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Ataque talibã no aeroporto de Kandahar deixa 22 militares mortos

Nove rebeldes morreram e família é mantida como refém

KANDAHAR – Ao menos 22 militares e nove combatentes talibãs foram mortos em um ataque no complexo do aeroporte de Kandahar, no sul do Afeganistão, informaram autoridades.

As forças do Talibã atacaram na noite de terça-feira prédios que abriram funcionários do governo e bases militares do aeroporto, que são usadas por militares do Afeganistão, dos Estados Unidos e da Otan.

Os rebeldes talibãs invadiram um prédio e mantêm os membros da família de um militar como reféns. Autoridades militares disseram que forças especiais do Afeganistão se deslocaram para o local para retomar o aeroporto.

O ataque acontece enquanto líderes regionais estão reunidos no vizinho Paquistão para discutir o conflito afegão.

Autoridades disseram à Al Jazeera que os combatentes talibã se usaram fuzis AK-47 e usaram uniformes militares durante o ataque, que durou várias horas.

Casas de oficiais do Exército afegão sofreram ataques e empresas nas proximidades foram incendiadas.

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Obama anuncia envio de 300 militares a Camarões

Tropas dos EUA trabalharão contra os islamitas do grupo Boko Haram.
Militares farão operações de inteligência, vigilância e reconhecimento.

O presidente Barack Obama anunciou nesta quarta-feira (14) o envio em breve de 300 militares ao Camarões para operações de inteligência, vigilância e reconhecimento na região, alvo de ataques constantes dos islamitas do grupo Boko Haram.

Em um e-mail enviado aos líderes das duas câmaras do Congresso, e divulgado pela Casa Branca, Obama assinala que 90 militares começara a ser mobilizados a partir de segunda-feira.

Segundo a fonte, o número de efetivos será de cerca de 300 miitares.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/10/obama-anuncia-envio-de-300-militares-a-camaroes.html

Atentado suicida deixa militares mortos e feridos na Líbia

Um suicida bateu um carro cheio de explosivos contra um grupo de soldados líbios no centro de Benghazi nesta terça-feira (28), matando três e ferindo 11 militares, de acordo com um médico e uma fonte militar.

Ataques suicidas se tornaram frequentes na cidade portuária, onde forças leais ao governo internacionalmente reconhecido do país enfrenta militantes islâmicos.

O carro-bomba tinha como alvo um grupo de soldados durante um confronto em uma rua próxima ao porto da cidade e base naval, onde forças pró-governo e brigadas islâmicas lutam quase diariamente.

Forças leais ao governo internacionalmente reconhecido da Líbia estão em confronto com grupos islâmicos na segunda maior cidade do país desde o ano passado, parte de uma tentativa maior desde que Muammar Gaffadi foi tirado do poder e morto em 2011.

Forças do Exército apoiadas por moradores armados reconquistaram algumas áreas em Benghazi que foram perdidas para brigadas islâmicas no ano passado, mas críticos dizem que o uso de aviões de guerra tornou partes da cidade em escombros, sem ganhar muitos territórios.

O confronto em Benghazi destaca o caos na Líbia, onde dois governos rivais buscam o controle. O primeiro-ministro oficial se sediou no leste desde que a capital, Trípoli, foi tomada por um grupo rival que criou seu próprio governo.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/07/atentado-suicida-deixa-militares-mortos-e-feridos-na-libia.html

Atirador do Tennessee passou sete meses na Jordânia no ano passado

Há suspeitas de que Abdulazeez tenha ido também ao Iêmen. Pai foi investigado por doação a organização suspeita de ligação com terroristas.

CHATTANOOGA — O homem de 24 anos que matou quatro pessoas em duas instalações militares na última quinta-feira passou sete meses na Jordânia em 2014, informaram fontes de inteligência ao NEW YORK Times”. Há suspeitas de que também teria viajado ao Iêmen. As autoridades estão investigando os computadores, celulares e postagens em redes sociais de Mohammod Youssuf Abdulazeez para saber se ele esteve em contato com grupos extremistas no Oriente Médio antes ou durante sua viagem.

A fonte disse ser cedo para determinar se Abdulazeez, que também morreu nos ataques a centros da Marinha, agiu sob orientação do Estado Islâmico ou de outra organização terrorista.

— Este ataque levanta várias questões sobre se ele foi dirigido por alguém ou se havia propaganda suficiente para motivá-lo a fazer isso — disse a fonte sob condição de anonimato.

Embora Abdulazeez não estivesse sob vigilância antes do crime, seu pai foi investigado anos atrás por dar dinheiro a uma organização com possíveis ligações com terrorismo.

Apesar disso, até esta sexta-feira as autoridades americanas não encaravam o ataque como um caso de terrorismo internacional. De acordo com a procuradora-geral Loretta Lynch, o FBI está conduzindo uma investigação de segurança nacional e tratando o atentado como terrorismo doméstico. No entanto, ainda não estão claras quais foram as motivações do atirador, que abriu fogo contra dois centros da Marinha em Chattanooga. Três outras pessoas ficaram feridas, entre elas um fuzileiro naval e um policial.

Enquanto a investigação avança, a polícia isolou a área ao redor da casa do atirador, identificado como Muhammad Youssef Abdulazeez. Testemunhas no local contaram que duas mulheres foram levadas algemadas por agentes, mas sem dar mais detalhes.

Os ataques ocorreram em pelo menos dois lugares na quinta-feira. Eles começaram às 10h45m contra o centro de recrutamento em Lee Highway e terminaram meia hora depois no Centro de Suporte de Operações da Marinha, na Amnicola Highway, a dez quilômetros de distância e onde todas as mortes aconteceram. Segundo as autoridades, o agressor tinha várias armas e mais de 25 tiros foram disparados.

A polícia acredita que o atirador, um morador da região, teria agido sozinho. Segundo a NBC, Abdulazeez nasceu no Kuwait há 24 anos e se naturalizou americano. Ele foi morto por agentes após o segundo ataque.

Embora Abdulazeez não estivesse no radar de terrorismo da polícia americana, as autoridades federais já conheciam o perfil de seu pai, que foi investigado anos atrás por dar dinheiro a uma organização com possíveis vínculos com terroristas. Mas o jovem já tinha registros por delitos no trânsito e havia sido preso em abril, por dirigir sob influência de substâncias químicas em Hamilton County, no Tennessee.

O ataque ocorreu num momento em que o Exército americano e autoridades estão cada vez mais preocupados com a ameaça de “lobos solitários” a alvos dentro do país. Em reação ao episódio, a segurança foi reforçada na quinta-feira em prédios federais, centros militares e em vários pontos do país, como a Times Square, EM NOVA YORK.

O presidente Barack Obama prestou solidariedade às famílias das vítimas e considerou o crime “de partir o coração”.

— Não conhecemos os detalhes, mas parece ter sido a ação de apenas um homem — disse o presidente americano.

http://oglobo.globo.com/mundo/atirador-do-tennessee-passou-sete-meses-na-jordania-no-ano-passado-16801534#ixzz3gAz2tsmH

Apelo às armas multiplica-se no Iêmen

“O presidente Hadi acusa o Irã de apoiar os rebeldes huthis.”

No Iémen, multiplicam-se os apelos às armas no dia a seguir aos atentados contra duas mesquitas, que mataram mais de 140 pessoas na capital, Sanaa, controlada pelos huthis, uma milícia xiita.

Os guerrilheiros apelaram, este sábado, a uma “mobilização geral” contra o que classificam de “guerra suja” da parte do presidente. Poucos minutos antes tinha sido o chefe de Estado, a dizer que irá “hastear a bandeira do Iêmen no Monte Marran, em Saadeh”, o reduto dos huthis, no Norte do país. Foi a primeira aparição televisiva de Abd Rabbo Mansur Hadi desde que se refugiou em Aden, no Sul do Iêmen, depois dos huthis terem tomado o controlo da capital.

O presidente Hadi acusa o Irã de apoiar os rebeldes huthis.

O caos tem sido aproveitado pela Al-Qaeda da Península Arábica para lançar mais ataques.

A instabilidade é tanta que os Estados Unidos retiraram os últimos 100 militares das Forças Especiais -estacionados numa base no Sul do país – que têm ajudado as autoridades do Iêmen a combater a Al-Qaeda.

ORGANIZAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS ACUSA EUA DE APOIAR IMPUNIDADE DE MILITARES AFEGÃOS QUE COMETERAM ATROCIDADES

(Washington, DC) – O novo governo do Afeganistão deveria processar oficiais e comandantes com graves violações dos direitos humanos que há muito tempo não são punidas, disse a Human Rights Watch em um relatório divulgado hoje. Autoridades dos EUA devem pressionar o presidente Ashraf Ghani para promover justiça em relação aos abusos do passado como uma prioridade durante a esperada visita de Ghani a Washington, em março de 2015.

“O governo afegão anterior e os Estados Unidos permitiram que indivíduos poderosos e suas forças abusivas cometessem atrocidades durante muito tempo sem serem responsabilizados”, disse Phelim Kine, vice-diretor da Ásia. “A administração Ghani já tomou a iniciativa louvável de lançar um plano de ação nacional para eliminar a tortura. Os Estados Unidos, que ajudaram a instalar vários senhores da guerra e os homens fortes após a derrubada do Talibã, agora devem liderar um esforço internacional para apoiar o novo governo a remover de suas fileiras aqueles que cometem graves violações dos direitos humanos. ”

O relatório de 96 páginas, “‘Hoje vamos todos morrer’: Homens Fortes do Afeganistão e o legado de impunidade”, mostra perfis de oito “homens fortes” ligados à polícia, inteligência e forças de milícias responsáveis ​​por abusos graves dos últimos anos. O relatório documenta casos emblemáticos que refletem padrões de longa data de violência em que as vítimas não obtiveram qualquer reparação oficial. A impunidade de que gozam as figuras poderosas levanta sérias preocupações sobre governo afegão e os esforços internacionais para armar, treinar, e manter unidades responsáveis da Polícia Nacional Afegã, Direção Nacional das Autoridades de Segurança, e as forças policiais locais afegãs.

O governo do ex-presidente Hamid Karzai não conseguiu trazer estes indivíduos e suas forças para a justiça, incentivando novos abusos e alimentando queixas locais que geraram apoio ao Talibã e outras forças antigovernamentais. Ghani se comprometeu a manter as forças de segurança responsáveis ​​por suas ações e acabar com a tolerância oficial para a tortura, mas vai precisar de todo o apoio dos parceiros internacionais do Afeganistão para levar a cabo esta tarefa politicamente sensível.

O relatório é baseado em 125 entrevistas da Human Rights Watch realizadas desde agosto de 2012, com vítimas de abuso e seus familiares, bem como testemunhas, funcionários do governo, líderes comunitários, jornalistas, ativistas de direitos humanos, funcionários das Nações Unidas, e os membros das forças de segurança. O relatório não narra os abusos por parte do Talibã e outras forças de oposição, que a Human Rights Watch abordou em outros contextos.

Um morador da província de Kunduz, cujo pai foi assassinado por uma milícia local, em 2012, disse a Human Rights Watch, “Eu fui para o telhado da casa e vi que estava cercada por homens armados …. Meu pai estava sentado lá e disse: ‘ Diga toda a sua kalima [a profissão de fé muçulmana], porque eu acho que hoje todos nós morreremos ‘”.

Funcionários e comandantes cujas forças têm um histórico de abusos, geralmente, ficam impunes. Por exemplo, as forças sob o comando de Hakim Shujoyi mataram dezenas de civis na província de Uruzgan, no entanto, apesar de haver um mandado de prisão contra ele, continua foragido e as evidências sugerem que ele tenha contado com o apoio das forças dos EUA. Na província de Paktika, as forças afegãs e a polícia local sob o comando do Azizullah, um tajique étnico que, a partir de Junho de 2014, foi um comandante da ALP local no distrito de Urgun, cometeu vários sequestros e assassinatos. Azizullah tem trabalhado em estreita colaboração com as Forças Especiais dos Estados Unidos, apesar da consciência de sua reputação de brutalidade ilegal.

O chefe provincial da polícia em Kandahar, Brig. General Abdul Raziq, foi diretamente implicado em ordenar execuções extrajudiciais. E, quando o ex-chefe da Direção Nacional de Segurança, Asadullah Khalid, procurou atendimento médico nos Estados Unidos, recebeu uma visita pessoal do presidente Barack Obama, como envio de uma mensagem poderosa de apoio dos EUA a um violador notório de direitos humanos.

“Desde a derrota do governo Talibã no final de 2001, o Afeganistão realizou progressos limitados em instituições de desenvolvimento, como a aplicação da lei profissional e tribunais, que são cruciais para a proteção dos direitos humanos”, disse Kine. “Aliados internacionais do Afeganistão têm agravado o problema, priorizando alianças de curto prazo com maus atores es reformas a longo prazo. É tempo para esta patologia ter fim. ”

A Human Rights Watch instou o governo afegão a investigar todas as alegações de abusos por parte das forças de segurança afegãs, e destituir e adequadamente processar oficiais e comandantes envolvidos em abusos graves. O Ministério do Interior deve desmantelar grupos armados irregulares e responsabilizá-los pelos abusos que cometeram.

Os Estados Unidos e outros grandes doadores para as forças de segurança afegãs devem fornecer financiamento contínuo para a melhoria da prestação de contas, incluindo processos por assassinatos, desaparecimentos forçados e tortura. Os doadores devem assegurar que a assistência direta às forças de segurança afegãs terão como referência a melhorias nos mecanismos de justiça. Os EUA devem implementar plenamente a Lei Leahy, que proíbe a prestação de assistência militar a qualquer unidade das forças de segurança estrangeiras onde há provas credíveis de que a unidade tenha cometido graves violações dos direitos humanos e que estão a ser tomadas “medidas não eficazes” para trazer os responsáveis ​​à justiça.

“O governo afegão e seus aliados devem reconhecer que a insegurança não vem apenas da insurgência, mas das forças corruptas e irresponsáveis ​​com apoio oficial”, disse Kine. “Cabul e seus apoiadores estrangeiros precisam terminar a sua co-dependência tóxica sobre homens fortes para dar ao Afeganistão esperança razoável de uma estratégia respeitadora dos direitos humanos viável para o desenvolvimento do país.”

http://www.hrw.org/news/2015/03/03/afghanistan-abusive-strongmen-escape-justice