Shoebat – Os terroristas do ISIS levaram doze pessoas, algumas das quais eram crianças pequenas, e matam todas elas. Como lemos em um relatório:
Uma explosão de bomba na sexta-feira matou 12 civis, entre eles mulheres e crianças, que haviam fugido da área de Hawijah, no norte do Iraque, segundo autoridades.
As mortes destacam o perigo extremo enfrentado por civis que tentam fugir de áreas mantidas pelo ISIS, e podem ser alvo de ataques de extremistas quando procuram escapar e depois ainda têm ter que se arriscar a passar em locais com bombas implantadas pelos militantes.
Hawijah é uma cidade na província de Kirkuk, no Iraque, que foi apreendida pelo ISIS junto com partes de outro território no verão de 2014.
O coronel da polícia Fatah Hassan disse que os iraquianos deslocados deixaram a área de Hawijah a pé, mas foram apanhados pela polícia que os estava transportando para o oeste quando a bomba rasgou o veículo.
Hassan, um tenente-coronel da polícia e o parlamentar iraquiano Mohammed Tamim confirmaram que 12 iraquianos deslocados foram mortos. Ele acrescentou que um dos policiais tentou ajudá-los e também foi morto, enquanto outros policiais e civis deslocados foram feridos.
CATÂNIA, Itália – A nigeriana Isoke Aikpitanyi, de 38 anos, chegou à Itália com a perspectiva de trabalhar. Acabou presa em uma rede de prostituição, explorada pelas máfias italiana e nigeriana. Isoke foi humilhada, espancada, violentada pelos traficantes e obrigada a trabalhar nas ruas de Turim por 10 euros o programa.
O tráfico de nigerianas para exploração sexual na Itália tem sido denunciado há pelo menos três décadas, mas atraiu novamente a atenção da comunidade internacional quando as autoridades perceberam que os contrabandistas estão usando a rota do Mediterrâneo para infiltrar suas vítimas.
No primeiro semestre deste ano, pelo menos 3,6 mil nigerianas chegaram à Itália de barco, pela travessia entre a costa líbia para a Sicília. O número representa o dobro do ano passado, o maior salto da última década. Mais de 80%, segundo a Organização Internacional para as Migrações, ligada à ONU, foram traficadas para exploração sexual em bordeis da Itália e de outros destinos europeus.
Muitas vêm acompanhadas do “marido”, mas, como não têm documentos, é difícil saber se estão falando a verdade. As autoridades acreditam que muitos destes acompanhantes façam parte da rede de tráfico e sejam também explorados para trabalho escravo ou para pedir dinheiro nas ruas — uma nova fonte de renda para a máfia.
Essas pessoas estão sendo trazidas de seus países já com este fim, pelas mãos da mesma rede de atravessadores que lucra com o fluxo de refugiados tentando chegar à Europa.
— Eles não sabem que serão explorados. Ninguém acredita que esse tipo de coisa ainda exista, mas a escravidão moderna é uma realidade perversa — diz Isoke. Ela conseguiu escapar pelas mãos de um cliente, com quem fugiu, e hoje ajuda meninas a fazer o mesmo.
Ao chegar à Itália, são obrigadas a assumir uma dívida pela viagem que chega a 40 mil euros, segundo Isoke, a serem pagos com “trabalho”. Muitas são exploradas ao longo do caminho, principalmente na Líbia, sob ameaça de morte ou de serem devolvidas à Nigéria.
Com isso, o tráfico para fins de exploração sexual chegou a níveis sem precedentes, alertou a ONU.
— Temos percebido aumento no número de menores de idade desacompanhadas — revela Lucia Borgh, da ONG Borderline.
De um lado, a possibilidade de obter asilo garante a permanência das mulheres no país, evitando o risco de serem deportadas, o que representa prejuízo para os criminosos. De outro, quando têm o pedido negado elas se tornam presas fáceis dos traficantes.
— Essas mulheres escapam da miséria, de conflitos, da violência por grupos armados como Boko Haram, para serem exploradas na Europa — diz o eritreu Abraha Tewolde, na Itália há 40 anos. Ele trabalha como tradutor para organizações humanitárias e, no tempo livre, percorre as ruas tentando identificar focos de exploração.
Segundo ele, os criminosos se beneficiam de falhas no sistema de recepção italiano. Após desembarcar nos portos da Itália, os que chegam pelo Mediterrâneo são registrados e encaminhados para abrigos em diferentes cidades, onde vivem por conta própria à espera de decisão sobre o pedido de asilo. As mulheres têm simplesmente desaparecido desses centros.
As autoridades estimam que 120 mil mulheres sejam exploradas para prostituição na Itália, um terço delas nigerianas.
RIO – Mais de 6.000 civis fugiram em 24 horas diante do avanço do grupo Estado Islâmico (EI) na província de Alepo e se refugiaram em zonas sob o controle curdo nesta região do norte da Síria, informou neste domingo uma ONG que monitora o conflito no país.
O grupo jihadista bloqueou na sexta-feira a rota entre Marea e Azaz, dois redutos rebeldes desta região.
“Mais de 6.000 civis, majoritariamente mulheres e crianças, fugiram de Marea e das localidades que caíram nos últimos dois dias nas mãos do EI”, disse à AFP o diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman.
“Os deslocados chegaram ontem à noite a zonas a oeste e a noroeste de Aleppo, sob o controle das Forças Democráticas Sírias (FDS)”, uma aliança árabe-curda que combate o EI em diferentes fronts na Síria, disse Abdel Rahman.
Os combatentes do Estado Islâmico, que querem reconquistar os redutos de Azaz e Marea, estão a apenas 5 km da segunda cidade, de acordo com o Observatório.
Desde o início da ofensiva lançada pelo EI na sexta-feira, 47 jihadistas morreram em combate, incluindo 9 atacantes suicidas, 61 rebeldes e 29 civis, de acordo com números da ONU, uma ONG que conta com uma rede de informantes na Síria.
Park, que hoje vive e estuda nos EUA, contou à BBC sobre a experiência, há quase uma década, e os motivos da fuga de um dos países mais fechados do mundo.
“Escapei em 2007 com minha mãe, atravessando um rio gelado e sob risco de sermos baleadas.
Quando estava na Coreia do Norte, a única coisa que queria era ter algo para comer. Não havia como sobreviver lá. Por sorte eu vivia na fronteira, via as luzes no lado chinês e pensava que poderia encontrar comida se chegasse à China.
Não tínhamos internet na Coreia do Norte. Há apenas um canal de TV e não há revistas.
Minha mãe e eu não sabíamos o que encontraríamos ao fugir. Cruzamos o rio gelado e caímos nas mãos de traficantes de pessoas na China.
Após a travessia estupraram minha mãe na minha frente. Fomos separadas e vendidas a dois fazendeiros chineses.
Image captionYeonmi cresceu no norte da Coreia do Norte; ela via as luzes do lado chinês da fronteira e sonhava com comida.
Venderam minha mãe por US$ 55 (cerca de R$ 200), e pagaram US$ 200 (R$ 722) por mim.
Isso é muito comum. Quando norte-coreanos fogem para a China, o governo chinês não nos considera refugiados e não nos ajuda a chegar à Coreia do Sul.
Em vez disso, costumam nos capturar e devolver ao regime norte-coreano, apesar de saber que seremos castigadas ou executadas.
Por isso, quem escapa da Coreia do Norte fica muito vulnerável – os chineses sabem disso e se aproveitam.
Quando fui vendida ao fazendeiro e me separaram da minha mãe, tentei o suicídio. Mas o fazendeiro disse que se virasse sua amante ele faria com que me reeencontrasse com minha mãe e traria meu pai da Coreia do Norte.
E ele cumpriu a promessa.
Após um tempo fui da China à Mongólia, atravessando o deserto de Gobi, e finalmente cheguei à Coreia do Sul.
Depois de cinco anos lá, vim há pouco tempo para os Estados Unidos, onde estou estudando na Universidade de Columbia, em Nova York.
Image captionA norte-coreana hoje vive e estuda nos EUA.
Gostaria de voltar a meu país algum dia, mas isso não quer dizer que sinta falta do regime ou do sistema.
“Lavagem cerebral”
Cresci no norte da Coreia do Norte. Meu pai foi preso por trabalhar no mercado negro, por isso tive que me mudar para a região central do país e conheci Pyongyang.
Fui à escola por vários anos e só sabia da existência de poucos países no mundo. Nunca havia ouvido falar da internet.
Tudo o que sabia era sobre os “malditos americanos”. Assim eram chamados.
Tentam lavar seu cérebro a todo momento. Tinha a imagem dos “malditos americanos” com narizes muitos grandes e olhos azuis, verdadeiros monstros.
Nunca soube que a Coreia do Sul era um país livre. Pensava que havia sido colonizado pelos EUA e que os soldados americanos estupravam mulheres e crianças, matavam pessoas.
Pensava que era o pior lugar do mundo.
Amor proibido
O ponto de virada na minha vida foi quando vi o filme Titanic. Jamais tinha visto nada parecido, porque histórias de amor não são vistas na Coreia do Norte.
O amor é considerado algo vergonhoso lá, nunca falamos sobre isso.
Image captionYeonmi publicou recentemente um livro sobre sua experiência chamado “In Order to Live”.
Não há músicas, filmes ou novelas sobre o amor. Por isso, quando viTitanic, não acreditei que alguém pudesse ter feito um filme sobre algo tão vergonhoso como o amor, e como alguém poderia morrer por amor, e não pelo regime.
Isso foi uma revolução na minha vida, deu-me uma primeira ideia sobre a liberdade.
Na Coreia do Norte sabemos que os americanos são mais ricos do que nós, mas como no livro 1984 de George Orwell, as pessoas nas ruas continuam achando que vivem no melhor país do mundo.
Esse livro explica tudo o que aconteceu comigo sob o ponto de vista psicológico.
Quando (o líder norte-coreano) Kim Jong-il morreu (em 2011), eu morava na Coreia do Sul com minha mãe e não conseguíamos acreditar.
Minha mãe disse: ‘como pode ser que Deus morreu?’ E vivíamos na Coreia do Sul!
Na Coreia do Norte não acreditam que ele tenha morrido. Estão certos que seu espírito vive entre nós, como Jesus, e que ele lê mentes e sabe tudo o que fazemos, como no filme O Show de Truman.”
“Não vamos parar de caçar os cristãos e deixaremos as igrejas em chamas”.
Na Indonésia, um grupo radical islâmico recuou após um tiroteio ocorrido entre eles e os cristãos que se defendiam do ataque, mas eles reafirmaram seu objetivo: “Nós não vamos parar de caçar os cristãos e deixaremos as igrejas em chamas. Os cristãos são os inimigos de Alá!”, dizia a mensagem que circulava por diversas cidades.
Temendo ainda mais violência, cerca de 8 mil cristãos fugiram de suas casas para uma província de Sumatra do Norte. A maioria foi para as regências de Tapanuli Central e Ocidental Pakpak, enquanto outros buscaram refúgio em outras regências. Eles são protegidos pelas igrejas locais, escolas e escritórios do governo.
“A situação dos fugitivos é bem precária, porque eles vivem em grande escassez e precisam desesperadamente de água potável, alimentos, roupas, alimentação adequada para os bebês, cobertores e medicamentos. Extremistas muçulmanos estão guardando a fronteira com uma ordem para matar todos os cristãos que atravessarem a linha”, disse um colaborador da Portas Abertas.
Numa conferência, o Secretário Geral da Organização de Igrejas na Indonésia, Gomar Gultom, criticou o governo local de Aceh Singkil por permitir que a violência ocorresse: “O encontro entre a comunidade e os líderes religiosos muçulmanos foi facilitada pelo Estado, como se estivesse endossando que a sociedade civil contra-atacasse, porque eles não tiveram outra opção senão a defesa”, conclui o secretário. Ore por estes cristãos para que tenham forças de seguir em frente.
Extremistas islâmicos sequestram e interrogam seguidores de Jesus.
Cristãos na Somália enfrentam severa perseguição por parte dos extremistas islâmicos. De acordo com um relatório do site de notícias Morning Star, um convertido, morador de uma ilha, fugiu para a Etiópia para não ser capturado pelos extremistas, deixando a esposa e quatro filhos. O relatório também afirma que outro cristão escapou de seus sequestradores depois de ter os dedos cortados durante um interrogatório.
Nenhum dos dois pode voltar aos seus lares sob o risco de serem presos. De acordo com o analista de perseguição: “A Somália é uma república autodeclarada e considerada estável por muitos, por ter um bom histórico de direitos humanos, mas os líderes religiosos islâmicos estão determinados a não abrir espaço algum para o cristianismo”.
A Constituição do país concede um estatuto de acordo com o islã e os muçulmanos radicais perseguem duramente os cristãos. A estrutura da sociedade é formada por uma mistura de islã, somada aos valores das tribos e das famílias tradicionais. Logo, os convertidos ao cristianismo estão fora dessa estrutura e são considerados infiéis. Segundo o analista: “São poucos os que conseguem fugir do país sem serem descobertos. A notícia sobre os dois convertidos é só uma amostra do que os cristãos vivem na Somália”.
Quase 25 mil pessoas fugiram da cidade iraquiana de Ramadi depois do ataque de militantes do Estado Islâmico, e a maioria delas se dirigiu a Bagdá, disse a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira.
A ONU e outras agências humanitárias começaram a distribuir alimentos, água e suprimentos médicos, além de estabelecer acampamentos temporários. No entanto, os recursos para as operações de ajuda no Iraque estavam se esgotando, segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários no Iraque.
Ramadi passou para as mãos dos militantes no fim de semana e muitos tiveram que escapar do Estado Islâmico pela segunda vez, já que 130 mil deixaram a cidade iraquiana em abril.
“Milhares de famílias que tinham fugido anteriormente retornaram para suas casas em Ramadi. Quando os combates ocorreram novamente, foram forçados a fugir pela segunda vez”, informou comunicado da ONU.
“Nada é mais importante agora do que ajudar as pessoas que fogem de Ramadi. Elas estão em apuros e precisamos fazer todo o possível para ajudá-las”, disse a coordenadora humanitária da ONU no Iraque, Lise Grande.
“Milhares de pessoas tiveram que dormir ao relento, porque não têm lugar para ficar. Poderíamos fazer muito mais se tivéssemos o financiamento.”
Agências da ONU e outras organizações de ajuda estão dando assistência a mais de 2,5 milhões de pessoas deslocadas e refugiadas no Iraque, mas os recursos estão quase acabando e 56 programas de saúde terão de fechar em junho, acrescentou o comunicado.
ERBIL, Iraque (Reuters) – Mais de 90 mil pessoas fugiram de suas casas na província de Anbar, no oeste do Iraque, onde militantes do Estado Islâmico têm ganhado terreno desde a semana passada, afirmou a Organização das Nações Unidas (ONU) neste domingo.
Militantes do Estado Islâmico invadiram a capital provincial, Ramadi, deslocando milhares de famílias.
“Nossa prioridade é entregar ajuda para salvar as vidas das pessoas que estão fugindo. Comida, água e abrigo estão no topo da lista de prioridades”, disse a coordenadora humanitária da ONU no Iraque, Lise Grande, em comunicado.
As forças iraquianas se preparam para lançar uma contra-ofensiva para reverter os avanços do Estado Islâmico no extremo leste de Ramadi depois que reforços militares foram enviados de Bagdá, disseram autoridades.
Autoridades regionais advertiram no início desta semana que Ramadi corria o risco de ser tomada pelos militantes.
Pelo menos 2,7 milhões de iraquianos foram deslocadas em todo o país desde janeiro de 2014, incluindo 400 mil de Anbar.
Conflito com Boko Haram na Nigéria obriga 800 mil crianças a fugir
Cerca de 800 mil crianças foram obrigadas a fugir de suas casas por causa do conflito no Noroeste da Nigéria entre o grupo terrorista Boko Haram, o Exército nigeriano e as milícias populares, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Com base em dados coletados na Nigéria, no Níger, Chade e em Camarões, o Unicef adverte que as consequências do conflito tiveram efeito devastador e que no último ano duplicou o número de crianças que fugiram da Nigéria para países vizinhos.