizados e um sírio teve ferimentos leves. A polícia investiga se os ataques são uma resposta de justiceiros aos crimes cometidos na noite de réveillon na cidade do oeste da Alemanha, quando dezenas de mulheres foram agredidas sexualmente por homens que, segundo policiais e testemunhas, tinham aparência norte-africana e árabe.

De acordo com o tabloide local Express, um grupo composto por membros de clubes de motoqueiros, hooligans e seguranças de casas noturnas teria marcado pelo Facebook uma “caçada” contra estrangeiros no centro de Colônia.

O primeiro incidente ocorreu por volta das 18h40 (horário local). De acordo com a polícia, um grupo de cerca de 20 pessoas atacou seis paquistaneses nos arredores da estação central de Colônia. Cerca de 20 minutos depois, cinco homens agrediram um cidadão sírio de 39 anos na mesma região.

No sábado, a polícia de Colônia dispersou uma passeata de hooligans e extremistas de direita, que protestavam contra as agressões ocorridas no réveillon. As forças de segurança foram atacadas pelos cerca de 1.700 manifestantes com garrafas, fogos de artifício e pedras. A polícia respondeu com canhões de água e bombas de gás lacrimogêneo e deteve 15 pessoas.

População se sente insegura

De acordo com um levantamento do Instituto Forsa para a rede de televisão RTL, mais da metade dos mil entrevistados (57%) afirmou temer que a criminalidade aumente na Alemanha com a chegada dos refugiados, enquanto 40% não compartilham esta preocupação.

Os acontecimentos do réveillon em Colônia não mudaram a opinião de 60% dos alemães sobre os estrangeiros. Mas 37% dos entrevistados afirmaram ter uma opinião mais crítica sobre os imigrantes após as agressões do Ano Novo.

Conforme a mesma sondagem, 59% das mulheres continuam se sentindo seguras, mesmo depois dos casos de abuso, e 28% até mesmo “muito seguras”, enquanto 11% se sentem menos seguras e 3% “nada seguras”.

MD/dpa/epd

http://www.dw.com/pt/col%C3%B4nia-registra-ataques-contra-estrangeiros/a-18970870

Dilma sanciona lei que isenta visto para estrangeiros nas Olimpíadas

Medida desperta preocupação sobre segurança do evento esportivo no Rio de Janeiro.

RIO – A presidente Dilma Rousseff sancionou projeto de lei que dispensa a necessidade de visto para a entrada de estrangeiros no Brasil para os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, informou o Diário Oficial da União nesta quarta-feira.

A liberação de entrada de estrangeiros não está condicionada à aquisição de ingressos para as competições esportivas da Olimpíada, segundo o texto, e a permanência em território brasileiro terá duração máxima de 90 dias.

A medida tem como objetivo atrair mais visitantes ao país e aquecer a economia, de acordo com o governo, mas pode despertar preocupações adicionais sobre a segurança do evento, em especial após os ataques de militantes islâmicos em Paris em 13 de novembro.

Na Copa do Mundo do ano passado apenas torcedores com ingressos para jogos do Mundial estavam isentos de solicitar visto de entrada no país.

A isenção de visto será aplicada para quem chegar ao Brasil até 18 de setembro de 2016.

Os Jogos Olímpicos do Rio acontecem de 5 a 21 de agosto, e serão seguidos pelo Jogos Paralímpicos de 7 a 18 de setembro.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/dilma-sanciona-lei-que-isenta-visto-para-estrangeiros-nas-olimpiadas-18133891#ixzz3sW9UR2wS
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Mais da metade dos países gera jihadistas, diz ONU

Relatório do Conselho de Segurança afirma que há mais de 25 mil combatentes estrangeiros envolvidos em conflitos

GENEBRA — De acordo com a ONU, mais da metade dos países do mundo está atualmente gerando combatentes extremistas islâmicos para grupos como a al-Qaeda e o Estado Islâmico. Um relatório do Conselho de Segurança das Nações Unidas diz que há mais de 25 mil “combatentes terroristas estrangeiros” atualmente envolvidos em conflitos jihadistas e eles estão “partindo de mais de 100 Estados-membros”.

O número de combatentes pode ter aumentado em mais de 70% em nível mundial nos últimos nove meses, diz o relatório, acrescentando que os jihadistas “representam uma ameça terrorista imediata e de longo prazo”.

O súbito aumento, embora possivelmente explicado por dados mais precisos, irá aumentar a preocupação com o aparentemente crescente apelo do extremismo. A dispersão geográfica dos Estados atingidos pelo fenômeno também se expandiu.

O relatório observa contínuos problemas com a compreensão dos processos de radicalização, mas diz que, apesar de uma concentração na internet, as redes sociais em zonas de conflito e nas cidades ocidentais desempenham um papel fundamental.

“Aqueles que comem juntos e se unem podem bombardear juntos”, diz o relatório.

O relatório é o primeiro da ONU a adotar uma visão global do problema de “combatentes terroristas estrangeiros”, e inclui números do Afeganistão, África e outros locais, bem como a Síria e o Iraque.

Funcionários da ONU descrevem a estimativa de números como tímida e afirmam que o verdadeiro total de jihadistas estrangeiros pode ser superior a 30 mil. “A taxa de fluxo é maior do que nunca e, principalmente focada no movimento para a República Árabe da Síria e o Iraque, com um problema crescente também evidente na Líbia”, diz o relatório.

O Conselho de Segurança se encontrará na sexta-feira para discutir o problema dos combatentes terroristas estrangeiros e as potenciais medidas para combater a ameaça.

O relatório surge em meio a um intenso debate sobre as estratégias ocidentais para combater o Estado Islâmico na Síria e no Iraque. Nos últimos dias, o grupo fez avanços significativos em ambos os países, apesar de meses de ataques aéreos, gerando críticas ao presidente dos EUA, Barack Obama, e aos responsáveis pelas decisões na região.

Foto: Imagem do Grupo de Inteligência SITE divulgada na última sexta-feira mostra Abu Maryam al Firansi, um dos dois homens que o Estado Islâmico diz serem jihadistas franceses que realizaram atentados suicidas no Oeste do Iraque – HO / AFP
http://oglobo.globo.com/mundo/mais-da-metade-dos-paises-gera-jihadistas-diz-onu-16267516

Chega a 25.000 o número de estrangeiros que se juntaram à Jihad

Mais de 25.000 combatentes estrangeiros de 100 distintas nacionalidades se somaram às fileiras da Al Qaeda e do Estado Islâmico (EI), segundo um relatório apresentado ao Conselho de Segurança da ONU e divulgado pela agência de notícias Reuters. Síria e Iraque recebem a grande maioria, 22.000, enquanto que uns 6.500 lutam no Afeganistão.

“Os milhares de combatentes estrangeiros que viajaram para a República Árabe Síria e para o Iraque, vivem e trabalham em uma verdadeira escola internacional”, afirma o relatório. “A entrada em cena do EI significou uma mudança radical na Jihad global em nível operacional, educativo, social e bélico”, afirma Mario Abou Zeid, pesquisador do centro de estudos Carnegie em Beirute, que calcula em cerca de 70.000 os combatentes jihadistas nas fileiras do EI. O número de combatentes estrangeiros aumentou ao redor de 71% desde meados de 2014, segundo a ONU. Uma vertiginosa globalização da jihad em menos de 10 meses desde que Abu Baker al Bagdadi se autoproclamou califa de um Estado que se estende entre Síria e Iraque.

“As novas tecnologias, especialmente as redes sociais, desempenham um papel central no recrutamento de estrangeiros antes desconectados da realidade do terreno sírio ou iraquiano”, explica Hassan Hassan, analista político e coautor do livroISIS, Inside the Army of terror (EI, dentro do Exército do Terror). “O EI atrai milhares de estrangeiros com uma mensagem purista do Islamismo e também uma brutalidade que não tinha sido vista antes. Quando chegam na Síria e no Iraque, os estrangeiros convivem em campos de treinamento entre duas semanas e seis meses”, afirma. E aqueles jihadistas que conseguiram abandonar o EI afirmam que fugir é tão difícil quanto é fácil se unir.

Entre os principais países exportadores estão a Tunísia e o Marrocos. Também há russos e africanos subsaarianos. Entre os combatentes de nacionalidade europeia que se juntam à jihad global, e que os especialistas calculam em 5.000, também cresce o número de franceses e finlandeses. Estes grupos de combatentes estrangeiros formam parte de uma nova geração de milicianos radicais com um discurso, técnicas de combate e ideologia unificados. E isso, dizem os especialistas, com o perigo de que possam exportar a Jihad brutal a seus países de origem. “O EI é como uma franquia que pode ser exportada e ampliada a qualquer país por um de seus adeptos”, diz Abou Zeid.

O número de combatentes estrangeiros cresceu 71% em 10 meses

A nova jihad global não só é mais numerosa em comparação com a era talibã da década de 90, que iriaalimentar as fileiras da Al Qaeda, mas mudou de estratégia. Apesar de que Al Bagdadi afirma ser herdeiro direto de Bin Laden e, portanto, da Al Qaeda, adota outras dinâmicas, como combater estruturas para controlar os territórios e as populações que conquista. “Não se trata mais do que aconteceu no Afeganistão, de combater forças de ocupação estrangeira, ou lutas próprias da Guerra Fria, mas existe um objetivo maior; o de criar uma comunidade muçulmana internacional de jihadistas”, conclui Abou Zeid.

Também há outras prioridades entre seus objetivos. “A Al Qaeda se concentrou principalmente em combater o Ocidente sendo prudente com as populações locais. O EI se concentra em sua particular depuração entre os muçulmanos, combatendo regimes locais e inimigos internos como os xiitas”, diz Hassan.

Foto: Simpatizantes do grupo radical Sharia4Belgium, desarticulado pela política belga há dois anos. / DIRK WAEM (AFP)