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Grande Mufti muçulmano ataca professores gays dizendo que “sofrem de uma doença mental” e “contradizem a natureza”

  • O Grande Mufti da Austrália declarou que os professores homossexuais ‘contradizem a natureza’ 
  • O xeque Taj El-Din Hilaly fez um debate sobre a liberdade religiosa em torno das escolas
  • Ele disse que as escolas não devem ser um ‘clube para aqueles que procuram satisfazer seus desejos’ 
  • Líder sunita também descreveu os homossexuais como “aflitos com práticas anormais”  

O clérigo muçulmano mais graduado da Austrália afirmou que os professores gays ‘contradizem a natureza’ e sofrem de ‘doença mental’.

O xeque Taj El-Din Hilaly fez as alegações enquanto ponderava em debate sobre se as escolas religiosas deveriam ter o direito de excluir os professores homossexuais porque eles não refletiam os valores da escola.

O xeque Hilaly apoiou movimentos para apoiar essa liberdade religiosa e disse que os professores atraídos por pessoas do mesmo sexo não devem “impor seu estilo de vida ao resto da sociedade”.

O polêmico líder muçulmano sunita, que em 2006 descreveu mulheres vestidas de forma impessoal como “carne descoberta”, disse ao The Australian que, por meio de um tradutor, as escolas não deveriam ser ” um clube para aqueles que buscam satisfazer seus desejos”.

“Somos uma sociedade democrática livre que acredita na diversidade e nos direitos humanos e rejeitamos constrições sobre os direitos dos outros, mesmo que sejam afligidos por práticas anormais que contradizem a natureza”, disse ele.

“Em tais casos, devemos respeitar sua humanidade e lidar com a questão como uma doença mental que requer cuidado e tratamento.”

O xeque Hilaly fez suas declarações em árabe após o primeiro-ministro Scott Morrison, um cristão pentecostal, e o líder trabalhista Bill Shorten, um católico jesuíta, ambos afirmarem que gostariam de remover as isenções anti-discriminatórias para escolas religiosas.

Morrison indicou que quer remover as brechas que permitem que as escolas religiosas expulsem estudantes abertamente gays, enquanto o Sr. Shorten foi além e anunciou que queria também proibir tal discriminação contra professores gays.

O governo ainda não divulgou totalmente a revisão da liberdade religiosa pelo ex-procurador-geral federal, Philip Ruddock, que teria recomendado a remoção do direito das escolas baseadas na fé de expulsar os estudantes gays.

A ascensão do xeque Hilaly ao seu antigo papel como grão-mufti foi desafiada no mês passado pelo Australian National Imams Council e pelos United Muslims of New South Wales.

Eles lançaram um comunicado de imprensa em setembro questionando como os muçulmanos em Logan, no sul de Brisbane, haviam concedido o título a ele.

Dos 17 eleitorados em toda a Austrália, que no ano passado votaram não no casamento entre pessoas do mesmo sexo em uma pesquisa por votação postal, nove eram eleitorados trabalhistas no oeste de Sydney.

O eleitorado de Watson, do alto escalão trabalhista Tony Burke, que inclui a mesquita de Lakemba, teve o maior voto de não-democracia da Austrália, de 70%.

Com imagem  The News Today e informações Daily Mail

ONG americana denuncia crimes contra homossexuais na Chechênia

HELSINQUE — A ONG pró-direitos humanos Human Rights Campaign (HRC) projetou frases no palácio presidencial em Helsinque, na Finlândia, horas antes da cúpula entre Trump e Putin, para denunciar atrocidades contra homossexuais na Chechênia.

LEIA MAIS: Merkel pressiona Putin por direitos dos homossexuais na Chechênia

Chechênia prende 100 e mata três ‘suspeitos de homossexualidade’

“O mundo inteiro está assistindo”, “O silêncio mata”, “#OsOlhosSobreAChechênia, “Julgue os agressores” e “Trump e Putin, coloquem um ponto final nos crimes contra a humanidade na Chechênia” foram as denúncias que iluminaram uma parede do local do encontro entre os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia nesta segunda-feira.

Militantes da organização americana instalaram um projetor na frente do palácio neste domingo, ao mesmo tempo em que o avião de Trump pousava no aeroporto internacional da capital finlandesa.

— Denunciamos a recusa da administração (dos EUA) para lidar com as atrocidades de Vladimir Putin contra chechenos homossexuais — disse à “AFP” o porta-voz da ONG, Chris Sogro.

As ONGs frequentemente alertam sobre as perseguições contra os homossexuais na república russa da Chechênia, cuja população é majoritariamente muçulmana. As autoridades e grupos criminosos amparam sequestros e torturas, assim como “crimes de honra” que ocorrem dentro da mesma família.

Com imagem e informações O Globo

Casal gay chicoteado na Indonésia por praticar sexo proibido pela sharia

BANDA ACEH,  Indonésia –  Um casal gay foi chicoteado publicamente na província conservadora de Aceh, na Indonésia, na sexta-feira, apesar de uma promessa anterior das autoridades de impedir a punição depois que o país recebeu críticas internacionais.

Os dois homens foram flagelados mais de 80 vezes cada um por fazer sexo gay, o que é ilegal sob a lei islâmica local, enquanto uma multidão zombeteira lançava insultos contra eles.

 

Uma multidão de cerca de mil pessoas, incluindo turistas da vizinha Malásia, tirou fotos e gritou “açoite-os com mais força“, enquanto uma figura encapuzada chovia os cílios de uma bengala de vime nas costas.

Os homens não identificados foram o segundo casal gay em público em Aceh, ressaltando a crescente discriminação enfrentada pela pequena comunidade LGBT da Indonésia.

 

Aceh é a única região da Indonésia, o país de maioria muçulmana mais populoso do mundo, que impõe a lei islâmica.

A flagelação pública é uma punição comum para uma série de delitos, incluindo jogos de azar, bebidas alcoólicas e sexo gay ou relações fora do casamento.

“Espero que a flagelação que estamos testemunhando hoje sirva como uma lição para as pessoas não violarem a sharia [lei islâmica]”, disse Tarmizi Yahya, autoridade de Banda Aceh.

Poucos na multidão pareciam ter muita simpatia.

“Eu não acho que eles estão falando sério sobre o açoitamento – parece que eles estão apenas brincando”, disse Bukhari, um pescador que veio assistir com sua esposa.

“O oficial da sharia deveria ter açoitado mais forte que podia.”

Autoridades de Aceh, no extremo norte da ilha de Sumatra, disseram que este ano impediria as chicotadas públicas, mas continuariam a punição por trás dos muros da prisão.

A nova política ainda não foi implementada.

Grupos de defesa dos direitos humanos criticam a violência pública e o presidente da Indonésia, Joko Widodo, pediu que isso acabe.

Mas a prática tem amplo apoio entre a população majoritariamente muçulmana de Aceh, incluindo o governador Irwandi Yusuf, que foi preso na semana passada por acusações de corrupção.

É improvável que Yusuf – um defensor da lei e da ordem que descreveu as críticas de “criminosos” como “islamofóbicos” – enfrente uma surra pública.

Os gays foram presos na sexta-feira por uma multidão de vigilantes em um salão de beleza de Banda Aceh no início deste ano e entregues à polícia, segundo autoridades.

O sexo gay não é ilegal em outros lugares na Indonésia, mas tem havido uma reação contra a comunidade gay nos últimos anos.

Aceh começou a usar a lei religiosa depois que foi concedida autonomia especial em 2001, uma tentativa do governo central de acabar com uma insurgência separatista de longa data.

Com imagem e informações The Times of Israel

Os homossexuais de Alá

Por Rommel Werneck

Abandonados à própria sorte, denunciados muitas vezes por suas próprias famílias graças aos benefícios sociais e espirituais que o Islã pode oferecer aos denunciantes, atirados do alto dos prédios, duplamente perseguidos se seguirem a Cruz, vítimas do silêncio de seus irmãos no Ocidente, os homossexuais de Alá ainda são obrigados a ver a esquerda apoiar a islamização da Europa.

         Dentre os 194 membros da globalista ONU, 94 países se mostraram favoráveis ao plano de Direitos LGBT (2008), 54 países, em sua maioria islâmica, posicionaram-se contra o plano e os outros 46 membros, também em sua maioria de fé maometana, disseram não. Isso significa que, enquanto em 94 países questões extraordinárias como casamento e adoção são debatidas, no outro grupo a discussão de questões ordinárias como o sacrossanto direito de existir e de se assumir não possuem espaço. E no mundo islâmico o debate parece ser como esses indivíduos merecem morrer.

        Muitos contra-argumentarão que a sociedade cristã ocidental também perseguiu esses indivíduos. Sucede que apesar de a escravidão africana ser proibida por vários papas entre os séculos XV e XIX, malgrado Isabel de Castela e Frei Bartolomeu de Las Casas implorarem pela vida dos índios e mesmo o papa Alexandre II já em 1065 condenar as conversões forçadas, a realidade produzida pelos conquistadores luso-espanhóis foi completamente oposta. Sendo assim, adúlteras, judeus, gays e protestantes seguiam o caminho da humilhação. Portanto, é importante salientar que pelo menos as orientações originais do papa eram outras. E também convém salientar que pluralidade de ideias, liberdade religiosa e de expressão são conceitos relativamente novos, do século XVIII para cá. Não se pode olhar para o Rio de Janeiro de 1600, por exemplo, com olhares anacrônicos do século XXI.

     No entanto, escrevo sobre a perseguição aos gays no mundo islâmico porque em suas recomendações sagradas do Alcorão, em sua origem mesmo, humilhar, castigar e converter à força todo aquele que não vive segundo os preceitos da religião da paz constitui um dogma de fé. O muçulmano que não promover uma guerra santa não poderá ser categorizado neste credo, esta é a grande questão. A homossexualidade foi descriminalizada no Brasil ainda em 1830 e não estou falando aqui da perseguição islâmica no século XIX e sim no aqui e agora, na Eurábia de 2017.

     A legislação de alguns países muçulmanos não é muito clara. O Egito, por exemplo, não criminaliza a homossexualidade propriamente dita embora o ato possa ser categorizado como crime de imoralidade e prostituição. Kuwait prefere a hipocrisia tolerando os gays, mas prendendo se as relações forem descobertas. A adoção por casais homoafetivos inexiste porque a adoção é proibida para qualquer pessoa ou casal no Alcorão. No Afeganistão dá-se o nome de bacha bazi à prática de possuir meninos e usá-los como escravos sexuais. Muitos jogarão na minha cara que em Grécia e Roma a efebofilia era normal e até condenada biblicamente. Entretanto, novamente explico que é muita desonestidade intelectual comparar algo na Antiguidade com uma situação na atual década. E não me consta que os efebos dos filósofos estavam ali obrigados rezando o Alcorão já que o incontestável livro sagrado permite a escravidão de não muçulmanos. Irã obriga os homossexuais a passarem por cirurgia de troca de sexo mesmo que não intencionem isso ou não tenham problemas com sua identidade de gênero.

       Soma-se a isto a colaboração das esquerdas, globalistas e grandes covardes.  A esquerda tem defendido a cultura islâmica justificando que se trata de uma cultura local e oprimida pelos americanos imperialistas, o “filósofo” Michel Foucault apoiou a Revolução Iraniana. Muitos destes homens e mulheres se refugiam em Israel onde “cristãos, judeus e muçulmanos podem rezar sob o mesmo céu” (Brigitte Gabriel) e desfrutar dos benefícios e liberdade da sociedade moderna diferentemente da Palestina tão defendida pelos vermelhos.

        Nesta primeira semana de outubro foi noticiado que o governo egípcio pretende realizar exame anal com presos para detectar a homossexualidade. O que seria vergonhoso para cristãos, é glorioso para os islâmicos, afinal estão a serviço de Alá. Contudo não é a primeira vez que este procedimento é citado, o governo catarense já anunciou que pretende realizar estes exames com aval da FIFA por ocasião da compra da Copa de 2022.

À defesa dos homossexuais no mundo islâmico e acima de tudo, na Eurábia dá-se o nome de homonacionalismo. O primeiro-ministro gay neerlandês Pim Fortuyn não só alertava o perigo do Islã nos anos 90 como fortaleceu seu partido conservador no país tendo sido assassinado por motivações políticas. Scott Ryan Presler é um funcionário gay de 28 anos do Partido Republicano e membro do ACT (American Congress for Truth), a organização anti-islâmica americana fundada por B. Gabriel, além de ter feito a campanha de Trump no instagram. Paradas gays contra a sharia existem, todavia um evento de 2011 em Vancouver no Canadá foi impossibilitado de ser realizado em 2017. Todas as contribuições citadas neste parágrafo podem até ser vistas como islamofóbicas e preconceituosas enquanto zonas de sharia crescem na Europa perpetuando o “ódio de Orlando” por onde passam.

       O mundo islâmico é cruel para com todos os indivíduos, afinal alguns países sequer conheceram a divisão de poderes como a cultura ocidental e estão submersos ainda nas monarquias absolutas. Esses filhos de Deus precisam de orações e ajuda dos cristãos e direitistas, seus principais aliados e igualmente alvo de perseguições porque “eles [muçulmanos do mundo árabe] estão cegamente voltados a matar e destruir. E no nome de algo que eles chamam ‘Alá’, que é bem diferente do Deus que cremos porque nosso Deus é um Deus de amor.” (Brigitte Gabriel)

 

República Islâmica do Irã prende mais de 30 homossexuais e vai sujeitá-los a “testes de sodomia”

“Irã prende mais de 30 homens” gays “, e os submeterá a” testes de sodomia “, de Adelle Nazarian,Breitbart , 21 de abril de 2017 (graças a The Religion of Peace ):

O Irã prendeu mais de trinta homens entre 16 e 30 anos em uma festa particular em Isfahan na semana passada, todos suspeitos de serem homossexuais.

Segundo o  Jerusalem Post , as autoridades invadiram o partido no Distrito Bahadoran do Irã e dispararam suas armas enquanto apreendiam os homens.

Uma instituição iraniana sem fins lucrativos com sede no Canadá para Refugiados chamada Queer (IRQR) informou que os homens foram presos e acusados ​​de sodomia, beber álcool e usar drogas psicodélicas. IRQR informou que os homens também serão “enviados para o Departamento de Jurisprudência Médica de Esfahan para exame anal, a fim de fornecer provas de atos homossexuais para o tribunal”.

O grupo emitiu uma declaração respondendo ao incidente:

Na última quinta-feira, por volta das 20h30, a polícia de Esfahan invadiu uma festa particular em Bahadoran, a região de Esfahan, no Jardim. Depois de disparar vários tiros, eles prenderam mais de 30 homens aparentemente entre as idades de 16 e 30 anos por serem homossexuais.

IRQR recebeu vários relatórios nos últimos dias e foram capazes de confirmar que a polícia atacou convidados e bateu fisicamente. A polícia os deteve na Estação Basij (Milícia da Guarda Revolucionária) e depois os transferiu para a prisão de Esfahan Dastgerd. Algumas pessoas conseguiram escapar e recebemos relatos de que havia vários indivíduos heterossexuais entre os presos.

De acordo com a IRQR, as forças iranianas Basij ou paramilitares notificaram aos familiares dos detidos que seus filhos foram presos por sodomia vários dias depois. Embora um perseguidor especial tenha sido atribuído a seus casos, muitos prisioneiros iranianos não recebem um julgamento justo.

O Irã é documentado por perseguir homossexuais.

Breitbart News  informou que desde a Revolução Islâmica de 1979, o regime iraniano executou mais de 4.000 pessoas LGBT.

Em 2007 , o ex-presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad disse: “No Irã, não temos homossexuais como em seu país. Não temos isso em nosso país. No Irã, não temos esse fenômeno. Não sei quem te disse que o temos.

Pouco depois de suas declarações, o assessor de mídia de Ahmadinejad, Mohammad Kalhor, disse à Reuters que a mídia americana simplesmente entendeu mal o presidente. “O que Ahmadinejad disse  que não era uma resposta política”, disse Kalhor à Reuters. “Ele disse que, em comparação com a sociedade americana, não temos muitos homossexuais”.

Sob a lei sharia no Irã, a homossexualidade é punível com a morte. Se dois homens ou mulheres são vistos beijando em público, eles podem ser punidos por flagelação. Muitas vezes, as pessoas que são encontrados para ser gay ou suspeitos de se engajar em atos homossexuais são enforcados. Os Hadiths também ordenam a morte para homossexuais.

“É escandaloso que a União Européia esteja se acostumando com o comércio do regime iraniano e ignore a homofobia mortal, a desastrosa situação dos direitos humanos, as últimas execuções e as ondas de prisão e a promoção do antissemitismo e do apoio ao terrorismo”, afirmou Stefan Schaden , Ativista de direitos LGBT e porta-voz da campanha “Stop the Bomb” européia, disse ao Jerusalem Post . O regime islâmico do Irã com [Hassan] Rouhani como presidente é tudo, menos “moderado”.

Imagem: The Daily Beast

https://www.jihadwatch.org/2017/04/islamic-republic-of-iran-arrests-over-30-gay-men-will-subject-them-to-sodomy-tests

Lésbica conta como é viver com a namorada no Irã, onde ser gay é ilegal

Após o ataque que matou 49 pessoas em uma boate gay de Orlando, nos Estados Unidos, foram organizadas pelo mundo vigílias em solidariedade à comunidade de gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros (LGBT).

No entanto, em 77 países ainda existem leis que punem, até com pena de morte, qualquer “conduta homossexual”.

Um deles é o Irã, onde alguém condenado por cometer um ato homossexual pode receber a pena capital. Lá, ser gay pode ser motivo de grande tensão nas relações familiares.

Sara* tem 23 anos e, há quatro, vive com sua namorada. Ela e sua mãe, com quem as duas moram, contaram à BBC as dificuldades que enfrentam em suas vidas.

O depoimento de Sara

“Tinha 11 ou 12 anos quando me apaixonei pela primeira vez por uma mulher. Contei para minha prima, que ficou horrorizada. Ela me chamou de hamjensbaaz: sapatão.
Na hora, não me dei conta que era um insulto, mas soube que, se contasse para mais alguém, fariam pouco de mim.

Uma vez disse à minha treinadora que sentia algo por ela, e ela me respondeu dizendo para ler o Alcorão.

Quando conheci minha companheira, Maryam*, há quatro anos, não estava certa de que era gay. Conversamos pela internet e, quando fomos a nosso primeiro encontro, conheci uma menina pequena e delicada. Fiquei fascinada com sua beleza e pensei: ‘Ela realmente será minha namorada?’.

Minha mãe escuta nossas conversas íntimas por telefone. Às vezes, pela manhã, checa nosso quarto, olha para as almofadas e diz: ‘Por que vocês duas dormem tão juntas?’. Sugere que a cama é muito pequena e que uma de nós deveria dormir em outro lugar. Também entra no quarto sem avisar e sempre verifica se a porta está aberta. Gostaria de pedir que parasse, e dizer que isso não compete a ela.

Minha mãe tem medo. Posso ser muito agressiva. Não machucaria ninguém, mas se estou sob muita pressão, estouro. Já aconteceu antes e saí de casa duas vezes. Não tinha para onde ir, por isso voltei alguns dias depois.

Uma vez, no meio da noite, a escutei chorando e pedindo a Deus que me curasse. É muito difícil.

Fui ingênua de pensar que, como meus primos trazem suas namoradas para as reuniões familiares, eu também poderia fazer isso. Minha família tornou-se cada vez mais hostil, e na festa de aniversário do meu primo, todos ignoraram Maryam. Foi incômodo, e tivemos de ir embora. Eles me amam, mas a odeiam. Não consigo suportar isso. É ridículo.

Uma vez, quando meus tios vieram nos visitar, tive que escondê-la no armário por horas. Quando minhas tias vieram sem avisar, Maryam pediu que a escondesse outra vez para que não tivesse de vê-las.

Às vezes, tenho pena da minha mãe. Tem quase 70 anos e é religiosa. Não posso discutir com ela e temo que não seja capaz de suportar tudo isso.

Também acredito em Deus e rezo todos os dias. Busco por algo no Alcorão que mostre que a homossexualidade pode ser compatível com o islã. Mas não encontro e não posso perguntar a um imã.

Uma vez, fui a uma terapeuta, e ela começou a me insultar. “Não entende que até as vacas sabem como ter um sexo normal?”, ela perguntou. Disse que eu estava violando as leis da natureza.

Em dado momento, pensei que a única forma de enfrentar isso seria mudar de sexo. No Irã, ser transexual é considerado um transtorno médico tratável, mas é ilegal ser homossexual.

Às vezes, as pessoas são incentivadas a fazer a cirurgia de mudança de sexo para que não “caiam em pecado” vivendo como homossexuais.

Os médicos não costumam ser honestos quando opinam se ser transexual realmente requer uma operação, por isso as pessoas ficam confusas com frequência.

Tive dez sessões com uma terapeuta, que me analisou e me colocou na lista de espera para a cirurgia, mas não acho que conseguiria me submeter a ela. Poderia me arrepender. Além disso, minha namorada odiaria. Poderia me deixar.

E não há como voltar a ser o que era se você muda de ideia. Conheço pessoas transgênero que, depois da operação, sofreram com depressão e problemas de saúde mental. Vi uma mulher em uma clínica que havia feito a operação para virar homem. Estava chorando e implorando que revertessem a operação. Dizia que não podia viver no corpo de um homem. Fiquei horrorizada.

De qualquer forma, tenho uma aparência bem masculina. Tenho cabelo curto e uso jeans folgados, relógio de homem e sapatos esportivos. Fico encantada com o poder que os homens têm e adoro me comportar como um homem no meu relacionamento. Às vezes, quando vejo casais heterossexuais, me sinto fraca por não poder proteger minha companheira como quero.

A polícia moral já deteve nós duas quando saímos juntas e fomos interrogadas. Uma vez, estávamos em um parque e tirei meu véu. Um homem se aproximou, me perguntou se eu era mulher e eu disse: “Sim”. Ele me disse para acompanhá-lo, mas quando lhe mostrei o cartão que me deram no centro de terapia transexual, ele me deixou ir. Esse cartão significa que tenho permissão para sair em lugares públicos sem levar o hijab, porque te permitem viver como um homem antes da operação.

Hoje, é possível ver mulheres jovens como eu nas ruas, e é um pouco mais tranquilo do que costumava ser. Mas, há alguns anos, quando caminhava por Teerã, me sentia totalmente insegura.

Fico preocupada que me detenham, chequem meu telefone e encontrem fotos ou mensagens de texto para minha namorada, me levem para a prisão, confisquem meu passaporte e até me matem.

Gostaria de me casar com ela. Quem sabe um dia, quando sairmos do Irã, isso seja possível.”

O depoimento da mãe de Sara

“Não sei se é um tipo de doença ou o que é. Sob o islã, é pecado. Ela não aceita que eu diga isso, mas não está certo.

Soube desde o início que seu relacionamento não era só amizade. Não havia problemas com suas outras amigas. Conhecia suas famílias e seus antecedentes. Mas essa mulher é uma completa estranha. Não sei como se conheceram.

Costumavam sair juntas, e minha filha voltava muito tarde para casa. Dizia que sua amiga era muito jovem e que não sabia como voltar para casa e, por isso, precisava levá-la até a estação de trem.

Pensei que era melhor se ficassem juntas em casa. É perigoso estar lá fora. É melhor ficar em casa do que ficar perambulando por parques e até mesmo hotéis. Foi assim que essa mulher passou a viver na minha casa.

Não interfiro. Essa mulher vive aqui comodamente. Não sai do quarto quando minha filha não está em casa. Ela come no quarto, inclusive. Sei o que está acontecendo, mas fico calada. Tento evitá-las. Sempre que possível, saio para não ter de vê-las.

Odeio essa mulher, mas, pelo bem da minha filha, a aguento em minha casa. Minha filha fica presa entre ela e eu. Se ela fosse uma amiga normal, não teria nenhuma objeção. Não quero que minha filha fique sozinha, e é bom que tenha uma amiga próxima.

Se fossem só amigas normais, eu mesmo pediria que ficassem juntas pelo resto da vida. Mas sei que essa mulher é grosseira e sem vergonha. É atirada e descarada. Está corrompendo minha filha. Aproveita-se da Sara e a faz gastar dinheiro. São como amantes e compram coisas para se presentearem.

Fui amável com essa mulher. Dei conselhos de mãe a ela e lhe pedi que encontrasse um marido, mas ela se incomodou e contou para minha filha.

Minha filha está muito sozinha, e acho que, se disser algo para essa mulher, partirei seu coração. Tenho muito medo de dizer qualquer coisa. Se provoco essa mulher para que ela se vá de minha casa, minha filha poderia se magoar, e eu lamentaria pelo resto de minha vida. Ela poderia incendiar a casa. Uma vez, ameaçou fazer isso. Fico preocupada que se machuque, então, fico calada. Odeio falar disso.

Se Sara tivesse um irmão ou se seu pai estivesse vivo, essa mulher não se atreveria a vir aqui e a se envolver com minha filha dessa forma. Perguntei a ela: “O que significa esse anel em seu dedo? Tire-o para que um jovem te faça uma proposta.” Ela respondeu: “Não me casarei até que sua filha se case.”

Preciso que alguém fale com minha filha, faça ela pensar no futuro. Porque ficará velha e não terá filhos. Essa mulher não ficará com a minha filha. Ela a deixará e se casará com um homem!

Minha filha é especial. É amável e inteligente, e sempre digo a ela que é perfeita, exceto por esta única coisa. É anormal.

Essa mulher é uma tortura para mim. Não sei o que fazer. Não gosto de deixá-las sozinhas em casa nem por uma noite e muito menos que vivam juntas.
Não consigo achar uma solução. Não sei como salvar a vida da minha filha.”

(*Os nomes das entrevistadas foram alterados. Sara e sua mãe falaram à jornalista da BBC Leyla Khodabakhshi.)

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2016/06/17/lesbica-conta-como-e-viver-com-a-namorada-no-ira-onde-ser-gay-e-ilegal.htm

Cidades alemãs criam rede de abrigos para homossexuais

Espaços mantidos por ONGs oferecem proteção a refugiados agredidos por seus pares

BERLIM — Após denúncias de perseguições em abrigos coletivos, cidades alemãs, como Nuremberg, Berlim, Munique e Dresden, abriram albergues especiais para refugiados homossexuais. Segundo Stephan Jäkel, da Schwulenberatung, organização de direitos LGBT baseada em Berlim, no aperto dos abrigos lotados sobem à tona preconceitos dirigidos sobretudo aos mais fracos, as minorias das minorias.

A ONG calcula que 3.500 gays e lésbicas chegaram a Berlim no ano passado.

— A convivência nos abrigos coletivos é difícil. Principalmente os refugiados que não ocultam sua identidade sexual são vítimas de agressões — contou Jäkel.

A entidade, que recebe doações dos seus associados, investe por mês cerca de € 20 mil no abrigo. Mas Jäkel diz que Berlim, a cidade alemã que mais recebeu refugiados gays, precisa de mais abrigos para evitar que pessoas que fogem de guerras continuem sendo vítimas de agressões também na Europa.

Divergências sobre custos

Como os governos municipais são contra a separação de acordo com a orientação sexual, o Partido Verde deu início a um projeto que prevê a criação de espaços dentro dos próprios abrigos, onde os refugiados que se sintam agredidos possam ir.

— Os homossexuais precisam de uma proteção especial porque já sofreram muito nos seus países de origem — lembrou Jäkel.

Mas a necessidade de investimentos adicionais para abrigar refugiados desperta polêmica. Mesmo depois da redução do fluxo de chegada, não houve consenso entre o governo federal e os municípios sobre quem é responsável pelas despesas.

O governador da Baviera, Horst Seehofer, presidente da União Social Cristã (CSU, parte da coalizão governista), é contra manter abrigos especiais para gays. Ele exige que a chanceler federal alemã, Angela Merkel, destine mais recursos para abrigar refugiados, de modo que os governos locais paguem menos pelas estruturas.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/cidades-alemas-criam-rede-de-abrigos-para-homossexuais-19818915#ixzz4FzMNsAVP
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Berlim terá albergue para refugiados homossexuais

BERLIM — Com o primeiro albergue para refugiados homossexuais, inaugurado ontem, Berlim fortalece a sua imagem de tolerância, desde os anos de 1920. O novo abrigo fica em um prédio de seis andares, com 29 pequenos apartamentos e capacidade para receber 124 pessoas. Mas o lar dos fugitivos gays, que fica no bairro de Treptow, na antiga parte Leste da cidade, recebeu no primeiro dia de funcionamento apenas 20 pessoas, 19 homens e uma mulher.

Dilek Kalat, secretária municipal de integração, revelou que a Prefeitura planeja instalar novos abrigos com o objetivo de garantir a segurança de gays e lésbicas, que sofrem preconceito na via-crúcis da fuga das guerras civis do Oriente Médio para a Europa.

— Eu fugi da guerra civil, do Estado Islâmico mas também da minha própria família — afirmou Hassan, de 24 anos, um dos moradores do novo abrigo.

Para o refugiado sírio, as “minorias das minorias”, como os fugitivos gays ou cristãos, continuam sendo perseguidos, mesmo depois de atingir um lugar seguro na Europa.

Na Síria, ele se via ameaçado pela própria família — os pais preferiam ver o filho morto a ser gay. Mas, mesmo depois de conseguir asilo em Berlim, o clima de medo persistiu. Os abrigos de refugiados são diariamente palco de agressão contra as “minorias das minorias”. Alguns, como o instalado no antigo aeroporto de Tempelhof em Berlim, alojam mais de duas mil pessoas

— Nesses grandes abrigos, os homossexuais não podem mesmo se sentir seguros porque há entre os refugiados um clima de grande intolerância — afirma Marcel de Groot, da ONG Ajuda aos Homossexuais.

Groot disse que houve na maioria dos países um grande retrocesso depois da Primavera Árabe:

— A situação para os gays ficou muito mais difícil nas regiões dominadas pelo Estado Islâmico, onde o “delito” de ser gay é passível de decapitação. Além disso, não houve melhora também no que se refere à democracia.

Mahmoud Hassino, de 40 anos, deixou a Síria em 2012. Depois de uma odisseia por vários países, chegou a Berlim dois anos mais tarde.

— Pouco tempo depois de chegar, vi logo que não era possível a convivência com outros muçulmanos nos abrigos coletivos — lembra Mahmoud, que hoje ajuda na ONG como tradutor.

Segundo ele, o clima de intolerância no mundo árabe “tornou-se insuportável”.

Mas a ideia de separar as minorias do resto dos refugiados é controversa. A chefia de polícia de Berlim advertiu contra a instalação de um abrigo especial para gays.

— Esses abrigos correm o risco de ser alvos de atentados — afirmou um porta voz da polícia.

Assim mesmo, Nuremberg já conta com um albergue para fugitivos gays desde o inicio do mês, e Munique, no mesmo estado da Baviera, planeja residências especiais para fugitivos gays e também para convertidos ao cristianismo, outro grupo que é alvo de agressões.

O novo abrigo de Berlim, que fica no bairro de Treptow, na antiga parte Leste da capital alemã, tem um forte sistema de vigilância. Depois dos últimos atentados contra albergues de fugitivos no estado da Saxônia, as autoridades aumentaram o nível de segurança nas residências de refugiados em todo o Leste alemão, que é a parte do país mais afetada pela xenofobia.

Para Marcel de Groot, muitos gays árabes que fogem para a Europa têm como destino Berlim por causa da tradição de tolerância que tem a cidade.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/berlim-tera-albergue-para-refugiados-homossexuais-18731111#ixzz413dpx8Ce
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Estado Islâmico volta a atirar gays do alto de prédios no Iraque

Imagens de militantes do Estado Islâmico atirando um homem que seria gay do alto de prédio foram divulgadas na internet pelo escritório de mídia do grupo no Iraque. Segundo o jornal britânico “Daily Mail”, as imagens teriam sido feitas na província Al-Furat.
O caso teria acontecido na província de Al-Furat, no Iraque.

O caso teria acontecido na província de Al-Furat, no Iraque

O prisioneiro sobe até o alto do telhado
O caso teria acontecido na província de Al-Furat, no Iraque Foto: Reprodução
O prisioneiro sobe até o alto do telhado

A vítima, que não foi identificada, é mostrada sendo levado até o telhado de um edifício alto. De olhos vendados e mãos amarradas, o prisioneiro é arremessando, enquanto uma multidão de civis e combatentes assiste.
Esta não é a primeira vez que o ISIS, sigla em inglês para o Estado Islâmico, divulga imagens assim. Os cidadãos apontados como homossexuais têm sido arremessados dos prédios mais altos das cidades dominadas pelo Estado Islâmico. Eles são acusados de cometer atos de sodomia.

O homem é atirado do prédio

O homem é atirado do prédio

Militante do Estado Islâmico atira homem do alto de um prédio
O homem é atirado do prédio Foto: Reprodução
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Estado Islâmico executa três jovens na Síria “por atos de sodomia”

O grupo extremista Estado Islâmico (EI) executou três jovens na periferia da cidade síria de Hama, depois de os acusar da prática de “atos de sodomia”, informou hoje o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

Segundo a agência de notícias espanhola EFE, esta organização não-governamental síria recebeu um vídeo com elementos do EI a dispararem sobre a cabeça dos jovens, os quais tinham os olhos vendados e estavam rodeados de dezenas de cidadãos, incluindo crianças.

Um tribunal islâmico, criado pelo grupo extremista, sentenciou os três jovens à pena de morte por “difundirem a perversão na terra e por tentarem alterar o instinto dos muçulmanos”, refere o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

A 24 de julho último, o EI lançou do topo de um edifício, na cidade de Palmira, dois homens, apedrejando-os de seguida, por supostamente realizarem “práticas indecentes com outro homem e atos de sodomia”.

O grupo Estado Islâmico proclamou, há um ano, um califado na Síria e no Iraque, detendo partes consideráveis destes territórios, nos quais impôs uma versão radical da sharia, a lei islâmica.

http://www.rtp.pt/noticias/mundo/estado-islamico-executa-tres-jovens-na-siria-por-atos-de-sodomia_n848780