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Turquia declara fim de tentativa de golpe que deixou ao menos 265 mortos

Premier acusa PKK e não descarta reintroduzir pena de morte para punir insurgentes

ANCARA — O governo turco afirmou neste sábado ter conseguido controlar completamente a tentativa de golpe militar que criou um cenário de caos no país desde a noite de sexta-feira. Após o aeroporto de Istambul ter sido fechado na noite passada, os voos estão sendo retomados. Novos tiroteios foram registrados nesta manhã, após confrontos terem feito 265 mortos e 1.440 feridos, segundo o governo — o Exército cita 194 mortos. Na madrugada, os turcos responderam ao pedido do presidente, Recep Tayyip Erdogan, de sair às ruas para resistir. Alguns comandantes militares foram mantidos reféns pelos insurgentes, segundo o ministro turco dos Assuntos Europeus, Omer Celik.

Após, na noite de sexta-feira, militares afirmarem ter tomado o poder para proteger a ordem democrática e a manutenção dos direitos humanos, o primeiro-ministro, Binali Yildirim, chamou os insurgentes de terroristas. Ele acusou o grupo militante curdo PKK de participar da iniciativa contra o governo. Chamando a tentativa de golpe de uma mancha negra na democracia turca, o premier disse que a pena de morte não seria descartada como punição aos rebeldes, embora atualmente não esteja prevista na Constituição.

O Ministério de Interior da Turquia, Efkan Ala, ordenou a destituição de cinco generais e 29 coronéis desde o início da tentativa de golpe. Mais de 2,8 mil militares já foram presos pelas forças de segurança turcas. Além disso, autoridades turcas removeram neste sábado 2.745 juízes dos seus cargos, além de cinco membros do alto conselho judicial do país.

Segundo os militares rebeldes, as tradições seculares do país foram corroídas pelo governo de Erdogan, que tem adotado medidas autoritárias contra a liberdade de imprensa e perseguido jornalistas e juízes. Em comunicado enviado por e-mail e veiculado por canais de TV turcos, os revoltosos anunciaram o toque de recolher e a aplicação da lei marcial. Redes sociais como Facebook e Twitter, e sites como YouTube tiveram as operações suspensas.

“As Forças Armadas Turcas tomaram o controle do país para restaurar a ordem constitucional, direitos humanos e liberdades, o Estado de Direito e a segurança geral que foi danificada”, indicou o comunicado assinado pelo autoproclamado Conselho de Paz na Nação, que disse não permitir “uma degradação da ordem pública na Turquia”.

Mas após horas de combates noite adentro, o premier Binali Yildirim afirmou que a “tentativa idiota” de golpe de Estado fracassara e a situação estava “amplamente sob controle”, com Erdogan — que conclamou a população a ir às ruas para apoiá-lo, num discurso transmitido pelo software FaceTime.

O presidente, que estava de férias fora do país, voltou às pressas a Istambul. No aeroporto de Atatürk, ele desembarcou na madrugada de sábado sob os clamores de uma multidão que protestava contra os insurgentes.

Imagens mostravam militares sendo detidos por outros membros das forças de segurança. O general Zekai Aksakalli, comandante-geral do Exército, declarou à TV local que as forças especiais estão a serviço do povo.

— Houve um ato ilegal por um grupo dentro do Exército que agiu fora da cadeia de comando. — disse o premier à rede NTV. — O governo eleito pela população continua no poder. Este governo só sairá quando as pessoas disserem isso.

O principal líder da oposição, Kemal Kiliçdaroglu, do Partido Republicano do Povo, afirmou que o país já foi alvo de “uma grande quantidade de golpes” e expressou apoio ao presidente:

— Todos devem saber que o Partido Republicano do Povo é devoto à permanência de nossa democracia.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/turquia-declara-fim-de-tentativa-de-golpe-que-deixou-ao-menos-265-mortos-19731476#ixzz4Eb9ONO2t
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Nigéria: Governo fracassa e cristãos ficam cada vez mais expostos à violência

“Se o governo não tomar providências para reforçar a segurança, principalmente a dos refugiados deslocados e minorias religiosas, incluindo os cristãos, ainda teremos muitas perdas”

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O Boko Haram é considerado um dos maiores e mais perigosos grupos extremistas da atualidade e sua principal área de atuação está na Nigéria. Com o objetivo de implantar a lei sharia, seus militantes combatem os princípios e legados ocidentais deixados pela colonização britânica no país, na tentativa de construir uma República Islâmica, e para isto, utiliza métodos radicais, como atentados violentos e sequestros de mulheres que, na maioria das vezes, são negociadas como escravas sexuais.

O nome “Boko Haram” vem do árabe e, figurativamente, quer dizer “educação ocidental ou não-islâmica é um pecado”. Eles alegam que a educação ocidental incentiva a corrupção do governo, inspira a falta de pudor das mulheres, a prostituição e também os vícios e que, na maioria das vezes, os maus costumes chegam através dos cristãos, daí a perseguição religiosa. Para eles, as mulheres sequestradas têm uma chance de ter uma nova vida como suas escravas, porque consideram que esta seja a vontade de Alá.

“O grupo está cada vez mais capacitado para atacar civis nigerianos da forma mais trágica que se pode imaginar, o que tem sido motivo de constrangimento para o governo de Buhari, já que seus eleitores acreditaram que ele poderia conter as ações violentas do Boko Haram, mas é desanimador ver que os militares nigerianos estão cada vez mais vulneráveis. Se o governo não tomar providências para reforçar a segurança, principalmente dos refugiados deslocados e minorias religiosas, incluindo os cristãos, ainda teremos muitas perdas”, comenta um dos analistas de perseguição.

O fracasso do governo explica o motivo pelo qual os cristãos não estão mais otimistas com as palavras do presidente, que fez muitas promessas durante suas campanhas eleitorais. A Nigéria é o 12º país da Classificação da Perseguição Religiosa de 2016 e, apesar do alto grau de perseguição, os cristãos despertaram a se mobilizar no mundo espiritual. “Os líderes não podem desistir, por pior que seja a situação. Estamos em guerra, mas temos a paz de Cristo dentro de nós. Se você, como líder, desistir, o que as outras pessoas aprenderão com você. Seja forte o tempo todo”, conclui um líder cristão que não pode ser identificado por motivos de segurança. Ore por essa nação.

Um futuro de paz para a Nigéria
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https://www.portasabertas.org.br/noticias/2016/03/governo-fracassa-e-cristaos-ficam-cada-vez-mais-expostos-a-violencia

Batalha por Aleppo encerra negociações de paz, diz especialista

Para cientista político, diplomacia dos EUA fracassou ao entrar nas conversações sem exigências prévias. Agora, com a ofensiva de Assad e da Rússia contra Aleppo, elas viraram de vez uma farsa, afirma.

“A atual ofensiva e especialmente a batalha por Aleppo são basicamente o último prego no caixão das conversações em Genebra”, afirmou o cientista político André Bank, do Instituto Giga para Estudos do Oriente Médio, de Hamburgo, em entrevista à DW.

O analista avaliou que o cerco à cidade e sua possível retomada pelas forças do presidente Bashar al-Assad condena as negociações para a paz na Síria ao fracasso. “A ofensiva contínua das forças de Assad, juntamente com a Força Aérea russa, com o apoio do Irã e de várias milícias xiitas, já tornaram uma farsa essas negociações de paz”, disse.

Ele afirmou ainda que a diplomacia dos Estados Unidos fracassou “ao entrar na terceira rodada das conversações de Genebra sem exigências prévias e fazendo concessões ao lado russo e ao governo sírio”.

DW: Se as tropas de Assad tomarem Aleppo, qual seria o impacto disso sobre a guerra civil na Síria?

André Bank: O impacto seria muito forte. Pela primeira vez desde 2012, as tropas de Assad passariam a controlar uma área que vai da capital, Damasco, passando por Homs, no centro da Síria, pelo noroeste sírio, indo até a metrópole de Aleppo, no norte. Assim, o regime voltaria a controlar uma área muito grande e populosa da Síria. Mas isso não significaria o fim da guerra civil.

André Bank é especialista em Síria do Instituto Giga para Estudos do Oriente Médio

A oposição síria espera agora ajuda militar de países como a Arábia Saudita ou os Emirados Árabes Unidos. Qual a probabilidade de serem enviadas tropas terrestres árabes?

Eu continuo achando que isso seja muito pouco provável. A Arábia Saudita só poderia agir como parte de uma aliança liderada pelos Estados Unidos. E forças terrestres dos EUA, possivelmente em coordenação com forças terrestres europeias, são, na minha opinião, muito improváveis, apesar da péssima situação dos direitos humanos e da guerra em si. Principalmente o presidente Barack Obama, no último ano de seu mandato, não defenderia uma intervenção militar tão precária.

Quais as consequências da ofensiva de Assad para as conversações de paz em Genebra, que foram suspensas até 25 de fevereiro?

A atual ofensiva e especialmente a batalha por Aleppo são basicamente o último prego no caixão das conversações em Genebra. A ofensiva contínua das forças de Assad, juntamente com a Força Aérea russa, com o apoio do Irã e de várias milícias xiitas, já tornaram uma farsa essas negociações de paz. A isso soma-se o fato de que há fortes discordâncias dentro da oposição. Por tudo isso, a atual rodada de conversações em Genebra já havia representado uma espécie de vitória simbólica para o regime de Assad. E agora, sob essas condições, não vai ocorrer uma retomada séria das negociações.

Refugiado foge de Aleppo em direção à fronteira síria com a Turquia

Então a diplomacia ocidental fracassou?

A diplomacia dos EUA fracassou ao entrar na terceira rodada das conversações de Genebra sem exigências prévias e fazendo, assim, concessões ao lado russo e ao governo sírio. Uma limitação significativa de ataques aéreos por parte de Assad e da Rússia teria sido necessária para dar à oposição mais confiança em relação ao processo de negociação.

Qual a influência da batalha por Aleppo sobre a crise dos refugiados?

Ela tem um impacto enorme. Devemos ter em mente que Aleppo é a maior cidade da Síria, com quatro milhões de habitantes, e que lá ainda vivem centenas de milhares, apesar das batalhas devastadoras. Muitos deles já partiram em direção à fronteira com a Turquia devido à nova ofensiva. Seria irresponsável não abrir a fronteira na região e não prestar assistência rapidamente, para que as pessoas possam obter uma certa proteção pelo menos na Turquia.

A Força Aérea da Rússia e as forças do governo sírio atacam principalmente as forças de oposição. Em que essa ofensiva beneficia o “Estado Islâmico”?

O “Estado Islâmico” é beneficiado a partir do momento em que não é mais atacado por forças do governo sírio, pela Rússia ou pelo Irã. De qualquer forma, ele quase não vinha sendo atacado antes, mesmo. Por outro lado, os ataques da aliança contra o EI, nos quais a Alemanha começou a se envolver, na sequência dos ataques de Paris em novembro, foram muito ampliados. Eles fizeram com que a área sob domínio do EI tenha encolhido, tanto na Síria como no Iraque, no ano passado e mesmo nos últimos meses.

http://www.dw.com/pt/batalha-por-aleppo-encerra-negocia%C3%A7%C3%B5es-de-paz-diz-especialista/a-19036460

Iraque denuncia fracasso diante dos extremistas pouco antes da conferência em Paris

Primeiro-ministro destaca problemas do país para conseguir armas e munições para combate.

BAGDÁ – O primeiro-ministro do Iraque acusou nesta terça-feira a comunidade internacional de ter fracassado diante do grupo Estado Islâmico (EI), pouco antes da abertura de uma conferência da coalizão antijihadista em Paris para analisar sua estratégia.

— Creio que é um fracasso da comunidade internacional — criticou Haider al Abadi durante entrevista coletiva antes da reunião, em que vão participar dezenas de ministros e representantes da coalizão que luta contra o EI no Iraque e Síria.

Há um ano, e apesar dos cerca de 4 mil bombardeios da coalizão, esse grupo de sunitas radicais ultraviolentos segue ganhando terreno no Iraque e na Síria, onde proclamou seu califado.

— Respeito o apoio ao Iraque, há muitas palavras mas poucas ações — lamentou Al Abadi, que insistiu nos problemas de seu país para conseguir armas e munições para combater os extremistas.

O dirigente iraquiano também se mostrou preocupado com o crescente número de combatentes estrangeiros nas filas do EI que, segundo ele, somam já 60% dos membros do grupo.

— Devemos ter uma explicação sobre o fato de que tantos terroristas venham da Arábia Saudita, do Golfo, do Egito, da Síria, da Turquia e dos países europeus — acrescentou.

http://oglobo.globo.com/mundo/iraque-denuncia-fracasso-diante-dos-extremistas-pouco-antes-da-conferencia-em-paris-16328395

Ban Ki-moon sente vergonha do ‘fracasso’ internacional na Síria

Chefe da ONU falou de ‘carnificina’ no país durante encontro da Liga Árabe.
‘Confesso minha raiva e minha vergonha’, afirmou.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse neste sábado (28) sentir “vergonha” do “fracasso” da comunidade internacional para acabar com a “carnificina” na Síria – na abertura da cúpula da Liga Árabe na cidade egípcia de Sharm el Sheikh.

“Confesso minha raiva e minha vergonha. Minha raiva ao ver que o governo sírio, grupos extremistas e terroristas destroem inexoravelmente o país”, disse ele.

E acrescentou: “vergonha de compartilhar a responsabilidade pelo fracasso coletivo das comunidades internacionais e regionais para agir de forma decisiva para parar o massacre” na Síria.

Mais de 215.000 pessoas morreram nos últimos quatro anos na guerra na Síria, anunciou em meados de março o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), uma ONG com inúmeras fontes no país.

O conflito começou em março de 2011 como uma revolta popular reprimida pelo regime e acabou se tornando uma guerra civil devastadora.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/03/ban-ki-moon-sente-vergonha-do-fracasso-internacional-na-siria.html

Campanha #AskHamas no Twitter objetivando melhorar a imagem dos terroristas no Ocidente foi um fracasso

Hamas tomou um passo sem precedentes em 13 de março para enfrentar a opinião pública ocidental em Inglês em sites de mídia social usando o hashtag  #AskHamas . A campanha durou cinco dias.

O assessor de imprensa do Hamas, Taher al-Nunu, disse ao Al-Monitor, “A campanha foi lançada com o prazo para recorrer da apelação do tribunal da União Europeia para que o Hamas esteja em sua lista de terroristas [18 março]. A campanha dirigida ao público ocidental, com o objetivo de expressar idéias do Hamas, no sentido de que o Hamas não é um grupo terrorista, mas um movimento de libertação nacional, e que a ocupação israelense é o verdadeiro terrorista “.

Ele acrescentou: “A campanha de mídia tem focado em mídias sociais [ou seja] Twitter, em um formato de pergunta e resposta, para transmitir a verdade para o maior segmento ocidental, que mostrou solidariedade com o povo palestino”.

Hamas fez questão de incluir na campanha vários líderes políticos, militares e do sexo feminino, mais notavelmente Ismail Haniyeh, o vice-chefe do gabinete político do Hamas; Rouhi Mushtaha, um ex-prisioneiro e membro do da ala política do Hamas; e o membro do parlamento Huda Naim.

Abu Ubaida, porta-voz das Brigadas Izz ad-Din al-Qassam, era esperado para aderir à campanha. No entanto, no último minuto, o Hamas decidiu que Ubaida não iria aderir à campanha, sem dar uma razão.

Em 15 de março, Haniyeh respondia dentro de três horas perguntas feitas por usuários do Twitter. Ele disse: “O Hamas é um movimento de resistência palestina projetado para liberar a terra. A nossa luta é limitada à ocupação, e não nos opomos a uma paz justa que garanta a nossa terra e direitos. “

Uma vez que a campanha começou, milhares de pessoas participaram, perguntando ao Hamas questões sérias e também sarcásticas, e mais especificamente sobre as recentes conversas informais do movimento com os países europeus. Haniyeh respondeu que o Hamas está de fato em contato com todos os povos, incluindo os ocidentais, sem entrar em mais detalhes.

A página da campanha incluiu as seguintes respostas: “O Hamas não luta contra os judeus, mas contra os sionistas”, “Mulheres em Gaza desfrutam de direitos iguais”; “O Hamas não impede as eleições”, e “O Hamas quer a paz.e Israel quer a guerra. “

A Mushtaha, que passou 25 anos em prisões israelenses, foi feita uma pergunta embaraçosa sobre seu sentimento depois que o Hamas equiparou Gilad Shalit, o soldado israelense que foi sequestrado em junho de 2006, com 1.027 prisioneiros palestinos, que foram libertados no acordo de troca de prisioneiros em outubro 2011. Ele respondeu: “Quando capturado Shalit, levou todo o exército israelense, que é o quarto exército mais poderoso do mundo, como refém.”

Houve respostas às perguntas por Huda Naim, uma proeminente líder do Hamas, com foco sobre a situação das mulheres no Hamas.

Mousa Abu Marzouk, o vice-presidente do escritório político do Hamas, disse em 16 de março, “Em termos de suas relações com o Ocidente, o movimento agora está levantando a sua voz para o Ocidente, enquanto nas histórias passadas estava sendo dito sobre ele. A interação do Oeste com #AskHamas é a prova de que ele está interessado em saber a identidade do movimento, o que compromete a narrativa sionista “.

No entanto, Khaled Safi, um ativista de mídia social que ganhou o prêmio de 2012 por melhor blog árabe na competição Deutsche Welle, disse Al-Monitor “, Assim que a campanha começou na noite de 13 de março os sites de notícias internacionais começaram a monitorar os tweets , que foram em seguida reenviados. Isso deu a melhor campanha de publicidade. Hashtag da campanha tem sido a mais utilizada a nível internacional, uma vez que a campanha é um pouco mais internacional do que local. “

Ele acrescentou: “O número de tweets atingiu 76.000 nas primeiras horas, e seguidores [da campanha] ultrapassaram a 4,2 milhões. 65% dos tweets foram por homens e 35% das mulheres e 49% dos tweets vieram da América, seguida pela Grã-Bretanha, Turquia, Irã, França, África do Sul, Austrália e Palestina. O nome da campanha foi mencionado em 150 jornais e sites. “

Apesar de um esforço considerável feito pelo braço midiático do Hamas, ficou claro que a principal fraqueza da campanha foi relacionada com a falta de falantes de inglês no Hamas para responder perguntas. Além disso, o nome da campanha, “Pergunte ao Hamas”, veio na forma de uma pergunta, em vez de indicar que as informações seriam fornecidas, e a questão sob a forma de uma hashtag poderia facilmente sair pela culatra.

Al-Monitor compilou uma amostra aleatória de 300 tweets postados dentro de alguns minutos após o início da campanha, e descobriu que apenas 26 apoiaram Hamas, enquanto 274 foram contra ele, incluindo 156 que zombaram do movimento.

A campanha “Peça ao Hamas” foi um tema quente em sites de redes sociais entre apoiantes e opositores, de acordo com um referendo publicado pela Ihab al-Ghussein, chefe do escritório de imprensa do governo de consenso em Gaza.

Ghussein disse Al-Monitor “, os líderes do Hamas que participaram da campanha foram submetidos a perguntas provocativas, como as acusações de que eles usaram civis como escudos humanos ou que Hamas convocava ‘chamada para matar os judeus no mundo. No entanto, as nossas respostas foram claras e saiu pela culatra contra as expectativas dos usuários do Twitter perto de Israel. “

Sites afiliados com Fatah disse que o Hamas estava ignorando o sofrimento dos habitantes de Gaza e preferiram abordar o público estrangeiro para melhorar sua imagem.

Apesar do Hamas comemorar o que descreveu como um grande sucesso da campanha, alguns no movimento acreditam que a campanha veio tarde demais. Claramente, o movimento Hamas, 27 anos após a sua criação, não é capaz de mobilizar pessoas fluentes em línguas estrangeiras e que sabem como lidar com o Ocidente.

Na verdade, a campanha foi uma reação a campanhas de mídia atacando Hamas – que não era parte de um plano específico.

Também deve-se notar que uma revisão por Al-Monitor de tweets marcados #AskHamas revelou um grande número de tweeters anti-Hamas, principalmente porque Israel e os seus apoiantes enviaram pedidos de tantos tweets de quanto possível, que insultaram ou zombaram do Hamas.

Por fim, o lançamento desta campanha de mídia coincidiu com um aumento do número de vazamentos no que diz respeito às negociações informais entre Hamas e algumas capitais europeias. Hamas quer mover-se neste diálogo de portas fechadas para o espaço público, através da elaboração sobre a natureza do movimento e divulgar as suas posições políticas para influenciar a opinião pública ocidental.

Hamas sabe que seus esforços para resolver o problema com o Ocidente via sites de mídia social é crucial em meio à crescente popularidade desses sites. Hamas tem como objetivo abordar o público ocidental em sua própria língua e usando seus meios preferidos; no entanto, enfrenta grandes obstáculos neste domínio, e o mais importante, a postura pró-Israel em sites de mídia social.

O sucesso que o Hamas espera que após a sua campanha de mídia recente orientada para os ocidentais, no final, venha colidir com perguntas feitas por políticos ocidentais. Hamas está bem ciente de que as questões sensíveis não serão respondidas no Facebook e no Twitter, mas sim através de negociações políticas diretas entre Hamas e o Ocidente – o que parece ainda não terem se materializado.

http://www.al-monitor.com/pulse/originals/2015/03/social-media-hashtag-ask-hamas-reaching-out.html#ixzz3V22rfuj5