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Irã: A “potência genocida” protegida pela “parceria ocidental”

Por Andréa Fernandes

Na quinta-feira, o presidente Donald Trump deu visibilidade em suas redes ao drama do famoso campeão iraniano de luta livre Navid Afkari, um jovem de 27 anos condenado à pena de morte pelo gravíssimo “crime-pecado” de participar de protestos contra o governo teocrático islâmico xiita[1]. A mídia não costuma divulgar, mas em países muçulmanos a liberdade de expressão é proibida assim como a crítica aos governantes “iluminados por Allah”.

O site de notícias Iran International informou que o tribunal da cidade de Shiraz determinou duas sentenças de morte contra Afkari, além de condenação a 6 anos e 6 meses de prisão e 74 chicotadas por participar de protestos pacíficos em 2018 contra o agravamento da situação econômica do país e o aumento estrondoso da inflação. Uma das sentenças foi aplicada por um “tribunal criminal” e a outra por um “tribunal revolucionário”, pois o “culto à morte” dos “infiéis não-alinhados” é um verdadeiro “altar do regime” desde a sangrenta Revolução em 1979.

A jornalista dissidente iraniana Behieh Namjou, noticiou que o lutador tem irmãos presos injustamente pelo regime[2]. Mas, ativistas de direitos humanos e iranianos da diáspora estão protestando nas redes aumentando a exposição de tamanha violação de direitos humanos, o que levou Trump a interceder pelo jovem através do Twitter[3] pedindo: “…Aos líderes do Irã, eu agradeceria muito se poupassem a vida desse jovem, e não o executassem. Obrigado!”

Segundo a Fox News, aAgência de Notícias de Ativistas de Direitos Humanos (HRANA) publicou uma imagem de uma carta de Navid Afkari na qual ele afirma que as autoridades iranianas o torturaram para forçá-lo a confessar as acusações fabricadas contra ele. Sua cabeça foi coberta com um saco plástico e álcool foi derramado em suas narinas como parte da tortura”[4].

No entanto, a TV estatal iraniana divulgou no sábado a suposta confissão por escrito de Afkari sobre a acusação de assassinato, muito embora a vítima do regime autoritário tenha dito numa gravação que circula nas redes sociais que foi COAGIDO a assinar o termo de confissão, o que é comum no país que promove tortura contra presos.

ONU em estado de absoluta “conivência”

Outros líderes globais “parceiros” no projeto armamentista genocida do Irã, tais como França e Reino Unido – que se abstiveram em votação no Conselho de Segurança da ONU para prorrogar embargo a compra de armas[5] – não se sensibilizaram com a grave violação de direitos humanos mantendo-se calados, porém, a instituição UN Watch expôs a conivência das Nações Unidas ao twitar[6] solicitando manifestação do Secretário-Geral da ONU, António Guterres, em relação ao fato de “A República Islâmica do Irã ser membro da Comissão de Justiça Criminal das Nações Unidas”, apesar de sentenciar um nacional à pena de morte por exercer o direito supostamente “universal” à liberdade de expressão.

Se a ONU não se interessa em preservar a vida de milhões de pessoas através do impedimento à ascensão nuclear de um país, cuja liderança genocida promete publicamente destruir Israel, por que se importaria com a vida de um jovem atleta?

Na realidade, os jornalistas e humanistas histéricos que ficam chocados quando Israel bombardeia alvos do grupo terrorista Hamas em Gaza ou quando conservadores brasileiros protestam contra “o assassinato de feto a mando da própria mãe” – conhecido como “aborto” – costumam não se importar com as perversidades na terra dos aiatolás.

No “território do terror”, a lei islâmica promove verdadeiro “culto à morte”

Em relatório para a Assembleia Geral da ONU[7], Javaid Rehman, especialista em direitos humanos da ONU, afirmou em 2019, que houve aumento das restrições ao direito à liberdade de expressão e ininterruptas  violações dos direitos à vida, à liberdade e ao julgamento justo no Irã, salientando a realização de pelo menos 253 execuções de adultos e CRIANÇAS. O especialista relatou que o país tem  mais de 80 CRIMES PUNÍVEIS COM PENA DE MORTE, dentre os quais, adultério, homossexualidade, posse de drogas, “guerra contra Allah”, corrupção na terra, blasfêmia e insulto ao profeta Mohammad.

A instituição Iran Human Rights (IHR) divulgou Relatório[8] em julho denunciando pelo menos 123 execuções nos primeiros 6 meses do ano em diferentes partes do Irã. Desse total, apenas 36 execuções foram anunciadas pela mídia e autoridades locais, sendo as demais realizadas em “segredo”. Frisa, ainda a instituição:

“Isso mostra uma taxa de crescimento de mais de 10% em relação ao mesmo período de 2019. Nos primeiros seis meses de 2019, 110 pessoas foram executadas nacionalmente. (…) O número real de execuções pode ser muito maior do que os altos números já relatados.

A IHR revela que 4 iranianos foram executados em razão de “moharebeh” (inimizade contra Deus), e um deles foi morto sob acusação de “ter ligações com partidos da oposição” e os demais por acusações de fundamento desconhecidos.

Nem mesmo a “ingestão de bebida alcóolica” foi perdoada. A reincidência levou o iraniano Mortaza Jamali, de 55 anos, à pena de morte[9], pois o medieval Código Penal Islâmico prevê punição de 80 chibatadas em caso de consumo de bebida alcóolica, mas se o “infrator” for sentenciado e condenado três vezes, a pena na quarta “ação criminosa” é a morte.

Para agravar a covardia, muitos dos “crimes” não são considerados “graves” de acordo com o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos. Empresários e comerciantes são executados sob acusação de  “crimes econômicos”[10] e qualquer ação considerada “temerária” pelo regime pode resultar na pena capital, já que o promotor de Teerã, Jafari Dolatabadi, exortou os “importadores que abusam dos subsídios do governo”, salientando que podem ser acusados de “corrupção na terra”, o que possibilita a prolação de sentença de morte, medida que tem apoio de jornais e parlamentares reforçando o posicionamento do promotor para “executar pessoas  responsáveis por contribuir para a instabilidade econômica do país[11]. Mas, os “corruptos apadrinhados” que ocupam altos cargos no regime gozam de imunidade.

O Relatório da ONU conduzido por Rehman reforçou a declaração da Chefe dos Direitos Humanos da ONU, Michele Bachelet afirmando que a execução de crianças infratoras “é absolutamente proibida e deve terminar imediatamente”. Contudo, considerando a característica “leve” de violação de direitos humanos, a “quadrilha das Nações Unidas” não aplicou nenhuma sanção e os humanistas não protestaram em frente às embaixadas iranianas. Sugestão de boicote? Nem pensar! Antropólogos versados em “Ocidentalismo” ensinam a respeitar a “diversidade cultural assassina”.

De acordo com a Anistia Internacional, a crueldade do regime dos Aiatolás  que promove “execuções em massa”, deu ao Irã o status de “segundo carrasco mais prolífico do mundo.

Mulheres e crianças na mira do “fundamentalismo assassino”

No auge do descaso com a vida humana, Michele Bachelet, diante de dois casos de adolescentes açoitados e executados, cujas confissões foram obtidas através de tortura e toda sorte de violações do devido processo legal, se limitou a dizer[12]:

“Mais uma vez, apelo às autoridades para que detenham todas as execuções de jovens infratores e comutem imediatamente todas as sentenças de morte”.

Até as feministas engolem a barbárie do “regime racista, misógino e patriarcal” do Irã. A ativista e advogada Nasrin Sotoudeh foi condenada em março do ano passado a 38 anos de prisão e 148 chibatadas “em relação ao seu trabalho na defesa de mulheres acusadas de protestar contra o hijab obrigatório”. Nenhuma feminista resolveu se desnudar em protesto contra o símbolo máximo do “machismo islâmico”, o hijab. As iranianas continuam sendo presas, torturadas e estupradas ao tentar se libertar do autoritarismo machista, mas os “costumes impositivos muçulmanos” não estão no rol de violações de direitos humanos das mulheres progressistas.

Em agosto, um documentário do jornal Al Arabiya denunciou  crimes contra mulheres mantidas em prisões. Os depoimentos são estarrecedores: as detentas solteiras são frequentemente casadas à força ou estupradas antes da execução, uma vez que as autoridades das penitenciárias creem que se as mulheres forem mortas na condição de “virgens”, irão para o céu, destino indevido que as autoridades perversas tentam impedir através do estupro.

Aos manifestantes é assegurado o “direito sagrado à tortura”

Relatório da Anistia Internacional[13] divulgado em Maio revela a implementação de repressão brutal que impôs a prisão de mais de 7 mil homens, mulheres e crianças de até 10 anos. Teriam sido 304 pessoas mortas pelas forças de segurança  durante os protestos realizados em novembro de 2019. Os iranianos presos recentemente em virtude das manifestações antigovernamentais sofreram tortura física, sexual e psicológica, conforme imagens de vídeo e entrevistas com mais de 75 pessoas, envolvendo vítimas e parentes das mesmas.

Retirada forçada das unhas, choque elétrico nos órgãos genitais e execução simulada com armas e cordas, administração forçada de substâncias químicas, spray de pimenta, espancamentos e afogamentos eram alguns dos métodos utilizados por autoridades do regime e as acusações que fundamentaram as prisões arbitrárias realizadas em 28 das 31 províncias do país eram diversas, incluindo a participação em “protestos ilegais” e “compartilhamento de vídeos dos protestos com familiares, amigos, meios de comunicação ou redes sociais”.

Os detidos feridos eram privados do direito ao tratamento médico e medicamentos correspondentes, ainda que vítimas de armas de fogo e espancamentos.

Minorias reféns do terror

Nenhum segmento da sociedade iraniana está seguro em relação às ações autoritárias do regime, já que as instituições de repressão aumentaram a vigilância e punição sobre os sindicalistas, motoristas de caminhão, professores, operários de fábricas e outros profissionais que protestaram em favor dos seus direitos trabalhistas. Aqueles que ignoraram as ameaças foram intimados, presos e acusados de crimes variados, como por exemplo, “espalhar propaganda contra o Estado” e “perturbar a ordem pública e a paz por meio de participação em reuniões ilegais”, o que resulta em prisões e chicotadas.

As minorias étnicas e religiosas também sofrem violações de direitos humanos. A comunidade Bahai ocupa a posição lamentável de maior minoria religiosa não-muçulmana e não-reconhecida do Irã, sendo contínua as “mais flagrantes formas de repressão, perseguição e vitimização.” Já a minoria sunita, que representa aproximadamente 10% da população é atingida por medidas de Apartheid garantidas pela Constituição, a qual os proíbe de ocupar cargos religiosos relevantes, sendo certo que não foi permitida a construção de mesquita na capital desde 1970. Infelizmente, a rivalidade e ódio sectário entre sunitas e xiitas remonta à morte do profeta.

Pior situação é a dos cristãos convertidos, considerados “apóstatas” pelo regime, o que impede o reconhecimento oficial de igrejas. Esses cristãos devem se reunir clandestinamente e sofrem perseguição estatal terrível por ser considerados “inimigos do Estado”. Segundo a lei iraniana, os cristãos “agem contra a segurança nacional”.

As minorias étnicas, dentre as quais, ahwazis árabes, turcos do Azerbaijão, baluchis e curdos, sofrem com a negação de direitos humanos básicos. Os presos políticos da etnia curda também costumam ser acusados de praticar “crimes contra a segurança nacional” e compõem  quase metade do número total de presos políticos no país.

Por que o Ocidente se cala?

Grande parte das desgraças promovidas pelo regime iraniano contra a população vem sendo fartamente relatada por testemunhas e instituições de direitos humanos, porém, não vemos o engajamento de artistas, políticos, intelectuais, humanistas. Por quê? O jornalista Reza Parchizadeh responde: o regime iraniano passou a se infiltrar e influenciar o sistema educacional americano, por perceber que no Ocidente, a academia desempenha papel importantíssimo na política do dia-a-dia e nos planos políticos de longo prazo.  Colocando em prática essa estratégia no “coração do ocidente” cria um “escudo” para espalhar sua ideologia e “se defender dos seus adversários”.

Afirma  Parchizadeh:

O meio acadêmico no Ocidente em geral e nos Estados Unidos em particular, favorece automaticamente a República Islâmica. E isso faz sentido. As correntes esmagadoramente esquerdistas na academia veem um aliado estratégico – senão totalmente ideológico – no regime iraniano em sua luta contra o suposto capitalismo e imperialismo do establishment político ocidental. Além disso, o aparato de segurança do regime iraniano também manipula conscientemente a academia ocidental por meio de financiamento, modelagem de currículo e implantação de professores, pesquisadores e estudantes pró-Teerã em universidades americanas e outros centros de ensino superior e pesquisa.”

A influência dominadora se dá de forma organizada há décadas e várias instituições trabalham nesse sentido. Parchizadeh discorre sobre a Fundação Alavi, braço estrangeiro da Fundação Mostaz’afan da Revolução Islâmica, instituição que representa um poderoso conglomerado político e financeiro vinculado diretamente ao Aiatolá e à Guarda Revolucionária, que funciona desde a Revolução Iraniana como uma “entidade de fachada” visando promover a ideologia e atividades pró-regime na América do Norte, utilizando o método predileto de financiar Departamentos de Estudos iranianos, islâmicos e do Oriente Médio nos mais renomados centros de ensino superior e instituições afins para que reverberem a concepção do regime nessas áreas.

Um relatório da entidade Conservative Review aponta que a Fundação Alavi financiou e instituiu professores e currículos apoiadores do Irã em 41 universidades estadunidenses. Aliás, a universidade onde o blogueiro de extrema-esquerda Guga Chacra estudou – Columbia University – recebeu esses “mimos” da ditadura genocida. Daí, o “respeito” do militante que se nega a reconhecer a facção Hezbollah como organização terrorista.

Além de “tapar os olhos” dos manipulados ideologicamente no que concerne às violações de direitos humanos contra a população iraniana e minorias que vivem naquele território, bem como toldar os projetos imperialistas e as intervenções carniceiras na Síria, Iraque, Líbano e Iêmen, os “filhotes institucionais do regime” promoveram o “desacerto global” de apoiar o perigoso “acordo o nuclear”.

A omissão conivente que não resiste à barbárie e a prevalência da presunção de boa-fé em relação à uma ideologia assassina “açucarada” pelo veneno multiculturalista mostra que no quintal do “Grande Satã”, quem “canta de galo” é Allah!

Andréa Fernandes – advogada, internacionalista, jornalista e presidente da ONG Ecoando a Voz dos Mártires (EVM).

Imagem: The Media Express


[1] https://english.alarabiya.net/en/News/middle-east/2020/09/04/Trump-calls-on-Tehran-not-to-execute-27-year-old-Iranian-wrestler?utm_source=insider&utm_medium=web_push&utm_campaign=en_trump_iranian_wrestler_&webPushId=MjI0NzU=

[2]https://twitter.com/AlinejadMasih/status/1300465583583002630?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1300465583583002630%7Ctwgr%5Eshare_3&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.foxnews.com%2Fworld%2Firan-imposes-double-execution-on-champion-wrestler-for-peacefully-protesting-regime

[3]https://twitter.com/realDonaldTrump/status/1301627761715490817?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1301627761715490817%7Ctwgr%5Eshare_3&ref_url=https%3A%2F%2Fenglish.alarabiya.net%2Fen%2FNews%2Fmiddle-east%2F2020%2F09%2F04%2FTrump-calls-on-Tehran-not-to-execute-27-year-old-Iranian-wrestler

[4] https://www.foxnews.com/world/iran-imposes-double-execution-on-champion-wrestler-for-peacefully-protesting-regime

[5] https://oglobo.globo.com/mundo/em-derrota-para-os-eua-conselho-de-seguranca-da-onu-rejeita-extensao-do-embargo-de-armas-ao-ira-24587487#:~:text=As%20san%C3%A7%C3%B5es%20unilaterais%20americanas%20ao%20Ir%C3%A3%20foram%20restabelecidas.&text=Mas%2C%20com%20o%20acordo%20de,com%C3%A9rcio%20de%20armas%20pelo%20Ir%C3%A3.

[6] https://twitter.com/UNWatch/status/1299827990080229377

[7] https://english.alarabiya.net/en/features/2019/08/17/UN-expert-Executions-in-Iran-among-the-world-s-highest

[8] https://iranhr.net/en/articles/4311/

[9] https://www.amnesty.org/en/latest/news/2020/07/iran-man-executed-for-drinking-alcohol/

[10] https://www.arabnews.com/node/1424271/middle-east

[11] https://www.hrw.org/news/2018/08/10/irans-judiciary-threatens-executions-economic-crimes

[12] https://english.alarabiya.net/en/News/middle-east/2019/05/03/UN-rights-chief-says-appalled-by-Iran-execution-of-two-minors-

[13] https://english.alarabiya.net/en/News/middle-east/2020/09/02/Iran-tortures-protesters-with-fingernail-removal-electric-shock-mock-killing-Repor

Senado e STF seguindo o modelo de censura extremista do Irã

Por Andréa Fernandes

A conjuntura internacional vem fervilhando com pautas diversas que se entrelaçam nos emaranhados globalistas. Mas, o modus operandi totalitário guarda fortes semelhanças entre as ditaduras islâmicas e os regimes comunistas, inclusive, na versão “socialista”, guardadas as especificidades de cada “cultura”, que deve ser “respeitada, desde que se coadune com  a diretriz de desconstrução do modelo civilizacional herdado da tradição judaico-cristã.

No rastro da tsunami globalista populações majoritariamente conservadoras são reputadas como “nada”, uma vez que o “sistema progressista”  promove perseguição e censura representadas pela extrema-imprensa como mecanismos necessários à salvaguarda da “democracia”, de modo que esboçar qualquer “pensamento conservador” já é considerado “ato antidemocrático”, sobretudo, quando se incorre em denúncias e condenações à corrupção generalizada na administração pública.

Governo conservador não impede os propósitos da agenda globalista como se vê claramente no Brasil graças ao aparelhamento ideológico em todas as instituições. Quem imaginava a criminalização da opinião emergindo da mais alta corte do país? Prisões políticas aplaudidas pela mídia mainstream num cenário mascarado de combate às fake news e aos “atos antidemocráticos” advieram como resultado de narrativas progressistas rotulando conservadores de “fascistas” e “nazistas”.

Contudo, os noticiários dessa semana mostram o linhame globalista das violações aos direitos humanos implementadas por agentes do Estado no Brasil e o regime totalitários islâmico iraniano. Nessa terça-feira, o ministro do STF Alexandre de Moraes prorrogou a prisão política do jornalista profissional Oswaldo Eustáquio – rebaixado a blogueiro por jornalistas militantes – como “punição” por apoiar abertamente o presidente Bolsonaro e ousar praticar jornalismo investigativo que denunciou sua esposa por “atender políticos condenados do PSDB em tribunais superiores[1]. A manutenção de atos inconstitucionais baseados em ilações infundadas lastreadas em lei composta durante a ditadura seguem a mesma diretriz utilizada pela tirania iraniana ao condenar à pena de morte o jornalista Rouhollah Zam, o qual vinha fazendo oposição nas mídias sociais ao regime.

Dentre as muitas “informações proibidas”, o jornalista iraniano divulgou tortura e maus tratos em centros de detenção iranianos, bem como documentos que corroboravam denúncias de fraude no sistema judicial iraniano envolvendo principalmente um ex-chefe do Poder Judiciário. Zam foi acusado de manifestar em suas reportagens preconceito, informações erradas – leia-se fake news” –  e violações da “integridade jornalística[2]. Tais quais as denúncias de Eustáquio contra a esposa do excelentíssimo ministro, não houve investigação dos atos ilícitos noticiados pelo jornalista iraniano.

Outra “coincidência” entre os dois prisioneiros está na “motivação” do “cárcere pedagógico”: Zam foi julgado por 17 acusações vinculadas à questão de “segurança”, o que engloba incitar violência mortal, vazar informações secretas e insultar o líder supremo iraniano. Como é de sabença geral, Eustáquio e todos os militantes bolsonaristas presos por criticar ministros do STF foram enquadrados na Lei de Segurança Nacional. Seguindo a linha a ditadura islâmica, o sr. Alexandre trata críticas como insultos e atentados à segurança nacional.

 O “sigilo” que paira sobre as investigações ultrassecretas contra Eustáquio não revela muita coisa sobre as acusações que o tornam um criminoso que põe em risco a segurança do país, exceto narrativas desconexas como a acusação de que estaria mobilizando parcela da população que “com afinidade ideológica” tem sido usada para propagar extremismo e discurso de polarização, apesar do jornalista não ter grande engajamento nas redes e seu atos não serem considerados “crimes” pela lei penal vigente. Além disso, investigadores propalam a existência de indícios de que o jornalista participa de fatos que estão sob apuração e guardam relação com atos de potencial lesivo considerável, sem mencionar, é claro, quais fatos estão sendo apurados e a descrição do “potencial lesivo” que justifiquem a medida extrema de prisão.

A PGR reforça o posicionamento ideológico-vingativo do ministro Alexandre de Mores ao acusar o jornalista Eustáquio de “defender uma ruptura institucional oblíqua”, apesar da defesa da legitimidade do acionamento pelo Executivo Federal do Art. 142 da Constituição Federal estar amparada no parecer do mais notável jurista brasileiro, o Dr. Ives Gandra da Silva Martins. É triste ter que reconhecer que a “sorte” de Eustáquio é não ter previsão de pena de morte em nosso ordenamento.

Aliás, engana-se quem pensa que as semelhanças de tirania com o regime dos aiatolás do terror terminam por aí... A aprovação pelo Senado do PL 2630/2020, conhecido como Projeto de Lei das Fake News[3], causou verdadeiro assombro nas redes, pois, representa um dos muitos instrumentos de censura para inviabilizar a liberdade de expressão oficializando o enviesamento ideológico das informações que circulam no país. A pauta é transformar em “informações” as narrativas desinformativas  da extrema-esquerda.

O ataque afrontoso à liberdade de expressão no Brasil sob o enaltecimento vergonhoso do presidente do Senado Davi Alcolumbre ocorre quase ao mesmo tempo da investida ditatorial do parlamento iraniano, que está pressionando o ministro das Comunicações e Tecnologia da Informação a proibir a única mídia social autorizada para a população, o Instagram, que segundo estimativas, é usado por metade dos 84 milhões de iranianos.

No Irã, as mídias são acusadas de desintegrar muitas famílias iranianas”, mas a mania de bloquear as plataformas de redes sociais aprofundou-se em 2009, durante os protestos contra a reeleição fraudulenta do presidente autoritário Mahmoud Ahmadinejad. Naquela época, as autoridades impediram todos os usuários de acessar Facebook, YouTube e Twitter, visando impedir a organização de comícios antigoverno. Já o Telegram foi o alvo do bloqueio da tirania islâmica nove anos depois, quando o país muçulmano foi palco de protestos em razão da crise econômica fruto da corrupção no regime. Importante frisar que a elite religiosa continua usando sem qualquer impedimento todas as plataformas proibidas à população.

Manifestações no país muçulmano – que sempre teve apoio irrestrito dos partidos de esquerda no Brasil – costumam ser encerradas através da violência estatal na “contenção das multidões”. Prisões são comuns para inibir a liberdade de expressão, considerada “haram[4].

Entretanto, infelizmente, a nossa democracia já vem sendo ferida com as prisões arbitrárias da parceria PGR+STF, e a situação tende a se agravar em virtude da ausência de protestos nas ruas. Conservadores não perceberam que a Lei de Segurança Nacional já integra os mecanismos de censura e punição dos críticos às ações supremas dos “ministros da toga vermelha”.

O ativista político iraniano  Ejlal Ghavami denuncia a verdadeira intenção que permeia a censura das mídias sociais em momentos de crise econômica e demais demandas urgentes. Diz ele que a única intenção por trás desse impulso é a preocupação desses tiranos como o livre fluxo de informações, o que pode se tornar um óbice para interesses das elites governantes.

Espero que os brasileiros compreendam o caos gigantesco que proporcionará a aprovação de um projeto de lei que legitimará a censura e consequente perpetuação das estruturas totalitárias de dominação. A pressão no que concerne aos deputados que votarão o projeto de lei que legitima a censura é de vital importância para o futuro da nação. É hora da democracia gritar contra o totalitarismo!

Recentemente, a TV iraniana transmitiu um vídeo de propaganda de ódio contra os Estados Unidos com uma música que terminava com o refrão “é o fim do seu reinado, América[5]! Considerando a influência perversa da tirania islâmica iraniana na América Latina, nunca é demais conclamar o povo brasileiro à vigilância total para que não ouçamos como “tom de realidade” o refrão “é o fim da sua democracia, Brasil varonil”!

Andréa Fernandes – advogada, internacionalista, jornalista e presidente da ONG Ecoando a Voz dos Mártires.

Foto: Walterson Rosa / Framephoto / Estadão Conteúdo

[1] https://gazetabrasil.com.br/politica/zambelli-eustaquio-foi-preso-porque-fez-reportagem-sobre-esposa-de-moraes-e-politicos-do-psdb/

[2] https://www.al-monitor.com/pulse/originals/2020/06/iran-journalist-sentence-execution-rouhollah-zam-amad-news.html

[3] https://oglobo.globo.com/brasil/senado-aprova-projeto-de-lei-sobre-fake-news-1-24508273

[4] A palavra Haram significa ilícito, proibido, impuro, ilegal. (https://www.fambrashalal.com.br/haram)

[5] https://www.memri.org/tv/anti-america-music-video-iranian-channel-george-floyd-end-reign-america

O Irã libera 85.000 prisioneiros por causa do coronavírus, mas mantém os cristãos presos

“O Irã se recusa a libertar prisioneiros cristãos, apesar do surto de coronavírus”, por Benjamin WeinthalJerusalem Post , 25 de março de 2020:

BERLIM (Reuters) – O regime de mulá do Irã se recusou na terça-feira a conceder uma libertação temporária a quatro cristãos presos em meio à libertação de cerca de 85.000 prisioneiros, incluindo presos políticos, em um esforço para impedir a propagação do pior surto de coronavírus no Oriente Médio.
A organização de liberdade religiosa Article 18 escreveu em seu site que: “Quatro cristãos iranianos que cumprem sentenças de 10 anos na prisão de Evin, em Teerã, estão sendo impedidos de ser libertados temporariamente, mesmo que seus pedidos de novos julgamentos tenham sido aceitos“.

Segundo o Article 18, os quatro cristãos iranianos presos são Yousef Nadarkhani, 42; Mohammad Reza (Yohan) Omidi, 46; Zaman (Saheb) Fadaei, 36; e Nasser Navard Gol-Tapeh, que tem 58 anos e sofre de vários problemas graves de saúde.
A organização de liberdade religiosa disse que os cristãos “fizeram vários pedidos de libertação sob fiança desde que seus novos julgamentos foram aceitos em outubro [exceto Gol-Tapeh, cujo pedido de novo julgamento foi aceito em fevereiro], e suas famílias estão cada vez mais ansiosas por eles após o surto de coronavírus “.

Mansour Borji, diretor de pesquisa e advocacia da organização sediada em Londres, disse ao FoxNews.com que: “Nós, do Article 18, pedimos a libertação imediata e incondicional de todos os cristãos detidos por acusações espúrias relacionadas à sua fé ou atividades religiosas. Isso é ainda mais urgente, dada a atual crise de saúde que ameaça esses cristãos detidos e suas famílias em casa”.

“A comunidade internacional também deve exigir que o Irã cumpra suas obrigações de garantir o direito à liberdade de religião ou crença para todos os cidadãos, independentemente de sua origem étnica ou linguística, incluindo convertidos de outras religiões“, acrescentou Borji.
Alireza Miryousefi, porta-voz da missão do Irã na ONU, disse ao site de notícias que “Diminuir o número de prisioneiros tem sido uma política geral do novo chefe de justiça do Irã desde o ano passado. Todos os iranianos presos por vários crimes são julgados pelo judiciário individualmente, quanto à sua libertação ou licença por razões médicas ou outras considerações. Dezenas de milhares já foram libertados das prisões. Não houve discriminação com base na religião ou raça. ”…

Imagem e informações por Jihad Watch

Irã: Nove ex-muçulmanos são presos por conversão ao Cristianismo

Um tribunal iraniano condenou um pastor e oito colegas do grande movimento evangélico da Igreja do Irã à prisão por deixar o Islã.

O líder da igreja Matthias Haghnejad e os outros crentes foram condenados a cinco anos de prisão após uma breve audiência em 23 de setembro, confirmaram os observadores do julgamento à BosNewsLife.

O pastor Haghnejad foi detido pela temida Guarda Revolucionária Islâmica após um culto na igreja em fevereiro deste ano, disse o grupo de defesa Christian Solidarity Worldwide (CSW), que apoia os cristãos.

Os outros crentes Shahrouz Eslamdoust, Babak Hosseinzadeh, Behnam Akhlaghi, Mehdi Khatibi, Mohammad Vafadar, Kamal Naamanian, Hossein Kadivar (Elisha) e Khalil Dehghanpour foram supostamente detidos na cidade costeira de Rasht no início de 2019. 

A confirmação das sentenças chegou dias após o prisioneiro pastor da Igreja do Irã, Yousef Nadarkhani, encerrar uma greve de fome de três semanas, segundo cristãos familiarizados com sua situação.

O GRITO DO PAI

Nadarkhani, que cumpre pena de dez anos de prisão por atividades da igreja, iniciou sua ação em 23 de setembro para protestar contra que seus filhos fossem proibidos de continuar com seus estudos.

Ele descreveu sua greve de fome em uma carta às autoridades penitenciárias como “o grito de um pai, injustamente preso”. O pastor disse que as crianças cristãs de segunda geração são cada vez mais penalizadas por autoridades educacionais que não reconhecem sua fé.

Não ficou claro imediatamente se Nadarkhani seria capaz de encontrar os outros cristãos presos. Observadores do julgamento disseram que os nove homens enfrentaram uma severa audiência em julho pelo juiz Mohammed Moghisheh, que ativistas alegam “ser notório” por erros judiciais.

Ele supostamente tentou coagir o pastor Haghnejad, além de Eslamdoust, Hosseinzadeh, Akhlaghi e Khatibi, a aceitar um representante legal nomeado pelo tribunal.

O juiz finalmente suspendeu o processo, condenando-os sob custódia com um aumento significativo da fiança quando se recusaram a fazê-lo, informou a CSW. “O juiz Moghisheh posteriormente retomou o julgamento do Sr. Vafadar, Naamanian, Sr. Kadivar (Elisha) e Sr. Dehghanpour, que estavam se representando … durante o qual ele afirmou que a Bíblia foi falsificada e chamou os homens de ‘apóstatas'” o termo usado para deixar o Islã, acrescentou o grupo.

APELOS ESPERADOS

Durante outra audiência no mês passado, o advogado dos réus foi autorizado a falar brevemente, disseram os cristãos. “No entanto, o juiz Mogisheh não teria respondido à sua declaração. Uma fonte informou à CSW que “parecia que o juiz já havia tomado sua decisão”, afirmou o grupo.

A CSW alegou que o juiz “permitiu esse processo como uma formalidade antes de pronunciar uma sentença pré-determinada”.

Todos os nove cristãos estão recorrendo de suas sentenças, mas o pastor Haghnejad e os defendidos por um advogado já foram presos, disse a CSW.

O diretor-executivo da CSW, Mervyn Thomas, disse à BosNewsLife que seu grupo condena “nos termos mais fortes”, as sentenças proferidas aos cristãos. “Mais uma vez, fica claro pela brevidade do julgamento que mostrou falta de interesse do juiz presidente, já que o devido processo legal não foi observado. E o juiz não foi imparcial”, acrescentou.

“As acusações contra esses cristãos são excessivas, completamente infundadas e constituem uma criminalização de uma religião que a Constituição iraniana supostamente reconhece”, enfatizou Thomas.

BROADER CRACKDOWN

Ele disse que a CSW pede “pela libertação imediata e incondicional desses nove homens” e todos os que estão atrás das grades “por sua religião ou crença no Irã”.

As detenções fazem parte de uma repressão mais ampla a cristãos devotados na nação islâmica, segundo as várias fontes e ativistas da igreja. A apostasia e a disseminação do cristianismo geralmente levam a longas penas de prisão e possivelmente a uma sentença de morte no Irã.

Apesar dessas dificuldades, os grupos missionários sugerem que há pelo menos 360.000 cristãos estimados no país. Eles incluem muitos ex-muçulmanos que se voltaram para o cristianismo, buscando liberdade contra regras islâmicas estritas. O Centro Estatístico, liderado pelo governo do Irã, registra 117.700 cristãos neste país, com pouco mais de 82 milhões de pessoas.

O Departamento de Estado dos EUA classificou a República Islâmica como um “país de particular preocupação” sob a Lei Internacional de Liberdade Religiosa de 1998 “por ter praticado ou tolerado violações particularmente graves da liberdade religiosa”.

As autoridades iranianas negaram irregularidades, mas dizem que desejam proteger o país contra influências externas perigosas.

Imagem e informações Pakistan Christian Post

No Irã, conversão ao Cristianismo resulta em prisão por “agir contra a segurança nacional”

“O Irã sentencia cristãos convertidos a 1 ano de prisão por ‘agir contra a segurança nacional’”, por Samuel Smith, Christian Post , 1º de agosto de 2019:

Um cristão convertido foi condenado a um ano de prisão sob a acusação de “atuar contra a segurança nacional” e de se engajar em “propaganda contra o sistema” enquanto prosseguem as repressões contra os cristãos, informa o grupo de ajuda International Christian Response.

A sentença foi entregue a Mahrokh Kanbari, de 65 anos, na segunda-feira, dois dias depois de comparecer ao Tribunal Revolucionário Islâmico em Karaj. Amigos de Kanbari disseram ao grupo sem fins lucrativos que o juiz foi rude com a ré e tentou humilhá-la quando ela discordou dele.

Kanbari foi presa por três agentes de inteligência iranianos em sua casa na véspera de Natal. Autoridades teriam confiscado telefones celulares, Bíblias e outros materiais relacionados a cristãos.

Depois de pagar uma fiança equivalente a cerca de US $ 2.500, ela foi liberada. Ela foi oficialmente acusada de agir contra a segurança nacional em janeiro. De acordo com a International Christian Response, ela foi orientada a ir a um líder religioso para ser “instruída” a retornar ao Islã….

Imagem e informações Jihad Watch

Irã: Regime se recusa a aprovar projeto de lei para impedir a violência contra as mulheres

O Judiciário iraniano pediu que a proposta de segurança para mulheres contra a violência seja revisada, expressando dúvidas sobre se as pesadas punições estipuladas na lei por violações dos direitos das mulheres podem realmente enfraquecer a estrutura familiar, ou seja, colocar um marido na cadeia por espancar sua esposa.

Gholam-Hossein Mohseni Eje’ii, primeiro vice-ministro e porta-voz do Judiciário, disse : “O objetivo de adotar este projeto é fortalecer o ambiente familiar para que mulheres, cônjuges e outros se sintam seguros em todos os aspectos. Agora, a questão é se os artigos contidos na lei do PSW fornecem essa segurança ou não. ”

Ele argumentou que a política geral do Irã é “aprisionamento”, que levanta a questão de por que as prisões iranianas têm entre três e quatro vezes a capacidade, e que a lei defende a prisão como punição para cada “violação menor”, ​​uma frase que deve ser traduzida a cada ato de violência contra as mulheres.

Eje’ii disse: O projeto PSW continha vários problemas que não puderam ser reformados. A solução é redigir uma lei totalmente diferente ou reformar a lei existente somente em colaboração com o governo ”.

Essa noção ridícula foi repetida pelo deputado cultural do Judiciário, Hadi Sadeqi, que argumentou que era impossível que o projeto PSW apoiasse as mulheres se mandasse seus maridos para a prisão e descreveu o ato de aprisionar abusadores domésticos como “o maior golpe para as mulheres e famílias“.

Ele disse: “Quando uma mulher manda o marido para a prisão, esse homem nunca mais poderá ser marido para ela, e a mulher deve aceitar o risco de se divorciar com antecedência“.

Isso mostra, como se precisássemos confirmado, que o Judiciário iraniano e o Regime como um todo não levam a sério a violência contra as mulheres, especialmente quando o marido comete essa violência.

Também mostra que o Regime não faz ideia do impacto destrutivo que a violência doméstica tem sobre uma mulher ou sobre a família como um todo. De fato, se os mullahs olhassem para a causa raiz da maioria dos casos de mulheres condenadas à morte, suicidas e fugitivas, bem como as crescentes taxas de divórcio, eles descobririam que a maioria está ligada à violência doméstica.

O Regime tem bloqueado o projeto PSW por 13 anos, não porque eles têm uma política de aprisionamento, mas porque eles não se importam com as mulheres. É por isso que prendem mulheres que protestam contra o hijab forçado e se recusam a aumentar a idade de casamento para meninas para 15 anos, o que ainda seria terrivelmente jovem.

Com imagem e informações NCRI

A República Islâmica tem um problema com drogas

As manchetes sobre o Irã geralmente se concentram em seu acordo nuclear com as potências mundiais e seu polêmico programa de mísseis, sem mencionar as sanções internacionais. Os desafios domésticos profundamente enraizados que o país enfrenta recebem menos atenção. Um deles é um aumento drástico no consumo de narcóticos nos últimos dez anos

Por Mitra Shahrani

 

Relatórios locais e estatísticas indicam que o governo do Irã não conseguiu abordar adequadamente o que se tornou uma crise iminente. O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes considera a situação como uma das mais sérias internacionalmente. Os opiáceos são a principal causa de preocupação.

A crise das drogas no Irã é complexa. Em junho de 2017, o Escritório de Controle de Drogas do Irã informou que, de acordo com uma pesquisa representativa, o número de dependentes químicos estava entre 2,8 milhões e 3 milhões de pessoas na faixa etária de 15 a 65 anos. Observadores acreditam que o número real seja ainda maior, mas os dados oficiais indicam que o abuso de narcóticos dobrou em seis anos. Em agosto de 2018, um membro do Comitê de Assuntos Sociais do parlamento iraniano revelou que alguns viciados no Irã têm 11 anos.

O abuso de drogas se espalhando entre as mulheres

De fato, uma tendência é que o abuso de drogas está se espalhando entre mulheres e crianças. Às vezes, mulheres viciadas até dão à luz bebês viciados. Os recém-nascidos tendem a viver vidas muito curtas ou a lutar com o difícil processo de retirada.

Tipicamente, as crianças mais velhas e dependentes são de famílias pobres que vivem em áreas empobrecidas nos arredores das cidades metropolitanas. Eles estão constantemente expostos a narcóticos e alguns deles são usados ​​por suas famílias para vender drogas ou adquiri-los para seus pais.

A pobreza provavelmente empurra muitas pessoas para o abuso de drogas, mas nem todos os viciados são pobres. A escalada do problema das drogas no Irã parece uma epidemia nacional, afetando pessoas de diferentes origens. Até certo ponto, as classes médias podem usar drogas para fins recreativos, mas a desesperança parece ser uma questão importante.

Desenvolvimento chocante: uma tendência particularmente preocupante é o crescimento do abuso de drogas entre mulheres e crianças. Às vezes, mulheres viciadas até dão à luz bebês viciados. Os recém-nascidos tendem a viver vidas muito curtas ou a lutar com o difícil processo de retirada

O desespero é generalizado e acredita-se estar crescendo porque as pessoas não têm perspectivas econômicas e políticas. Dificuldades econômicas resultantes de décadas de má administração e corrupção, bem como sanções internacionais, estão tendo um forte impacto psicológico na sociedade.

Proximidade ao Afeganistão

Outro fator importante é a localização geográfica do Irã. O país está perto do centro da produção mundial de ópio. O Afeganistão produz cerca de 90% da colheita mundial de papoula e os opiáceos são contrabandeados de lá para todos os outros países. O Irã compartilha 921 quilômetros de fronteiras porosas com o Afeganistão. As rotas de trânsito atravessam o Irã e vários narcóticos estão facilmente disponíveis.

Com imagem e informações Qantara

Irã: número impressionante de cristãos presos – 114 em uma semana

O governo iraniano está intensificando sua perseguição aos cristãos, violando o fato de que sua constituição garante aos cristãos o direito de representação no Parlamento iraniano, o direito de produzir alimentos não-halal e muito mais. Apesar disso, os cristãos no Irã não raramente sofrem desapropriação de suas propriedades, o fechamento forçado de igrejas e outras formas de perseguição.

A maioria dos cerca de 300.000 cristãos no Irã são membros da Igreja Apostólica Armênia, uma antiga Igreja que rompeu a comunhão com a Santa Ortodoxia após o quarto Concílio Ecumênico, o Concílio de Calcedônia em 451. Outros cristãos no Irã são membros da Igreja Assíria de o Oriente, a Igreja Católica Caldéia e a Igreja Católica Romana; há também um número crescente de pentecostais, evangélicos e outros protestantes.

“Irã: ‘impressionante’ número de cristãos presos – 114 em uma semana”, World Watch Monitor , 5 de dezembro de 2018:

Mais de 100 cristãos foram presos no Irã na semana passada e quase 150 no mês passado, como parte da tentativa do governo de “alertar” os cristãos contra o proselitismo no Natal, de acordo com o diretor de defesa da liberdade religiosa no artigo 18.

Mansour Borji disse que o número de prisões – 114 só na semana passada – foi “surpreendente”. No mês passado, ele disse que um total de 142 cristãos foram presos em “10 ou 11 cidades diferentes” em todo o país e pertencentes a diferentes grupos cristãos.

Borji disse ao World Watch Monitor que a maioria dos detidos foi autorizada a ir para casa depois de algumas horas ou, em alguns casos, dias – “já que eles prenderam tantos deles e não sabiam o que fazer com eles todos” – mas  a todos foi-lhes dito que esperassem uma ligação do Ministério da Inteligência. Cada um dos cristãos teve seus dispositivos móveis confiscados, enquanto os suspeitos de serem os líderes dos grupos continuam detidos.

Borji acrescentou que os cristãos foram convidados a escrever detalhes da história de suas atividades cristãs e disseram para não ter mais contato com outros cristãos ou grupos cristãos.

No final da semana passada, a agência de notícias aprovada pelo governo Mehr alegou que alguns dos detidos eram cidadãos estrangeiros que tinham tomado nomes iranianos, conforme relatado pela Rádio Farda .

A notícia das prisões ocorre na semana em que a mãe de um dos presos cristãos de longa data, Ebrahim Firouzi , morreu e foi sepultada, sem que seu filho pudesse vê-la em seus últimos dias, nem comparecer ao funeral.

Kobra Kamrani, que tinha câncer e perdeu a visão, morreu na segunda-feira, 3 de dezembro, aos 56 anos, e foi enterrada no dia seguinte, como é costume no Irã.

No mês passado, quando a saúde dela se deteriorou, ela implorara às autoridades que permitissem ao filho visitá-la uma última vez, mas seus pedidos foram rejeitados.

Após a morte de sua mãe, Firouzi, que está preso desde 2013, pediu uma licença para comparecer ao funeral de sua mãe, mas seu pedido também foi negado.

Com imagem Christians in Pakistan e informações The Persecution of Christians

Oficial dos EUA: o Irã gasta 1 bilhão de dólares por ano em apoio ao terrorismo

Nathan Salles, o principal representante de contraterrorismo dos EUA acusou o Irã de gastar US $ 1 bilhão por ano em apoiar grupos considerados organizações terroristas pelos EUA.

Nathan A. Sales, embaixador-geral do Departamento de Estado e coordenador do contraterrorismo, atacou o Irã em uma palestra proferida na terça-feira no Washington Institute for Near East Policy, um centro de estudos fundado pelo ex-vice-diretor de pesquisas da Comissão de Assuntos Públicos. Ele acusou Teerã de apoiar várias milícias em toda a região, incluindo o movimento libanês xiita muçulmano Hezbollah, o grupo palestino sunita Hamas e a milícia Zaidi xiita muçulmana Ansar Allah, também conhecida como Houthis.

“Deixe-me dar alguns números. Isso pode parecer difícil de acreditar, mas o Irã fornece ao Hezbollah apenas cerca de US $ 700 milhões por ano. Dá outros US $ 100 milhões a vários grupos terroristas palestinos. Quando você joga o dinheiro fornecido a outros terroristas, chega perto de um bilhão de dólares “, disse Sales.

“Vamos fazer uma pausa para considerar isso, porque vale a pena repetir: o regime iraniano gasta quase um bilhão de dólares por ano apenas para apoiar o terrorismo. Eu ficaria tentado a fazer uma referência ao Dr. Evil se as apostas não fossem tão altas”, ele disse. acrescentou, referindo-se ao antagonista  da  série de filmes Austin Powers .

O presidente Donald Trump e seu governo citaram o suposto apoio do Irã a grupos militantes no exterior e o desenvolvimento de tecnologia de mísseis balísticos como base para a saída do acordo nuclear assinado em 2015 pelos EUA, Irã e outras potências mundiais. Desde que deixou o acordo, a Casa Branca restabeleceu pesadas sanções para fazer negócios com o Irã, embora tenha isentado oito países – China, Grécia, Índia, Itália, Japão, Coréia do Sul, Taiwan e Turquia – das sanções energéticas por seis meses.

O Irã, por sua vez, acusou os EUA de tentar desestabilizar seu revolucionário governo muçulmano xiita e de prejudicar a situação de segurança da região por meio de intervenções sobrepostas por Washington. Tanto os EUA quanto o Irã contribuíram fortemente para a luta contra o grupo militante do Estado Islâmico (ISIS) no Iraque e na Síria, mas eles argumentaram contra a presença de longo prazo uns dos outros lá e em outras nações.

Outros países signatários do acordo nuclear, como China, França, Alemanha, Rússia e Reino Unido, tentam manter o acordo vivo por meio de extensas negociações com o Irã e do possível estabelecimento de um sistema de pagamentos independente do dólar, mas enfrentaram pressão de Washington. A Corte Internacional de Justiça também pediu à administração Trump para remover certas sanções que restringem a assistência humanitária , que o secretário de Estado Mike Pompeo prometeu não ser afetada, apesar de dizer à BBC Persian que a “liderança do Irã tem que tomar uma decisão que eles querem para o povo comer . “

Vários iranianos que vivem na capital, Teerã,  expressaram à Newsweek preocupação sobre como as sanções dos Estados Unidos afetaram suas vidas.

Com imagem e informações Newsweek

Dinamarca frustrou o plano do Irã de perpetrar um atentado terrorista no país

A operação policial massiva no leste da Dinamarca no mês passado fez parte das tentativas de frustrar a inteligência de um plano do Irã para matar um ativista da oposição, disse na terça-feira o chefe da agência de inteligência do país.

 O finlandês Borch Andersen disse que a polícia em 28 de setembro estava à procura de um carro roubado e registrado na Suécia quando cortou  Copenhague e fechou as fronteiras com a Alemanha e a Suécia. Mais tarde, descobriram que não estava relacionado ao caso.

Um cidadão norueguês de origem iraniana foi preso em 21 de outubro por suspeita de ajudar o serviço de inteligência iraniano “para atuar na Dinamarca” e participar do planejamento para matar um membro da oposição, disse Borch Andersen.

O suspeito, que não foi identificado, está em custódia antes do julgamento até 8 de novembro. Ele nega ter cometido qualquer crime, disse Borch Andersen, acrescentando que as agências de inteligência na Suécia e na Noruega cooperaram na conexão com a prisão. Ele não deu detalhes.

O homem, entre outros, tinha sido visto tirando fotos das residências dos membros do Movimento de Luta Árabe para a Libertação de Ahwaz (ASMLA) em Ringsted, cerca de 60 km (37 milhas) ao sudoeste de Copenhagen.

O grupo foi acusado pelo Teerã de estar por trás de um ataque terrorista em um desfile militar na cidade de Ahvaz em 22 de setembro, que matou pelo menos 25 pessoas. Ele condenou o ataque e disse que não estava envolvido.

Depois desse ataque, Teerã convocou o embaixador da Dinamarca e acusou o governo dinamarquês de abrigar membros do “grupo terrorista”.

Na terça-feira no Twitter, o ministro das Relações Exteriores, Anders Samuelsen, disse que era “totalmente inaceitável” que o Irã estivesse planejando um ataque na Dinamarca. O país reagirá ao Irã e conversará com seus parceiros europeus sobre “medidas adicionais”, disse ele, sem dar detalhes.

Borch Andersen disse que a Dinamarca trabalhou e está trabalhando “com vários parceiros na Europa no caso, mas não disse quem eles eram”.

Durante a coletiva de imprensa televisionada, o chefe do serviço de inteligência também observou que o Irã já havia estado ativo contra grupos de oposição no exterior. Ele apontou para um ataque a bomba que visava uma manifestação organizada por um grupo de oposição iraniano perto de Paris, em junho.

Imagem IFMAT e informações Israel noticias