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Massacre em Suzano: a impunidade também pode gerar vítimas

Por Andréa Fernandes

O Poder Judiciário em São Paulo determinou na noite de segunda-feira(19), a internação de um adolescente de 17 anos por suspeita de participação no planejamento do denominado “massacre em Suzano”, que resultou na morte de sete alunos e duas funcionárias na Escola Estadual Raul Brasil, além do empresário Jorge Antonio de Moraes, tio de um dos assassinos, Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos. Segundo a determinação judicial, a internação deve ser cumprida no prazo de 45 dias na Fundação Casa.

O suspeito foi apreendido pela polícia na manhã desta terça-feira(19), em sua residência e após ser levado ao IML de Suzano seguiu junto com a genitora para o Fórum da cidade a fim de comparecer a audiência de apresentação.

O adolescente já havia se pronunciado na sexta-feira(15), em oitiva com o Ministério Público no Fórum regional negando a participação no crime, e naquela oportunidade, o promotor Rafael Ribeiro do Val não teria encontrado indícios suficientes para provar a participação no planejamento do crime, de forma que decidiu não apresentar denúncia, deixando de  atender o pedido de internação feito pela autoridade policial, o que teve como consequência a liberação do suspeito. Ocorre que, na segunda-feira (18), novas provas coletadas foram examinadas pelo Ministério Público e polícia em reunião na qual os investigadores apresentaram depoimentos e aparelhos eletrônicos apreendidos na casa do adolescente com diálogos entre o mesmo e os outros responsáveis pelo massacre que “supostamente” teriam se matado após a efetivação da barbárie.  Com isso, a Polícia Civil  reforçou a tese de participação do suspeito na fase de preparação.

A juíza Erica Marcelina Cruz, da Vara da Infância e da Juventude, deve despachar no processo a fim de esclarecer se mantém a decisão de internar o suspeito, determinando a unidade da Fundação Casa onde deve ficar apreendido no prazo de 45 dias, ou se revoga a internação.

O suspeito apreendido é ex-aluno da escola Raul Brasil e estudou na sala de Guilherme Taucci Monteiro, apontado pela polícia como líder da ação criminosa.

Todavia, há um pormenor que a “mídia progressista” e “ativistas dos direitos dos manos” mantêm distante da opinião pública: o Artigo 108, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), prevê 45 dias como prazo máximo de uma internação provisória para um menor de 18 anos, sendo considerado constrangimento ilegal” pela jurisprudência qualquer tentativa de prorrogação. Após o referido período, não tendo a investigação findado, o suspeito de planejar o massacre deve ser solto

Assim, mais uma vez a lei mostra inequivocamente beneficiar “jovens infratores” permitindo que suspeitos de crimes odiosos e que representam alto grau de periculosidade tenham “liberdade garantida” para reinserção ao convício social, apesar dos “indícios  suficientes de autoria e materialidade”, que paradoxalmente deixam de “demonstrar a necessidade imperiosa da medida de internação” para proteger possíveis vítimas de um novo massacre.

Interessante que hoje, li em artigo da “colunista-militante” do ‘O Globo‘, Ana Maria Machado, a repetição de uma teoria de alguns antropólogos ao afirmar que, “a barbárie e selvageria crescentes da violência urbana em todas as suas formas têm traço que nos marca desde a colonização e a escravidão — o da força bruta contra o fraco e desprotegido“.

Afirma, ainda a “jornalista-militante”:

“Mesmo querendo resgatar mártires e heróis esquecidos, cumpre reconhecer que, historicamente, nossa violência não se caracterizou pela resistência inteligente e organizada, como a dos vietcongues contra os invasores. Em geral, ao dar vazão à revolta, nossa valentia prefere esperar pela vítima indefesa.”

Todavia, “dona Machado” e os demais ativistas “aplaudem” o ECA quando permite que suspeitos de crimes caliginosos tenham a possibilidade de gozar soltura, ainda que o fato represente um grave risco para a sociedade. O “desconchavo intelectual” da jornalista não possibilita que entenda que ao defender a manutenção da maioridade penal e demais “generosidades” para menores que cometem crimes bárbaros, configura-se a  pusilanimidade típica da esquerda, que autoriza esses criminosos a atacarem impunemente as “vítimas indefesas”, nesse caso, a própria sociedade desprotegida. Verdade é que “valentia desarmada” só existe na cabeça de progressista!

Essa seria a “resistência inteligente e organizada” defendida pela hipocrisia do “jornalismo ideologizado”: libertar um “menor sem nome” com indícios de participação no crime suficientes “apenas” para 45 dias de “internação” visando não promover “constrangimento ilegal” do “coitado” e aprisionar no “medo impessoal” um grande número de pessoas, que mal podem se proteger porque “indivíduos perigosos” têm o “direito” de não ser identificados pelos meio de comunicação, quando menores de 18 anos.

Em contrapartida, os “cadáveres” de todos os adolescentes e funcionárias mortos no massacre – investigado pelo MP como “eventual prática de terrorismo doméstico” – foram devidamente “identificados” e “numerados” para indicar os índices de homicídio no Brasil, cujo único “cadáver insepulto” pela mídia, ONU e “ativistas do bem” é  “Marielle Franco“.  Todas as demais vítimas fatais da violência gestada pela ausência total de segurança pública que caraterizou os governos pretéritos são apenas “números desprezíveis”, à exceção de alguns “mortos” que servem para a “agenda do progressismo seletivo”: negros da periferia, membros da comunidade LGBT e mulheres que sofrem violência doméstica. Aliás, o motorista de Marielle, Anderson Gomes, também foi desprezado pela militância cultural e midiática, não tendo uma “alegoria” sequer na “compreensível homenagem” que o “crime organizado” fez à vereadora no desfile da escola de samba Mangueira, campeã do carnaval do Rio. Estranhamente, ninguém na extrema-imprensa acusou a escola de samba de “discriminação cadavérica” por ignorar o “subalterno branco” morto na mesma ação criminosa que vitimou a “vereadora negra” do PSOL. A cor da pele realmente “fala muito alto” num “país racista”, não é verdade?

Inobstante a doutrinação do crime organizado em apreço à luta de “Marielle ausente“, aprendo na “escola da Mangueira socialista” que “resistência inteligente” é  ofender o presidente Bolsonaro com palavras de baixo calão durante a festa pela vitória na quadra um pouco sem graça pela ausência do seu presidente Francisco Manoel de Carvalho, o conhecido deputado “Chiquinho da Mangueira” (PSC/RJ), que cumpre prisão  domiciliar. Ademais, “resistência organizada” é garantir o “samba do crime” levantando o “estandarte da Marielle” na “passarela da hipocrisia”, bem como rechaçar a redução da maioridade penal a fim de garantir que a “escola dos menores abutres da fiel” continue encantando a esquerda com seu  “espetáculo mortal” no “carnaval da impunidade”. Infelizmente, nesse “quesito” do “grupo especial da contra-resistência” para salvaguardar o direito à paz social, a “escola dos conservadores indignados” está ameaçada de sofrer “rebaixamento”. Lembro, no entanto, que no temível  “enredo” da segurança pública, “todo cuidado é pouco”! 

Após terminar o artigo, descubro que a polícia afirma que o adolescente apreendido é o mentor intelectual do massacre em Suzano. O delegado se espantou com a frieza do “menor” que será “aquecido pelas asas acolhedoras” do ECA. O “perigo” continua sendo “fiel companheiro” de muitas crianças e adolescentes em São Paulo graças ao “progressismo suicida” que contamina nossas leis.

Andréa Fernandes é jornalista, advogada, internacionalista e presidente da ONG Ecoando a Voz dos Mártires.

Imagem Metro 1

Massacre dos Romanov & a Cartilha Ideológica em ação

Por Elvis Macedo

Vladimir Lenin – líder dos Bolcheviques, mentor e coordenador da Revolução Russa – há exatos 100 anos encabeçou em Moscou o movimento que, mancomunados com os bolcheviques de Ecaterimburgo, culminou com o massacre da Família Imperial Romanov e serviçais da casa.

A ordem fora enviada de Moscou, por meio de um telegrama codificado. Missão dada é missão cumprida. A ordem foi acatada e executada nos Urais, onde os Romanov e os serviçais estavam encarcerados há 17 meses.

Os que sobreviveram aos tiros, foram assassinados com o uso de baionetas. Depois do massacre, para eliminar quaisquer possibilidades de identificação, os bolcheviques, utilizando-se de ácido, desfiguraram os cadáveres.

Yakov Yurovsky -réu confesso dos tiros que matou o Czar Nicolau II, foi para Moscou e entregou as joias que pertenciam à Família Romanov. Foi recebido com louvor, honrado e homenageado. Recebeu cargos importantíssimos no governo dos Bolcheviques. Tratamento semelhante fora dispensado a Ramón Mercader, assassino de Trotsky enviado por Stalin. Depois de cumprir 20 anos de prisão foi para Moscou, foi recebido como um herói e recebeu todas honrarias e condecorações dentre os comunistas, recebera de Fidel Castro uma casa em Havana e todo tipo de privilégio ao herói comunista.

Das muitas hipocrisias de Vladimir Lenin, talvez, a mais destacada é: cometer crueldades e erros ainda piores contra os quais lutou.

Ontem, na TV Cultura, às vésperas de completar 100 anos do massacre da Família Romanov, foi exibido o telejornal e, como todas as noites, é comum diversas pautas que são discutidas, quase sempre, com a participação de 2 convidados. Antes de finalizar o telejornal, foi ao ar uma reportagem falando sobre a tragédia que sofrera a Família Romanov, numa das entrevistas foi possível ouvir Peter Sarandinaki, neto de uma sobrevivente e bem afeiçoado à tragédia.

Declaração de Peter S. foi: “…gostaria de dar à família um enterro honroso e digno que eles merecem“.

É aí que entra em cena o Vladimir, não o Lenin, mas o Safatle. Numa indignação que não conseguiu mascarar sua militância e seu ativismo, Vladimir Safatle disparou seu ódio contra a Família Romanov:
Eu acho surreal esse tipo de reportagem, na verdade, a tragédia não era dos Romanov, a tragédia eram os Romanov!…” (sic)

Vladimir Safatle é ativista político, colunista do jornal Folha de São Paulo, professor e filósofo.
Das muitas hipocrisias de Vladimir Safatle, talvez, a mais destacada é: ensina-nos a sermos afetuosos e termos compaixão para com os injustiçados, mas despreza cretinamente o massacre das crianças Romanov.

O primeiro Vladimir, o Lenin, favoreceu e lutou pelas minorias e por meio delas alcançou o poder. Depois que alcançou o poder ostentou as mais “execráveis” e “abomináveis” regalias às quais sempre se opôs: aumentou descaradamente o salário dos que estavam em eminência dentro do partido, praticou nepotismo, serviu-se dos bens dos Romanov, bem como limousine, propriedades, etc.

O segundo Vladimir, o Safatle, articulista impetuoso e com veemência produz suas críticas às injustiças, mas não a todo tipo de injustiça. Ao tecer suas críticas contra os regimes totalitários, os ditadores são muito bem expostos e os males consequentes de suas tiranias são chamados um a um pelo nome, mas, em específico, suas críticas vão de encontro aos ditadores Mussolini, Hitler, Franco, Salazar, Pinochet e a ditadura militar no Brasil; porém, suas críticas, quando direcionadas a Lenin, Stalin, Mao e Fidel passam a ter um sabor de elogio, pois com tamanho eufemismo e boa retórica alivia o peso dos fatos; a dor dos acontecimentos sobre os que foram oprimidos são apenas um momento importante da história, um ciclo de guerra ou, como recentemente declarou: “uma tentativa que não deu certo, mas nem por isso pode ser considerada como errada“.

Levanta seu discurso em favor dos “sem voz” e “sem vez”, ou seja, as minorias; ensina-nos sobre a importância da dinâmica dos afetos, sobre o dever de não portarmos sentimentos danosos ao meio social, ensina-nos a termos compaixão pelos que estão em injusta e desfavorecida posição, mas pisoteou, ontem, em seu discurso não demonstrando a mínima compaixão às minorias que sofreram o injusto martírio.

 

Imagem Rainhas Trágicas

ONU: Forças sírias mataram 82 civis em suas casas em Aleppo

Mais de cem crianças desacompanhadas estão presas em prédio sob ataque, diz Unicef

ALEPPO — As forças governamentais sírias estão entrando em casas de civis no Leste de Aleppo e matando moradores, informou a ONU nesta terça-feira, citando relatos de fontes locais. O Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas disse ter provas confiáveis de que 82 civis foram mortos a tiros em quatro áreas da cidade. No momento em que os combates chegam ao fim, ONU e Cruz Vermelha apelam para que os civis sejam protegidos.

Além disso, o Unicef alertou que cerca de cem crianças desacompanhadas estão presas em um prédio sob pesado ataque.

— De acordo com relatos alarmantes de um médico na cidade, muitas crianças, possivelmente mais de cem, desacompanhadas ou separadas de suas famílias, estão presas em um prédio no leste de Aleppo — informou o diretor regional do Unicef Geert Cappelaere.

Enquanto isso, o porta-voz Rupert Colville relatou o avanço das tropas e os relatos de execuções. Segundo Colville, entre os mortos estão 11 mulheres e 13 crianças. Para ele, parece ter havido um “colapso completo da Humanidade em Aleppo”

— Ontem à noite (segunda-feira), recebemos novos relatos profundamente perturbadores de numerosos corpos estendidos nas ruas — afirmou Colville, do Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas. — Os moradores não foram capazes de recuperá-los, devido ao bombardeio intenso e a seu medo de ser baleado.

Depois de quatro anos ocupando a área Leste da cidade, os rebeldes estão à beira da derrota. De acordo com uma fonte militar síria, o Exército e aliados tomaram controle total de distritos abandonados pelos insurgentes durante a retirada de Aleppo.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) advertiu que os civis não tinham nenhum lugar seguro para ir. Por sua vez, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, manifestou-se “alarmado pelos relatos de atrocidades contra um grande número de civis”.

CONFRONTOS DEIXAM RASTRO DE DESTRUIÇÃO EM ALEPPO

  • Sírios deixam suas casas em bairro controlado por rebeldes durante operação do regime para retomar áreas insurgentes em AleppoFoto: STRINGER / AFP

  • Combatente pró-governo carrega nos braços uma mulher que foi ferida enquanto tentava fugir com a sua família dos combates em AleppoFoto: GEORGE OURFALIAN / AFP

  • Prédios ficaram destruídos no distrito de Sheikh Saeed, em Aleppo, após retomada pelas forças do regime do presidente sírio, Bashar al-AssadFoto: GEORGE OURFALIAN / AFP

  • Sírios fogem com seus pertences dos combates em Aleppo; batalha entre insurgentes e governo está em fase final após avanços em série do governo pelo territórioFoto: STRINGER / AFP

  • Soldados sírios fazem patrulha em bairro que era controlado por insurgentes; ofensiva do governo provocou fuga em massa de civisFoto: GEORGE OURFALIAN / AFP

  • Combatentes do Exército Livre da Síria disparam arma contra aviões militares no bairro de Mashhad, em AleppoFoto: STRINGER / AFP

  • Fumaça surge em área controlada por insurgentes durante intensos combates em Aleppo, epicentro da guerra civil síriaFoto: ABDALRHMAN ISMAIL / REUTERS

  • Soldados pró-governo se sentam perto de destroços de prédios após retomada do distrito de Sheikh SaeedFoto: STRINGER / AFP

A recaptura de toda a área rebelde de Aleppo constitui a maior vitória em campo de batalha até o momento para o presidente sírio, Bashar al-Assad, e sua coalizão militar de tropas sírias, Força Aérea russa, Irã e milícias xiitas.

A derrota deixa os rebeldes sem presença significativa em quaisquer das principais cidades da Síria. Eles ainda mantêm parte de áreas no campo de Aleppo e a província de Idlib.

Após dias de intensos bombardeios em áreas tomadas por rebeldes, o número de ataques aéreos e bombardeios caiu consideravelmente na noite de segunda-feira, disse um repórter da Reuters na cidade.

No entanto, uso de foguetes continuou em áreas tomadas por rebeldes, relatou o Observatório Sírio para Direitos Humanos. Rebeldes e forças do governo ainda lutam em pontos ao redor do enclave reduzido, relatou o grupo monitoramento com sede em Londres.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/onu-forcas-sirias-mataram-82-civis-em-suas-casas-em-aleppo-20637167#ixzz4SljQXVZt

Macaco arranca véu de menina numa tribo muçulmana líbia e gera conflito com 16 mortos e 50 feridos

Quatro dias de confrontos entre milícias tribais rivais na cidade líbia de Sabha deixaram pelo menos 16 pessoas mortas e 50 feridos. A violência teria sido desencadeada por um macaco que arrancou o véu de uma menina.
O macaco, que pertencia a um comerciante da tribo Gaddadfa, tirou a vestimenta de uma estudante da tribo Awlad Suleiman que estava passando com um grupo de outras meninas, informou a Reuters, citando moradores locais.

Os combatentes Awlad Suleiman retaliaram em resposta, matando três membros da tribo Gaddadfa juntamente com o macaco em uma onda de violência envolvendo armas pesadas.

“Houve uma escalada no segundo e terceiro dias com o uso de tanques, morteiros e outras armas pesadas”, disse um morador local à agência por telefone, acrescentando que “ainda há confrontos esporádicos e a vida é completamente fechada nas áreas onde têm havido lutas “.

Sabha está localizado em uma parte tribal do sul da Líbia. Como outras partes do país, o local continua atormentado pela violência entre facções rivais. A região é também um importante centro para o contrabando de armas, tráfico de refugiados e outras atividades ilegais. Os Gaddadfas e os Awlad Suleiman são as duas facções mais poderosas na região de Sabha.

No domingo, o Centro Médico Sabha recebeu os corpos de 16 pessoas mortas nos confrontos, bem como cerca de 50 feridos, disse um porta-voz da instalação.

“Há mulheres e crianças entre os feridos e alguns estrangeiros de países da África subsaariana entre os mortos devido a bombardeios indiscriminados”, disse ele.

Depois de ser um dos países mais ricos do norte da África, a Líbia mergulhou no caos depois que uma revolta apoiada pela OTAN derrubou o poderoso Muammar Gaddafi em 2011. O país é agora um importante centro de contrabandistas humanos que transportam refugiados de toda a região para a Europa.

https://www.rt.com/news/367580-monkey-headscarf-clashes-libya/

Exército nigeriano é acusado de massacre de civis xiitas

Episódio teria acontecido durante manifestação que supostamente atacou general.

ABUJA – O Senado nigeriano abriu um inquérito para investigar denúncias de um massacre contra civis xiitas em Zaria, no Norte do país. Segundo grupos muçulmanos, de direitos humanos e independentes, soldados teriam matado a sangue frio cidadãos sem confronto e enterrado seus corpos em valas comuns. O Exército anunciou uma investigação própria.

Segundo as Forças Armadas, o confronto começou quando um grupo teria atacado um general durante uma manifestação na cidade. Em resposta, invadiram a casa do chefe de um grupo islâmico, num suposto confronto que “deixou mortos”, admitiu o Exército.

O episódio foi tão violento que chegou a destruir casas no entorno. Não se sabe o número dos mortos nos ataques, condenados internacionalmente.

— Não há dúvida de que hhouve perda de vida substancial por conta dos militares. Mortes extrajudiciais devem levar os responsáveis à Justiça — disse MK Ibrahim, diretor local da Anistia Internacional.

O presiden iraniano, Hassan Rouhani, questionou seu par nigeriano, Muhammadu Buhari, por telefone. O país persa apoia a comunidade xiita e chegou a chamar seu embaixador para consultas.

O Exército nigeriano é frequentemente acusado de violações de direitos humanos e crimes de guerra, como estupro e destruição de casas. O contexto das operações se dá através dos ataques do Boko haram, radical sunita.

http://oglobo.globo.com/mundo/exercito-nigeriano-acusado-de-massacre-de-civis-xiitas-18314943

Shopping de Nairóbi, no Quênia, reabre dois anos após massacre

Centro comercial Westgate sofreu ataque que matou 67 pessoas em 2013.
Ação foi executada por islamitas somalis shebabs.

O centro comercial Westgate de Nairóbi, capital do Quênia, reabriu neste sábado (18), quase dois anos após um ataque dos islamitas somalis shebabs que matou 67 pessoas durante quatro dias de cerco.

O luxuoso complexo, frequentado pela classe média e expatriados, sofreu importantes danos no ataque realizado em setembro de 2013 pelos insurgentes filiados à Al-Qaeda.

Depois de uma curta cerimônia de abertura, na presença do governador de Nairóbi Evans Kidero, cerca de 50 clientes fizeram fila para serem os primeiros a entrar no edifício, cuja entrada ganhou um detector de metais.

“Estamos impacientes porque (…) a gente pode mostrar ao mundo que o terrorismo não pode nos colocar para baixo”, declarou Ben Mulla, de 34 anos, ferido no ataque.

“Eu tinha ido para um almoço de negócios. O tiroteio foi intenso, escondi-me atrás de algumas plantas. Vi quatro terroristas (…) Dispararam contra mim e uma bala ricocheteou na parede e atingiu minha perna. Eles mataram um guarda na minha frente”, relatou.

“Eles eram jovens. Não tinham emoções. Pareciam desfrutar o que estavam fazendo. Eu nunca vou esquecer os seus rostos, nunca”, acrescentou.

O Shebab reivindicou a responsabilidade pelo massacre e disse que atacou o shopping em retaliação pelo envolvimento militar do Quênia na vizinha Somália, mergulhada no caos há duas décadas.

As tropas quenianas fazem parte da AMISOM, uma força militar da União Africana que apoia o governo de Mogadíscio contra os insurgentes.

Desde o Westgate, os shebabs cometeram mais ataques no Quênia. Em abril, realizaram mais um massacre sangrento na Universidade de Garisa (nordeste), que deixou 148 mortos, em sua maioria estudantes.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/07/shopping-de-nairobi-no-quenia-reabre-dois-anos-apos-massacre.html

Ataque da coalizão saudita no Iêmen provoca um massacre em mercado

Pelo menos 33 civis morreram e outros 67 ficaram feridos na madrugada de sábado para domingo em Harez (noroeste do Iêmen), num ataque aéreo da coalizão liderada pela Arábia Saudita sobre a província de Amran, um dos bastiões dos rebeldes houthis (movimento xiita). Os projéteis atingiram um mercado. Em Áden, no sul do país, os combates entre os houthis e as forças que apoiam o governo se intensificaram. No total, cerca de 100 pessoas morreram na segunda-feira nesta série de ataques.

No necrotério do hospital público de Hajjah —o único em funcionamento na região—, situado a três horas de carro de Harez, já não cabem mais corpos. Foi preciso comprar 10 refrigeradores de sorvete para conservar os cadáveres. Rostos de jovens, mulheres e idosos envoltos em mantas esperam empilhados nas câmaras até serem enterrados.

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“Eu estava no mercado quando de repente caiu a primeira bomba. Logo vieram outras duas. O local estava repleto de corpos. Um massacre”, relata Abdalá Ali, de 15 anos, um dos sobreviventes. Na noite de sábado, o ataque dos caças da coalizão liderada pela Arábia Saudita atingiu um mercado, um posto de gasolina e várias ruas do povoado de Harez, próximo à fronteira saudita. Os feridos continuam amontoados nos quartos conjugados e nos pátios do hospital público Jumhuriya de Hajjah.

“Depois do iftar [ruptura do jejum], todo mundo vai ao mercado, onde estão os restaurantes e as lojas dokhat [erva popular consumida no Iêmen]. Ali mascamos a erva e ficamos um tempo”, diz Ali. Com 11 médicos e uma centena de camas, o hospital público Jumhuriya é o único que permanece de pé num raio de 10 províncias. Uma carência que não pode ser permitida na região, uma das mais castigadas pelos bombardeios da coalizão. Como outras do norte, Amran é um dos bastiões dos rebeldes do movimento xiita. “Abastecemos 50% da província de Hajjah. Ou seja: somos o único hospital disponível para um milhão de pessoas”, explica Ali Nasser, diretor da instituição.

Vítimas do embargo, os habitantes recebem cada vez menos medicamentos e dependem dos pequenos estoques fornecidos pelo Ministério da Saúde. A falta de material médico e de combustível, também em virtude do embargo, impede que vidas sejam salvas a tempo. Três feridos de nacionalidade etíope morreram na ambulância.

Na região que faz fronteira ao norte com a Arábia Saudita, as cidades estão ficando vazias. Os habitantes vão lotando, aos poucos, os povoados do sul. Nasser diz que Hajjah, de 80.000 habitantes, recebeu 23.000 refugiados. Rebeldes houthis armados vigiam as estradas que levam à cidade. E também as suas ruas. “Os bombardeios são diários e indiscriminados”, afirma o cirurgião Issam Al Qaraula, que não esconde o seu desprezo pelo país vizinho, líder de uma coalizão formada por outros oito países —Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Bahrein, Catar, Sudão, Egito, Jordânia e Marrocos, além do apoio logístico dos Estados Unidos— para combater o movimento xiita.

Os iemenitas têm pouca esperança de que darão resultado as tentativas de mediação da ONU para uma trégua humanitária. Em Áden, uma das principais cidades do país, os combates continuam. Um bombardeio da coalizão atingiu posições rebeldes e matou oito; seis civis também morreram nos ataques, segundo afirmou uma autoridade da província à agência France Presse. A capital, Sana, viveu no fim de semana duas das noites mais intensas de bombardeios desde que estes começaram, em 26 de março.

Os iemenitas vivem presos e cada vez mais vulneráveis pelasmúltiplas guerras empreendidas pelos rebeldes houthis, a coalizão, a Al Qaeda, as tribos sunitas do centro do país e o Exército do Iêmen. A destruição das bombas tem exacerbado a ira dos civis contra seus vizinhos sauditas. Nas ruas de Sana, um grupo de crianças lançava rojões para o céu. “Este é para os sauditas!”, gritavam várias delas.

http://brasil.elpais.com/brasil/2015/07/05/internacional/1436126786_214879.html

Adolescente britânica que se juntou ao EI zomba de massacre na Tunísia

LONDRES — Uma adolescente britânica que fugiu do Reino Unido para se juntar ao Estado Islâmico (EI) na Síria zombou das vítimas do massacre na Tunísia.

Amira Abase, que tinha 15 anos quando viajou para a Síria em fevereiro com mais duas meninas, escreveu em uma mensagem “loooool”, que significa laughing out loud (rir em voz alta), quando foi informada sobre o ataque terrorista por um repórter disfarçado.

O jornalista do “Daily Mail” se fez passar por uma adolescente buscando informações para viajar à Síria a partir de Londres para se juntar ao grupo terrorista.

Amira revelou seu papel como uma recrutadora do EI, dando conselho ao repórter de como viajar para a Síria, como esconder o plano de seus pais no Reino Unido e quais são as condições para se tornar mulher de um jihadista.

Eles conversaram através das redes sociais Twitter e Kik:

“Sis (Serviço Secreto de Inteligência) está ficando louco aqui. Eles fizeram um minuto de silêncio por causa da Tunísia. Tudo que se fala é sobre a bomba”, disse o repórter a Amira, ao que ela respondeu: “Loooool”.

Quando Amira foi informada que o atirador tunisiano havia matado 30 turistas britânicos, ela respondeu:

“Uau. Isso é um monte”, disse a adolescente, acrescentando outro loool à informação de que alguns líderes muçulmanos haviam condenando o ataque.

http://extra.globo.com/noticias/mundo/adolescente-britanica-que-se-juntou-ao-ei-zomba-de-massacre-na-tunisia-16673807.html

Estado Islâmico assassina 9 crianças em Palmyra, na Síria

Os muçulmanos na cidade síria de Palmyra, todos membros do ISIS, levaram nove crianças e mataram todas elas. As nove crianças estavam entre vinte e três outros cativos que foram assassinados, e dez deles foram decapitados ritualmente. De acordo com um relatório:

Extremistas do Estado Islâmico no Iraque e na Síria (ISIS) executou pelo menos 23 civis na sexta-feira à medida que avançavam em direção a antiga metrópole no deserto da sírio de Palmyra, disse um grupo de acompanhamento.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos disse que nove crianças estavam entre os 23 mortos a tiros por militantes do ISIS perto do local do patrimônio mundial da UNESCO.

“O grupo Estado Islâmico executou o a tiros 23 civis, incluindo nove crianças, na aldeia de Amiriyeh, norte de Tadmor,” disse à AFP o chefe do Observatório Rami Abdel Rahman.

Palmyra, que significa cidade de Palmas, é conhecida em árabe como Tadmor, ou Cidade de datas.

Abdel Rahman disse que os membros da família de funcionários do governo estavam entre os mortos.

http://shoebat.com/2015/05/16/muslims-take-nine-innocent-children-and-slaughter-all-of-them/

Drusos fazem apelo por ajuda após Al Qaeda matar 20 membros da minoria na Síria

Combatentes do braço sírio da Al Qaeda, a Frente Nusra, mataram ao menos 20 moradores de um vilarejo druso, aumentando os temores com relação a uma das minorias sírias, à medida que insurgentes islâmicos ganham terreno contra o presidente Bashar al-Assad.

Drusos no Líbano e em Israel fizeram apelos separados para que seus similares na Síria sejam armados para se defender de grupos como a Frente Nusra e o mais poderoso Estado Islâmico, que têm perseguido tanto minorias como os próprios sunitas na região.

A religião drusa, relacionada ao Islã, Cristianismo e Judaísmo, é praticada por cerca de 1,5 milhão de pessoas, a maioria na Síria, Líbano e Israel. Eles são vistos como hereges pela escola puritana do islamismo sunita representada pela Al Qaeda e pelo Estado Islâmico, e as tentativas de avanço sobre áreas drusas no sul da Síria têm aumentado as preocupações da minoria.

As mortes no noroeste da Síria ocorreram no vilarejo de Qalb Loze, na província de Idlib, onde a Frente Nusra faz parte de uma aliança insurgente que tomou grandes áreas do controle do governo desde março.

Elas ocorreram como resultado de um confronto que começou quando membros da Frente Nusra tentaram tomar a casa de um morador que lutou ao lado de forças do governo, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

Entre os mortos estão idosos e ao menos uma criança, de acordo com o Observatório, que tem sede na Grã-Bretanha. Um membro da Frente Nusra também foi morto depois que moradores do vilarejo conseguiram tomar a arma de um combatente.

A agência estatal de notícias síria Sana descreveu as mortes como um massacre.

(Por Tom Perry e Suleiman Al-Khalidi)

http://noticias.terra.com.br/mundo/oriente-medio/drusos-fazem-apelo-por-ajuda-apos-al-qaeda-matar-20-membros-da-minoria-na-siria,a2c9edf102d345d96296132ff3c0ab71s7ojRCRD.html