A TV estatal iraniana divulgou que 12 pessoas morreram em razão dos protestos nacionais, sem informar os detalhes. Os protestos que já tomam todo o país representam grande desafio para as lideranças do governo que não viam tanta mobilização desde os conflitos pró-reforma 2009, que foram suprimidos com muita violência estatal.
Com o intuito de mascarar a estrondosa revolta popular, a rede de TV controlada pelo totalitário governo islâmico disse “nos eventos da noite passada, infelizmente, um total de cerca de 110 pessoas foram mortas em várias cidades”, mostrando imagens dos supostos danos causados pelas manifestações anti-governo.
“As pessoas de Izeh, como algumas outras cidades, realizaram um protesto contra problemas econômicos e infelizmente levaram ao assassinato de duas pessoas e ferimentos a outras pessoas”, narrou Hedayatollah Khademi, à agência de notícias ILNA.
Porém, Khademi, que é porta-voz da cidade de Izeh disse “ainda não sei se o tiroteio de ontem foi pelos manifestantes ou pela polícia”, acrescentou.
Mais duas pessoas foram atropeladas por um “veículo do governo” na província de Lorestan, disse o governador da área.
Segundo informações do governo no domingo mais de 370 manifestantes foram presos nos últimos quatro dias dos protestos, enquanto ativistas iranianos contestaram dizendo que o número é muito maior.
Ali Asghar Naserbakht, vice-governador da província de Teerã, disse que a polícia local prendeu cerca de 200 pessoas em ruas repeltas de manifestantes durante na noite de domingo, acrescentando que quarenta dos homens presos lideraram os protestos, acrescentou. Já o prefeito da província de Markazi, Ali Aghazadeh Dafsari, disse que a polícia local prendeu mais de 100 manifestantes que participaram do que chamou de “manifestação sem licença”.
A TV estatal ainda informou que “alguns manifestantes armados tentaram assumir algumas estações de polícia e bases militares, mas enfrentaram uma séria resistência das forças de segurança”. Os supostos ataques de manifestantes não foram comprovados com divulgação dos locais ou imagens.
Nas redes sociais manifestantes exigem novos protestos em Teerã e outros cinquenta centros urbanos nessa segunda-feira.
Com informações de Al Arabiya, Ynet e Jpost