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Daniel Mastral, o defensor da “taqiyya pentecostal”

Por Andréa Fernandes

Era um fim de noite de domingo quando cheguei em casa e recebi um link de seguidor nas redes.  De repente, estava diante de mim uma live realizada na noite anterior tendo como protagonistas Daniel Mastral – escritor polêmico no meio evangélico – e o sheik Rodrigo Rodrigues, líder sunita brasileiro que estudou Islã na Arábia Saudita, conhecida entre os leigos como “país fundamentalista” por exportar a violenta doutrina wahabbita que embasa discursos de ódio e ataques terroristas islâmicos em todo mundo.

Mastral não é o primeiro pastor com visão progressista que vê no diálogo inter-religioso uma “função cristã”, que na realidade, propicia a “oportunidade de ouro” para lideranças muçulmanas apresentarem seu repertório religioso-ideológico aos “infiéis” de maneira agradável ao gosto ocidental. A falta de conhecimento básico da cristandade sobre a religião que mais cresce no mundo propicia a fácil disseminação de conceitos e doutrinas que se adequam temporária e estrategicamente ao modus vivendi brasileiro.

A vaga lembrança que tenho de Mastral – que se apresenta como ex-satanista – são os livros de sua autoria, através dos quais se aventura a supostamente “mergulhar na mais alta hierarquia do satanismo” sob o intuito de auxiliar religiosos em temas de “batalha espiritual”, bem como o episódio em que se envolveu em conflito com o pastor Malafaia em virtude de boatos que o apontavam como filho de Michel Temer[1].

Mastral, o “homem de Deus” que bajula sheik muçulmano

Quando soube da live, tentei acreditar que o escritor almejava debater questões teológicas envolvendo o Islã ou evangelizar o sheik Rodrigo. Contudo, o tom claramente bajulador se reportando ao sheik como pessoa “sábia, inteligente, muito humilde, humana” e que “gosta de pudim”, o que teria causado “paz” para o evangélico, mostrou que o propósito seria enaltecer o Islã. Mastral pediu aos seus seguidores “respeito e amor” para, segundo ele, aplicar o Cristianismo de fato. Até aí, tudo bem… Rodrigo se “sentiu em casa” e passou a chamar o escritor de irmão” e “homem de Deus por constatar que cativou a simpatia do ex-satanista. Surgiram, então, os primeiros sinais do aporte vocabular pentecostal para conquistar evangélicos. Entrementes, quando Mastral iniciou as perguntas, tivemos uma “magistral aula de taqiyya[2].

Inicialmente, o sheik, precavido, não utilizou o conhecidíssimo termo “Allahu Akbar” para “ensinar” o chamamento às rezas islâmicas através dos minaretes das mesquitas. Preferiu usar o termo em português “deus é grande”, e sempre que teve oportunidade, fez comparações entre mesquita e igreja promovendo a dawa[3].

“Mesquitas desconstroem valores errados”

Na fala, o sagaz Rodrigo avisou como funciona a educação islâmica desde o berço: segundo ele, a mesquita reforça alguns valores corroborando com os mesmos e desconstrói outros valores errados. Mastral não ousou perguntar quais seriam os “valores errados”, porém, os muçulmanos sabem de cor e salteado. São todos os “valores” não compatíveis com os preceitos religiosos inseridos no alcorão e hadiths[4], os quais devem obrigatoriamente orientar a Ummah[5] e também os não-muçulmanos. Por isso, temos exemplos diversos de violações de direitos humanos embasadas nesses “valores corretos” na perspectiva de Allah.

A experiência exorcista do “sheik pentecostal”

Nesse caso, podemos citar escritos sagrados para não pairar dúvida: todo cristão conhece o famoso texto bíblico que narra a história de uma mulher acusada de adultério, tendo os seus algozes tentado incitar Jesus a autorizar o seu apedrejamento, o que não aconteceu pelo fato de Cristo cumprir literalmente a lei judaica, que prioriza a vida e justiça. Mutatis mutandis, consoante a tradição islâmica, o profeta Mohammad, ao tomar conhecimento da confissão de adultério por uma muçulmana grávida agiu de forma diferente: ao saber da prática ilícita (haram), aguardou o nascimento do bebê e ordenou o apedrejamento da mulher[6]. Daí, a sharia (lei islâmica) prescrever pena de morte para as “adúlteras”, o que é seguido fielmente por alguns países muçulmanos, inclusive, o berço do Islã, Arábia Saudita, território onde o “sheik moderado” buscou sua formação teológica.

Quando o sheik Rodrigo discorreu sobre algumas peculiaridades do alcorão, Mastral disse ser semelhante à bíblia cristã em termos de volume, e ao dizer que a “palavra de deus expulsa Satanás” – se referindo ao alcorão, é claro – o escritor disse concordar plenamente, o que animou o sheik a contar em seguida uma suposta “experiência exorcista”, onde uma “entidade” teria ameaçado  a ele e à família em árabe quando lia o alcorão também em árabe. Rodrigo chegou a dizer que Satanás tem por objetivo deixar as pessoas com mais medo dele do que de Deus, deixando, uma pontinha da sua doutrina exposta, já que, o Islã se impõe em muitas situações através do medo, pelo que o próprio profeta Mohammad teria afirmado que Allah o fez vitorioso através do terror (Bukhari 4:52:220). O deus do Islã deve causar mais medo do que Satanás!

Rodrigo parecia um “pastor pentecostal” reafirmando com muito entusiasmo que a “palavra de deus expulsa Satanás”.  Em determinado momento da entrevista recheada de “concordâncias”, Mastral resolve levar ao sheik uma “dúvida simples” de um seguidor que teria como “resposta melhor” a proveniente de um sheik que estudou num país que pune com a pena de morte os “apóstatas”[7]. Mostrando visível falta de articulação na indagação, esboçou dar oportunidade ao sheik para explicar a “diametral oposição” do muçulmano em relação aos extremistas do Estado Islâmico. Inacreditavelmente, o escritor evangélico afirmou que “a resposta” do sheik seria mais “robusta”!

O sheik salientou que “o extremismo,  o fanatismo, o radicalismo e a violência vão levar a coisas piores” e são “humanos”, usando a falácia costumeira de apontar a mídia como agente de estigmatização dos muçulmanos. Ao informar casos de violência, Rodrigo embarcou mais uma vez na estratégia da mentira se reportando a “estimativas fakes” divulgadas pela extrema-imprensa apontando o Brasil como supostamente o 5º país do mundo em violência contra a mulher, oportunidade em que o pastor também concordou salientando que há extremistas em meio aos cristãos.

Sheik usa dados fakes para ocultar a misoginia presente em países muçulmanos

Na explicação combatendo a acusação de “extremismo”, o sheik afirmou que o Brasil é o 5º país do mundo em violência contra a mulher[8] para tacitamente escamotear os dados preocupantes de misoginia em países muçulmanos. Pensava ele que todos que assistiam o vídeo seguiriam as “concordâncias pré-estabelecidas” pelo ex-satanista ao se adequar aos “ensinamentos” do líder muçulmano sem questionar de forma educada absolutamente nada.

Todavia, cumpre ressaltar que a pesquisa citada pelo sheik refere-se ao documento da duvidosa Organização Mundial da Saúde (OMS), sob o título Estimativas Globais e Regionais de Violência contra as Mulheres[9], publicado no ano de 2013, o qual corroborou uma “ajudinha” aos países totalitários islâmicos e comunistas, apresentando pesquisa fajuta envolvendo um conjunto de países como “global. Vale lembrar que são 193 países que compõem a ONU – fora os vários entes territoriais que almejam autodeterminação tal qual a Palestina – mas a pesquisa envolveu apenas 83 Estados.

Países extremistas como Coreia do Norte, Arábia Saudita, Venezuela e algumas diaduras do Golfo Pérsico dentre outras, foram excluídos da “pesquisa global”. Faltou “representatividade” dos países muçulmanos, além do que sobeja puerilidade para acreditar nos dados apresentados por instituições dos poucos países muçulmanos e da “misteriosa China”. Só os progressista confiam em informações supostamente colhidas em ditaduras criteriosamente fechadas!

Os dados maquiados pela OMS são facilmente desmascarados. Posso citar o caso do Irã que consta na pesquisa fajuta de violência contra a mulher apresentando dados inverídicos, posto que, segundo a imprensa árabe, em 2014, Hadi Mostafaei, oficial de polícia, informou que os crimes de honra representavam 20% dos casos de assassinato no país, e a matéria ressaltou inexistir números exatos dessa modalidade de crime[10]. Segundo as leis iranianas, um pai que mata sua filha devido “crime de honra” não é sentenciado com pena de morte, mas são muitos os casos de ativistas mortos e até mesmo de iraniano que violou a sharia ingerindo de forma reincidente bebida alcoólica.

O “simpático sheik”, que tempos atrás me atacou com palavras grosseiras por usar minhas redes para denunciar o uso obrigatório do hijab como misógino, não rotulou como “extremista” nenhum país muçulmano. Os dados terríveis sobre a violência estatal e doméstica produzida contra mulheres muçulmanas não foram salientados por aquele que usa dados fantasiosos para embasar sua “pregação” que tenta imitar pentecostais.

A violência contra a mulher como “doutrina islâmica” diverge do ato violento que representa violação da lei em Estado laico

Embora reconheça como inaceitável o índice de violência contra a mulher no Brasil, mesmo com dados supostamente “globais” da OMS extremamente defasados, há um parâmetro que sutilmente não aparece na narrativa do sheik Rodrigo: enquanto a violência no Brasil NÃO está fundamentada/justificada na “religião”, uma vez que as religiões majoritárias não apresentam em sua doutrina qualquer suporte para ações violentas –  sendo certo que a lei brasileira proíbe e pune crimes violentos contra as mulheres e diversas instituições religiosas mantêm trabalho assistencial direcionado às vítimas de violência doméstica – o Islã ortodoxo adotado por países muçulmanos está cheio de doutrinas embasando as mais cruéis violações de direitos humanos contras meninas e mulheres.

Explicando melhor: no Brasil, os direitos das mulheres estão amparados no Direito produzido pelo Legislativo democraticamente estabelecido num Estado laico. Já, Estados muçulmanos estão fundamentados em “governo de direito divino e suas leis não podem ser mudadas, modificadas nem contestadas”, conforme ensina o aiatolá Khomeini no “Livro Verde”. Somente o “santo profeta do Islã” promove a lei que deve ser cumprida por todos, sejam muçulmanos ou kafir[11]. Assim, a fonte da violência contra a mulher em países islâmicos é a própria doutrina religiosa defendida apaixonadamente pelo sheik.

O “sagrado direito de Estado muçulmano” promover estupro em meninas e mulheres virgens sentenciadas à morte

Algumas violações dos direitos humanos promovidas pela doutrina islâmica são assustadoras. Quando adolescentes iranianas são flagradas em uma festa podem ser obrigadas a passar por um teste de virgindade, e em havendo comprovação da perda da referida virgindade, poderiam “escolher” entre receber 100 chibatadas ou casar-se com o homem que as estivesse acompanhando durante a festa. Situação pior ocorre em relação às virgens sentenciadas à pena de morte sob as dúbias”acusações anti-islâmicas”: considerando que o Islã ensina que assim como os mártires, as virgens iriam instantaneamente para o paraíso, os clérigos promoveram uma forma de “certificação” de que as condenadas à execução não lograriam tal direito obrigando-as a perder a virgindade mediante ESTUPRO ou através do “casamento temporário” com um dos guardas, outorgando status legal à brutal violação. De maneira que, o Estado promove as violações de pena de morte e estupro de mulheres com base em LEI RELIGIOSA.

E para aqueles que subestimam a violência INSTITUCIONALIZADA contra a mulher no mundo muçulmano, cabe lembrar que devido à ausência de registros fidedignos não se pode precisar o número de adolescentes iranianas punidas com a odiosa sentença, mas segundo estudiosos, nos primeiros três meses da “revolução” idolatrada pela esquerda, pelo menos 23 mil mulheres foram executadas. Ademais, o “piedoso khomeini” determinou que a idade mínima para execução de “mulheres” seria 9 anos e de homens, 16 anos. Esse assunto foi proibido na live de propaganda do Islã pelo ex-satanista.

Sheik Rodrigo caracteriza “casamento temporário” autorizado pelo Islã como “jeitinho brasileiro”

A propósito, em outra oportunidade para propagar taqiyya, o sheik Rodrigo convenceu a youtuber responsável pelo canal “Sobrevivendo na Turquia”, Danny Boggione, de forma irônica que o “casamento temporário” seria uma espécie de “jeitinho brasileiro” pelo fato de alguns muçulmanos utilizarem “indevidamente” desse instrumento religioso para casar com não-muçulmanas.  A youtuber, que chorou de emoção ao entrevistar o sheik, seguiu os passos progressistas do pastor Mastral e decidiu não contestar a autoridade islâmica mesmo sabendo que ele estava promovendo mentira.

O extremismo é culpa do Ocidente?

A culpa para o “extremismo islâmico”, segundo o “sheik pentecostal”, seria das “forças políticas” e da “geopolítica internacional”, salientando que os muçulmanos são contrários a todas as formas de radicalismo e de fanatismo, porém, o pastor não o indagou sobre as violações de direitos que acontecem no mundo muçulmano com base nos ensinamentos de Mohammad. De modo que, a ação extremista de “casamento forçado” usual em determinados países muçulmanos não se dá por culpa da geopolítica ou de terroristas fanáticos, mas sim, pelo fato de o profeta ter casado com uma menina de 6 anos e ter mantido relação sexual com ela a partir dos 9 anos. Sendo ele o “exemplo perfeito” para todo muçulmano, sua ação incompatível com direitos humanos é adotada e estimulada por importantes lideranças muçulmanas.

Se eu quisesse elencar as diversas ações extremistas não necessariamente “terroristas” de países muçulmanos com base na sharia, teria que escrever um livro!

Promovendo kitman, a mentira por omissão

Confessando em todo tempo sua ignorância, o pastor “deu asas” a várias estratégias de mentira do líder religioso muçulmano. Em certo momento, Rodrigo propaga kitman, a mentira por omissão com a seguinte pérola:

 “O alcorão fala: quem tirar a vida de uma pessoa é como tirar a vida de toda humanidade”.

Todavia, não é bem assim que ensina o alcorão. Vejamos:

“Por isso, prescrevemos aos filhos de Israel que quem matar um homem, a não ser pela lei de talião ou porque corrompia a terra, é como se tivesse matado todos os homens; (…)

O castigo dos que fazem a guerra a Deus e a Seu mensageiro e SEMEIAM A CORRUPÇÃO NA TERRA é serem mortos ou crucificados ou terem as mãos e os pés decepados, alternadamente, ou serem exilados do país: uma desonra nesse mundo e um suplício no além, (…) Alcorão 5:31,32

Graças à “revelação divina” acerca da pena de morte para aqueles que “semeiam corrupção na terra”, Irã e outros países muçulmanos sentenciam a EXECUÇÃO de ativistas de direitos humanos, “apóstatas” e críticos do governo.

O senso comum que ouve apenas o risonho sheik pentecostal não percebe as sutilezas ocultadas que levam muitas vidas inocentes à morte.

A política como instrumento de dominação

Muitas seriam as observações sobre as narrativas do sheik e o amigo pastor, porém, as sucessivas aparições de Rodrigo nas redes progressistas me proporcionarão várias oportunidades para escrever novos artigos sobre as estratégias islâmicas utilizadas para reforçar a percepção errônea acerca do Islã ortodoxo. No entanto, a preocupação do ex-satanista em promover a “causa muçulmana” o levou a falar de política demonstrando estar demasiadamente desinformado, pois disse desconhecer candidatura entre muçulmanos no Brasil. Se lesse jornais, saberia da candidatura a vereador em São Paulo do sheik xiita Rodrigo Jalloul, idolatrado pela extrema-esquerda.

Rodrigo afirmou que muçulmanos se candidatam por “motivação pessoal” e não política. Na verdade, o muçulmano se candidata para promover o Islamismo (Islã político). Aconselho que os leitores se dirijam à propaganda do candidato muçulmano de São Paulo e tirem suas próprias conclusões. Se a dúvida persistir, bastar observar a atuação do prefeito muçulmano de Londres, Sadik Khan.

O sheik afirmou que partidos da extrema-direita e da extrema-esquerda teriam lhe convidado para candidatura, reclamando que o “centrão” não teve interesse nos seus “dotes políticos”. Como não conheço partido de extrema-direita no Brasil, prefiro nem comentar a fala de pura jactância.

Aguardando a “pregação do pastor” numa mesquita saudita

 Emocionado com o “carinho” do líder muçulmano, o pastor recebeu o mimoso convite para fazer a próxima live de modo presencial numa mesquita em São Paulo. Assim é fácil fazer taqiyya… Quero ver o sheik pentecostal convidar o ex-satanista para fazer live presencial em qualquer mesquita da Arábia Saudita. Nem o Diabo consegue essa façanha!

Andréa Fernandes –advogada, internacionalista, jornalista e presidente da ONG Ecoando a Voz dos Mártires.

Imagem: Reuters


[1] https://noticias.gospelmais.com.br/daniel-mastral-malafaia-mentiu-pastor-reage-82345.html

[2] Permissão para o muçulmano mentir se a mentira ajudar a propagação do Islã e da lei islâmica (Sharia) https://infielatento.org/2014/11/taquia-taqiyya-no-alcorao-e-sharia.html

[3] Ato de propagar a fé islâmica.

[4] confirmação dos atos, afirmações, opiniões e modos de vida do profeta Mohammad (https://www.fambrashalal.com.br/haram)

[5] Comunidade muçulmana global. (https://www.islamreligion.com/pt/articles/11312/o-conceito-de-ummah-no-isla/ )

[6] https://infielatento.org/2012/12/rajm-apedrejamento-ate-morte.html

[7] https://noticias.uol.com.br/internacional/listas/conheca-9-crimes-que-resultam-em-pena-de-morte-no-ira-e-na-arabia-saudita.htm

[8] https://unale.org.br/violencia-contra-a-mulher-brasil-e-o-5o-pais-com-maior-numero-de-feminicidio/

[9] https://www.who.int/reproductivehealth/publications/violence/9789241564625/en/

[10] https://english.alarabiya.net/en/News/middle-east/2020/08/28/Iranian-who-beheaded-teenage-daughter-sentenced-to-nine-years-in-prison.html

[11] Infiel.

Sudão: Líderes das mesquitas incitam muçulmanos a atacar cristãos, muçulmanos gritando “Allahu akbar” matam esfaqueado cristãos

“Cristãos atacados no Sudão após incitação por líderes da mesquita em Cartum”, Morning Star News , 24 de junho de 2020:

JUBA, Sudão do Sul (Morning Star News) – Após telefonemas de líderes de mesquitas no leste de Cartum, no Sudão, para livrar sua “área muçulmana” de cristãos do sul do Sudão, vários cristãos foram atacados no país e em Omdurman, este mês, disseram fontes.

No final das orações da noite em uma mesquita na região de Al-Jerif East, na margem oriental do rio Nilo Azul, na localidade de Nile Oriental em Cartum, os imãs pediram aos moradores que livrassem os sudaneses do sul de cristãos na “área muçulmana, ”, disse uma fonte que pediu anonimato ao Morning Star News. Ataques contra cristãos na área ocorreram naquela noite e no dia seguinte.

Em um ataque separado no sábado (20 de junho) em Omdurman, do outro lado do rio Nilo, a oeste de Cartum, jovens muçulmanos gritando o slogan jihadista “Allah Akbar [Deus é maior]” esfaqueou um cristão até a morte em um ataque de rua contra ele e quatro outros sudaneses do sul na área de Shigla, disse outra fonte sob condição de anonimato.

Mariel Bang deixa sua esposa e quatro filhos com idades entre 1 e 4 anos, disse a fonte. Bang tinha 35 anos.

Além da morte de Bang, ele acrescentou, o ataque deixou um dos outros cristãos do sul do Sudão em estado crítico. Os outros três cristãos agredidos eram mulheres que sofreram ferimentos leves, disse ele.

Vamos queimar este lugar“, disse um dos agressores, segundo a fonte.

Ataques de Cartum

Após o pedido de imãs no dia 6 de junho, em Al-Jerif East, em Cartum, para livrar a área do sul do Sudão, três jovens muçulmanos com bastões, paus e rifles espancaram dois cristãos depois que saíram de um mercado local, disse outra fonte. Ariere Sathor, 18, gravemente ferido, disse ele.

“O ataque deixou um dos dois cristãos [Sathor] em estado crítico depois de sofrer ferimentos na cabeça”, disse a fonte. “Os muçulmanos que consideram a área território muçulmano estavam gritando: ‘Eles [sul-sudaneses] devem deixar este lugar à força.‘”

Os líderes da mesquita disseram aos presentes na oração da noite que os sudaneses do sul eram infiéis, criminosos e consumidores de bebidas alcóolicas, o que é proibido no Islã, disse ele.

No dia seguinte, 7 de junho, multidões de jovens muçulmanos enviaram refugiados do Sudão do Sul fugindo para salvar suas vidas enquanto atearam fogo em 16 abrigos improvisados ​​de folhas de plástico onde os refugiados moravam na área de Al-Jerif East, segundo a fonte .

“Os jovens disseram que não queriam vê-los em uma área muçulmana”, disse a fonte ao Morning Star News.

No ataque, 10 católicos romanos do sul do Sudão na área ficaram feridos, incluindo uma mulher, Achoul Deng, disse ele. Entre outros feridos estavam Deng Akuiek, 25; Deng Amoul, 18; Malieng Dengdid; Gwot Amoul; e Garang Arou Yien.

A mulher católica ferida, Achoul Deng, disse que homens muçulmanos há muito perseguem mulheres cristãs no leste de Al-Jerif.

“Essa questão está nos perturbando”, disse ela, “e não é aceitável – mas o que podemos fazer, oh Deus?”

Após os ataques de 6 a 7 de junho, os muçulmanos se denominaram como os Comitês de Resistência de Al-Jerif East (Hai-Gerief Shriq) levados às mídias sociais para explicar por que atacaram e queimaram as tendas dos refugiados do Sudão do Sul. Em sua declaração no Facebook, eles criticaram a polícia por não prender os cristãos por crimes não especificados.

“Culpamos a força policial nesta mensagem por não estar disponível em tempos de necessidade“, diz o comunicado ….

O Sudão havia sido designado CPC pelo Departamento de Estado dos EUA desde 1999.

O Sudão ficou em 7º lugar na lista de observação mundial dos países onde é mais difícil ser cristão.

Por Jihad Watch

Serei racista por criticar o Islã?

Por Félix Soibelman

A definição de racismo de Wiezel é a mesma que serviu para condenar Siegfried Erwangler, no STF, por racismo/antissemitismo, ou seja, independentemente da biologia, haveria racismo sempre que se atribui uma característica negativa a alguém tão somente por nascer numa etnia ou comunidade.

Não obstante, estudar as características que fazem uma sociedade ser como é, como são as sociedades islâmicas, não é o mesmo que atribuir a cada indivíduo isoladamente x ou y característica. Estudá-las é simplesmente olhar seus valores e crenças tendo em conta como eles se refletiram no passado e SE CONTINUAM ATUAIS REFLETINDO-SE NO SEU COMPORTAMENTO PRESENTE.

Apenas para se ter uma ideia de que esta idiossincrasia não está tão longe do homem comum islâmico, basta a famosa pesquisa divulgada por Bem Shapiro, realizada pelo Instituto Pew (https://youtu.be/LCMYkcZS1Ns), na qual constatou-se que em diversos países islâmicos uma expressiva parte e muitas vezes a grande maioria apoia o ataque ao WTC, matar mulheres, matar civis com bombas em ataques suicidas, a Al-Qaeda, ou a implantação da sharia no país, o que, segundo informa Shapiro, alcançaria 680 milhões de pessoas, podendo-se supor o mesmo nos países muçulmanos onde não houve entrevistas, de modo que este número poderia chegar a mais de 800 milhões de pessoas. Proporções igualmente alarmantes aparecem na mesma pesquisa realizada com muçulmanos residentes em países ocidentais.

Neste contexto, mulheres oprimidas, gays enforcados, extirpação do clitóris, Boko Haram escravizando, Estado Islâmico cometendo decapitação de prisioneiros, radicais promovendo atentados no Paquistão e no Iraque, são elementos que se somam ao terrorismo em solo ocidental querendo reprimir por dentro as sociedades liberais.

Logo, a abordagem do passado para constatar como os antecedentes axiológicos se plasmam no presente não é o mesmo que consagrar uma culpa coletiva pelos atos do passado, mas sim um estudo imprescindível para compreender e o que é e onde pode chegar uma cultura.

Uma boa comparação para entender isto seria aquela entre os islâmicos e os judeus atuais. Se cerca de 3000 anos atrás, quando se estima que houve o Êxodo, nós, judeus, tivemos um comportamento belicista, isto nunca mais se repetiu e o estudo da Torah e da Mischná tornou-se cada vez mais metafísico, interiorizado, simbólico, sem reflexos como atitude hostil ou fideisticamente desajustada às sociedades ocidentais nas quais fomos inseridos pela diáspora.
Não nos vêem, como judeus, apregoando discriminação racial, aprisionamento de vencidos e o direito de usar suas mulheres como escravas, como estava na Torah, etc. Ao contrário, a ética mosaica dos mandamentos e o amor ao próximo transbordou do judaísmo ao mundo inteiro pelo cristianismo, e os judeus, tão logo lhes foi permitido o acesso às universidades encerrando-se o ciclo dos guetos, brindaram à humanidade alguns dos maiores gênios que o Ocidente produziu. Nossos filhos não viram terroristas nem se explodem nas ruas ou em aviões e nunca fizemos isto mesmo com 2000 anos de perseguição, sempre baixando a cabeça, suportando o golpe e só agora temos uma atitude diferente.

Enquanto nós, judeus, nunca reivindicamos alteração dos estatutos republicanos para que se adaptassem as sociedades ocidentais à nossa métrica, facilmente, agora, por temor a que existam atos radicais e represálias na forma de atentados por parte de islâmicos, passamos a não exercer o espírito crítico com a liberdade que o ocidente conquistou.

O mais impressionante de tudo é ver como o despreparo das pessoas as leva a condescender com o retrocesso nas liberdades críticas, achando correto que não se deva zombar de crenças ou religiões, tal como se estivéssemos ainda nos tempos do processo de Jean Calas em que o fanatismo religioso atingia elevada temperatura, pelo que num dos muros de Paris viu-se, com toda razão, há pouco tempo, o escrito “clamemos a Voltaire”, que no calor do citado caso escreveu seu “tratado da tolerância”.

Não foram poucas as pessoas, inclusive no Brasil, que ficaram a repetir que o grupo humorístico “Porta dos Fundos” faz um especial caçoando de Jesus mas não tem coragem de fazer a mesma coisa com Maomé pelo temor a que alguns islâmicos realizem uma retaliação terrorista como se fosse certo e honorável que tais islâmicos, reajam assim, recepcionando um retrocesso fanático de 300 anos que a civilização deles traz à liberdade crítica.

A constatação que fazemos aqui sobre as sociedades islâmicas leva-nos, com pontaria certeira, a mirar o seu passado de matanças, conquistas e genocídios e vê-lo como persistente no presente (basta lembrar dos 300.000 mortos em Dafur ou do uso de armas químicas contra curdos) , de forma que o conhecimento desse passado e a flagrância dele na atualidade por intermédio das atitudes idiossincrático-religiosas que transluzem na pesquisa servem-nos como um alerta que nos deve municiar na desconstrução da identidade vitimista que pela mão da esquerda eles foram perfilados. Foi o modo moralmente venal da esquerda de negligenciar o choque civilizacional previsto por diversos historiadores e que tem se concretizado pouco a pouco.

Esta prevenção não é nem nunca será racismo. É uma estupidez cegar-se ao discernimento balizado pelo inventário do passado islâmico e sua cimentação no presente, para que conscientes disto, possamos deter o uso das democracias como cavalo de Tróia pelas suas hostes fideístas, estranhas à preponderância da razão. Capitular infantilmente esse estado de alerta como racismo é um desatino completo e um perigo.

Essa qualificação como racismo para a crítica aos contornos do islamismo na sociedade atual é um discurso simplório do multiculturalismo e do relativismo cultural por parte daqueles que pensam que a tolerância deve tolerar sua própria sucumbência sem ver que o contrato social que precede as democracias não precisa ser democrático.

Noutras palavras, o concerto entre determinados indivíduos que os fez firmar e colocar as estacas da democracia não está sujeito a uma revisão democrática, do mesmo modo que Godel mostrou que há sistemas que só podem ser coerentes se forem incompletos, descabendo a demonstração do sistema dentro dele mesmo.

O sistema democrático deve ser defendido a partir do estabelecido de fora dele mesmo como cláusulas não democraticamente revisáveis que são as cláusulas pétreas. Jamais devemos nos curvar às exigências islâmicas com respeito a sua fé fazendo concessões sobre nossas liberdades críticas como se fosse autoevidentemente natural que não se possa criticar desabridamente tudo de uma religião, como certos idiotas parecem pretender.

Este sobreaviso no qual nos lança o conhecimento histórico, fazendo-nos divisar um passado que persiste, e, sendo persistente, sinaliza um porvir sombrio, não pode ser classificado de modo algum como racismo, mas sim como a salvaguarda pela qual nos posicionamos a favor de nossa liberdade no choque civilizacional.

É de pasmar ver judeus de esquerda que, ingenuamente, pensam que estão cultivando a concórdia e a paz ao recepcionar acriticamente culturas hostis à liberdade, sem ver, inclusive, que em muitos países do Oriente Médio os “Protocolos dos Sábios do Sião”, o maior libelo antissemita que houve, são governamentalmente disseminados e viraram um best-seller.

Félix Soibelman é advogado.

Imagem by Charisma

Perseguição aos cristãos no Brasil: da passarela do samba à censura islâmica judicializada

Por Andréa Fernandes

A capa do jornal O Globo, famoso por propalar matérias depreciativas contra os cristãos, traz como imagem central a figura de um negro crivado de balas pendurado numa cruz olhando para o céu com semblante de “vítima”. Dentre todas as escolas de samba que cruzaram a “avenida do escárnio”, é lógico que o jornal resolveu tornar manchete aquela que vitupera a fé cristã em respeito ao contumaz samba-enredo do preconceito religioso seletivo.

Já virou “tradição” da folia carnavalesca em parte  financiada por “pobres traficantes e bicheiros” – vítimas da sociedade –  o ataque a Jesus Cristo, reverenciado por milhões de brasileiros num país majoritariamente cristão.

São vários os fatores que descambam na afronta vexatória contra a fé cristã, porém, o mais relevante é, sem sombra de dúvida, a certeza da impunidade, pois, o batuque da ideologização que sonorizou o aparelhamento das instituições nas últimas décadas garantiu o grito estridente monocromático vermelho com pincel progressista nas passarelas de boa parte do Ministério Público e Supremo Tribunal Federal (STF), os quais no passo e compasso do samba decadente, fantasiaram a perseguição religiosa com ‘adereços revisionistas’ de liberdade de expressão e artística. Afinal, quem não lembra da decisão do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, tacitamente aplaudindo a ação de retratação de um “Jesus Cristo gay” no filme “A Primeira Tentação de Cristo” pelo programa Porta dos Fundos exibido na Netflix, que continua sendo financiada – via assinatura – por milhares de cristãos indignados, mas nem tanto!

Vale lembrar da justificativa de Toffoli para, ao arrepio da lei penal, respaldar a “legitimidade e moralidade” da representação do “Jesus gay:

“Não se descuida da relevância do respeito à fé cristã (assim como de todas as demais crenças religiosas ou a ausência dela). Não é de se supor, contudo, que uma sátira humorística tenha o condão de abalar valores da fé cristã, cuja existência retrocede há mais de 2 (dois) mil anos, estando insculpida na crença da maioria dos cidadãos brasileiros”.

As “Faces do ódio” contra Jesus e os cristãos

Amparado na “visão revolucionária” de Dias Toffoli, NADA tem o “condão de abalar os valores da fé cristã”, ainda que diariamente, a imprensa e inúmeros professores, intelectuais, carnavalescos, atores, youtubers e outros segmentos do “ódio do bem” escancarem línguas afiadas ridiculizando e demonizando tudo que se refira direta ou indiretamente à fé cristã. O objetivo é um só: desconstruir o Cristianismo com medíocres RELEITURAS progressistas que só cabem nessa doutrina religiosa, que deve ser obrigatoriamente “esvaziada” de todos os seus conceitos e significados.

Assim, quanto mais difamatório e perverso for o ataque contra o Cristianismo, certamente será mais aplaudido por aqueles que dizem apregoar o “humanismo”. De sorte que, pouco importa as incontáveis vidas de crianças, adolescentes e jovens negros ou brancos que o poderio do tráfico de drogas na comunidade da Mangueira faz descer à cova, desde que milhares de reais manchados de “sangue dos jovens negros” vítimas da violência do crime organizado sirvam para a “pauta humanista” que deprecia a lei e a ordem, representando um Jesus negro crivado de balas numa cruz ou um Jesus espancado raivosamente pela polícia.

Importante esclarecer que no carnaval da Mangueira e da Globo, Jesus tem diversas “faces”[1]: negro pendurado na cruz, vítima de violência policial, mendigo, mulher, cortejador de escola de samba, morador de comunidade… só não foi retratada a face de um “Jesus traficante”, porque no enredo dessa escola de samba traficante é “herói”, um vencedor que merece todo respeito da sociedade. O tráfico é um “ente superior” aos demais, sejam terrenos ou sobrenaturais.

A ameaça de “criminalização” da retratação “das faces do profeta Mohammad”

Como o carnaval sempre foi “cortina de fumaça” para os malogros sociais, perseguição muito maior se vislumbra equidistante da passarela do samba. Não havendo mais possibilidade de lançar Cristo na prisão, o intuito dos perseguidores da fé cristã é lançar os seus seguidores num presídio, isto porque, num país onde as inventadas “faces de Jesus” são motivo de ridicularização em releituras difamatórias para atacar cristãos, as “faces do profeta Mohammad” retratadas pelo alcorão e hadiths são PROIBIDAS de ser divulgadas publicamente. Quem se atreve nesse país NÃO-MUÇULMANO e LAICO a apresentar o Islã ortodoxo como inspirador para as mais violentas violações de direitos humanos recebe de “presente” de entidades religiosas adeptas da “religião da paz” a instauração de inquérito policial ou ação judicial.

Na calada da noite, sem o barulho ensurdecedor da cuíca, instituições muçulmanas brasileiras estão processando ativistas e religiosos que se atrevem a não aceitar a imposição da sharia (lei islâmica) que proíbe críticas ao Islã, impondo “punições” contra os “infiéis desobedientes”.

Entidade muçulmana palestina luta judicialmente por “prisão” de pastor que critica o Islã

A mais nova vítima da CENSURA ISLÂMICA que municia a ação denominada “jihad jurídica” por ativistas é o Centro Apologético Cristão de Pesquisa (CACP), que na pessoa do seu representante, o pastor JOÃO MARTINEZ, teve a surpresa de tomar conhecimento de INQUÉRITO POLICIAL FEDERAL instaurado a pedido da Procuradoria da República após solicitação da FEDERAÇÃO ÁRABE PALESTINA DO BRASIL (FEPAL). O objetivo do inquérito que tramita na Delegacia Federal de São José do Rio Preto /SP é apurar a prática de delito de indução ou incitação à discriminação ou preconceito contra etnia, religião ou procedência nacional.

O pastor Martinez está sofrendo essa represália judicial pelo simples fato de denunciar as bases doutrinárias exaradas nos livros sagrados islâmicos que fundamentam ações violentas no mundo muçulmano e as atrocidades promovidas por seu profeta. Ou seja, por críticas dirigidas ao corpo doutrinário de uma “religião” e ao seu fundador, um pastor está respondendo a inquérito numa delegacia de Polícia Federal, mesmo não havendo nenhuma convocação a atos de violência contra muçulmanos ou qualquer ataque à pessoa dos religiosos.

Denunciar a natureza violenta de algumas passagens do alcorão deve ser considerado “crime”?

A INJURÍDICA tipificação sugerida pela FEPAL e acatada pelo Procurador da República está fundamentada no art. 1º da Lei nº 7.716/89, que diz:

Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. 

Todavia, os textos publicados pelo pastor demonstram incontestavelmente DENÚNCIA acerca da natureza violenta de determinadas suras do alcorão, as quais são identificadas. De modo que, além de caraterizar posicionamento teológico cristão, que indubitavelmente substancia diferenças abissais com o Islã e tem amparo constitucional para exposição sem CENSURA, os textos expõem teor eminentemente DENUNCIATIVO, o que, por si só, foge do enquadramento penal acima proposto pela entidade islâmica que almeja implantar a sharia no Brasil usando de forma desvirtuada nosso ordenamento legal.

Tentar impedir a DENÚNCIA do teor de violência impresso em determinados textos sagrados islâmicos contestados até mesmo por “muçulmanos moderados” – considerados “murtad” (apóstatas) – pelos seguidores do Islã ortodoxo, é, nada mais que violação da liberdade de expressão, importando em grave violação dos direitos humanos. Mas a falta de conhecimento do Ministério Público acerca dos dogmas que se propõe a defender impede formalizar entendimento justo sobre a questão. Daí, fica mais fácil “criminalizar um discurso teológico” crítico ao Islã ortodoxo.

E antes que a “sanha belicosa” da FEPAL me ameace com processo, já aviso que acredito piamente na existência do “Islã moderado”, aquele que leva seus pacíficos defensores à pena de morte por “apostasia” em alguns países muçulmanos considerados estranhamente “moderados” pelo Ocidente. Se houver alguma dúvida sobre esse assunto, posso trazer diretamente do mundo muçulmano “exemplos” das “piedosas penas” que as mais respeitadas entidades islâmicas impõem aos muçulmanos e não-muçulmanos (humanistas, escritores, jornalistas, etc), que se atrevem a pedir REFORMA na “religião da paz”.

A sharia é compatível com o ordenamento jurídico brasileiro?

Outro “crime” que o pastor Martinez supostamente praticou à luz da interpretação muçulmana que “desorienta” o Ministério Público, foi publicizar que abomina a sharia e não aceita sua implementação em território brasileiro. Por oportuno, queria entender o motivo dos poderosos grupos LGBTI no Brasil não terem “judicializado” a prática de uma “religião” que FUNDAMENTA A CRIMINOSA PERSEGUIÇÃO AOS HOMOSSEXUAIS EM TODOS OS PAÍSES que compõem a chamada Dar al- Islam (casa ou terra do Islã). Quem sabe a perseguição ao pastor e à entidade que preside não sirva para o Brasil iniciar os debates sob o tema “é “constitucional” a imposição da sharia à luz da Constituição Federal e ordenamento moral brasileiro”?

Será que a agenda de ativistas de direitos humanos e grupos LGBTI continuará centrada nos ataques aos evangélicos no Brasil, rotulados como “homofóbicos”, esquecendo da “religião” que dá base para “países muçulmanos moderados” como o “Egito” promoverem “atos de tortura” contra gays, inclusive, os abomináveis “testes anais”, que resulta na prisão daqueles que não estão adequados à “sharia homofóbica“?

Por que a única religião que deve ser “problematizada”, segundo os humanistas, é o Cristianismo?

É  momento de debater à luz dos DIREITOS HUMANOS o Islã ortodoxo. A referida “religião” não está acima da “problematização” como acontece com o Cristianismo, embora os muçulmanos que clamem por REFORMA sejam ignorados, atacados e/ou mortos. Nomes como o imã Mohammad Tawhidi  notório reformador ameaçado de morte por jihadistas de todo mundo por ser um dos líderes do movimento global de REFORMA DO ISLÃ –  são desprezados por “humanistas” que defendem de fato, os verdadeiros “líderes radicais” responsáveis pela dor e sofrimento de crianças, mulheres e minorias diversas no mundo muçulmano, obrigadas a suportar o amargo fardo da sharia.

Logo, há necessidade URGENTE de grandes ministérios evangélicos brasileiros, bem como o Legislativo, apoiarem o lídimo direito desse pastor brasileiro não ser engolido pela “sharia judicializada”, condenando e denunciando veementemente o uso das leis de um país LIVRE e democrático sendo usadas na tentativa perversa de impor a “mordaça islâmica” no Brasil de maioria cristã.

Se os cristãos brasileiros não se arregimentarem imediatamente numa frente contra a incipiente intolerância muçulmana, brevemente o próximo samba-enredo da Mangueira representará a realidade de cristãos presos por não acatar os “mandamentos” da “religião da paz” na terra de mil e uma faces do “Jesus progressista”.

Andréa Fernandes – é advogada, jornalista, internacionalista e presidente da ONG Ecoando a Voz dos Mártires.

Foto: Acopiara News

[1] https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/carnaval/2020/noticia/2020/02/24/mangueira-busca-bicampeonato-com-releitura-critica-da-vida-de-um-jesus-cristo-nascido-no-morro.ghtml

Nigéria: muçulmanos decapitam pastor cristão depois que ele se recusa a negar a Cristo e se converter ao Islã

Se os papéis fossem invertidos aqui e os cristãos tivessem assassinado um imã muçulmano por se recusar a se converter ao Cristianismo, embora esse assassinato nunca aconteça e nunca aconteceria, haveria manchetes internacionais gritantes. Mas ninguém tomará conhecimento disso.

Pastor nigeriano que louvou a Deus em vídeo de resgate decapitado depois de se recusar a negar a Cristo”, por Samuel Smith, Christian Post , 21 de janeiro de 2020:

Um pastor que foi manchete no início deste mês por louvar a Deus em um vídeo de resgate foi executado por militantes do Boko Haram na Nigéria.

Ativistas internacionais de direitos humanos condenaram o assassinato do Rev. Lawan Andimi, presidente da Associação Cristã da Nigéria na área do governo local de Michika, no estado de Adamawa.

Andimi foi declarado desaparecido em 3 de janeiro, após uma invasão do grupo extremista islâmico em Michika. O vídeo postado on-line parece mostrar Andimi sendo forçado a entrar em um veículo por seus captores.

Dias depois, Andimi foi visto em um vídeo divulgado por seus captores, pedindo aos colegas líderes cristãos e funcionários do governo estadual para garantir sua libertação.

Apesar da situação, Andimi disse no vídeo que não estava desanimado porque “todas as condições que se encontram estão nas mãos de Deus”.

Pela graça de Deus, estarei junto com minha esposa, meus filhos e todos os meus colegas”, disse ele. “Se a oportunidade não for concedida, talvez seja a vontade de Deus.

Na segunda-feira, fontes locais divulgaram aos parceiros do ministério nos Estados Unidos que Andimi foi assassinado.

Uma fonte disse à organização não governamental norte-americana Save the Persecuted Christian que a família de Andimi foi notificada sobre a morte do pastor pelo escritório da CAN no estado de Adamawa na segunda-feira.

“Eles o mataram na floresta de Sambisa”, disse uma fonte à Save the Persecuted Christian, de acordo com o diretor executivo da organização sem fins lucrativos Dede Laugesen. “Eles o assassinaram porque ele se recusou a renunciar à sua fé. E porque eles não podiam arrecadar dinheiro para o seu resgate. ”

A fonte local, cujo nome não pôde ser revelado por razões de segurança, disse à Save the Persecuted Christian que os captores de Andimi exigiram 2 milhões de euros em troca de sua libertação. No entanto, a comunidade eclesiástica carente só conseguiu levantar 2 milhões de nairas (4.969,88 euros).

O jornalista investigativo nigeriano Ahmed Salkida informou em um tweet que Andimi foi decapitado na tarde de segunda-feira. Salkida escreveu que obteve um vídeo da execução e informou as autoridades.

O porta-voz da CAN, Bayo Oladeji, disse ao Centro Internacional de Relatórios Investigativos que a organização guarda-chuva interdenominacional planeja divulgar uma declaração oficial sobre a execução de Andimi.

“É patético e doloroso saber que um cavalheiro desses pode ser morto como um carneiro”, disse Oladeji.

Andimi não foi o único líder cristão que foi morto no estado de Adamawa nesta semana.

O pastor Denis Bagauri, da Igreja Luterana da Nigéria, um conhecido defensor político dos cristãos, teria sido morto por pistoleiros desconhecidos em sua casa em Nassarawo Jereng, na área do governo local de Mayobelwa no estado de Adamawa, na noite de domingo, segundo o The Daily Post….

A Nigéria é classificada como o 12º pior país do mundo quando se trata de perseguição cristã, de acordo com a lista de observação mundial do Open Doors USA em 2020.

Com imagem e informações de Jihad Watch

Carta Aberta ao Diretor da Faculdade Batista que faz Diálogo inter-religioso com Islã Ortodoxo

Por Andréa Fernandes

Há pouco mais de uma semana consignei manifestação escrita na Página do Facebook[1] de uma professora da Faculdade Teológica Batista/SP, após um seguidor  me marcar no post onde ela defende literalmente o “diálogo inter-religioso” com representante do Islã ortodoxo. Como eu represento uma instituição de direitos humanos que debate o tema em diversos foros, não poderia jamais – por DEVER FUNCIONAL e MORAL – fingir que nada aconteceu, pois estaria reforçando o grave erro promovido pela professora Analzira Pereira do Nascimento, que em tese, poderia estar equivocada por não ter especialização em teologia islâmica[2].

Sheik convidado para diálogo inter-religioso recusa apoio a muçulmanos moderados

De forma respeitosa ponderei no perfil público da professora Analzira a temeridade de sua ação, pois convidou para perpetrar “diálogo inter-religioso” com os seus alunos um sheik que se negou a manifestar apoio aos “muçulmanos moderados” que defendem REFORMA NO ISLÃ para que seja expurgada toda doutrina que fundamenta violação dos direitos humanos. Aliás, conheço pessoalmente o sheik Mohamad Bukai, já que em evento falaciosamente chamado de Debate para Enfrentamento da Intolerância Religiosa, na Câmara Municipal de São Paulo[3], realizado por vereadores e algumas lideranças religiosas multiculturalistas – cujo intuito era tacitamente atacar evangélicos – me manifestei solicitando ao sheik que apoiasse os muçulmanos moderados no pleito de reforma do Islã, o que foi veementemente negado, tendo a liderança islâmica reforçado a legitimidade de todas os escritos sagrados islâmicos, mesmo que vários deles preconizem notória violência. No evento, fui chamada de “ignorante” por muçulmanos e o pedido de reforma na “religião” –  que na sua vertente ortodoxa fundamenta violações de direitos humanos – foi ridicularizado.

Sabedora do dogma que apregoa o sheik Mohamad Bukai longe do público cristão, informei à professora o erro de acreditar na possibilidade de “diálogo inter-religioso” com o referido líder muçulmano. Diante do silêncio de Analzira, solicitei posicionamento da Junta de Missões Mundiais (JMM), entidade missionária com a qual a professora mantém vínculo laboral, além do que, já orientei uma missionária  que havia atuado em campo de refugiados na Jordânia. Ao ser convidada para programa na TV Boas Novas, a missionária não se sentiu capacitada para discorrer sobre as implicações do conflito sírio. A seu pedido, a direção do programa me convidou para participar devido meu conhecimento sobre o tema. Contudo, a JMM resolveu não se pronunciar no Facebook da professora ao ser instada a posicionar-se.

Dias após as minhas manifestações escritas, o ataque de alguns militantes da extrema-esquerda que seguem a professora me incentivaram a explicar o tema em Live. Porém, ontem, um aluno comentou na página da ONG Ecoando a Voz dos Mártires (EVM),  que o diretor da faculdade teria se posicionado oficialmente. Todavia, ao não localizar o tal posicionamento na página oficial da instituição no Facebook, solicitei o link [4], tomando conhecimento que a “resposta” se deu na página de ativismo “Islã Realista” por meio de um senhor chamado Lourenço Stelio Rega, que se apresentou como diretor da faculdade.

Resposta do Diretor

Sem responder objetivamente a nenhum dos fundamentos da crítica à professora, o diretor tergiversou em texto confuso afirmando que segue “princípios bíblicos” e num tom belicoso chamou os ativistas e cristãos que criticaram a ação da professora de “radicais” e “covardes” (texto aqui).

Chamou minha atenção o fato do diretor não escrever nada na página EVM, apesar das minhas denúncias e Live. Porém, ao contrário do sr. Lourenço, que propaga ataques chamando críticos de “radicais”, não descerei o nível, eis que, não o considero um “radical”, mas sim, um “ignorante” que reforça erro de sua professora por lhe faltar conhecimentos básicos sobre o Islã. De maneira que, acredito que só um debate saudável com aporte doutrinário confiável é capaz de vencer o senso comum que infelizmente vem tomando salas de aula em diversas instituições de ensino.

Por oportuno, cabe salientar que nunca imaginei que um diretor de faculdade confessional teria argumentos tão rasteiros para “justificar” a ação reprovável de sua professora ao convidar para ministrar aula um sheik, que vale repetir, é conhecido por SE NEGAR publicamente a apoiar o movimento de REFORMA NO ISLÃ promovido por MUÇULMANOS MODERADOS visando a exclusão das suratas violentas do Corão Medinense a fim de tornar possível a sonhada tolerância religiosa.

Universidade onde sheik estudou se recusa a acusar grupos terroristas de “heresia”

O orgulho do sheik em relação às suas “indumentárias religiosas” é público e notório: no perfil do Facebook aduz que estudou SHARIA (lei islâmica) na Universidade Al- Azhar (Cairo), que possivelmente a professora Analzira desconhece por não ter especialização alguma em teologia islâmica, além de temas congêneres vinculados ao mundo muçulmano. Daí, faz-se necessário EXPLICAR que Al–Azhar é considerada o CENTRO IDEOLÓGICO MUNDIAL mais importante da vertente sunita ortodoxa, a qual vem sendo acusada pela imprensa árabe, think tanks e ativistas de direitos humanos de FUNDAMENTAR DOUTRINARIAMENTE AS AÇÕES TERRORISTAS de grupos muçulmanos em diversas partes do mundo. Aliás, o sheik Ahmed Al-Tayeb, instado a se posicionar sobre a suposta “apostasia” do “Estado Islâmico” afirmou em 2014, que a UNIVERSIDADE NÃO PODE DECLARAR O ESTADO ISLÂMICO “APÓSTATA” pois, o grupo declarou a shahada e crê no Dia do juízo, ou seja, a mais importante entidade muçulmana sunita corrobora a “legitimidade islâmica” da organização jihadista/terrorista que promoveu GENOCÍDIO DE CRISTÃOS e minorias, além de promover ESCRAVIDÃO SEXUAL e outras atrocidades. É essa “entidade” que posa de “moderada” em encontros com o Papa, que teve o seu “ex-aluno” sendo recebido de forma EMOCIONADA pela professora Analzira. Que vergonha!

É possível “diálogo inter-religioso” com sheiks ortodoxos?

Torna-se clarividente que a direção da faculdade seguiu de forma visceral a ESTRATÉGIA MUÇULMANA de ATAQUE AFRONTOSO CONTRA PROBLEMATIZAÇÃO DO ISLÃ, achando melhor rotular como “radicais” aqueles que CRITICARAM RESPEITOSAMENTE ATIVIDADE ACADÊMICA que PRESTIGIOU UM LÍDER ISLÂMICO que não apoia muçulmanos moderados que reivindicam tolerância debaixo de ameaças! Nesse sentido, vale lembrar que há um DEBATE sobre a TEOLOGIA LIBERAL que a faculdade abraçou ao acreditar em “diálogo inter-religioso”, o que demonstra que a INTERPRETAÇÃO BÍBLICA in casu é QUESTIONÁVEL, de modo que posar como “dono da verdade” sobre abordagens teológicas só demonstra desnecessária arrogância.

Segundo parte dos estudiosos, num cenário que se vislumbra pluralista, “é necessário que haja um diálogo inter-religioso e das religiões com os não religiosos, a fim de tornar minimamente possível uma convivência pacífica entre os mesmos”[5], evitando conflitos de motivação religiosa, sendo certo que alguns doutrinadores ainda acreditam que as religiões devem evitar a busca de supremacia mundial, o que por si só, já torna inviável a plena aceitação de tal ideário por lideranças islâmicas ortodoxas, as quais jamais contrariarão seus escritos sagrados para atender “acordos fajutos” amalgamados por meandros doutrinários islâmicos desconhecidos do vulgo, tais como o falacioso Tratado de Paz Hudaybiyya[6], sendo certo que esses “acordos” são concebidos à luz de sulha dania (trégua desprezível), já que os não-muçulmanos representam Dar Al- Harb (Casa da Guerra), território este que abrange países ainda não subjugados à sharia (lei islâmica) através de instalação de governos muçulmanos.

Dessa forma, acreditar em “acordos” celebrados com lideranças ortodoxas do Islã é possível apenas num ambiente descomprometido com o conhecimento dos rudimentos da aludida crença. A professora Analzira não deve saber que no Islã ortodoxo a concepção de mundo é dicotomizada, de modo que Dar Al-Islam (Casa do Islã) se coloca obrigatoriamente em oposição a Dar Al-Harb (Casa da Guerra), até que governos muçulmanos substituam governos não-muçulmanos implantando a lei islâmica. Logo, uma vez o Brasil ocupando a condição de “Casa da Guerra”, o “engano sagrado” é legitimado em todas as manifestações de lideranças muçulmanas ortodoxas, e nesse contexto a jihad assume facetas ignoradas pelo senso comum, que imagina apenas tratar-se de guerra para conquista territorial. Hoje, no Brasil, há uma verdadeira JIHAD JURÍDICA promovida por entidades muçulmanas que estão perseguindo ativistas que denunciam a violência estatuída no Corão Medinense e demais escritos religiosos.

Como as Escolas de Jurisprudência sunita concebem a jihad?

Como sempre amparo meus posicionamentos públicos com base em parecer de estudiosos que de fato conhecem a doutrina islâmica, insta trazer à lume o ensino do renomado autor egípcio Raymond Ibrahim[7]:

“De acordo com todas as quatro escolas reconhecidas de jurisprudência sunita, a guerra contra o infiel continua em perpetuidade, até que “todo o caos cesse e toda a religião pertença a Allah” (Alcorão 8:39). De acordo com a Encyclopaedia definitiva do Islã (edição Brill Online): “O dever da jihad existe enquanto a dominação universal do Islã não for alcançada. A paz com as nações não muçulmanas é, portanto, apenas um estado provisório; apenas a chance das circunstâncias pode justificá-la temporariamente. Além disso, não se trata de tratados de paz genuínos com essas nações; apenas são autorizadas tréguas, cuja duração não deve, em princípio, exceder dez anos. Mas mesmo essas tréguas são precárias”.

Propagando o “engano sagrado”

Em que pese reconheça o direito da direção da faculdade adotar a estratégia inócua de “diálogo inter-religioso”, penso que não o fez de forma apropriada, pois se a professora Analzira tivesse conhecimento basilar sobre o CURRÍCULO do sheik e a doutrina seguida pelo mesmo, saberia que um ORTODOXO JAMAIS EFETUARIA “DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO”! Sempre que convidados para se manifestar em países onde muçulmanos são minoria, por conta da MURUNA[8], adotam estratégias de ENGANO SAGRADO… A estratégia mais conhecida é a TAQIYYA, justamente a utilizada em sala de aula da faculdade. Todo muçulmano ortodoxo deve MENTIR sobre o Islã para um Kafir (infiel), tendo por escopo a expansão da “religião”. Foi isso que o sheik fez! De maneira que, os alunos apenas ouviram citações de suratas mequenses e “romantização” sem relação alguma com o “verdadeiro Islã” (ortodoxo).

Será que a professora adota a estratégia de “taqiyya às avessas”?

Ainda que a professora Analzira indevidamente respaldada na direção da faculdade tenha avisado com antecedência aos seus alunos que o sheik não representaria o “Islã moderado”, achando viável adoção do “engano sagrado às avessas”, com ideia de supostamente iludir o sheik para que a referida liderança acreditasse que os alunos estariam “concordando” com sua “aula” – utilizando esse instrumental apenas para mostrar como funciona a taqiyya –  não deixou de agir de maneira incorreta, já que se realmente assim agiu, estaria fundamentada na “mentira”, que na doutrina cristã é inadmissível.

Reforçando a tese da “religião da paz” em tempos de genocídio de cristãos

Quando a professora de uma faculdade confessional cristã posta no Facebook fotos alegres sentindo-se “agradecida” devido encontro que possibilitou a “propaganda enganosa” para engabelar um sheik com a descrição “Ontem recebi o sheik Mohamad Al Bukaid em minha aula sobre Islamismo – disciplina “Religiões Mundiais”, na Faculdade Teológica Batista/SP. Aula esclarecedora e oportunidade de diálogo inter-religioso”[9], passa a impressão errônea de que é possível “diálogo” com muçulmanos que não apoiam Islã moderado. Além disso, o leigo que contempla as palavras emocionadas da professora, que nesse caso, mais parece uma “militante”, passa a acreditar que muçulmanos ortodoxos falam a “verdade” sobre sua doutrina. Será tão difícil compreender que esse posicionamento reforça a tese de “Islã da paz” que impede que cristãos problematizem o Islã e denunciem a perseguição de cristãos e minorias no mundo muçulmano?

É por causa desse tipo de ação comum entre “multiculturalistas suicidas” que o GENOCÍDIO DE CRISTÃOS NIGERIANOS é eclipsado em púlpitos e “palcos universitários” seculares e confessionais como foi o genocídio de cristãos e minorias nos territórios ocupados pelo Estado Islâmico, protegido sutilmente pela universidade onde estudou o sheik Al Bukaid, o qual, cumpre frisar, cumpriu com maestria  seu dever religioso num país em que professar religiões é legalmente permitido com base na Constituição Federal, ainda que o Islã em sua vertente ortodoxa promova terríveis violações dos direitos humanos. Urge destacar que por omissão de parlamentares, intelectuais, juristas, formadores de opinião, teólogos liberais, bem como lideranças políticas e religiosas, a SHARIA ainda não foi criminalizada no país.

Rabino é excluído do diálogo inter-religioso

Interessante que a aula do rabino Pessach Kalfmann[10] não foi anunciada com o mesmo entusiasmo no Facebook da professora. Ela não afirmou se sentir “agradecida” como fez com o sheik Al Bukaid e nem mesmo postou foto sorridente ao lado do religioso como fez com o líder muçulmano postando duas fotos ao lado dele orgulhosa pelo ato de “tolerância”. Ademais, o anúncio foi lacônico:Aula sobre Judaísmo, Cultura, crenças mundo atual em Israel. Rabino Pessach Kalfmann”.

Com a devida venia, senhor diretor, por que a aula do rabino não foi anunciada como “diálogo inter-religioso”? Será que essa abordagem só deve ser adotada com muçulmanos? Se eu fosse militante ideológica afirmaria que se tratava de “discriminação religiosa” por fazer abordagem seletiva não inserindo judeu no contexto de “diálogo inter-religioso”! Todavia, reconheço que a professora segue a “linha de praxe” que agrada os círculos acadêmicos, tanto é, que o post com o sheik recebeu mais de 300 curtidas e o post anunciando aula do rabino recebeu menos de 50 curtidas, apesar de reconhecer que Analzira teve ajuda especial de militantes de extrema-esquerda, sendo que um deles ainda “lembrou” da suposta perseguição dos cristãos contra a comunidade LGBTI, o que mostra o forte viés ideológico que apoia ações dessa faculdade.

A estranha posição de intolerância do diretor ao atacar a crítica 

Conforme exaustivamente delineado acima, fica claro que ao não ser capaz de contestar as DENÚNCIAS fundamentadas sobre apoio tácito ou inconsciente ao Islã ortodoxo e rotular aleivosamente como “maledicência sagrada e virtual” aqueles que se opõem às estratégias falhas de uma faculdade confessional, o diretor, que também ataca o que chama de suposto decreto da democracia virtual, está agindo, mutatis mutandis, como lideranças ortodoxas muçulmanas, pois esquece o mesmo que não existe “democracia virtual” em teocracias muçulmanas, que adotam o “discurso único”, tal qual a universidade.

Graças à  essa “democracia virtual” visivelmente assustadora para o diretor que “dá voz” ao Islã ortodoxo, uma representante de instituição de direitos humanos – que estuda Islã e debate sobre o tema em diversos foros – pôde respeitosamente REFUTAR a prática do engano. Outrossim, cumpre ressaltar que atacar raivosamente a “crítica” não deveria ser “atitude cristã” de um diretor que cita a Bíblia para amparar sua visão diminuta de mundo, já que o ambiente acadêmico é – ou deveria ser – ambiente plúrimo, principalmente, quando a faculdade – mesmo sendo confessional – outorga liberdade às narrativas de dogmas e ideologias diferenciadas.

Continuo aguardando a base doutrinária que justifique propagar as narrativas de um sheik que não apoia o Islã moderado, já que, o diretor tergiversou e não trouxe nenhum aparato para a bizarrice que corrobora afronta e desrespeito à “igreja perseguida” e demais minorias, inclusive, muçulmanas, as quais são vítimas de decisões medievais do centro ideológico onde estudou o sheik que emocionou a professora Analzira.

Enfim, devo pontuar ainda que usar título de PhD em “resposta oficiosa” à página Islã Realista para aventar “argumento de autoridade” é de uma puerilidade ímpar, já que o currículo[11] do diretor é público, e nele não consta especialização em teologia islâmica ou quaisquer temas inerentes ao mundo muçulmano. Seria aconselhável a direção da faculdade confessional aprender o ensinamento Joanino: “É necessário que Ele cresça e que eu diminua” (Jo 3:30). Afinal, “diante da honra vai a humildade”…

Andréa Fernandes – Advogada, jornalista, internacionalista e Diretora-Presidente da ONG Ecoando a Voz dos Mártires.

Imagem Depositphotos

[1] https://www.facebook.com/AnalziraNascimento/

[2] https://www.escavador.com/sobre/6774954/analzira-pereira-do-nascimento

[3] https://www.gospelprime.com.br/censura-islamica-na-camara-municipal-de-sao-paulo/

[4] https://www.facebook.com/islamrealista/posts/2601725283253649

[5] http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31732018000400135

[6] Trégua de 10 anos acordada entre o Profeta Muhammad e a Tribo Quraish de Meca. No entanto, dois anos depois, Maomé atacou e conquistou Meca.

[7] https://www.meforum.org/2095/islams-doctrines-of-deception

[8] Suspensão temporária das práticas ortdoxas do Islã ou da sharia (lei islâmica) em países onde muçulmanos são minorias. Muruna significa usar “flexibilidade” para se misturar ao inimigo ou ao ambiente. https://www.islam-watch.org/home/139-louis-palme/1095-knowing-four-arabic-words-may-save-our-civilization-from-islamic-takeover.html

[9] https://www.facebook.com/260949747357338/posts/2477979102321047/

[10] https://www.facebook.com/260949747357338/posts/2477979102321047/

[11] https://www.escavador.com/sobre/7731965/lourenco-stelio-rega

Clérigo Muçulmano: Se os muçulmanos “subirem ao poder através da democracia, eles não permitirão que um infiel os governe”

“Sermão de sexta-feira em Jatt, Israel, pelo xeque Ahmad Badran: Quando os muçulmanos chegarem ao poder, nunca permitirão que os infiéis governem os muçulmanos” , MEMRI , 28 de junho de 2019:

O xeque Ahmad Badran disse em um sermão de sexta-feira de 28 de junho de 2019 em Jatt, Israel que foi enviado à Internet que os infiéis devem saber que quando os muçulmanos governarem de acordo com o Islã, não haverá uma única lei que não seja islâmica. Ele disse que os muçulmanos nunca permitirão que os não-muçulmanos governem os muçulmanos porque Allah disse que os infiéis nunca terão influência sobre os muçulmanos. Referindo-se aos muçulmanos que dizem que estão explorando a democracia para chegar ao poder, Badran aconselhou os infiéis a não serem enganados e explicou que assim que esses muçulmanos chegarem ao poder, eles também nunca permitirão que os infiéis governem os muçulmanos. Ele também explicou que quando a Irmandade Muçulmana “flerta” com os infiéis dizendo que apóiam a alternância de poder, eles estão apenas agindo para subir ao poder.

Sheikh Ahmad Badran: “Devemos dizer aos infiéis que quando governarmos de acordo com o Islã, não haverá uma única lei que não seja islâmica. Isso não é tudo. Nós nunca permitiremos que um não-muçulmano governe os muçulmanos. Devemos ser claros sobre isso. Alguns de nossos irmãos dizem: “Nós exploramos a democracia para chegar ao poder”. Estou dizendo aos infiéis: não se deixem enganar. Nossos irmãos muçulmanos – embora pensemos que eles escolheram um caminho errado … Se eles ascenderem ao poder através da democracia e conseguirem consolidar seu poder, eles não permitirão que um infiel os governe novamente. Você pode ter certeza disso. Estou me referindo a Erdogan ou Mohamed Morsi, que Allah tenha misericórdia de sua alma. É tudo a mesma coisa. Em qualquer lugar que os muçulmanos cheguem ao poder, por qualquer método, eles não permitirão que um infiel governe novamente os muçulmanos. Nós não aceitamos um sistema pluralista que combine islamismo e heresia. Existe apenas o Islã.

[…]

“Os infiéis não podem governar os muçulmanos, porque Allah diz: ‘Allah nunca concederá influência aos infiéis sobre os muçulmanos’. Se nossos irmãos islamistas [da Irmandade Muçulmana] flertarem com você e disserem que eles apóiam a alternância de poder – eles estão apenas fingindo ser infelizes para ascender ao poder. Se ascenderem ao poder, não permitirão que um infiel governe os muçulmanos. Não há duas maneiras sobre isso.

Imagem Britain First e  Informações Jihad Watch

Egito: cristão preso e sua casa destruída por muçulmanos após acusação falsa de insulto ao Islã

“Cristão copta preso por supostamente insultar o Islã no Facebook no Egito”, Morning Star News , 18 de junho de 2019:

CAIRO, Egito (Morning Star News) – Um jovem cristão copta foi preso perto do Cairo, Egito, por supostamente insultar o Islã depois que um hacker postou material em sua página no Facebook, ele e familiares disseram.

Fady Yousef, de 25 anos, foi preso no início da manhã de 11 de junho em Gizé, a sudoeste do Cairo, apesar de ter postado um vídeo explicando que hackers haviam colocado o material ofensivo em sua página no Facebook, segundo o bispado de Maghagha e El Edwa. Minya.

A noite anterior (10 de junho), extremistas muçulmanos irritados com o material ofensivo atacaram a casa de seus pais na vila Eshneen el Nasara, perto Maghgaha em Minya Governorate, cerca de 260 quilômetros (160 milhas) ao sul de Giza, de acordo com um comunicado do bispado .

“Na segunda-feira [10 de junho], alguns extremistas que chegaram a algumas centenas da vila de Eshneen el Nasara e as aldeias ao redor atacaram a casa de Yousef Todary”, dizia a declaração do bispo Anba Aghathon. “Eles entraram e destruíram o conteúdo da casa, depois se mudaram para a casa ao lado, onde seu irmão morava e atacava de fora. Eles estavam gritando contra a religião cristã e os coptas da aldeia ”.

Yousef Todary, sua esposa e filha foram capazes de escapar minutos antes dos extremistas muçulmanos invadirem e destruírem a geladeira, a televisão, os colchões, os móveis e as janelas, de acordo com o bispo.

Afirmando que extremistas muçulmanos alegaram que o cargo era um insulto ao Islã, o bispo defendeu Fady Yousef, reiterando que ele disse que seu Facebook foi hackeado.

O jovem copta postou um pedido de desculpas na página dizendo que ele nunca faria tal coisa, e que as pessoas que o conheciam sabem disso bem. Sua irmã, Nermeen Yousef, também postou um esclarecimento, dizendo que seu irmão se desculpou não porque ele fez algo errado, mas porque as pessoas erroneamente acreditavam que ele era o autor do post, de acordo com a Copts United.

Imagem CBN.com e informações Jihad Watch

Há de Fato Grupos Terroristas de Orientação Cristã ou Budista?

Por Andréa Fernandes e Gil Carlos Montarroyos

Há algum tempo vemos vários supostos especialistas proferirem duas justificativas básicas em entrevistas acerca dos constantes ataques terroristas perpetrados por grupos islâmicos. Inicialmente, afirmam que não se trata de “motivação religiosa” os atos de terror, uma vez que os muçulmanos que promovem a barbárie não estariam representando o “verdadeiro Islã”, que essencialmente defenderia a paz e coexistência entre os povos. Ultrapassada a “blindagem” sem nenhum respaldo histórico ou doutrinário para tal, emendam com o seguinte argumento: “há também grupos terroristas cristãos”, porém, os massacres promovidos por muçulmanos contra as comunidades cristãs no Sri Lanka reforçaram a tese – até então tímida – de “terrorismo budista”. Assim, o intuito de deslegitimar a base islâmica no terrorismo global acabou criando tacitamente a ideia de que outras religiões dariam suporte para que os seus seguidores promovessem terrorismo.

Entretanto, todo aquele que prestigia a rara “honestidade intelectual” nos debates deveria perguntar: há de fato grupos terroristas cristãos e budistas em atuação no mundo hodierno? A resposta é simples, clara e retumbante – NÃO! O fato de grupos formados por cristãos ou budistas exacerbarem suas retaliações a ataques de grupos terroristas islâmicos não os fazem terroristas cristãos ou budistas, até pelo fato de não haver amparo para esse tipo de atividade paramilitar em ambas as religiões.

Mas, por que vemos “especialistas” repercutirem essas falácias em entrevistas sempre que há atentados terroristas praticados por jihadistas? A resposta também é simples – desinformação em favor do Islã. Enquanto a opinião pública global desconhece o conteúdo de sectarismo, antissemitismo e discursos de ódio “comuns” no mundo midiático muçulmano, há no Ocidente uma desencabulada militância islâmica na grande mídia promovendo eficientemente a ocultação das barbáries promovidas por governos, grupos e líderes religiosos muçulmanos em nome do Islã, ao mesmo tempo em que minorias muçulmanas utilizam a legislação dos países ocidentais que as acolheram para impor a implantação da sharia (lei islâmica), criminalizando e censurando as críticas ao cânon doutrinário muçulmano.

Aplicação da “Lei da Blasfêmia” na Europa

A aplicação prática a que inconscientemente já estão sendo forçados a adotar os europeus, muito além de partes da sharia, a fim de prestar submissão ao Islã ficou claramente demonstrada em outubro de 2018, em controversa decisão do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, que corroborou a aplicação da “lei da blasfêmia” em toda a sua jurisdição a fim de “preservar a paz religiosa” na Europa. Isso causou um precedente perigoso, pois o aludido julgamento firmou o entendimento de que críticas a Maomé – fundador do Islã –  configura “incitação ao ódio”, resultando em notória violação à liberdade de expressão, bem como uma evidente constatação do lobby pró-Islã. No processo sub oculis, a austríaca Elisabeth Sabaditsch-Wolff foi condenada por supostamente “denegrir crenças religiosas” ao ousar informar aos ouvintes de suas palestras sobre os perigos do fundamentalismo islâmico, que segundo a tradição,  o profeta Maomé casou-se com uma menina de 6 anos e manteve relações sexuais quando a criança completou 9 anos.

O precedente jurisprudencial do Tribunal Europeu de Direitos Humanos autoriza os Estados da Europa a promoverem restrição ao direito à liberdade de expressão se ocorrer discurso considerado “ofensivo” aos muçulmanos, ainda que fundamentados em dados históricos e nos demais aportes religiosos belicosos que não costumam ser divulgados abertamente no Ocidente. A “mordaça islâmica” foi consubstanciada através de alguns instrumentos e normas legais visando censurar as críticas e/ou informações que resultem na problematização do Islã.

Um exemplo a ser citado versa sobre o “conluio” das principais plataformas digitais –  notadamente Facebook, Twitter, YouTube (Google) e Microsoft – formalizando o “Código de Conduta sobre a Oposição ao Discurso ilegal de Ódio Online[1] para combater supostas expressões de racismo e xenofobia, apesar de não existir no referido código de conduta e nas leis europeias uma definição clara do que vem a ser “discurso ilegal de incitamento ao ódio”, impedindo, na prática, denúncias de violações dos direitos humanos fulcradas na crença islâmica.

Por outro lado, o “código de conduta” com países muçulmanos funciona “à moda sharia”: a pedido do governo indonésio, o Google lançou o aplicativo “Smart Pakem” para Android através do qual se possibilita que muçulmanos denunciem outros muçulmanos ou integrantes de minorias que professem crenças “equivocadas” em violação da sharia, que proíbe insultos ao Islã, insultos contra o profeta Maomé ou o reconhecimento de qualquer outra religião além do Islã[2]. Já na Arábia Saudita, a Apple e Google disponibilizaram há alguns anos em suas lojas de apps o “Absher”, a fim de que os homens monitorem as mulheres que estão sob sua “guarda misógina” impedindo-as de viajar sem “autorização patriarcal”, o que mostra que a preocupação com violação dos direitos humanos não é o foco para os gigantes da TEC quando celebram seus acordos para promover censura mundo afora[3].

Nessa verdadeira batalha para alcançar o sucesso absoluto da “hegemonia midiática islâmica”, países muçulmanos e seus “aliados ocidentais” não poupam esforços. São várias as emissoras de televisão no mundo muçulmano que são publicamente terroristas: Al-Manar (Hizballah), Al-Aqsa (Hamas) e Al-Zawra (Iraque). Outras estações em países muçulmanos despejam diariamente discursos de ódio contra os muçulmanos considerados “apóstatas” e/ou não-muçulmanos, além de propagarem demonização de grupos minoritários. Alguns desses canais são controlados por monarquias e poderosos grupos safafistas do Oriente Médio, como a TV Wesal, financiada pelo setor privado de salafistas do Kuwait, Catar e Arábia Saudita.

Contudo, a insidiosa TV Al-Jazeera – controlada pelo Emirado do Catar – é considerada um dos mais populares canais do mundo árabe e se destaca também no Ocidente, recebendo elogios de grandes jornais, tais como “The Guardian” e “New York Times”, mas, defende abertamente o grupo terrorista palestino Hamas, além da perigosa Irmandade Muçulmana e serviu como “agente de propaganda” do Estado Islâmico ao receber com “louvor” em seus programas “personalidades” que ovacionaram o grupo terrorista genocida, chamado pela emissora de “organização estatal”. Nem as rezas do Líder da União Mundial dos Sábios Muçulmanos, sheik Yusuf al-Qaradawi, no programa mais popular da emissora – intitulado “Sharia e Vida” – clamando a Alah pela morte de todos os judeus abalou a sua “credibilidade”[4].

  Para quem não conhece a perigosa influência do Catar, financiador da Al- Jazeera, vamos discorrer brevemente sobre o tema.

A Influência Geopolítica do Catar no Sistema Internacional

Micro país de orientação islâmica (1)[5], localizado na península arábica, monarquia absolutista de formação majoritária de muçulmanos sunitas. Governado pela família Al-Thani desde meados do século XIX, o Catar nos últimos 60 anos transformou-se de um pobre protetorado britânico – observado principalmente por pertencer a um Estado independente com significativas receitas de petróleo e gás natural – sendo alçado a nível de um “global player[6]”, após a ascensão ao trono de Hamad bin Khalifa Al-Thani, inclusive na projeção de hard power[7], principalmente como o maior financiador de grupos terroristas islâmicos do mundo, como por exemplo, Hamas, Hizballah, Autoridade Palestina, dentre outros.

O contínuo desvio das receitas petrolíferas em meados da década de 1990 pelos emires do Catar permanecendo continuamente na Europa atrofiou o crescimento econômico do país. O ex-embaixador Hamad bin Khalifa Al-Thani, que derrubou seu pai em um golpe sem derramamento de sangue em 1995, introduziu amplas reformas no campo político e midiático, investimentos econômicos sem precedentes e um crescente papel de liderança regional do Catar, em parte por meio da criação da rede de notícias árabe via satélite Al-Jazeera, e, também pela constante ingerência em alguns conflitos regionais – dentre os quais, o conflito Israelo-Palestino – e o apoio a grupos terroristas como o Estado Islâmico e milícias Houtis no Iêmen.

Nos anos 2000, O Catar resolveu suas antigas disputas fronteiriças com o Bahrein e a Arábia Saudita e, em 2007, alcançou a maior renda per capita do mundo. O Catar não experimentou agitação doméstica ou violência como a observada em outros países do Oriente Próximo e Norte da África em 2010-11, em grande parte devido à sua projeção econômica. Em meados de 2013, Hamad abdicou pacificamente, transferindo o poder para seu filho, o atual Emir, Tamim bin Hamad.

Tamim continua popular com o público Catariano, tendo priorizado melhorar o bem-estar político, social e econômico do emirado, incluindo o estabelecimento de sistemas avançados de saúde e educação e expandindo a infraestrutura do país em antecipação à realização da Copa do Mundo de 2022, em Doha.

Recentemente, as relações do Catar com seus vizinhos têm sido conturbadas. Após o surto de agitação regional em 2011, Doha se orgulhou do seu apoio a muitas revoluções populares, particularmente na Líbia e na Síria. Essa postura foi prejudicial às relações do Catar com Bahrein, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos (EAU), que temporariamente retiraram seus respectivos embaixadores de Doha, em março de 2014.

O emir pessoalmente supervisionou o aquecimento das relações do Catar com Bahrein, Arábia Saudita, e os Emirados Árabes Unidos em novembro de 2014, após a mediação do Kuwait e assinatura do Acordo de Riad. Em junho de 2017, no entanto, o Quarteto – Bahrein, Egito, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos – cortaram relações diplomáticas e econômicas com o Catar em resposta a supostas violações do acordo. Este impasse continua, muito por sua atuação direta em apoio a milícia xiita Houti no Iêmen, fato que prejudica diretamente a potência regional – a Arábia Saudita – diante de seu maior rival regional, o Irã.

Entrementes, é de curial relevância resssaltar que, segundo relatórios de inteligência das principais potências ocidentais, esse pequeno país sustenta no âmbito financeiro praticamente todos os grupos de propagação do Islã, juntamente com a Arábia Saudita, Irã e Turquia. Não obstante a essa atividade, houve a ruptura dos antigos parceiros regionais, Catar e Arábia Saudita, no sistema regional do Oriente Médio.

Retornando ao assunto em tela, entendemos os motivos de tamanha militância islâmica em todo o Ocidente – milhões de dólares – em propagação do islã através de mussalas, madrassas e mesquitas, inclusive em locais sem nenhuma tradição dessa ideologia político-religiosa, como a mussala no bairro de Rio Doce (2)[8], em Olinda-PE, além dos centros islâmicos em Natal, Aracajú e Fortaleza.

Grupos Terroristas Religiosos – Estudo de Caso

Segundo o GTD – Global Terrorism Database[9], são aproximadamente 2884 grupos terroristas catalogados, sendo a maioria absoluta de grupos de orientação islamo-marxista, seis de orientação supostamente “cristã”, e nenhum de orientação budista. Mas, há de fato grupos terroristas cristãos, no sentido de propagar a fé cristã pela violência? Absolutamente, não! De certo, não há nenhum amparo nas escrituras teológicas cristãs o proselitismo baseado na violência, muito pelo contrário – “Não por força e nem por violência, mas, pelo meu espírito, diz o Senhor” – Zacarias 4:6. Mas, por que insistem em atribuir essa atitude violenta aos cristãos e ao Cristianismo? Como não poderia deixar de ser, os “arautos da mentira” recorrem às concepções anacrônicas para explicar eventos atuais.

Bem, muito embora não haja amparo nas Escrituras para uso de um proselitismo violento, houve um grande período da Cristandade em que essa prática foi usada. Segundo alguns autores, do início das Cruzadas, entre 1090 até 1824, com o fim da Inquisição no Brasil, houveram eventos de extrema violência no processo de cristianização do mundo – da Terra Santa à Escandinávia – do Império Romano aos Autos-de-fé inquisitoriais. Tanto na Europa, quanto no “Novo Mundo”, houveram verdadeiras carnificinas, muito embora não havendo nenhum respaldo teológico para tais atos, tratando-se apenas de expansão política do Estado papal. Cumpre destacar que, houve também, durante as Cruzadas o contra-ataque tardio a séculos de agressão muçulmana visando recuperar terras cristãs e defender os cristãos dos ataques da jihad muçulmana, cuja hostilidade sangrenta aos não-muçulmanos iniciou-se há mais de 450 anos antes do saque cruzado a Jerusalém.

Até mesmo a odiosa Inquisição que promoveu banhos de sangue com intuito de pretensamente combater a “heresia” foi promovida sem amparo bíblico. Inclusive, na Idade Média a heresia era considerada um “crime contra o Estado” punível com a pena de morte, ressaltando, com isso, o aspecto político camuflado de dogma religioso. Porém, a falta de amparo teológico levou a Igreja a reconhecer o grave erro: o Papa João Paulo II ao lançar um livro sobre a Inquisição repetiu a frase retirada de um documento do ano 2000, em que pela primeira vez o lider máximo da Igreja Católica pediu perdão pelos “erros cometidos a serviço da verdade por meio do uso de métodos que não têm relação com a Palavra do Senhor. Os “métodos” incompatíveis com os escritos sagrados seriam a tortura, conversões forçadas e fogueiras nas quais eram queimados os acusados de heresia[10]. Atualmente, nenhum “grupo terrorista” supostamente cristão se refugia nos “fundamentos” da Inquisição para perpetrar atos de terror.  Muito diferente da ideologia político-religiosa do Islã: segundo a autoridade religiosa sunita mais influente do Oriente Médio, Yusuf Al-Qaradawi, o Islã só sobreviveu durante tantos séculos graças à aplicação da “pena por apostasia”, geralmente morte. Todavia, a fala do renomado islamita não foi proferida em discurso com pedido de desculpas; muito pelo contrário, Al-Qaradawi evocou o alusivo fato histórico para sustentar entendimento de justificar a continuidade da pena de morte por apostasia[11].

Há centenas de referências do uso da força na propagação da fé islâmica no Alcorão – Sunnah (textos atribuídos ao profeta), hadiths (coletâneas de falas do profeta), e fatwas (Jurisprudência islâmica) – desde sempre esses mandamentos foram e são praticados sem qualquer constrangimento. Há sem sombra de dúvidas todo um embasamento corânico para a aplicação da violência contra os infiéis (não-muçulmanos). Desde a sua gênese, o Islã sempre fez uso desenfreado da força como meio de persuasão proselitista. Diversas tribos e povos foram convertidos ao Islã sob essa prática. Embora existam muitos que tentam a todo custo negar a necessidade do uso da violência por parte do muçulmano para impor aos “infiéis” a fé islâmica, sabemos que se trata apenas de taqyyah, uma das muitas formas de mentira permitida no islã para “persuadir” o não-muçulmano a crer no Islã.

Taqiyyah e dissimulação: as más práticas do Islã

Segundo consta na Sunnah, nos Hadiths e em muitas fatwas, aos muçulmanos de todas as idades e sexos é permitido dissimular e mentir tanto para se proteger quanto para expandir o Islã, sendo exemplos de preceitos que permitem a mentira e a dissimulação: Alcorão – 16:106, 3:28, 9:3, 40:28, 2:225, 66:2, 3:54. HadithBukhari: 50:369, 52:269, 49:857, 84:64-65, Muslim: 32:6303.

Para o muçulmano, o dever da verdade existe somente em relação a outro muçulmano, enquanto que para o não-muçulmano, também denominado kafir (infiel), é permitido mentir das mais diversas formas, para não prejudicar o Islã. Ou seja, se dizer a verdade em dado momento for prejudicial ao Islã, é permitido mentir e/ou dissimular.

Essas mentiras e dissimulações visam ganhar a confiança dos infiéis, expor suas vulnerabilidades, desviar a atenção das verdadeiras intenções para no fim, subjugá-los. Algumas das formas permitidas de mentir são:

  • TAQIYYA ou MUDA’RAT – dizer algo que não é verdade.
  • KITMAN – mentir omitindo, como, por exemplo, citar para um infiel somente parte de um preceito que o cativará e o levará a conversão, sem dizer o restante e a quais outros preceitos está ligado.
  • TAWRIYA – fazer uso da ambiguidade para confundir e enganar o infiel.
  • TAYSIR – ludibriar o infiel demonstrando flexibilidade e moderação dizendo não observar todos os princípios da sharia.
  • DARURA – quando o muçulmano, para beneficiar e fazer avançar o Islã, engana o infiel (não-muçulmano), praticando atos que segundo o Alcorão e os Hadiths são proibidos, como, por exemplo, a exposição de mulheres muçulmanas em atividades que não lhes são permitidas para fazer crer que a opressão da mulher no Islã não é verdade ou quando se travestem à moda ocidental, como o presidente deposto do Egito Mohammed Mursi, que após a deposição, foi apoiar a Irmandade nos EUA.

De todas as formas de mentir, no entanto, a mais emblemática e que representa bem o que ocorre na Europa e que se espalha para o resto do mundo ocidental, é a MURUNA, que consiste em suspender temporariamente a SHARIA – o cumprimento dos preceitos – para fazer crer que todos os imigrantes muçulmanos são moderados, onde as primeiras levas de muçulmanos, quando estão se estabelecendo, deixem transparecer uma áurea de compatibilidade e adaptabilidade, de que não são uma ameaça, perante os não-muçulmanos do país acolhedor, até o ponto em que novos imigrantes vão chegando e a comunidade ganhe força, ocasião em que a sharia é retomada.

Por isso, quando alguns afirmam que não existe diferença entre um muçulmano moderado e um muçulmano radical, é porque, em certos casos, enquanto alguns iludem quem os acolhe, outros ganham tempo para agir na destruição de tudo que o Islã combate. Na verdade, o Ocidente não está preparado para enfrentar os sérios problemas decorrentes da impossibilidade de assimilação de garnde parte dos muçulmanos; os valores e os freios morais judaico-cristãos impedem que enxerguemos uma cultura díspar como ela realmente é; tendemos a acreditar nas palavras das pessoas, medindo-as pelos nossos valores; não concebemos a hipótese de alguém estar mentindo enquanto fala de paz e amor. Mas, “paz e amor”, segundo os paradigmas acima expostos, conduzem o “muçulmano ortodoxo” não apenas a defender sua ideia de fé original, vai além, conduzindo-o a usar os meios em detrimento dos fins com intuito de propagar o Islã no mundo infiel.

Dessa forma, utilizando as estratégias de “Taqiyyah” e “Muruna” previstas no seu arcabouço doutrinário aliadas aos estereótipos inventados em acordo com lideranças seculares progressistas para culpar e inferiorizar todas as demais religiões, o Islã salafista e/ou wahabbita segue utilizando o “terror” e a “vitimização” como instrumentos de dominação.

No Ocidente pós-cristão, a guerra de narrativas continua sendo vencida pela espada!

 

Andréa Fernandes – advogada, jornalista, internacionalista e presidente da ONG Ecoando a Voz dos Mártires.

Gil Carlos Montarroyos – Internacionalista e historiador com estudos voltados ao terrorismo islâmico.

Imagem RFI

[1] https://www.epochtimes.com.br/uniao-europeia-censura-internet-para-combater-discurso-odio/

[2] https://www.jihadwatch.org/2018/12/indonesia-google-approves-app-enabling-muslims-to-report-people-who-commit-blasphemy

[3] https://noticias.uol.com.br/tecnologia/noticias/redacao/2019/02/15/absher-app-rastreia-mulheres-arabia-saudita-apple-google.htm

[4] https://www.gospelprime.com.br/al-jazeera-e-o-pedido-de-apoio-de-gleisi-hoffmann/

[5] https://www.cia.gov/library/publications/resources/the-world-factbook/geos/qa.html.

[6] Ator global do sistema internacional.

[7] Projeção ou influência militar em amplo espectro.

[8] http://arresala.org.br/institutos-islamicos#1514845269605-8efc063b-41cf.

[9] https://www.start.umd.edu/gtd/search/BrowseBy.aspx?category=perpetrator.

[10] http://www.montfort.org.br/bra/cartas/historia/20040622192702/

[11] https://www.gatestoneinstitute.org/3572/islam-apostasy-death

De Jesus a Alá: entenda o fenômeno dos evangélicos islamizados

Por Ulisses Araújo

                O recente – e presente – fenômeno de evangélicos se convertendo ao Islã tem chamado a atenção de alguns e é digno de nota.  Por que evangélicos estão se tornando muçulmanos?  A resposta vai para além da questão em si, pois esse êxodo religioso é apenas indício e consequência de um problema já sistêmico – e epistêmico – nos arraiais evangélicos.

                Há trinta, quarenta anos, os evangélicos representavam parcos 3% da população brasileira.  Quem eram, então, os evangélicos?  Eram membros das chamadas igrejas “históricas” ou “tradicionais”:  Presbiteriana, Batista, Assembleia de Deus, Metodista, Congregacional, para citar as mais proeminentes.  Cada nome desses indicava uma variação bem definida:  dois, três grupos sob o rótulo, grupos esses que se identificavam com princípios claros.  Ser batista, então, significava pertencer principalmente a um de dois grupos mais pronunciados, o mesmo valendo para as igrejas presbiterianas, e por aí vai.

                Os evangélicos eram os “crentes”, também chamados de “bíblias”, por conta da prática de andarem com uma Bíblia debaixo do braço a caminho da Igreja.  Eles eram poucos:  viver uma vida de renúncias – não pode isso, não pode aquilo – não era lá muito convidativo.

                O tempo passa e nos anos 70 e 80 começam a chegar ao país os movimentos não denominacionais.  São grupos fora do mainstream tradicional, com suas estruturas menos rígidas e práticas mais abrasileiradas – sem terno, sem saião, sem música sacra.  O tempo trouxe a compreensão de que a fé não está nas vestimentas e tradicionalismos.  Esse esclarecimento traz uma perda à rigidez, exatamente em virtude de uma ênfase maior na mensagem.  É um amadurecimento.  As igrejas à moda antiga continuam a existir, mas já não são as únicas.  Essa mudança na práxis evangélica não traz junto de si um prejuízo doutrinário:  ela é na verdade fruto de reflexão e amadurecimento.  É o início da expansão do evangelicalismo brasileiro.

                 A década de 70 protagoniza também o surgimento da Igreja Universal do Reino de Deus, a primeira de um grupo de instituições bem assemelhadas:  um linguajar evangélico e um conteúdo um tanto heterodoxo.  O culto parece estar focado em Jesus, há uma pregação aparentemente bíblica, mas olhos atentos já notam a ausência da ortodoxia doutrinária presente nas outras igrejas, tanto as antigas quanto as mais recentes:  é a fase do “Neopentecostalismo”, termo guarda-chuva usado para designar um conjunto de instituições que mantém a ênfase na manifestação de dons espirituais – traço fundamental do Pentecostalismo -, mas sem a fundamentação doutrinária calcada na Bíblia, que cede lugar ao sentir, aos achismos de seus líderes (“revelações”) e à emoção.  Práticas estranhas são introduzidas no culto e na vida dos membros. Nesse movimento estão outros grupos mais ou menos aparentados; trata-se, em linhas gerais, do segundo alargamento – agora bastante pronunciado – do movimento evangélico, quando coexistem movimentos extremamente diversificados.  Acaba havendo uma identificação genérica entre grupos mais ou menos ortodoxos:  o termo “evangélico” já é polissêmico.

                A década de 90 assiste ao boom evangélico:  a fé de 3% dos brasileiros ultrapassa os 15.  Sociólogos e estudiosos da religião já anunciam um Brasil evangélico para as próximas décadas. 

                A “religião evangélica” já conta  com prestígio e popularidade jamais imaginados vinte, trinta anos antes.  A fé conquista o brasileiro; todo mundo tem uma tia, um amigo evangélico.  Crescem os simpatizantes; chegam celebridades.  Os anos 2000 veem os evangélicos alcançar o patamar da casa dos 20%.  Na cidade do Rio de Janeiro, são 40!  Em toda vizinhança há alguém escutando “louvor”.

                Um olhar mais atento revela algo, entretanto:  os evangélicos de tradição continuam a ser uma minoria dentro da população como um todo – e são também dentro da população evangélica.  As igrejas mais antigas até se beneficiam do boom, afinal a visibilidade das outras igrejas respinga também nelas.

                 A Assembleia de Deus cresce, a Igreja Batista também, mas é preciso notar que  há vários grupos – independentes e denominacionais – adotando esses nomes.  A Assembleia de Deus são várias!  Os evangélicos mais ortodoxos de quarenta anos atrás continuam sendo minoritários. 

                É bem certo que dentro de tantas igrejas mais novas existem pessoas que compreenderam as distorções.  Estes acabam por migrar para igrejas com uma prática condizente com a Bíblia.

                Fato é que o boom evangélico é protagonizado por grupos que já não correspondem à ortodoxia de décadas anteriores:  há muita emoção, muita comoção, muito barulho – e (quase) nenhuma doutrina.  Tal fenômeno é uma faca de dois gumes:  ele atrai, mas também é um fator de repulsa.  Vejamos.

                O evangélico brasileiro mediano é não raro alguém que aderiu a um movimento socialmente convidativo.  Diferentemente dos antigos, o evangélico na atualidade foi atraído a um espaço extremamente encantador:  a Igreja, lugar que em décadas passas só era visitado por não crentes após sucessivos e insistentes convites de amigos.  Ia-se à Igreja mais por educação.  Esse lugar enfadonho era pisado a fim de se honrar a promessa feita a algum amigo “crente”, que fizera um convite tão amigável e sincero para assistir à “programação de Natal”.  Agora, os tempos são outros:  Igreja é lugar de boa música, o “louvor”, festa, passeios, “palavra de Vitória”.  A partir de uma perspectiva teológica, isso não é um problema em si; o problema é quando esses elementos são os condicionadores de uma mera “adesão”, em lugar de uma “conversão”, esta desencadeada por um processo de reflexão e confronto com uma mensagem nada animadora:  reconhecer-se pecador e abrir mão de antigas práticas, dinâmica compreendida e apreendida de fato pelos conversos genuínos.

                Aí começa o problema:  a “adesão” não é característica da mensagem cristã, pois a união a uma Igreja deve ser, de acordo com as fontes dos documentos fundantes do Cristianismo, fruto de conversão e não de aculturação.  A História mostra que a simples adesão é corolário de um “Cristianismo cultural”.  A implicação prática desse status de religião de moda é que existe uma massa evangélica que nada ou pouquíssimo sabe a respeito das bases da fé que supostamente abraçou.  Pula-se, canta-se, sente-se, mas nada se sabe:  o analfabetismo bíblico é patente.  O evangélico é raso.  Ele faz colocações que jamais passariam pela mente de um semianalfabeto na década de 60, que já havia lido a Bíblia três vezes. 

                Tal quadro não é uma simples chave de leitura:  ele é a própria explicação de uma realidade que vai contra os prognósticos de estudiosos alguns anos atrás, quando se falava em um “Brasil evangélico”.  O boom evangélico é na verdade um inchaço:  as igrejas crescem em tamanho – e só.  Exceções existem. 

                Como fruto dessa realidade, os que simplesmente fizeram uma adesão social cedo ou tarde descobrem que há algo melhor para se fazer domingo:  ficar em casa vendo televisão ou ir ao bar.  Esses são os “ex-evangélicos”, um desdobramento óbvio e necessário do crescimento desordenado das igrejas.  O IBGE já os indica e este grupo é fundamental na compreensão do êxodo em direção ao Islão.

                Estudos em Sociologia e afins e o próprio IBGE têm agora de dar conta dos “evangélicos não praticantes”, algo impensável há décadas.  São pessoas que creem em Jesus e tomam a Bíblia como Palavra de Deus, mas não vão mais à Igreja, e o motivo é simples:  chegaram à conclusão de que o que veem dentro das realidades eclesiásticas está longe do que preconiza o Evangelho.  Como não encontraram uma instituição fiel às Escrituras, se cansaram de procurar e optaram por viver uma fé mais individual, fora daquilo que chamam de “sistema”.  São conhecidos como “desigrejados”.  Entre os decepcionados há alguns que, após um tempo de busca, acabam por se estabelecer em congregações mais tradicionais.  Isso é também uma consequência natural do boom.

                Dentro do “Evangelho cultural” estão também os filhos de evangélicos, os quais por muito tempo seguiram a fé dos pais, mas que quando puderem fizeram sua própria opção e deixaram de seguir os ensinamentos recebidos na infância.  Estes também se enquadram no “Evangelho cultural”, e sua renúncia é perfeitamente compreensível e lógica, pois sua pertença era meramente uma herança.

                Fato é que o crescimento das igrejas evangélicas é quantitativo, o que é incompatível com o cerne da mensagem cristã que, via de regra e historicamente, gera um crescimento qualitativo apenas, causado por conversões genuínas.  Todas as vezes que o Cristianismo se caracterizou por ser um movimento de adesão e não de conversão, o que é totalmente contraditório, os resultados foram nada bons.

                Está aí, então, a causa das conversões ao Islã:  elas são apenas mais um consequência do crescimento desordenado das igrejas evangélicas e de um Cristianismo cultural.  Enquanto adesão condicionada é algo simplesmente incompatível com a fé cristã, o Islã tem nela uma de suas forças, seja pela imposição explícita, seja pelo uso de estratégias mais sutis.  Evangélicos falsos acabam sendo, portanto, alvos certos da islamização:  enquanto membros de igrejas, eles nada sabiam do próprio Evangelho, e a religião de Maomé lança apelos encantadores e simplesmente se propõe a ensinar-lhes aquilo que para eles não estava claro.  Como o Islã é extremamente legalista e apela portanto para o senso de religiosidade, o novo converso sente seu ego afagado pelo fato de construir um merecimento escatológico:  nada melhor do que conquistar o paraíso por esforço próprio.

                O êxodo de evangélicos para o Islã não deve causar surpresa.

Para saber mais sobre a História das igrejas evangélicas no Brasil, é indispensável a leitura do livro História da Teologia no Brasil: uma análise da Teologia no Brasil e da possibilidade de existência de um sistema teológico caracteristicamente brasileiro, de Henrique Ribeiro de Araujo, Editora Teologia Contemporânea.

Ulisses Araújo – professor, bacharel em Teologia e ativista da ONG Ecoando a Voz dos Mártires.