Arquivo da tag: #jihadistas

Suécia libera da prisão muçulmanos que queriam “matar o máximo possível” em 2010

Quatro cidadãos suecos e um tunisiano com residência sueca, condenados por preparar um ato terrorista em 2010, serão libertados no sábado.

Eles planejavam “matar o máximo possível” em um banho de sangue planejado contra a sede do jornal dinamarquês Jyllands-Posten devido cartuns de Maomé.

Os condenados cumpriram apenas dois terços da sua punição, comum para o sistema penitenciário escandinavo. Desde a sentença eles foram transferidos para diferentes instituições em toda a Suécia.

O Serviço Prisional Sueco relatou que todos os terroristas haviam sido denunciados por ameaças de violência aos funcionários e outros prisioneiros durante a sentença de prisão, com um exigindo isolamento após a tentativa de radicalizar os detentos. Aparentemente, esses incidentes não foram motivo suficiente para adiar sua libertação.

Pesquisador sênior do National Defense College e especialista em terrorismo, Magnus Ranstorp disse ao jornal Dagens Nyheter:

“Não é possível dizer com certeza que eles recairão e tornar-se-ão perigosos ao serem soltos. Mas em tais crimes há um grande risco de recaída” e ainda “como eles são tratados como ‘estrelas do rock’ em seu ambiente anterior após o lançamento”.

Foi revelado que todos os quatro islamitas que vivem na Suécia e atualmente têm entre 37 e 52 anos, foram aprovados para monitoramento pós-lançamento do Serviço de Segurança da Suécia (SÄPO), se assim o desejarem. Dois dos terroristas são considerados um alto risco de recaída de acordo com o Serviço Prisional e de Prisão.

Ranstorp ainda afirma que com 1.500 terroristas a serem libertados em 2019, a falta de programas de reabilitação para ressocializá-lo e reintegrá-lo é um assunto negligenciado internacionalmente.

No entanto, ele reconhece que alguns países estão iniciando discussões sobre programas obrigatórios como pré-requisito para a liberação condicional. A Alemanha e a Dinamarca conversaram durante o tempo de prisão dos presos.

Com imagem e informações Voice of Europe

República do Congo:“Nós não entendemos por que isso está acontecendo”

A igreja tem trabalhado arduamente para ajudar as pessoas, mas a crise é geral, os pastores também estão enfrentando a miséria dentro de suas próprias casas

Congo+(Democratic+Republic+of)_2016_0270100884.jpg

Recentemente, um grupo militante desconhecido realizou vários ataques na República Democrática do Congo, levantando a suspeita de que uma nova organização jihadista esteja agindo no continente africano. No último ataque, ocorrido há pouco mais de uma semana, pelo menos 50 pessoas morreram, na aldeia de Rwangoma, na cidade de Beni. Foi o ataque mais violento, desde 2014. As vítimas foram amarradas e agredidas até a morte. Há vários grupos de extremistas islâmicos atuando no Congo, a fim de exterminar com os cristãos, principalmente no Nordeste do país, onde há muitos sequestros e assassinatos.

Cidadãos congoleses foram às ruas protestar contra o governo, carregando um dos corpos e cantando músicas antigovernamentais. Na semana passada, o presidente do país, Joseph Kabila, visitou a região e disse que iria trabalhar pela paz. Não é possível obter mais informações sobre as vítimas, porque os comércios que disponibilizam internet à população permanecem fechados. Um dos colaboradores da Portas Abertas, porém, descreveu a situação da província de Kivu, onde esteve em visita, poucos dias antes dos incidentes.

 Cenário de guerra
“Chegando lá, me deparei com uma situação de extrema miséria. A maioria dos habitantes é de cristãos. Estive em outras cidades também, mas por conta da perseguição religiosa, há lugares onde é proibido visitar. Viajando para o lado Sul, onde normalmente eu apreciava a paisagem, vi edifícios destruídos e pequenas vilas totalmente exterminadas. Vi casas e empresas que estavam trancadas com cadeados pelo lado de fora, provavelmente para proteger os bens que lhes restaram. Ao longo do caminho havia alguns postos militares improvisados funcionando, os soldados com suas armas nas mãos. O clima era realmente tenso”, disse o colaborador.

O trabalho das igrejas
Em Beni, alimentos e abrigos são escassos, ainda mais porque a cidade abriga a maior parte das pessoas deslocadas internamente. Famílias estão vivendo amontoadas e vulneráveis aos ataques. “Cerca de 80% delas possuem fazendas, mas não podem chegar até elas porque é muito perigoso, há militantes por todos os lugares. A igreja tem trabalhado arduamente para ajudar essas pessoas, mas a crise é geral, os pastores também estão enfrentando a miséria dentro de suas próprias casas, e ainda uma pressão adicional, pois são procurados a todo instante por pessoas que buscam ajuda e alívio. Nós não entendemos por que isso está acontecendo”, lamentou Jean*, um líder cristão local.

Awuzo*, outro líder relatou: “Havíamos voltado para casa há pouco tempo, eu, minha esposa e nossos sete filhos. Agora estamos em fuga novamente. Quando a situação fica tensa, fugimos para nos proteger. É dessa forma que vivemos agora, estamos sempre em estado de alerta”. Até agora, 9 igrejas foram fechadas em Beni, e as que permanecem abertas, recebem poucos fieis. “Onde havia 350 membros, hoje há no máximo 10. Por favor, orem pela nossa situação”, pede um dos líderes.

*Nomes alterados por motivos de segurança.

 Pedidos de oração

Ore pelos cristãos da República do Congo, para que permaneçam firmes na fé, apesar dos últimos ataques e suas duras consequências. Que eles tenham sabedoria e entendimento e que saibam lidar com as recentes dificuldades.

  • Interceda por eles, pedindo socorro e provisão, principalmente de alimentos e medicações.

https://www.portasabertas.org.br/noticias/2016/08/nos-nao-entendemos-por-que-isso-esta-acontecendo

Estado Islâmico vende escravas sexuais no Facebook

Jihadistas tentam aumentar receita enquanto sofrem crise econômica.

RIO — O Estado Islâmico (EI) começou a vender escravas sexuais pelo Facebook numa tentativa de levantar fundos. O grupo terrorista luta contra uma crise econômica após bombardeios da coalizão internacional liderada pelos EUA terem atingido suas instalações de petróleo, rotas de contrabando e bancos.

Agora, os jihadistas procuram outras formas para pagar combatentes e financiar atividades. Em poucas horas, no entanto, a conta foi fechada pelo Facebook.

“Para todos pensando em comprar um escravo, esta aqui custa US$ 11.000”, dizia uma publicação atribuída a um combatente jihadista alemão chamado Abu Assad Almani.

Acredita-se que a mulher que aparece na publicação tenha 18 anos, segundo “The Washington Post”. Ela tem a pele morena e os cabelos escuros.

Outra mulher à venda pelo mesmo valor foi filmada pelas câmeras chorando.

“O que faz ela valer este preço? Ela tem alguma habilidade excepcional?” perguntou um simpatizante do Estado Islâmico sobre a mulher.

“Não”, respondeu Alamani. “A oferta e a demanda fazem ela valer este preço”.

Mais de 700 escravas sexuais já foram submetidas aos cuidados de médicos das Nações Unidas, após terem conseguido escapar das mãos dos jihadistas. A maioria delas são da minoria yazidi, que há muito tempo sofrem de perseguições no Iraque.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/estado-islamico-vende-escravas-sexuais-no-facebook-19397873#ixzz4A9yMAoRu
© 1996 – 2016. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

Rússia acusa Turquia de municiar jihadistas na Síria

Ancara afirma que denúncias são ‘parte de campanha de propaganda’

GENEBRA — Em uma carta enviada ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, acusou cinco companhias turcas de entregarem componentes de artefatos explosivos ao Estado Islâmico. De acordo com o documento, os artefatos “vêm sendo usados amplamente em atos terroristas”.

Segundo Churkin, análises de componentes químicos capturados de membros do grupo em Tikrit, no Norte do Iraque, e em Kobani, na Síria, “mostram que eles foram fabricados na Turquia ou levados ao país sem que pudessem ser reexportados”.

“Detonadores fabricados em outros países foram revendidos ilegalmente na Turquia a combatentes do Estado Islâmico”, afirma o embaixador. “Esses fatos provam que as autoridades turcas estão deliberadamente envolvidas nas atividades do grupo, já que providenciam acesso a componentes para bombas de fabricação caseira que são usadas em atos terroristas”.

A Turquia foi acusada diversas vezes de ajudar e encorajar grupos militantes que atuam na Síria e até mesmo treinar e armar extremistas, facilitando sua passagem pela fronteira com a Síria. O governo turco também é acusado de comprar petróleo contrabandeado pelo EI.

O Ministério das Relações Exteriores da Turquia classificou a carta como “o mais recente exemplo da campanha de propaganda da Rússia contra a Turquia, e como tal, não deve ser levado a sério”.

A Rússia, principal aliado do presidente sírio, Bashar al-Assad, e a Turquia, um dos principais aliados da oposição síria, têm vivido momentos de tensão durante os cinco anos de conflito no país. O clima ficou mais pesado após a derrubada de um avião russo próximo à fronteira síria em novembro do ano passado.

Moscou retaliou deslocando misseis de longo alcance para sua base na Síria e impondo sanções econômicas à Turquia. O presidente russo, Vladimir Putin, acusou Ancara de “permitir que terroristas ganhem dinheiro vendendo petróleo roubado da Síria” e o alto escalão do Exército russo acusou o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan e sua família de se beneficiarem pessoalmente do comércio de petróleo com o Estado Islâmico.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/russia-acusa-turquia-de-municiar-jihadistas-na-siria-19379480#ixzz49lk2zSwJ
© 1996 – 2016. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

Holanda inclui crianças de nove anos em lista de suspeitos jihadistas

Filhos de extremistas na Síria e no Iraque são considerados risco à segurança nacional

AMSTERDÃ — O serviço secreto holandês abriu uma nova lista de suspeitos jihadistas que inclui crianças a partir de nove anos, afirmaram autoridades na quarta-feira. Eles são os filhos de membros do Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque, que começam o treinamento militar quando pequenos para aprender desde cedo como é a vida nas linhas de frente jihadistas. Continuar lendo Holanda inclui crianças de nove anos em lista de suspeitos jihadistas

Cinco anos após morte de Bin Laden, Al Qaeda ainda ameaça

Rede terrorista se adaptou à perda de seu líder máximo e agora, sob a sombra do “Estado Islâmico”, vem apostando na descentralização e na colaboração de seus grupos filiados com a população local em diversos países.

Os homens teriam entrado disfarçados como empregados de um serviço de entrega. Eles invadiram a casa em Dhaka, esperaram que os dois ativistas LGBT Xulhaz Mannan e Mahbub Tonoy saíssem do apartamento, e os mataram brutalmente com facões e tiros. A justificativa para o assassinato: desde 1998, as vítimas “trabalhavam dia e noite para promover a homossexualidade”, com a ajuda de aliados americanos e indianos, de acordo com declaração divulgada no final de abril pelo grupo Ansar al-Islam, braço da rede terrorista Al Qaeda em Bangladesh.

Continuar lendo Cinco anos após morte de Bin Laden, Al Qaeda ainda ameaça

França: Jihad Infecta o Exército e a Polícia

por Yves Mamou

  • Alguns policiais se recusaram abertamente a proteger sinagogas ou observar um minuto de silêncio em homenagem aos mortos, vítimas de ataques terroristas.
  • O fato de policiais estarem armados e terem acesso ao banco de dados da polícia só aumenta a angústia.
  • Em julho de 2015 quatro homens, um deles veterano da marinha, foram notificados a se apresentarem para interrogatório. Eles haviam planejado se infiltrar em uma base da marinha no sul da França, capturar um oficial de alta patente, decapitá-lo e publicar as fotos da decapitação nas redes sociais.

De acordo com um memorando confidencial, datado de janeiro de 2016, emitido pela unidade antiterrorista do ministro do interior francês, a França já hospeda 8.250 islamistas radicais (um crescimento de 50% em um ano).

Alguns desses islamistas foram para a Síria para se juntarem ao Estado Islâmico (EI), outros se infiltraram em todas as esferas da sociedade, começando pela polícia e forças armadas.

Um memorando confidencial vazado do Departamento de Segurança Pública, publicado peloLe Parisien, detalha 17 casos de policiais radicalizados entre 2012 e 2015. Particularmente foram enfatizados os casos de policiais que ouvem e transmitem cânticos muçulmanos enquanto rondam as ruas.

Alguns desses policiais se recusaram abertamente em proteger sinagogas ou observar um minuto de silêncio em homenagem aos mortos, vítimas de ataques terroristas.

Além disso, a polícia foi alertada a respeito de uma policial que incitava o terrorismo no Facebook, chamando sua farda de “farrapo imundo da República” enquanto limpava suas mãos nela. Em janeiro de 2015, imediatamente após os ataques à redação da revista Charlie Hebdo e ao supermercado kasher Hypercacher em Vincennes, que deixou 17 mortos, ela publicou em sua página do Facebook: “ataque mascarado conduzido por sionistas covardes… Eles precisam ser mortos”.

O fato de policiais estarem armados e terem acesso ao banco de dados da polícia só aumenta a angústia.

Embora o quartel-general da polícia de Paris alegue que casos como este são raros, ela achou por bem realizar reavaliações semanais em relação a qualquer comportamento que exceda o princípio de separação da igreja do estado, como acontece com policiais muçulmanos que aparentam inclinação à radicalização. Patrice Latron, que administra o gabinete do superintendente de polícia de Paris, disse ao Le Parisien que se trata de um fenômeno “extremamente marginal”.

Não são apenas os policiais que estão apreensivos, as forças armadas francesas também estão preocupadas. Não há estatísticas sobre o número de soldados muçulmanos servindo nas forças armadas francesas, mas tem-se como certo que há muitos, e que são vulneráveis às influências islamistas, dado que a França está envolvida militarmente na África contra a Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQIM) e também contra o Estado Islâmico no Oriente Médio. Desde o ataque contra o Charlie Hebdo em janeiro de 2015, contudo, a maior operação militar da França tem sido mesmo em solo francês: Encontram-se posicionados 10.000 soldados armados na França para proteger sinagogas, escolas judaicas, estações de trens e metrôs, e também algumas mesquitas, para mostrar aos muçulmanos que a República Francesa não os vê como inimigos. Sua missão não é mais a de ser simplesmente uma força suplementar e sim como explica o Le Figaro, para “implementar permanentemente operações militares dentro do país”.

Já no início de 2013, durante a 5ª conferência parlamentar sobre segurança nacional, o Coronel Pascal Rolez, assessor do diretor assistente da unidade de “contra intervenção” do Departamento de Proteção, Segurança e Defesa (DPSD), declarou: “estamos observando um crescimento da radicalização nas forças armadas francesas, particularmente desde o caso Merah”. Lembremo-nos que Mohammed Merah, um jovem muçulmano francês, assassinou três soldados franceses em Toulouse e Montauban, além de assassinar quatro judeus franceses em uma escola em Toulouse.

Em 2012 Mohammed Merah, um muçulmano francês, assassinou três soldados franceses, além de assassinar quatro judeus franceses em uma escola. Hoje, considerando os inúmeros casos de soldados e policiais muçulmanos franceses se radicalizando, os serviços de segurança temem o perigo de “terem em suas fileiras agentes das forças de segurança atacando seus colegas”.

A fim de identificar membros das forças armadas que estão sendo radicalizados, o DPSD leva em conta mudanças no modo de se vestir, licenças recorrentes por motivo de doença, viagens, furto de suprimentos ou de equipamento militar.

Desde os ataques ao Charlie Hebdo e ao supermercado kasher em Paris em janeiro de 2015, a mídia tem observado vários indícios de radicalização no exército francês.

Em 21 de janeiro de 2015 a emissora de rádio RFI anunciou que cerca de 10 soldados franceses desertaram e se uniram à luta jihadista na Síria e no Iraque. Isso foi confirmado pelo Ministro da Defesa Jean-Yves Le Drian, com a cautela de afirmar que são casos “extremamente raros”. Aparentemente um desses veteranos ocupa o posto de “emir” em Deir Ezzor na Síria e lidera um grupo de cerca de 10 combatentes franceses treinados por ele pessoalmente. Os outros desertores franceses são especialistas em explosivos ou paraquedistas, alguns vieram das unidades de comando da Legião Estrangeira Francesa.

Também em janeiro de 2015, depois dos ataques em Paris, a polícia descobriu que “Emmanuelle C”, assessora da gendarmaria (corpo de soldados da força policial na França) de 35 anos, havia se convertido ao Islã em 2011 e estava em um relacionamento com Amar Ramdani, procurado por tráfico de drogas e armas. Ramdani é cúmplice de Amedy Coulibaly, que perpetrou a chacina em Montrouge e no Hypercacher em Paris. Ramdani estava sendo monitorado pela divisão de inteligência do departamento de polícia (DRPP) na área “pública” do forte em Rosny-Sous-Bois (Seine-Saint-Denis). No forte fica a unidade científica da gendarmaria. Quanto a Emmanuelle C, ela foi acusada de ter violado mais de 60 vezes a segurança do arquivo do suspeito (FPR). Ela foi sentenciada a um ano de prisão, com suspensão condicional da pena e expulsa da gendarmaria.

Em julho de 2015, a imprensa revelou que aproximadamente 180 detonadores e 10 barras de explosivos plásticos foram roubados de um depósito do exército perto de Marselha. Os investigadores obviamente suspeitaram de cumplicidade interna, uma vez que os perpetradores pareciam estar muito bem informados. As investigações apontam em duas direções: terrorismo islâmico ou crime organizado, a investigação continua.

Em 16 de julho de 2015 o Presidente François Hollande revelou que tinha sido frustrado um ataque a uma base militar francesa. Três dias depois, quatro homens, um deles veterano da marinha, foram detidos. Eles confessaram que haviam planejado se infiltrar em uma base da marinha no sul da França, capturar um oficial de alta patente, decapitá-lo e publicar as fotos da decapitação nas redes sociais.

Em 6 de março de 2016, o veterano das forças armadas, “radicalizado” Manuel Broustail, foi detido quando descia de um avião no Marrocos. Segundo o jornal francês Presse Ocean, Broustail estava levando em sua mala um facão, quatro facas de cozinha, dois canivetes, um bastão retrátil, um capuz preto e um botijãozinho de gás. Veterano das forças armadas francesas e convertido ao Islã, Broustail já tinha sido posto sob prisão domiciliar por um longo período em Angers (Maine-et-Loire) dias depois dos execráveis ataques em Paris nos quais 130 pessoas foram assassinadas. Ele está sendo monitorado pelas agências de segurança francesas desde que foi dispensado do exército em 2014. A mídia parece estar preocupada que um indivíduo desses, que carrega armas desse tipo, possa passar pelos controles de segurança do aeroporto, pegar um avião e deixar o país.

De acordo com Thibaut de Montbrial, especialista em terrorismo e presidente do Centro de Estudos de Segurança Interna o risco é “a possibilidade de agentes das forças de segurança atacarem seus colegas. Alguém de farda atacando uma pessoa usando a mesma farda. Na França um cenário desses não é impossível. As forças de segurança precisam ter em mente esse risco”.

Yves Mamou, radicado na França, trabalhou por duas décadas como jornalista para o Le Monde.

http://pt.gatestoneinstitute.org/7739/franca-jihad-exercito-policia

Porque a Bélgica é o Marco Zero dos Jihadistas Europeus

por Soeren Kern

  • Um número cada vez maior de muçulmanos belgas reside em guetos isolados onde a miséria, desemprego e a criminalidade caminham a passos largos. Em Molenbeek, a taxa de desemprego gira em torno de 40%. Imãs radicais passam pentes finos, de forma agressiva, à procura de jovens com poucos recursos para arregimentá-los a travarem a jihad contra o Ocidente.
  • “Quando temos que contatar esse pessoal (agentes europeus) ou enviar nossos rapazes para conversar com eles, nós estamos no fundo falando com pessoas que são… crianças. Eles não são proativos, eles não sabem o que está acontecendo. Eles estão em um enorme estado de negação. É algo tão aterrorizante para eles admitirem que seu país está sendo tomado”. — Oficial do serviço de inteligência americano.
  • “Combatentes que voltam da Síria são uma ameaça enorme… É absolutamente inacreditável que nossos governos os deixam retornar… Qualquer governo do Ocidente que se recusar em prendê-los, é cúmplice moral caso um desses monstros cometa uma atrocidade. … Nossos cidadãos estão diante de um perigo mortal se não restaurarmos o controle sobre as nossas próprias fronteiras nacionais”. — Geert Wilders Parlamentar Holandês.

Os ataques terroristas no aeroporto e metrô em Bruxelas estão direcionando os holofotes, mais uma vez, no humilhante papel da Bélgica de refúgio europeu dos jihadistas.

Vários fatores distintos, porém interligados, ajudam a explicar porque Bruxelas, a capital política da Europa, emergiu como a capital jihadista da Europa.

Palco da jihad na Bélgica: resultado dos atentados de ontem no aeroporto de Bruxelas (esquerda) e em uma estação de metrô (direita).

Numerosa População Muçulmana

Dá-se como certo que a população muçulmana da Bélgica chegue a 700.000 pessoas em 2016 ou seja, cerca de 6,2% da população do país, de acordo com a projeção dos cálculos de um estudo recente realizado pelo Pew Research Center. Em termos percentuais, a Bélgica conta com uma das maiores populações muçulmanas da Europa Ocidental.

Na região metropolitana de Bruxelas, onde reside atualmente cerca da metade dos muçulmanos belgas, a população muçulmana atinge 300.000 pessoas, aproximadamente 25%. Esse total faz de Bruxelas uma das cidades mais islâmicas da Europa.

A grosso modo, cerca de 100.000 muçulmanos residem no distrito de Molenbeek em Bruxelas, região que emergiu como centro do jihadismo belga.

Sociedades Paralelas

O problema do Islã radical da Bélgica teve início nos anos 1960, quando as autoridades belgas incentivaram a migração em massa da Turquia e do Marrocos como fonte de mão de obra barata. Posteriormente eles foram seguidos por migrantes do Egito e da Líbia.

As fábricas foram fechadas, mas os migrantes ficaram e criaram raízes. Hoje a maioria dos muçulmanos na Bélgica já está na terceira e quarta geração. Ao passo que muitos muçulmanos belgas estão integrados na sociedade belga, outros tantos não se adaptaram.

Um número cada vez maior de muçulmanos belgas reside nas periferias, em guetos isolados onde a miséria, desemprego e a criminalidade caminham a passos largos. Em Molenbeek, a taxa de desemprego gira em torno de 40%. Imãs radicais passam pentes finos, de forma agressiva, à procura de jovens com poucos recursos para arregimentá-los a travarem a jihad contra o Ocidente.

Salafismo

Assim como acontece em outros países europeus, muitos muçulmanos na Bélgica estão abraçando o salafismo, uma forma radical do Islã, juntamente com o chamamento para desfechar a jihad violenta contra todos os incrédulos em nome de Alá.

O salafismo deriva seu nome do termo árabe salaf, que significa predecessor ou ancestral, que por sua vez significa Maomé. Os salafistas remontam suas raízes ao local de nascimento de Maomé. Eles glorificam uma visão exaltada da perfeição do que eles acreditam ser o verdadeiro Islã original, praticado pelas primeiras gerações de muçulmanos, incluindo Maomé e seus companheiros e seguidores, nos séculos VII e VIII d.C. O objetivo do salafismo é o de recriar uma forma pura do Islã na era moderna.

Essa meta coloca os estados modernos, seculares e pluralistas diante de sérios problemas. Um recente relatório da inteligência alemã definiu o salafismo como uma “ideologia política, cujos seguidores veem o Islã não apenas com uma religião, mas também como uma estrutura legal que regulamenta todas as esferas da vida: do papel do estado em organizar o relacionamento das pessoas à vida privada do indivíduo”.

O relatório acrescenta: “o salafismo rejeita os princípios democráticos de separação do estado da religião, soberania popular, liberdade religiosa e sexual, igualdade de gênero e o direito fundamental da integridade física”.

Muito embora os salafistas constituam apenas uma pequena fração do crescimento acelerado da comunidade muçulmana na Europa, as autoridades estão cada vez mais temerosas de que muitos daqueles que são atraídos pela ideologia salafista sejam jovens muçulmanos, facilmente impressionáveis, abertos a chamamentos para desfecharem atos violentos em nome do Islã.

Sharia4Belgium

Antes da ascensão do Estado Islâmico, o grupo salafista mais conhecido da Bélgica era o Sharia4Belgium, que desempenhou um papel importante na radicalização de muçulmanos belgas.

Sharia4Belgium foi banido em fevereiro de 2015, quando seu líder Fouad Belkacem foisentenciado a 12 anos de prisão. Um arquivo parcial do Website do antigo grupo pode seracessado no Arquivo da Internet. No Website, o Sharia4Belgium convida todos os belgas a se converterem ao Islã e se submeterem à lei da Sharia ou enfrentarem as consequências. O texto diz o seguinte:

“São passados 86 anos desde a queda do Califado Islâmico. Predomina a tirania e a corrupção neste país (Bélgica), saímos de um escândalo para entrarmos em outro: crises econômicas, pedofilia, criminalidade, crescimento da islamofobia, etc…”

“Assim como no passado, nós (muçulmanos) salvamos a Europa da Idade das Trevas, planejamos fazer o mesmo agora. Nós temos a solução certa para todas as crises, é a observância da lei divina, a saber: a Sharia. Conclamamos a implementação da Sharia na Bélgica.

“A Sharia é o sistema perfeito para a humanidade. Durante os 1.300 anos do estado islâmico só tivemos ordem, bem estar social e proteção de todos os direitos humanos. Sabemos que a Espanha, França e Suíça estiveram no auge sob a Sharia. Durante esses 1.300 anos foram estupradas 120 mulheres, hoje são estupradas 120 mulheres por dia na Europa. Sequer houve 60 roubos registrados nesses 1.300 anos.

“Diante disso, convidamos a família real, o parlamento, toda a aristocracia e todo residente belga a se submeter à luz do Islã. Salve-se a si mesmo e a seus filhos do doloroso castigo na vida futura e conceda a si mesmo a vida eterna no paraíso”.

Um relance no background da imagem do Website do Sharia4Belgium mostra a bandeira preta da jihad tremulando no alto do parlamento belga. Até recentemente, a página no YouTube do Sharia4Belgium (também retirada) era utilizada para incitar os muçulmanos à jihad. O grupo postava vídeos com os seguintes títulos “A Jihad É Obrigatória”, “Encorajando a Jihad”, “Duelo e Guerra de Guerrilha” e “As Virtudes do Martírio”. Desse modo o Sharia4Belgium abriu o caminho para o Estado Islâmico na Bélgica.

Jihadistas Belgas

Um dos menores países da Europa Ocidental, a Bélgica se tornou a maior fonte de jihadistas per capita da Europa, que combate na Síria e no Iraque. De acordo com dados fornecidos em 22 de fevereiro de 2016 pelo Ministro do Interior Jan Jambon, 451 cidadãos belgas se consideravam jihadistas. Destes, 269 se encontram nos campos de batalha na Síria ou no Iraque, acredita-se que seis estejam a caminho da zona de guerra, 117 retornaram à Bélgica e 59 tentaram sair, mas foram barrados na fronteira.

Segundo Jambon, 197 dos jihadistas são de Bruxelas: na Síria encontram-se 112, ao passo que 59 voltaram para a Bélgica. Outros 195 jihadistas são de Flanders: na Síria encontram-se 133, ao passo que 36 retornaram.

A Bélgica é a principal fonte de jihadistas per capita da União Européia para o Estado Islâmico: por volta de 40 jihadistas por milhão de habitantes, comparado a 27 da Dinamarca, 19 da Suécia, 18 de França, 17 de Áustria, 13 da Finlândia, 12 da Noruega, 9,5 do Reino Unido, 7,5 da Alemanha e 2 da Espanha.

Incompetência Oficial?

Nos últimos 24 meses, pelo menos cinco ataques jihadistas tiveram ligações com a Bélgica. Emmaio de 2014, jihadistas atacaram o museu judaico em Bruxelas. Em agosto de 2014, um jihadista com vínculos em Molenbeek atacou um trem da linha Amsterdã/Paris. Em janeiro de 2015 a polícia belga realizou uma blitz antijihadista em Verviers, Bélgica.

Em novembro de 2015, veio à tona que dois dos oito jihadistas que atacaram Paris residiam em Bruxelas. Em 18 de março a polícia deteve Salah Abdeslam, natural da Bélgica, de nacionalidade francesa e de origem marroquina, pelo seu papel nos ataques de Paris. Ele esteve foragido por meses. Em 22 de março, Bruxelas, mais uma vez, foi atacada por jihadistas.

Após os ataques em Paris em novembro de 2015, o Primeiro Ministro da Bélgica Charles Michelressaltou: “quase sempre há uma ligação com Molenbeek. É um problema gigantesco. Além da prevenção, temos também que nos focar mais na repressão”.

O Ministro do Interior Jambon acrescentou:

“No momento não temos o controle da situação em Molenbeek. A próxima tarefa é intensificar nossas operações naquela região. Eu vejo que a Prefeita Françoise Schepmans (de Molenbeek) também está pedindo nossa ajuda e que o chefe da polícia local está disposto a cooperar. Devemos juntar forças e limpar os últimos vestígios, isto é realmente necessário”.

O último ataque em Bruxelas, entretanto, indica que as autoridades belgas ainda não têm o problema jihadista sob controle.

Um agente do contraterrorismo belga salientou que devido ao tamanho reduzido do governo belga e ao grande número de investigações em andamento, praticamente todos os investigadores e agentes da inteligência das forças armadas no país estão focados nas investigações jihadistas internacionais. Ele acrescentou:

“Nós simplesmente não temos pessoal suficiente para qualquer outra finalidade e francamente, não dispomos de infraestrutura para investigar ou monitorar adequadamente centenas de indivíduos suspeitos de terem alguma ligação com o terrorismo, bem como de ir atrás de centenas de investigações e arquivos abertos. É literalmente uma situação insustentável e, honestamente, muito grave”.

Um oficial do serviço de inteligência americano, segundo consta, disse que trabalhar com agentes de segurança belgas era como trabalhar com crianças:

“Mesmo na União Européia em geral, há uma infiltração de jihadistas que vem ocorrendo há duas décadas. E é só agora que eles estão começando a se debruçar em cima disso. Quando temos que contatar esse pessoal ou enviar nossos rapazes para conversar com eles, nós estamos no fundo falando com pessoas que são, estou apenas sendo franco, crianças. Eles não são proativos, eles não sabem o que está acontecendo. Eles estão em um enorme estado de negação. É algo tão aterrorizante para eles admitirem que seu país está sendo tomado”.

Em novembro de 2015, o New York Times publicou uma análise áspera da incompetência belga. Veio à tona que um mês antes dos ataques em Paris, a Prefeita Schepmans de Molenbeek, recebeu uma lista com nomes e endereços de 80 jihadistas que residiam em seu distrito. Na lista constavam dois irmãos que mais tarde tomariam parte nos ataques de 13 de novembro em Paris.

De acordo com o Times, Schepmans disse: “o que eu deveria fazer em relação a eles? Não é minha função rastrear prováveis terroristas. Isso é responsabilidade da polícia federal”. OTimes continua: “o serviço da polícia federal, de sua parte, reporta ao Ministro do Interior Jan Jambon, um nacionalista flamengo que tem suas dúvidas sobre se a Bélgica, dividida entre falantes do idioma francês, holandês e alemão, deveria sequer existir como estado único”.

Um Estado Artificial

Bélgica, alojada entre a França, Alemanha, Luxemburgo e Holanda, foi estabelecida em 1830 para servir como estado tampão neutro entre os rivais geopolíticos, França e Alemanha. O papel da Bélgica como estado tampão terminou, para todos os efeitos, após o fim da Segunda Guerra Mundial e o subsequente deslocamento em direção à integração européia. Com o passar do tempo, Bruxelas emergiu como a capital, de fato, da União Européia.

Nas últimas três décadas, a Bélgica se viu diante de uma crise existencial devido ao crescente antagonismo entre os falantes dos idiomas holandês e francês. Um observador ressaltou:

“O país opera na base do apartheid linguístico, que infecta tudo, das bibliotecas públicas ao governo local e regional, sistema educacional, partidos políticos, televisão nacional, jornais e até times de futebol. Não há uma narrativa nacional na Bélgica, melhor dizendo, há duas histórias contrárias uma contada em holandês e outra em francês. O resultado é o diálogo dos surdos”.

Essa disfunção se estende ao contraterrorismo belga. O New York Times observa:

“Com três populações unidas de forma constrangedora, a Bélgica dispõe de um manancial confuso de instituições e partidos políticos, divididos ao longo de linhas linguísticas, ideológicas ou simplesmente oportunistas, que estão sendo acusados da aparente incapacidade do país em lidar com a ameaça terrorista”.

“Não seria nada difícil encontrar os dois irmãos de Molenbeek antes deles ajudarem a assassinar 130 pessoas nos ataques em Paris: eles residiam apenas a 90 metros da prefeitura do município, em frente a uma praça onde funciona um mercado com chão de paralelepípedos, em um apartamento subsidiado pertencente ao município, facilmente visível do luxuoso gabinete da prefeitura situado no segundo andar do edifício. Um terceiro irmão trabalhava na administração do município para a Sra. Schepmans”.

“Muito mais difícil, contudo, foi negociar os caminhos labirínticos que ligam, e também dividem, a grande quantidade de órgãos responsáveis pela segurança em Bruxelas, uma cidade capital com seis forças policiais locais e uma polícia federal”.

“Bruxelas tem três parlamentos, 19 assembléias municipais e os escritórios centrais de dois serviços de inteligência, um militar e outro civil, bem como uma unidade de avaliação de risco de terrorismo, cujo chefe, exaurido e desmoralizado pelas destrutivas batalhas territoriais, renunciou em julho mas ainda está à frente do departamento”.

“Perdido no alvoroço onde os dois irmãos, Ibrahim Abdeslam, que detonou um colete com explosivos em Paris e Salah, alvo de uma extensa caçada humana que deixou os policiais descontrolados em meio às batidas em residências por todo país”.

O problema da língua também afeta a integração. Conforme explica uma análise do jornalWashington Post, “em muitos empregos em Bruxelas é necessário saber francês, flamengo ou holandês e agora às vezes até inglês, ao passo que a maioria dos imigrantes fala quase sempre árabe e apenas alguns falam francês. Isso obstruiu a integração”.

Fronteiras Abertas

O assim chamado Acordo de Schengen, que permite ir e vir sem passaportes na maioria dos países da União Européia, também permitiu que jihadistas se passassem por migrantes e entrassem na Europa pela Grécia e se dirigissem para o norte da Europa sem serem detectados.

Em uma entrevista concedida ao Breitbart London, o político holandês Geert Wilders, que atualmente está sendo julgado na Holanda por causa da liberdade de expressão, ressaltou:

“Combatentes que voltam da Síria são uma ameaça enorme. São predadores perigosos rondando nossas ruas. É absolutamente inacreditável que nossos governos os deixam retornar. E também é inacreditável que, uma vez que retornaram, não são colocados na cadeia”.

“Na Holanda há dezenas desses jihadistas que retornaram ao país. Nosso governo permite que a maioria deles ande por aí livremente e se recusa em prendê-los. Exijo que eles sejam detidos imediatamente. Qualquer governo do Ocidente que se recusar em prendê-los, é cúmplice moral caso um desses monstros cometa uma atrocidade”.

“O governo também precisa fechar nossas fronteiras nacionais. A zona Schengen da União Européia, onde não é permitido que haja controle de fronteiras, é uma catástrofe. O marroquino/belga Salah Abdeslam, o arquiteto do banho de sangue do último mês de novembro em Paris, viajou livremente da Bélgica para a Holanda em várias ocasiões no ano passado”.

Wilders concluiu: “isto é intolerável. Fronteiras abertas são um gigantesco risco à segurança. Nossos cidadãos estão diante de um perigo mortal se não restaurarmos o controle sobre as nossas próprias fronteiras nacionais”.

http://pt.gatestoneinstitute.org/7682/belgica-jihadistas

Soeren Kern é colaborador sênior do Gatestone Institute sediado em Nova Iorque. Ele também é colaborador sênior do European Politics do Grupo de Estudios Estratégicos / Strategic Studies Group sediado em Madri. Siga-o no Facebook e no Twitter. Seu primeiro livro, Global Fire, estará nas livrarias em 2016.

Número de muçulmanos radicais dobra na França

Autoridades identificaram 8.250 jihadistas no país frente a 4.015 no ano anterior.

PARIS — Alvo de dois atentados terroristas que choraram o mundo no ano passado, a França registra a cada dia a presença de mais fundamentalistas islâmicos em seu território. De acordo com relatório oficial obtido com exclusividade pelo jornal “Le Figaro”, as autoridades francesas identificaram um total de 8.250 pessoas radicalizadas no país, enquanto no ano anterior esse número era menos da metade: 4.015. Todos eles, 20% menores de idade, foram incluídos na lista devido a atitudes como mudança de identidade, apologia ao terrorismo e hostilidade com instituições francesas.

 

O levantamento é resultado da plataforma antiterrorismo, lançada pelo Ministério do Interior em abril de 2014. Todas as instituições francesas são encarregadas de identificar pessoas radicalizadas. As denúncias servem de apoio para o governo tomar medidas como vigilância especial, proibição de saída do território nacional, participação em serviços sociais com apoio psicológico ou educativo ou acompanhamento especial por parte dos pais no caso de menores. Tudo depende da idade e do grau de radicalização identificado.

Desde a implementação da plataforma, o governo fechou 4.848 sites ou contas de redes sociais e proibiu 275 pessoas de saírem da França. Mais de 570 franceses estavam na Síria e no Iraque em novembro passado e 141 morreram, de acordo com o último balanço do governo.

Tanto os autores dos atentados de janeiro de 2015 como alguns dos ataques de novembro eram franceses. Centenas de combatentes (300 no ano passado) na Síria e no Iraque voltaram à França, sendo considerados os mais perigosos pelas autoridades.

O relatório, produzido pela Unidade de Coordenação de Luta contra o Terrorismo (Uclat), mostra que os jovens não se radicalizam em um ambiente solitário através da internet.

“O gatilho está ligado em 95% dos casos a um contato humano”, diz o documento. “Só depois as redes sociais reforçam a radicalização”.

A situação no Sudeste do país surpreende, com uma proporção muito elevada de pessoas radicalizadas. O Ministério do Interior ainda não divulgou os dados oficialmente e não respondeu a perguntas da reportagem do “Le Figaro”.

Reivindicados pelo Estado Islâmico (EI), os ataques de novembro em Paris deixaram cerca de 130 mortos, forçando a França a intensificar seus bombardeios aéreos contra o grupo jihadista que opera no Iraque e na Síria. Os atentados ocorreram meses após o massacre no jornal satírico “Charlie Hebdo” e num mercado de produtos judaicos, também na capital francesa.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/numero-de-muculmanos-radicais-dobra-na-franca-18598501#ixzz3z7xeXrvm
© 1996 – 2016. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

 

A Islamização da Grã-Bretanha em 2015

Crimes Sexuais, Jihadimania e “Taxa de Proteção”.

  • Hospitais espalhados pela Grã-Bretanha estão se defrontando com pelo menos 15 novos casos de mutilação genital feminina (FGM em inglês), todos os dias. Muito embora a FGM seja ilegal na Grã-Bretanha desde 1984, não houve nenhuma condenação.
  • Entre 1997 e 2013 pelo menos 1.400 crianças foram exploradas sexualmente na cidade de Rotherham, na maioria dos casos por gangues muçulmanas, no entanto a polícia e as autoridades municipais não conseguiram lidar com o problema por receio de serem tachadas de “racistas” ou “islamofóbicas”.
  • O Reverendo Giles Goddard, vigário da igreja de St John em Waterloo, centro de Londres, permitiu que um serviço religioso muçulmano fosse realizado, do início ao fim, em sua igreja. Ele também pediu a sua congregação que enaltecesse “o Deus que todos nós amamos: Alá”.
  • Houve um aumento de 60% nas ocorrências policiais quanto ao abuso sexual de crianças nos últimos quatro anos de acordo com números oficiais.
  • A inteligência britânica está monitorando mais de 3.000 extremistas islamistas autóctones, dispostos a desfechar atentados na Grã-Bretanha.
  • Um funcionário muçulmano de uma usina nuclear em West Kilbride, Escócia, foi afastado das dependências do complexo após ser pego estudando materiais para a fabricação de bombas, em horário de trabalho.
  • “Nós procuramos evitar descrever alguém como terrorista ou um ato de ser terrorista”. – Tarik Kafala, chefe do serviço da BBC em árabe.

A população muçulmana na Grã-Bretanha ultrapassou 3,5 milhões em 2015, atingindo cerca de 5,5% da população de 64 milhões de habitantes, de acordo com os números inferidos de um estudo recente sobre o crescimento da população muçulmana na Europa. Em termos reais, a Grã-Bretanha conta com a terceira maior população muçulmana da União Européia, depois da França e seguida pela Alemanha.

O islamismo e os problemas relacionados com o islamismo estiveram onipresentes na Grã-Bretanha em 2015 e podem ser divididos em cinco grandes temas: 1) o extremismo islâmico e as implicações sobre a segurança em vista dos jihadistas britânicos na Síria e no Iraque, 2) a contínua disseminação da lei da Sharia na Grã-Bretanha, 3) a exploração sexual de crianças britânicas por gangues muçulmanas, 4) a integração muçulmana na sociedade britânica e 5) os fracassos do multiculturalismo britânico.

JANEIRO de 2015

7 de janeiro. O extremista islâmico Anjem Choudary, natural da Grã-Bretanha defende os ataques jihadistas contra a redação da revista satírica francesa Charlie Hebdo. Em um artigo publicado pelo jornal USA Today, Choudary assinala:

“Contrário ao conceito popular equivocado, o Islã não significa paz e sim submissão apenas aos comandos de Alá. É por esta razão que os muçulmanos não acreditam na ideia da liberdade de expressão, porque suas palavras e ações são determinadas pela revelação divina e não baseadas nos desejos das pessoas.

“Em um mundo cada vez mais instável e inseguro, a potencialidade das consequências de insultar o Mensageiro Maomé já são conhecidas tanto pelos muçulmanos quanto pelos não-muçulmanos. Se é assim, por que então o governo francês permitiu que a revista Charlie Hebdo continuasse a provocar os muçulmanos, colocando dessa maneira em risco a inviolabilidade de seus cidadãos”?

9 de janeiro. O clérigo muçulmano Mizanur Rahman de Palmers Green, norte de Londres, também defendeu os ataques em Paris e declarou que a “Grã-Bretanha é inimiga do Islã”. Discursando para uma platéia em Londres, discurso este que também foi difundido na Internet a milhares de seus seguidores, Rahman disse que os cartunistas do Charlie Hebdo cometeram o pecado de “insultar o Islã” e que portanto “não podiam esperar outra coisa”. E acrescenta: “vocês sabem o que acontece quando se insulta Maomé”.

14 de janeiro. Zack Davies, 25, atacou um sikh de 24 anos de idade chamado Sarandev Bhambra com um facão, em um supermercado da rede Tesco em Mold, norte do País de Gales. Inicialmente os jornais britânicos retrataram o ataque com “motivação racista”, de um extremista de extrema direita promovendo o “poder branco”. Depois ficou-se sabendo que Davies era na realidade um muçulmano convertido que adotou o nome de Zack Ali. Na manhã do ataque, Davies alertou, em sua página do Facebook, que se preparava para atacar, publicando um post com quatro versos do Alcorão que prega a violência contra não-muçulmanos.

16 de janeiro. Rahin Aziz, um islamista de Luton, foi fotografado na Síria exibindo um fuzil AK-47. Em um tuíte, Aziz, que também responde pelo nome de Abu Abdullah al-Britani, postou o seguinte: “ainda não decidi o que fazer com o meu passaporte #british (britânico), eu poderia queimá-lo, jogá-lo na privada, o que eu quero dizer é que ele não presta nem para que se cuspa nele”.

16 de janeiro. O Secretário de Estado para Comunidades e Governo Local Eric Pickles enviou uma carta a mais de 1.000 imãs da Grã-Bretanha, pedindo a ajuda deles na luta contra o extremismo e a erradicação daqueles que pregam o ódio. Grupos muçulmanos reagiramacusando o governo britânico de alimentar a “islamofobia”, exigindo uma retratação.

17 de janeiro. O jornal The Telegraph reportou que um terrorista da al-Qaeda, já condenado, com ligações estreitas aos ataques jihadistas em Paris, não pode ser deportado da Grã-Bretanha porque isso violaria seus direitos humanos. Baghdad Meziane, um argelino-britânico de 49 anos, condenado em 2003, cumprindo uma pena de 11 onze anos de prisão por comandar uma rede terrorista que recrutava jihadistas e captava recursos para a al-Qaeda, foi libertado cinco anos antes e teve permissão de voltar para a casa da sua família em Leicester. Desde então, Meziane conseguiu frustrar todos os esforços para deportá-lo, apesar da insistência do governo em afirmar que ele representa “uma ameaça para o Reino Unido”.

De acordo com o The Telegraph, Djamel Beghal, um colaborador próximo de Meziane, foi o mentor de pelo menos dois dos atiradores suspeitos pelos assassinatos, Amedy Coulibaly e Chérif Kouachi, durante o período que eles passaram juntos na prisão. A esposa de Beghal, uma cidadã francesa, reside no Reino Unido, cortesia dos contribuintes britânicos. Sylvie Beghal reside de graça em uma casa de quatro dormitórios em Leicester. Ela veio à Grã-Bretanha juntamente com seus filhos a procura de um “ambiente mais islâmico”, depois de chegar à conclusão que a França era antimuçulmana demais.

20 de janeiro. O ex-chefe do MI6, Sir John Sawers, em uma recomendação que pode ser vista como autocensura, alertou os britânicos para que não insultem o Islã se não quiserem que terroristas islâmicos executem atentados dentro do país. Ele disse o seguinte:

“Se você desrespeitar os valores fundamentais dos outros, você estará provocando uma reação furiosa… Há a necessidade de moderação por parte de nós, do Ocidente”.

25 de janeiro. Tarik Kafala, chefe do serviço da BBC em árabe, o maior de todos os serviços de notícias em idioma estrangeiro da BBC, disse que o termo “terrorista” era “pesado” demais para descrever as ações dos homens de mataram 12 pessoas no atentado contra a redação do Charlie Hebdo.

26 de janeiro. Veio à tona que hospitais espalhados pela Grã-Bretanha estão se defrontando com pelo menos 15 novos casos de mutilação genital feminina (FGM em inglês), todos os dias, e que o problema é especialmente grave em Birmingham. Muito embora a FGM seja ilegal na Grã-Bretanha desde 1984, não houve nenhuma condenação.

29 de janeiro. Uma investigação da Sky News sobre exploração sexual infantil em Rotherham, uma cidade ao sul de Yorkshire, constatou que centenas de novos casos continuam a emergir. Em agosto de 2014, o assim chamado relatório Alexis Jay Report revelou que entre 1997 e 2013 pelo menos 1.400 crianças foram exploradas sexualmente, na maioria dos casos por gangues muçulmanas e que a polícia e as autoridades municipais não conseguiram lidar com o problema por conta de considerações politicamente corretas, quanto à possibilidade dela ser tachada de “racista” ou “islamofóbico”.

FEVEREIRO de 2015

4 de fevereiro. A polícia britânica prendeu 45 muçulmanos, todos do sexo masculino, sob a acusação de abusarem sexualmente de crianças. Em Northumbria 20 suspeitos compareceram no tribunal para responderem a acusações incluindo estupro, abuso sexual e tráfico humano para exploração sexual. Os supostos crimes envolviam 12 vítimas, incluindo uma menina de apenas 13 anos. Em Halifax, West Yorkshire, 25 homens foram acusados de cometerem uma série de crimes relacionados a abusos sexuais de crianças.

4 de fevereiro. O gabinete inteiro do Conselho de Rotherham renunciou depois que um relatório constatou que a correção política inapropriada junto com uma cultura de negação, permitiu que mais de 1.400 meninas fossem abusadas recorrentemente por gangues de homens muçulmanos em um espaço de tempo de 15 anos. Crianças, algumas com não mais de nove anos de idade foram aliciadas, traficadas e estupradas por membros da comunidade paquistanesa da cidade, mas o receio de serem tachados de racistas fez com que os vereadores fizessem vista grossa diante dos abusos.

8 de fevereiro. Mais de 1.000 muçulmanos britânicos fizeram uma manifestação no centro de Londres contra o que eles chamaram de “representações ofensivas” do Profeta Maomé pela revista francesa Charlie Hebdo. Multidões que carregavam cartazes com dizeres como “Defenda o Profeta” se concentraram perto do gabinete do Primeiro Ministro David Cameron no distrito governamental Whitehall em Londres. O evento foi organizado por um grupo chamado Muslim Action Forum, que está lançando uma campanha de lobby, bem como uma série de desafios legais no sistema judiciário para estabelecer que as representações de Maomé são “crimes de intolerância”.

25 de fevereiro. Asif Masood, 40, um motorista embriagado sem carteira de habilitação, que aparentemente ingeriu uma quantidade de álcool três vezes acima do limite tolerado, quando bateu em um hidrante com o carro de um amigo em Nottingham, conseguiu se esquivar de uma sentença que o levaria à prisão porque logrou persuadir o juiz que ele acabara de redescobrir a fé muçulmana e que tinha deixado de beber.

27 de fevereiro. Um juiz em Liverpool interrompeu um processo após descobrir que o réu, Kerim Kurt, tinha jurado sobre a Bíblia e não sobre o Alcorão. O Juiz Patrick Thompson do Tribunal da Coroa de Liverpool disse que Kurt tinha feito “o juramento de dizer a verdade sobre o Novo Testamento”. Mais tarde ficou se sabendo, em um interrogatório da testemunha pela parte adversa, que ele era muçulmano. Kurt insistiu que ele tinha aceito fazer o juramento em cima da Bíblia porque “ele respeitava todos os livros sagrados e queria jurar sobre o livro sagrado do país no qual estava residindo”. Mas o Juiz Thompson disse que “na opinião dele o Sr. Kurt, como muçulmano, deveria fazer o juramento sobre o Alcorão”.

MARÇO de 2015

3 de março. Um relatório do governo detectou que cerca de 400 meninas britânicas, algumas com não mais de onze anos, ao que consta, foram exploradas sexualmente por gangues de estupradores muçulmanos em Oxfordshire durante os últimos 15 anos. O relatório acusa as autoridades locais de ignorarem, repetidamente, casos de estupro devido a uma “cultura de negação”.

7 de março. Um respeitado clérigo liberal, Reverendo Giles Goddard, vigário da igreja de St John em Waterloo, centro de Londres, permitiu que um serviço religioso muçulmano fosse realizado, do início ao fim, em sua igreja. Ele também pediu a sua congregação que enaltecesse “o Deus que todos nós amamos: Alá”. Acredita-se ter sido esta a primeira vez que um serviço religioso muçulmano inteiro tenha sido realizado pela Igreja da Inglaterra.

11 de março. O Reverendo Canon Gavin Ashenden, um dos capelães da rainha, manifestoupreocupação em relação as mais de 100 passagens no Alcorão que “encorajam a violência”. Ele estava respondendo aos comentários proferidos pelo Arcebispo de Canterbury Justin Welby, que alegava que os jovens estavam abraçando a jihad porque a religião predominante não era “estimulante” o suficiente.

12 de março. Uma delegação de destacados egípcios-britânicos solicitaram ao governo do Reino Unido a proibição da Irmandade Muçulmana e o banimento de suas atividades em solo britânico. O pedido dizia o seguinte: “o terror não conhece fronteiras, a Irmandade Muçulmana, suas ramificações e seus braços não têm piedade, sua ânsia pelo poder, busca da teocracia e desejo de domínio, fazem delas sedentas de sangue e nada as fará parar até que elas destruam a civilização, tanto Ocidental quanto Oriental”.

15 de março. O governo britânico anunciou que não irá classificar a Irmandade Muçulmana de organização terrorista.

20 de março. Segundo mostram os números que acabam de ser divulgados, a população carcerária de muçulmanos na prisão de Belmarsh, na prática a prisão dos terroristas de Londres, mais que dobrou em apenas quatro anos O número de presidiários muçulmanos detidos na prisão de segurança máxima “Categoria A” saltou 108% desde março de 2010, de 127 para 265 em dezembro de 2014. Dados do governo mostram que na primavera de 2010, os presidiários muçulmanos perfaziam somente 14% dos presidiários de Belmarsh, mas em menos de cinco anos essa proporção subiu para quase um terço. A proporção de presidiários muçulmanos na prisão de Pentonville saltou 40% enquanto que na Wormwood Scrubs, na zona oeste de Londres, ela aumentou cerca de um sexto no mesmo período.

23 de março. Um relatório alerta que mulheres muçulmanas em toda a Grã-Bretanha estão sendo sistematicamente oprimidas, abusadas e discriminadas pelos tribunais da lei da Sharia que tratam as mulheres como cidadãs de segunda classe. O relatório de 40 páginas intitulado “Um mundo Paralelo: Confrontando o Abuso de Muitas Mulheres Muçulmanas na Grã-Bretanha de Hoje”, foi escrito pela Baronesa Caroline Cox, membro independente, não ligada a partidos políticos da British House of Lords (Câmara dos Lordes Britânicos) e uma das principais defensoras dos direitos das mulheres no Reino Unido. O relatório mostra como a crescente influência da lei da Sharia na Grã-Bretanha de hoje está debilitando o princípio fundamental de que deve haver igualdade para todos os cidadãos britânicos sob a única lei do país.

ABRIL de 2015

1º de abril. A polícia turca deteve nove cidadãos britânicos de Rochdale, Grande Manchester, que hipoteticamente estavam procurando se juntar ao grupo terrorista Estado Islâmico na Síria. Os nove, cinco adultos e quatro crianças, incluindo um bebê de um ano de idade, foram detidos na cidade turca de Hatay.

Um dos detidos era Waheed Ahmed, estudante de política da Universidade de Manchester. Seu pai, Shakil, vereador do Partido Trabalhista em Rochdale, disse que achava que seu filho estava fazendo um estágio em Birmingham:

“Fui pego de surpresa ao saber que ele estava lá, pelo que entendi ele estava fazendo um estágio em Birmingham. Meu filho é um bom muçulmano, sua lealdade é com a Grã-Bretanha, de modo que não consigo entender o que ele está fazendo por lá. Se tivesse passado pela minha cabeça que ele estava correndo o perigo de ser radicalizado, eu o teria denunciado às autoridades”.

5 de abril. Abase Hussen pai de uma colegial jihadista britânica que fugiu de casa, admitiu que a filha se radicalizou após ele tê-la levado a um comício extremista organizado pelo grupo islamista Al-Muhajiroun, já banido, dirigido por Anjem Choudary, muçulmano nascido na Grã-Bretanha, que foi posto em prisão preventiva, acusado segundo o artigo 12 da Lei contra o Terrorismo 2000.

Amira, 15, era uma das três meninas da Bethnal Green Academy em East London que viajaram para a Turquia em fevereiro para se tornarem “noivas de jihadistas” na Síria. Durante uma audiência em março, na Comissão Especial para Assuntos Internos, Abase acusou as autoridades britânicas de malograrem por não terem evitado que sua filha fugisse para a Síria. Perguntado pelo Presidente Keith Vaz se Amira tinha sido exposta a algum tipo de extremismo, Hussen respondeu: “de jeito nenhum. Nada”. A polícia até apresentou um pedido de desculpas.

Abase no entanto mudou seu lado da história depois que apareceu um vídeo que odesmascarou como sendo um islâmico radical, que participou de um comício em prol do ódio juntamente com Choudary e Michael Adebolajo, assassino de Lee Rigby. Abase, originário da Etiópia, disse que veio para a Grã-Bretanha em 1999 “pela democracia, pela liberdade, por uma vida melhor para os filhos, para que pudessem aprender inglês”.

5 de abril. Victoria Wasteney, 38, uma profissional da saúde, cristã, apresentou um apelo contra um tribunal do trabalho que a considerou culpada por “intimidar” uma colega muçulmana por ter rezado por ela e por tê-la convidado a ir à igreja. Wasteney foi suspensa de seu emprego de terapeuta ocupacional sênior no John Howard Centre, uma unidade de saúde mental na região leste de Londres, após sua colega Enya Nawaz, 25, tê-la acusado de tentar convertê-la ao cristianismo. Os advogados de Wasteney disseram que o tribunal infringiu a lei ao restringir sua liberdade de arbítrio e a liberdade de professar sua religião, que constam do Artigo 9 da Convenção Européia de Direitos Humanos.

5 de abril. Em uma entrevista concedida ao Guardian, Nazir Afzal, o mais importante promotor público muçulmano da Grã-Bretanha alertou que mais crianças britânicas do que se pensava correm o risco da “jihadimania” porque eles veem os terroristas islâmicos como “ídolos pop”. Ele disse o seguinte:

“Os meninos querem ser como eles e as meninas querem estar com eles. É isso que eles costumavam dizer em relação aos Beatles e mais recentemente em relação ao One Direction e Justin Bieber. A propaganda que os terroristas difundem é parecida com marketing e muitos de nossos adolescentes se apaixonam por esta imagem.

“Eles veem suas próprias vidas como medíocres ao compararem com aquelas e não percebem que estão sendo usados. Os extremistas os tratam de forma semelhante aos sedutores sexuais, manipulam, os distanciam de seus amigos e familiares e depois dão o bote.

“Cada um deles, se for para a Síria, estará mais radicalizado ao retornar. E se não for, se tornará um problema, uma bomba relógio, esperando explodir”.

Talha Asmal (esquerda), um adolescente de 17 anos de idade de Dewsbury, segundo consta, se tornou o homem bomba mais jovem da Grã-Bretanha quando detonou explosivos amarrados ao seu corpo em uma refinaria iraquiana. Amigos de Asmal o descrevem como um “jovem comum de Yorkshire”. Amira Abase (direita), aos 15 anos, viajou em fevereiro de Londres para a Síria para se juntar ao Estado Islâmico como “noiva de jihadista”.

8 de abril. O Guardian divulgou que houve um aumento de 60% nas ocorrências policiais quanto ao abuso sexual de crianças nos últimos quatro anos, de acordo com números oficiais obtidos por meio de uma solicitação baseada na Legislação sobre Liberdade de Informação, que tornou público pela primeira vez a dimensão do problema na Inglaterra e no País de Gales.

8 de abril. O Tribunal da Coroa de Leicester condenou Jafar Adeli, requerente de asilo afegão a 27 meses de prisão depois que ele tentou se encontrar com “Amy”, uma menina menor de idade, após tê-la seduzido online. Adeli, 32, que é casado, marcou um encontro com a menina após seduzi-la com conversas de conteúdo sexual online e de enviar imagens obscenas dele próprio. Mas ele foi ludibriado por um grupo de voluntários a procura de pedófilos chamadoLetzgo Hunting. “Amy” era de fato um dos voluntários chamado John, que se fez passar pela jovem menina.

10 de abril. Abukar Jimale, pai de quatro filhos, 46 anos de idade, requerente de asilo no Reino Unido após ter fugido da devastada Somália, se esquivou da prisão depois de ter estuprado uma passageira enquanto dava voltas em Bristol em seu táxi. Muito embora Jimale tenha sido considerado culpado por estupro, ele teve sua sentença de dois anos suspensa. O advogado de defesa disse que Jimale, natural da Somália, era um pai esforçado que perdeu o emprego e o bom nome em consequência desse crime.

13 de abril. Mohammed Khubaib, natural do Paquistão pai de cinco filhos foi condenado por seduzir meninas com não mais de 12 anos, oferecendo comida, dinheiro, cigarros e bebidas alcoólicas. O empresário de 43 anos de idade, casado, que residia em Peterborough com sua esposa e filhos, se engraçava com garotas em seu restaurante para em seguida “dopá-las” com bebidas alcoólicas para que “concordassem” com seus avanços sexuais.

14 de abril. O Presidente da Suprema Corte do Reino Unido Lord Neuberger, declarou em um discurso que deveria ser permitido às mulheres muçulmanas usarem véus nos tribunais. Ele acrescentou que, com o intuito de demonstrar equidade àqueles implicados em processos, os juízes devem “compreender as diferenças dos hábitos culturais e sociais”. Os comentários de Neuberger vieram depois que um juiz manteve uma decisão permitindo que Rebekah Dawson, de 22 anos de idade, convertida ao Islã, fosse julgada usando uma niqab, um véu em que aparecem apenas os olhos.

20 de abril. Um colegial de 14 anos de Blackburn, Lancashire, se tornou o suspeito mais jovem de cometer atos terroristas na Grã-Bretanha. Ele foi detido em conexão com uma conspiração terrorista inspirada no ISIS em Melbourne, Austrália. A polícia declarou que mensagens encontradas em seu computador e celular indicavam que havia um plano para atacar as comemorações do centenário do desembarque da Anzac em Gallipoli na Primeira Guerra Mundial. (O Dia da Anzac, 25 de abril, marca o aniversário da primeira grande operação militar em que participaram forças australianas e neozelandesas na Primeira Guerra Mundial).

20 de abril. A polícia na Turquia deteve um casal de britânicos juntamente com seus quatro filhos sob suspeita de procurarem viajar para uma região da Síria controlada pelo Estado Islâmico. Asif Malik, sua mulher Sara e os quatro filhos com idades entre 11 meses e 7 anos, foram detidos em um hotel em Ancara. Autoridades turcas disseram que a família atravessou a fronteira rumo à Turquia a partir da Grécia em 16 de abril e que ela foi detida após serem informados pela polícia britânica.

22 de abril. Quatro muçulmanos, todos do sexo masculino, foram acusados de cometerem crimes sexuais contra crianças em Rochdale. Hadi Jamel, 33, Mohammed Zahid, 54, Raja Abid Khan, 38 e Abid Khan, 38, cada um deles foi acusado de ter mantido relações sexuais com uma menina que tinha menos de 16 anos.

22 de abril. O Daily Mail publicou trechos de um novo livro, Girl for Sale (Menina à Venda), que descreve o chocante suplício de Lara McDonnell, que virou vítima de uma gangue de pedófilos muçulmanos quando tinha apenas 13 anos de idade. Ela escreveu o seguinte:

“Mohammed me vendia por £250 a pedófilos do país inteiro. Eles entravam, sentavam e começavam a me tocar. Se eu me recolhesse, Mohammed me obrigava a ingerir mais crack para que eu fechasse os olhos e “viajasse”. Eu me tornei oca, morta por dentro.

“Às vezes eu era passada de um pervertido para outro. Em Oxford, muitos desses depravados eram de origem asiática (em Londres), eles eram do Mediterrâneo, negros ou árabes.

“Depois, no início de 2012 (cerca de cinco anos após o começo dos abusos), a polícia de Thames Valley pediu para me ver. Os policiais estavam conduzindo investigações, há muito atrasadas, em relação à exploração sexual de meninas jovens e queriam conversar. Contei tudo a eles, e no final de março Mohammed e sua gangue estavam presos. Sem eu saber, cinco meninas estavam contando a mesma história à polícia.

“A defesa de Mohammed foi ridícula: ele alegou que eu o forçava a ingerir drogas e transar comigo. Sua advogada, uma mulher, inferiu que eu era racista, pelo fato de todos os réus serem muçulmanos.

“Pelo fato dos réus serem muçulmanos, o caso expôs questões delicadas envolvendo raça e religião. Minha leitura da realidade é clara: eles se comportavam daquele jeito por conta das diferenças na maneira de enxergarem as mulheres”.

23 de abril. O Tribunal da Coroa de Birmingham sentenciou Imran Uddin, 25, um estudante da Universidade de Birmingham, a quatro anos de prisão por invadir o sistema de computadores da universidade com o intuito de melhorar suas notas. Uddin usou dispositivos para a prática de espionagem de teclado para roubar senhas do staff e em seguida aumentou suas notas de cinco exames. Segundo consta Uddin é o primeiro estudante britânico a ir para a prisão por trapacear.

25 de abril. O The Telegraph revelou que os contribuintes britânicos estavam pagando o aluguel mensal de Hani al-Sibai, o pregador islamista que era o “mentor” de Mohammed Emwazi (mais conhecido como Jihadi John, o carrasco do ISIS). Al-Sibai, 54, pai de cinco filhos, reside em uma casa no valor de £1 milhão em Hammer-smith, bairro de West London.

27 de abril. Mohammed Kahar, 37, de Sunderland foi detido após disseminar matérias extremistas, inclusive documentos do tipo “O Curso Explosivo”, “44 Maneiras de Servir e Participar da Jihad”, “O Livro da Jihad” e “Esta é a Província de Alá”.

28 de abril. O jihadista Kazi Jawad Islam, de 18 anos, foi condenado por “aliciamento ao terrorismo” por tentar aplicar uma “lavagem cerebral” em seu amigo autista Harry Thomas, “um jovem vulnerável com dificuldades de aprendizado”, para que atacasse soldados britânicos com um cutelo.

28 de abril. Aftab Ahmed, 44, de Winchcombe Place, Heaton, foi acusado de ameaçar decapitar David Robinson-Young, candidato do Partido da Independência do Reino Unido (UKIP em inglês) em Newcastle East.

MAIO de 2015

3 de maio. Bana Gora, presidente do Muslim Women’s Council (Conselho das Mulheres Muçulmanas), anunciou planos para criar a primeira mesquita do país dirigida por mulheres, para as mulheres, em Bradford. Ela disse:

“Na época do Profeta a mesquita era o centro da vida da comunidade e do estudo, e nós esperamos reproduzir aquele modelo incluindo rezas da congregação dirigidas pelas mulheres para as mulheres. Após consultas nossa intenção é trabalhar com grupos diversificados, opiniões e organizações, incluindo o Conselho de Mesquitas para criar o etos e o espírito das mesquitas da época do Profeta”.

7 de maio. Um número recorde de 13 parlamentares muçulmanos (um salto dos 8 em 2010) foieleito nas eleições gerais na Grã-Bretanha. Oito dos parlamentares muçulmanos são mulheres.

14 de maio. O Editor para Assuntos Internos da BBC Mark Easton foi objeto de críticas depois de ter comparado o islamista Anjem Choudary, natural da Grã-Bretanha, a Mahatma Gandhi e Nelson Mandela. Michael Ellis parlamentar do Partido Conservador, integrante da última comissão especial para assuntos internos, disse o seguinte:

“A BBC parece estar obcecada em oferecer o máximo de tempo possível aos pregadores do ódio. Comparar figuras históricas que trabalharam para mudanças pacíficas com um pregador do ódio como Choudary é estarrecedor, ofensivo e inflamatório”.

O próprio Choudary rejeitou as comparações da BBC:

“As comparações com Mandela e Gandhi são enganosas. Eles são kuffar (infiéis) que vão para o inferno ao passo que eu sou muçulmano. Alhamudililah (louvado seja Alá)”.

26 de maio. Abu Haleema, pregador radical de Londres, que publicou posts de filmes na Internet atacando as Forças Armadas Britânicas, jurou nunca “sucumbir” à democracia, foiproibido de fazer uso das redes sociais e de promover seus pontos de vista. A proibição provocou descontentamento de seus seguidores quanto à supressão da liberdade de expressão.

JUNHO de 2015

1º de junho. Karim Kazane, um muçulmano de 23 anos, exigiu que Zizzi, uma rede de restaurantes italianos, lhe pagasse £5.000 (€7.000; US$7.800) em indenização por ele ter encontrado salame em um prato em uma filial em Winchester. Kazane já tinha ingerido metade da carne picante, o prato tinha carne bovina e frango, conforme anúncio, quando ele descobriu a carne proibida segundo o Islã.

4 de junho. Mohammed Rehman, 24, de Reading e Sana Ahmed Khan, 23, de Wokingham, foram acusados de estarem preparando atos de terrorismo no Reino Unido. Ambos são acusados de comprar produtos químicos para a fabricação de artefatos explosivos e de pesquisar e fazer download de instruções sobre como executar um ataque, incluindo uma cópia da revista Inspire da Al-Qaeda contendo um artigo intitulado “Como Fabricar uma Bomba na Cozinha da Sua Mãe”.

9 de junho. Sara Khan, chefe do grupo antiradicalização disse ao jornal The Guardian que professores britânicos estão com medo de denunciar a suspeição de extremismo islamista no meio estudantil por receio de serem tachados de “islamofóbicos”.

10 de junho. Um homem de negócios, muçulmano, de 34 anos, de Cardiff foi a primeira pessoa do Reino Unido a ser processada segundo as leis sobre casamento forçado que entrou em vigor em junho de 2014. O homem está cumprindo pena de 16 anos de prisão após ter confessado ter coagido uma mulher de 25 anos a se casar com ele. O elemento, que já era casado, estuprava a vítima “sistematicamente”, durante meses, ameaçando vir a público com uma filmagem dela no chuveiro, feita com uma câmera escondida se ela não casasse com ele e, além disso ameaçou matar membros da sua família se ela contasse a alguém sobre os abusos.

11 de junho. Um relatório fez um alerta sustentando que a Grã-Bretanha está diante de uma ameaça “sem precedentes” de centenas de jihadistas experimentados nos campos de batalha na Ásia, África e Oriente Médio. O relatório também alerta que agora mais britânicos receberam treinamento em terrorismo do que em qualquer outro período da sua história recente.

11 de junho. Alaa Abdullah Esayed, uma refugiada de 22 anos, oriunda do Iraque, que reside em Kennington, Sul de Londres, foi condenada a três anos e meio de prisão por tuitar mensagens que estimulavam o terrorismo. Esayed publicou mais de 45.000 tuítes em árabe em uma conta aberta para seus 8.240 seguidores entre junho de 2013 e maio de 2014, sendo que muitos destes tuítes estimulavam a jihad violenta.

12 de junho. Tamanna Begum, uma mulher muçulmana residente em Ilford, Essex, perdeu uma batalha jurídica para poder usar a jilbab islâmica, uma bata que a envolveria dos pés à cabeça, em uma creche, porque a vestimenta causaria um “leve risco” às crianças e ao staff. Begum entrou com uma ação alegando discriminação por causa de seu “background cultural e étnico”. O Juiz Daniel Serota manteve a decisão anterior do tribunal do trabalho de East London, segundo a qual a vestimenta é “plausivelmente considerada um leve risco”.

13 de junho. Talha Asmal, um adolescente de 17 anos de idade de Dewsbury, West Yorkshire, que fugiu de casa em abril para se juntar ao ISIS, segundo consta, se tornou o homem bomba mais jovem da Grã-Bretanha quando detonou explosivos amarrados ao seu corpo em um ataque a uma refinaria iraquiana. Amigos de Asmal o descrevem como um “jovem comum de Yorkshire”. Isso pode ser verdade dependendo do caso: Dewsbury, uma peculiar cidade que dependia da indústria têxtil, esteve de alguma forma ligada a mais de uma dezena de extremistas islâmicos, incluindo Mohammad Sidique Khan, o organizador dos atentados em Londres de 7 de julho de 2005.

15 de junho. Um grupo anti-Sharia chamado “One Law for All” emitiu um comunicadosolicitando ao novo governo da Grã-Bretanha que revogue os tribunais da Sharia Islâmica, os quais eles chamam de “tribunais ilegais e irregulares que determinam formas de justiçaaltamente discriminatória e de segunda categoria”. O comunicado diz o seguinte:

“Embora os tribunais da Sharia estejam vendendo a ideia de serem a favor da liberdade de religião, na realidade são ferramentas eficazes do movimento islamista de extrema-direita cujo principal objetivo é restringir e negar direitos, especialmente direitos de mulheres e crianças.

“Contrapor-se aos tribunais da Sharia não é racismo nem islamofobia, é a defesa dos direitos de todos os cidadãos, independentemente de suas crenças e background, a ser governado pelos meios democráticos segundo o princípio de uma lei para todos. Racismo se traduz na ideia de que às minorias pode ser negado direitos desfrutados pelos demais por meio de endossos de sistemas dejustiça baseados na religião, que operam de acordo com a lei divina, que devido a sua própria natureza é imune ao escrutínio do estado”.

19 de junho. Um juiz britânico determinou que um suspeito de terrorismo podia ser dispensado de usar o rastreador eletrônico porque ele violava seus direitos humanos. O suspeito, um pregador somali de 39 anos acusado de radicalizar jovens muçulmanos-britânicos, disse acreditar que o MI5 tinha colocado uma bomba na pulseira eletrônica e que o uso do dispositivo de vigilância estava fazendo com que ele tivesse “delírios”. O Juiz Collins, determinou que isso equivale à violação do Artigo 3 da Lei dos Direitos Humanos, que tem como objetivo proibir a tortura.

24 de junho. Veio à tona que a polícia de Birmingham sabia que as gangues de aliciadores de exploração sexual tinham como alvo crianças fora das escolas da cidade, mas não alertou a população por medo de ser acusada de “islamofobia”. Um relatório confidencial obtido conforme a Legislação sobre Liberdade de Informação, mostrou que a polícia estava preocupada com as “tensões dentro da comunidade” se o abuso praticado predominantemente por gangues paquistanesas que abusam de crianças viesse a público.

JULHO de 2015

1º de julho. O diretor geral da BBC Tony Hall, rejeitou as exigências de um grupo multipartidário de parlamentares para que a emissora parasse de usar o termo “Estado Islâmico” ao se referir ao grupo terrorista. Mais de 100 parlamentares assinaram a carta que solicitava que a emissora usasse o termo “Daesh” (acrônimo árabe do Estado Islâmico do Iraque e da Síria) ao se referir ao Estado Islâmico. A carta, redigida por Rehman Chishti, um parlamentar do Partido Conservador nascido no Paquistão, declara:

“O uso das denominações: Estado Islâmico, EIIL e ISIS concedem legitimidade a uma organização terrorista, que não é islâmica nem foi reconhecida como estado e que a maioria esmagadora dos muçulmanos ao redor do mundo acredita ser desprezível e ofensiva à sua religião pacífica”.

Os parlamentares fizeram a exigência em uma carta depois que o Primeiro Ministro David Cameron teceu críticas à emissora censurando a BBC por ela se referir ao Estado Islâmico pelo nome. Em uma entrevista concedida ao programa “Today” da BBC Radio 4 em 29 de junho Cameron salientou:

“Espero que a BBC pare de chamá-lo de Estado Islâmico porque ele não é um Estado Islâmico. Trata-se de um regime pavoroso e cruel. É uma distorção da religião do Islã, e como você sabe, muitos muçulmanos que estão nos ouvindo agora irão se aterrorizar toda vez que ouvirem as palavras Estado Islâmico“.

Hall disse que usar o termo Daesh não irá preservar a imparcialidade da BBC, além dela correr o risco de dar a impressão de oferecer apoio aos opositores do grupo. Ele disse que o termo é usado de forma pejorativa pelos inimigos do grupo. Daesh é parecido com “Dahes” que em árabe significa “aquele que semeia discórdia”.

20 de julho. David Cameron esboçou um novo plano de cinco anos para combater o extremismo islâmico na Grã-Bretanha. Em um pronunciamento histórico em Birmingham, Cameron chamou a luta contra o extremismo islâmico de “batalha da nossa geração”.

27 de julho. O Telegraph informou que o número de adolescentes e crianças que são enviadas a programas contraradicalização irá dobrar em apenas dois anos devido à fascinação pelo ISIS. Jovens estão sendo enviados ao Channel Project, um programa de antiradicalização do governo, esses adolescentes estão sendo enviados ao programa a uma velocidade de mais de um por dia, em meio a receios de que muitos deles estejam correndo o risco de se tornaram jihadistas. Em um determinado caso uma criança de três anos foi enviada ao programa. Em outros casos alunos de escolas que desenhavam bombas ou faziam ameaças islamistas também foram enviados ao programa.

AGOSTO de 2015

1º de agosto. O Daily Mail noticiou que Shamima Begum, 15, fugiu de sua casa em East London para se tornar uma noiva jihadista na Síria, foi radicalizada em uma instituição beneficente de mulheres em uma mesquita em East London, uma das maiores mesquitas da Grã-Bretanha. Inicialmente líderes islâmicos e alguns de seus familiares culparam a Internet pelo aliciamento, mas o Mail descobriu que Sharmeena foi primeiramente radicalizada dentro da mesquita de East London, supostamente por mulheres do Islamic Forum of Europe (Fórum Islâmico da Europa IFE em inglês), grupo vinculado à Irmandade Muçulmana.

5 de agosto. Anjem Choudary, extremista islâmico natural da Grã-Bretanha, foi posto em prisão preventiva, acusado de cometer o crime de terrorismo ao estimular as pessoas a se juntarem ao ISIS. Choudary, 48, e Mohammed Rahman, 32, compareceram ao Tribunal de Primeira Instância de Westminster e foram acusados de infringir repetidamente o Artigo 12 da Lei contra o Terrorismo. Choudary disse não ter receio de ir para a cadeia, que ele descreve como solo fértil para conquistar mais conversões para o Islã. “Se me detiverem e me colocarem na cadeia eu continuarei com a minha atividade na prisão”, adverte ele. “Vou radicalizar todo mundo na prisão”.

18 de agosto. Um juiz em Londres determinou que uma menina de 16 anos fosse tirada de seus pais depois que eles a aliciaram para se tornar uma noiva jihadista. A polícia encontrou sua casa repleta de propaganda jihadista, incluindo um livro com o título “How to Survive in the West — A Mujahid’s Guide” (Como Sobreviver no Ocidente — Guia do Mujahid). O Juiz Hayden disse que sua mãe e seu pai, ambos “desonestos”, fizeram tanto mal a ela quanto estupradores de crianças. O avião que a levaria para a Síria foi impedido de levantar voo por agentes do contraterrorismo enquanto a aeronave estava taxiando na pista do Aeroporto de Heathrow, os agentes a retiraram do avião que iria partir para a Turquia.

26 de agosto. Uma colegial de 16 anos admitiu ser culpada de duas acusações de terrorismo ao comparecer ao principal Juizado da Infância e da Juventude de Manchester. Ela confessou ser culpada das acusações depois que foram encontradas em seu telefone instruções de como fabricar bombas, juntamente com fotos de crianças mortas, execuções e material de propaganda do ISIS.

SETEMBRO de 2015

17 de setembro. Um tribunal de apelação em Londres determinou que seria adequado que Jamal Muhammed Raheem Ul Nasir, um violentador de crianças que abusou de duas meninas muçulmanas, fosse condenado a um período mais longo do que se as vítimas fossem brancas, porque vítimas muçulmanas de crimes sexuais sofrem mais devido à vergonha que elas têm que passar. Advogados do pedófilo argumentaram que a sentença original era demasiadamente dura. A National Society for the Prevention of Cruelty to Children (Sociedade Nacional para a Prevenção de Atos Cruéis contra Crianças – NSPCC) declarou:

“A justiça britânica deveria funcionar em condições iguais para todos, e as crianças precisam ser protegidas independentemente das diferenças culturais. Independentemente de raça, religião ou sexo, cada criança merece ter o direito a segurança e proteção contra abuso sexual e os tribunais devem espelhar isso”.

18 de setembro. O jornal The Times informou que a inteligência britânica está monitorando mais de 3.000 extremistas islamistas autóctones, dispostos a desfechar atentados na Grã-Bretanha. De acordo com a notícia, homens e mulheres britânicos, entre eles muitos adolescentes, estão sendo radicalizados em questão de semanas, a ponto de estarem aptos a executar atos violentos.

26 de setembro. O Queen Elizabeth Hospital em Margate, Kent, pediu desculpas ao Sargento da Força Aérea Mark Prendeville depois que ele foi afastado de outros pacientes, porque alguns membros da equipe disseram que sua farda poderia ofender pacientes muçulmanos.

Também em setembro, uma exposição de arte que estava comemorando a liberdade de expressão proibiu a exibição de trabalhos artísticos anti-ISIS, depois que a polícia manifestou preocupação com a segurança. “ISIS Ameaça Sylvania”, uma série de sete quadros satíricos destacando os brinquedos de crianças Sylvanian Families, foi retirada da exposição Passion for Freedom (Paixão pela Liberdade) depois que a polícia manifestou preocupação em relação ao “conteúdo potencialmente inflamatório” da exposição. A polícia informou aos organizadores que se eles forem adiante com os planos para a exibição, eles terão que pagar £36.000 (US$53,000) para a segurança dos seis dias do evento.

OUTUBRO de 2015

9 de outubro. O Channel 4 News noticiou que o muçulmano convertido Jamal al-Harith recebeu do governo britânico £1 milhão (US$1,5 milhões) após sua libertação do campo de detenção de Guantánamo Bay em Cuba e, em seguida ele fugiu para a Síria para se juntar ao ISIS.

12 de outubro. Nadir Syed, 21, Yousaf Syed, 19 e Haseeb Hamayoon, 27, compareceram ao Tribunal da Coroa de Woolwich para o início de seus julgamentos. Os promotores dizem que o trio planejava, em nome do ISIS, decapitar pessoas nas ruas da Grã-Bretanha. Segundo consta, eles também planejavam usar uma faca de caçador para assassinar um policial, soldado ou alguém do público no Dia da Lembrança também conhecido como Dia do Armistício, um feriado nacional em homenagem ao fim da Primeira Guerra Mundial. O tribunal ouviu que os acusados “mostravam um interesse não natural nos assassinatos e nas decapitações”.

25 de outubro. Veio à tona que Abdulrahman Abunasir, um imigrante que violentou uma mulher duas semanas após chegar à Grã-Bretanha, está obstruindo os esforços para deportá-lo sob a alegação de que ele é um refugiado sírio. Abunasir entrou com um pedido de asilo enquanto cumpria uma pena de 18 meses de prisão pelo estupro. Quando ele foi interrogado pelos oficiais da imigração, no entanto, foi constatado que ele não sabia como responder as perguntas mais simples sobre a Síria. Agentes britânicos dizem que há um “altíssimo grau de certeza” de que Abunasir é do Egito, porém segundo as leis de direitos humanos da Europa, eles não têm como deportá-lo porque não têm como provar sua nacionalidade.

27 de outubro. Um funcionário muçulmano de uma usina nuclear em West Kilbride, Escócia, foiafastado das dependências do complexo após ser pego estudando materiais para a fabricação de bombas em horário de trabalho. Uma fonte da usina afirmou: “não é possível trabalhar com pessoas que tenham acesso ao reator e que tenham qualquer interesse em explosivos. Ninguém sabe o que se passa na cabeça dele, mas não é o que você quer em uma usina nuclear”.

29 de outubro. A British Muslim Youth (Juventude Muçulmana da Grã-Bretanha), um grupo islâmico de Rotherham, conclamou os muçulmanos a boicotarem a polícia porque a investigação sobre um caso de exploração sexual de uma criança na cidade é o mesmo que “marginalizar e desumanizar” os muçulmanos. Em uma mensagem postada na Internet, o grupo emitiu uma ordem para que os patrícios muçulmanos cortem imediatamente todos os laços com os agentes da lei ou então corram o risco de se tornarem párias em suas próprias comunidades.

30 de outubro. Atiq Ahmed, 32, de Oldham, Grande Manchester, foi condenado a dois anos e meio de prisão por ameaçar decapitar um policial. A polícia encontrou em sua residência uma pilha de vídeos de execuções e decapitações. Após assistir os vídeos, o Juiz Michael Topolski QC declarou: “muitos desses vídeos são profundamente preocupantes, verdadeiramente horripilantes e nada tem a ver com as verdadeiras práticas dessa milenar e venerável religião”.

NOVEMBRO de 2015

1º de novembro. O Independent publicou um editorial com o título: “O Profeta Maomé Tinha Valores Britânicos, de modo que a única maneira de combater o extremismo é ensinar mais do Islã nas escolas”.

1º de novembro. O Sunday Times revelou que investigadores do governo descobriram que presidiários não-muçulmanos, em diversas prisões de segurança máxima da Grã-Bretanha, estão sendo obrigados a pagar uma “taxa de proteção” a presidiários muçulmanos radicais por medo de atos violentos. A “taxa”, também conhecida como “jizya” está sendo imposta por gangues de extremistas islâmicos nas prisões de Belmarsh, Long Lartin, Woodhill e Whitemoor. Presidiários não-muçulmanos disseram que estão sofrendo bullying e sendo ameaçados de sofrerem atos violentos a menos que façam os pagamentos com cartões telefônicos, alimentos, fumo ou drogas. Algumas das supostas vítimas disseram que foram instruídas a arrumarem amigos e familiares fora da cadeia para que façam a transferência do dinheiro para contas bancárias controladas por islamistas.

3 de novembro. Kasim Ali, 25 juntamente com seus primos Adeel Ali, 20 e Razi Khalid, 18 que foram considerados culpados de um “ataque em nome da honra” contra um namorado de uma de suas irmãs, foram poupados de irem para a prisão. Os três homens, todos de Blackburn, Lancashire, tiveram como alvo Aquib Baig porque a família dele não aprovava seu namoro com a irmã deles. Eles depredaram seu carro antes de persegui-lo dentro de uma loja, onde aos chutes e pontapés o espancaram na frente de clientes horrorizados. O Juiz Recorder Julian Shaw assinalou:

“Não há lugar para violência em nome da religião ou da honra. é abominável, é contra a sua religião e é ilegal. Eu espero que todos vocês estejam envergonhados por estarem presentes neste tribunal. Não há dúvida que suas famílias estão perplexas, balançando a cabeça se perguntando: o que fizemos de errado. Eles estão sendo humilhados e constrangidos ao verem vocês aqui, um grupo covarde atacando uma pessoa. Voltem para sua comunidade, para suas famílias e reconstruam suas reputações. Não voltem nunca mais para assombrar este tribunal com algum tipo de violência em nome da honra”.

9 de novembro. Veio à tona que professores muçulmanos na Academia de Oldknow, uma escola envolvida no escândalo do “cavalo de Tróia”, tentaram islamizar escolas britânicas, obrigando os alunos a recitarem cânticos anticristãos. Os ex-professores Jahangir Akbar e Asif Khan, ao que consta, incitavam os alunos gritando “não acreditamos no Natal, acreditamos”? e “Jesus não nasceu em Belém, nasceu”? Christopher Gillespie, o advogado do National College for Teaching and Leadership, disse que “foi fechado um acordo para introduzir uma influência religiosa exagerada no currículo escolar na Escola de Oldknow. É turva a diferença entre uma escola religiosa e uma escola do estado, para não dizer inexistente”.

12 de novembro. A polícia britânica prendeu Bakr Hamad, Zana Abdul Rahman, Kadir Sharif e Awat Wahab Hamasalih como parte de uma operação antiterrorismo ligada a conspirações para o recrutamento de homens bomba e sequestro de diplomatas ocidentais. Acredita-se que os quatro homens do Iraque aos quais foram concedidos o status de asilados na Grã-Bretanha faziam parte de uma facção da al-Qaeda que usava a Internet para recrutar homens bomba, estabelecer “células adormecidas” dentro da Europa e atacar alvos no exterior.

13 de novembro. Yahya Rashid, 19, foi condenado em um julgamento no Tribunal da Coroa de Woolwich, acusado de dois crimes por se preparar para cometer atos de terrorismo. Rashid usou o empréstimo a estudantes para reservar voos para a Turquia para ele e outros quatro com a intenção de viajarem para a Síria para se juntarem ao ISIS. Atendendo aos apelos de sua família para que voltasse para casa, Rashid acabou mudando de ideia e ficou na Turquia. Ele voltou para Londres em março de 2015 e foi preso ao desembarcar.

17 de novembro. Nissar Hussain, de 49 anos, pai de cinco filhos que se converteu ao cristianismo, foi brutalmente espancado em frente a sua casa em St Paul’s Road, Manningham. O vídeo do espancamento, capturado por uma câmera de circuito interno da casa de Hussain, mostra dois homens encapuzados saindo de um carro estacionado em frente a sua casa e em seguida golpeando-o por 13 vezes com uma picareta. A polícia está tratando do caso como crime de intolerância religiosa. Hussain disse que ele e sua família estão enfrentando uma série de perseguições, intimidações e medo nas mãos de muçulmanos radicais desde 2008, quando eles apareceram em um documentário do canal de TV Channel 4 sobre abusos cometidos contra muçulmanos convertidos.

DEZEMBRO de 2015

9 de dezembro. Policiais corroboraram a alegação feita pelo candidato à presidência dos Estados Unidos Donald Trump de que partes de Londres se transformaram em zonas proibidas para a polícia britânica devido ao extremismo muçulmano. As declarações de Trump foramridicularizadas pelo Primeiro Ministro David Cameron e pelo Prefeito de Londres Boris Johnson. A Secretária do Interior Theresa May insiste que “a polícia de Londres não tem medo de policiar as ruas”. A Polícia Metropolitana emitiu um comunicado dizendo:

“Normalmente não damos importância a esse tipo de comentários, desta vez, no entanto, acreditamos ser de interesse dos londrinos afirmarmos que o Sr Trump está redondamente errado. Qualquer candidato às eleições presidenciais dos Estados Unidos está convidado a receber um briefing da Polícia Metropolitana sobre a realidade do policiamento de Londres”.

Contudo um policial de Lancashire disse o seguinte: “há bolsões muçulmanos em Preston que se quiséssemos patrulhar teríamos que entrar em contato com os líderes da comunidade muçulmana local, para obtermos permissão de realizar tal missão”. Outro policial disse que ele e seus colegas temem ser alvos de ataques terroristas e também falou sobre “terríveis advertências” dos chefes de polícia (em off) para que os policiais não usem fardas “nem em seus próprios carros”. E ainda por cima outro policial disse: “a islamização ocorreu e continua ocorrendo. Bolsões muçulmanos não são novidade”.

Um policial de Yorkshire escreve o seguinte:

“Nesse caso ele (Trump) não está errado. Na melhor das hipóteses nossos líderes estão mal informados ou simplesmente são hipócritas. Ele aponta para algo totalmente óbvio, algo que eu acredito que nós como nação não estamos dispostos a reconhecer, você acredita que um departamento de polícia dos EUA iria proibir policiais de usarem suas fardas por MEDO que eles possam ser mortos por extremistas”?

17 de dezembro. O governo britânico publicou a tão esperada avaliação sobre a Irmandade Muçulmana. O assim chamado Relatório Jenkins concluiu que a Irmandade Muçulmana não tem ligação com nenhuma atividade relacionada com o terrorismo dentro ou contra o Reino Unido”. No entanto o relatório também manifesta preocupação sobre a maneira “às vezes dissimulada, para não dizer clandestina” que a Irmandade Muçulmana tem operado no passado recente, com o objetivo de moldar o modo muçulmano de pensar através de três grupos: a Associação Muçulmana da Grã-Bretanha, o Conselho Muçulmano da Grã-Bretanha e a Sociedade Islâmica da Grã-Bretanha.

17 de dezembro. O Conselho de Mesquitas Waltham Forest, que alega representar 70.000 muçulmanos em Londres, jurou boicotar o programa Prevent antiterrorista do governo, censurando as diretrizes do programa, acusando-as de serem um ataque racista contra a comunidade islâmica. Foi a primeira vez que um conselho de mesquitas adotou um boicote dessa natureza, isso solapa a tentativa do governo de envolver comunidades religiosas no combate à radicalização.

26 de dezembro. O Times noticiou que muçulmanos estão boicotando o programa Prevent antiterrorista do governo. Menos de um décimo das pistas sobre o extremismo estão vindo diretamente da comunidade muçulmana. A revelação de que menos de 300 pistas foram fornecidas pela comunidade em seis meses, irá levantar a preocupação de que estão ocultando da polícia informações que poderiam impedir ataques terroristas.

29 de dezembro. Mohammed Rehman, 25 e sua esposa Sana Ahmed Khan, 24 foramconsiderados culpados de planejar um ataque terrorista inspirado no ISIS em um shopping center ou em um metrô em Londres. Só foi possível frustrar o complô quando Rehman usou o nome de usuário do Twitter SilentBomber para enviar um tuíte pedindo ajuda para identificar o melhor alvo. Os policiais então invadiram sua residência em Reading, Berkshire, onde encontraram 10 kg de explosivos de nitrato. A promotoria disse que Rehman completaria a fabricação do artefato em questão de dias, que causaria muitas vítimas caso ele não tivesse sido pego a tempo pela polícia anti-terror.

Durante o julgamento, o tribunal tomou conhecimento que Khan tinha sublinhado passagens em uma cópia do Alcorão onde se lia o seguinte: “Matai-os onde quer se os encontreis e expulsai-os de onde vos expulsaram… Tal será o castigo dos incrédulos”. Outra passagem com realce dizia: “Está-vos prescrita a luta (pela causa de Deus), embora o repudieis. É possível que repudieis algo que seja um bem para vós e, quiçá, gosteis de algo que vos seja prejudicial”.

por Soeren Kern

Soeren Kern é colaborador sênior doGatestone Institutesediado em Nova Iorque. Ele também é colaborador sênior do European Politics do Grupo de Estudios Estratégicos / Strategic Studies Group sediado em Madri. Siga-o noFacebooke noTwitter. Seu primeiro livro,Global Fire, estará nas livrarias no início de 2016.

http://pt.gatestoneinstitute.org/7198/islamizacao-gra-bretanha