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Corpo de brasileira desaparecida em Nice é encontrado

Irmã da vítima confirmou ter recebido a notícia da morte na tarde deste domingo

RIO – A brasileira Elizabeth Cristina Assis Ribeiro, que estava desaparecida desde o ataque da última quinta-feira em Nice, na França, foi encontrada morta na tarde deste domingo. Parentes da vítima confirmaram a informação ao jornal “Extra”. Um exame de DNA, feito pelas autoridades francesas, identificou o corpo.

Elizabeth, de 30 anos, era carioca e morava na Suíça com o marido, Silyan, que também morreu no ataque. Eles passavam as férias em Nice com a família, acompanhando a Eurocopa. A filha mais nova do casal, Kayla, de seis anos, também não sobreviveu.

Outras duas filhas do casal, Djulia e Kymea, de quatro anos e sete meses, respectivamente, estavam presentes no momento do atentado, mas o pai conseguiu salvá-las. A menina caçula morreu no local, enquanto Elizabeth chegou a ser levada ao hospital. No entanto, o seu paradeiro era desconhecido até então. Foi a irmã da vítima, Ana Claudia, de 34 anos, que recebeu a notícia, neste domingo, por telefone.

Mais cedo, o Itamaraty disse que havia pelo menos três brasileiros desaparecidos, incluindo Elizabeth, depois do ataque que matou mais de 80 pessoas que participavam das comemorações da Queda da Bastilha. Na ocasião, um caminhão, conduzido pelo tunisiano Mohamed Lahouaiej Bouhlel, de 31 anos, atropelou dezenas de pessoas numa avenida à beira-mar. Ele foi morto a tiros por policiais.

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Ataque em Nice: três brasileiros continuam desaparecidos

Três brasileiros que estavam em Nice no momento do atentado que matou pelo menos 84 pessoas, na noite de quinta-feira, continuam desaparecidos, disse à BBC Brasil a cônsul-geral do Brasil em Paris, Maria Edileuza Fontenele Reis.

O número de desaparecidos era antes de sete pessoas, mas quatro haviam simplesmente deixado de informar às famílias que estavam bem. Um deles já havia até viajado para outro país europeu.

Entre os três brasileiros desaparecidos está a carioca Elizabeth Cristina de Assis Ribeiro, que mora na Suíça e é mãe de Kayla, menina de seis anos, que faleceu no atentado.

A morte da criança, de nacionalidade suíça e que não tinha passaporte brasileiro, já foi confirmada pela família, mas seu nome ainda não consta nas duas listas de vítimas fatais do atentado divulgadas entre sábado e a manhã deste domingo pelo ministério francês das Relações Exteriores.

Isso porque a identificação dos corpos exige uma série de exames, como o de DNA, para atestar oficialmente o óbito, até para efeitos jurídicos, como pedidos de indenização junto a seguradoras.

Flores no calçadão de NiceImage copyrightREUTERS
Image captionBrasileira desaparecida mora na Suíça e estava de férias com a família em Nice

“Não há brasileiros nestas listas de vítimas fatais. Estamos acompanhando isso de perto, em contato permanente com as autoridades francesas”, completou a cônsul.

A Interpol participa do processo de identificação das vítimas. Um membro brasileiro da Interpol, com sede em Lyon, na França, integra a equipe no centro de crise em Nice.

Até o momento, 16 vítimas fatais do atentado, cometido com um caminhão frigorífico pelo tunisiano Mohamed Lahouaiej Bouhlel ainda não foram identificadas.

Dos cerca de 300 feridos, segundo novo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde neste domingo, 85 permanecem hospitalizados, sendo que 18 deles estão entre a vida e a morte.

Elizabeth foi vista sendo levada por bombeiros após o ataque.

As autoridades brasileiras ainda não obtiveram a informação sobre o hospital onde ela poderia estar internada, afirma a cônsul.

Parentes perto de hospitalImage copyrightAP
Image captionParentes enfrentam dificuldades para conseguir informações sobre vítimas

Esse problema não ocorre apenas nos casos dos brasileiros desaparecidos até o momento. Muitos têm enfrentado dificuldades para localizar seus familiares nos hospitais em Nice e seus arredores.

Há inúmeros relatos na imprensa francesa de pessoas que passam o dia à busca de parentes nos hospitais da cidade.

“Explicações”

Em uma entrevista à rede TV BFM no sábado, Inês, mãe de Elizabeth, protestou contra a demora das autoridades francesas em fornecer informações e identificar as vítimas.

“Sabemos que a Kayla faleceu, mas não conseguimos recuperar o corpo, não sabemos onde ela está. Minha filha, que também estava no acidente, foi transportada pelos bombeiros e ninguém sabe onde ela está”, disse Inês.

Cartazes pedindo informaçõesImage copyrightAP
Image captionEm cartazes, parentes pedem informações sobre paradeiro de vítimas

“Quero explicações. Disseram que é preciso esperar até terça-feira. Se o problema é que os hospitais e o necrotério estão lotados, eles deveriam pegar uma pessoa de cada vez para reconhecer o corpo”, disse Elizabeth.

Elizabeth e a família estavam a passeio em Nice. Seu marido, o suíço Sylian, e as outras duas filhas do casal, de quatro anos e de seis meses, não ficaram feridos no ataque.

Segundo a cônsul, os outros dois brasileiros desaparecidos até o momento, cujos nomes não foram revelados, podem ter se esquecido de avisar a família, como nos ocorreu nos outros casos.

http://www.bbc.com/portuguese/internacional-36819599

Filha de brasileira está entre os mortos no ataque em Nice

Entre os 84 mortos do atentado em Nice está uma menina de 6 anos, filha de uma brasileira, e possivelmente sua mãe. Elizabeth Cristina de Assis Ribeiro estava com o marido e as três filhas quando o caminhão avançou sobre a multidão. O pai ainda conseguiu salvar as duas filhas mais novas, mas Kayla e Elizabeth foram atropeladas, segundo o jornal “Extra”. A menina morreu e a família, no Rio de Janeiro, ainda não tem notícias da mãe, que foi levada para o hospital.

— Sabíamos que eles estavam passando férias em Nice, num hotel próximo ao local onde aconteceu a tragédia — afirmou Diego Marinho dos Santos de Souza, sobrinho de Elizabeth.

Entre os mortos, estão estrangeiros como americanos, suíços e alemães. Embora o Ministério de Relações Exteriores afirme não ter informações sobre vítimas brasileiras, há relatos de três feridos. Um deles foi Anderson Happel.

— Empurrei minha irmã e, quando fui tentar correr, o para-choque bateu na minha perna esquerda, e caí do outro lado. Todo mundo corria em pânico, chorando. Tinha muita criança morta — relatou.

Outra brasileira escapou por pouco do atentado. Juliana Solberg está na França para um curso de francês e acabou se refugiando em uma casa. Como no atentado de Paris, em novembro, muitos franceses abriram suas casas para quem fugia do caos.

— Uma senhora abriu as portas e nos deixou dormir lá. Nunca senti tanto medo.

ABRIGO EM HOTÉIS

Outros tiveram mais sorte. De férias na cidade, Débora e Miikka Rosendahl assistiram à chegada do caminhão pouco depois da queima de fogos no Passeio dos Ingleses, mas saíram ilesos.

— Quando vimos que o caminhão estava correndo, batendo em placas e vindo na direção das pessoas, nós corremos. Corremos muito, até chegar ao nosso hotel — contou a jornalista, que mora na Finlândia. — Vamos embora hoje (ontem), não quero mais ficar aqui — encerrou Débora.

Radicada há 20 anos em Nice, a psicóloga Suerda Albuquerque de Sena contou que, após a queima de fogos, ouviu muito gritos e o som dos carros de bombeiros. Ela chegou a pensar que fosse o barulho da festa, mas logo começou a receber mensagens de amigos que se refugiaram em hotéis. Segundo ela, a polícia pede para as pessoas evitarem os lugares públicos.

De férias com a família, Gabriela Rabaldo jantava a cerca de 500 metros do local do ataque e viu quando a grande multidão começou a correr pelas ruas. Passado o susto, conta:

— Muitas pessoas estão circulando pelas ruas e indo para o trabalho. Tentam voltar à rotina.

Morando há uma ano na cidade, a tradutora Carolyn Oliveira, de 31 anos, contou que estava no Brasil e chegou à França a tempo de participar das comemorações do dia da Bastilha.

— Eu e meu marido começamos a correr e nos refugiamos em um bar. Foi assustador. Os seguranças da casa desligaram as luzes e pediram para que nos afastássemos das janelas — contou.

O marido de Carolyn é professor em uma universidade e não recebeu aviso para ficar em casa. Segundo ela, as pessoas estão voltando ao trabalho.

Há vários estrangeiros entre as vítimas. Uma professor e duas alunas alemãs estão entre as vítimas. Elas são da escola Paula Fürst, de Berlim, e estavam em Nice comemorando o fim dos exames. Um ucraniano e um suíço estão mortos, enquanto um casal idoso italiano está desaparecido. Angelo D’Agostino, de 71 anos, e Gianna Muset, de 68, estariam nas celebrações quando o caminhão avançou contra a multidão.

O atentado também acabou com a vida dos americanos Sean Copeland, de 52 anos, e de seu filho, Brodie, de 11. Os dois viviam em Austin, no Texas, e passavam férias na Riviera Francesa. “Perder uma pessoa querida é muito duro em qualquer circunstância. Mas perdê-la numa tragédia como essa é insuportável”, disse Haley Copeland, sobrinha de Sean, no Facebook.

A russa Viktoria Savchenko, de 20 anos, é outra vítima. A jovem estudava na Academia Russa de Finanças, em Moscou, e passava férias em Nice com a amiga Polina Serebryannikova. As duas caminhavam pela costa quando viram o caminhão vindo na direção delas.

— O caminhão se movia numa direção estranha. Minha amiga foi golpeada e morreu. Eu fui levada para um hospital porque quebrei os dedos de um dos pés. A outra perna está inchada.

Com agências internacionais

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