Chefe da ONU falou de ‘carnificina’ no país durante encontro da Liga Árabe.
‘Confesso minha raiva e minha vergonha’, afirmou.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse neste sábado (28) sentir “vergonha” do “fracasso” da comunidade internacional para acabar com a “carnificina” na Síria – na abertura da cúpula da Liga Árabe na cidade egípcia de Sharm el Sheikh.
“Confesso minha raiva e minha vergonha. Minha raiva ao ver que o governo sírio, grupos extremistas e terroristas destroem inexoravelmente o país”, disse ele.
E acrescentou: “vergonha de compartilhar a responsabilidade pelo fracasso coletivo das comunidades internacionais e regionais para agir de forma decisiva para parar o massacre” na Síria.
Mais de 215.000 pessoas morreram nos últimos quatro anos na guerra na Síria, anunciou em meados de março o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), uma ONG com inúmeras fontes no país.
O conflito começou em março de 2011 como uma revolta popular reprimida pelo regime e acabou se tornando uma guerra civil devastadora.