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O cristianismo é a religião mais perseguida do mundo

A Hungria tornou-se o primeiro governo a abrir um escritório especificamente para lidar com a perseguição dos cristãos no Oriente Médio e na Europa

Esse mês, a Hungria tornou-se o primeiro governo a abrir um escritório especificamente para lidar com a perseguição dos cristãos no Oriente Médio e na Europa. Depois da grande pressão que a Europa enfrentou com a crise da migração em massa, a liderança da igreja tem sido mais ouvida. “Atualmente, o cristianismo é a religião mais perseguida do mundo. De cada 5 pessoas mortas por motivos religiosos, 4 delas são cristãs. Em 81 países, vemos violência, discriminação e perseguição, 200 milhões de cristãos estão sendo ameaçados por seguidores de ideologias religiosas radicais”, disse o ministro húngaro, Zoltan Balog.

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, atraiu críticas da União Europeia por sua declaração: “A Europa deveria se concentrar em ajudar os cristãos, antes de ajudar milhares de islâmicos que estão entrando nesses países”, disse ele. Esse movimento sem precedentes chamou a atenção no cenário internacional. O projeto para o novo escritório da Hungria já está em andamento e terá um orçamento inicial de mais de 3 milhões de dólares.

A preocupação dos húngaros está baseada no fato de que o Estado Islâmico vem procurando um “lar permanente” no Ocidente, desde 2014. Além disso, o governo também tenta aumentar a consciência internacional sobre a difícil situação para coordenar os esforços humanitários para esses refugiados. O novo conflito entre muçulmanos e cristãos em solo europeu merece atenção. Num acampamento da França, por exemplo, que acolhe cerca de 3 mil refugiados, entre eles muitos cristãos vindos do Oriente Médio, há relatos de que cristãos foram atacados pelos refugiados muçulmanos e já houve registros de morte. Ore por essa situação.

https://www.portasabertas.org.br/noticias/2016/10/o-cristianismo-e-a-religiao-mais-perseguida-do-mundo

Suposto ataque com gás de cloro deixa mortos em Aleppo

Ativistas e moradores da cidade síria relatam que há mortos e feridos após bomba de barril ser arremessada sobre bairro controlado por rebeldes. Rússia anuncia trégua de três horas para entrada de ajuda humanitária.

Ao menos três pessoas morreram e muitas ficaram com dificuldades para respirar quando um gás, que se acredita ser gás de cloro, foi lançado junto com bombas de barril sobre um bairro da cidade síria de Aleppo nesta quarta-feira (10/08), relataram diversas pessoas a agências de notícias.

À agência AP, o socorrista Khlaed Harah afirmou que um helicóptero do governo jogou quatro bombas de barril durante a noite no bairro de Zabadieh e que uma delas liberou gás de cloro. Uma mãe e seus dois filhos teriam morrido. A veracidade do relato não pôde ser verificada.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos, grupo ativista sediado em Londres e que acompanha a guerra civil na Síria, também reportou que bombas de barril arremessadas pelo governo atingiram o bairro de Zabadieh. A organização disse ter recebido relatos de duas mortes e de várias pessoas com dificuldade para respirar, sem mencionar gás de cloro.

À agência Reuters, Hamza Khatib, gerente do hospital Al Qud, em Aleppo, disse que houve quatro mortes por envenenamento com gás e 55 feridos. Sete pessoas ainda estavam em tratamento. Khatib disse ter guardado pedaços das roupas dos pacientes e fragmentos das bombas de barril como evidências para análise.

A Defesa Civil Síria, serviço de regate que age no território controlado pelos rebeldes, disse à Reuters ter registrado três mortes e 22 feridos depois de um barril suspeito de conter gás de cloro cair sobre o bairro de Zabadieh. O grupo disse não poder confirmar se realmente se tratava do gás.

Cessar-fogo diário

Aleppo, no norte da Síria, era a cidade mais populosa do país antes da guerra e agora está dividida entre áreas controladas pelo regime e pela oposição. Uma batalha intensa pelo controle de Aleppo eclodiu na sexta-feira passada, quando rebeldes lançaram uma grande operação e conseguiram romper o cerco imposto há um pelo governo mês ao seu território. Acredita-se que 250 mil pessoas vivam na área, no leste da cidade.

A Rússia anunciou que haverá um cessar-fogo diário de três horas em Aleppo a partir desta quinta-feira, para permitir que comboios de ajuda humanitária ingressem na cidade. Um representante do Ministério russa da Defesa afirmou que a trégua será realizada entre as 10h e as 13h.

Desde o início da ofensiva insurgente, há relatos não confirmados de ativistas e moradores sobre ataques com gás de cloro à área controlada pela oposição. Governo e rebeldes negam ter usado armas químicas ao longo da guerra civil. O Ocidente culpa o regime por ataques do tipo, que por sua vez, ao lado da Rússia, acusa os opositores.

Investigadores da ONU concluíram que gás sarin foi usado num subúrbio de Damasco em 2013. Os EUA acusaram o governo sírio pelo ataque, que pode ter matado 1.429 pessoas. Damasco negou a responsabilidade, culpando os rebeldes.

LPF/rtr/ap

http://www.dw.com/pt/suposto-ataque-com-g%C3%A1s-de-cloro-deixa-mortos-em-aleppo/a-19465236

Violência no mundo atinge pior nível em 25 anos

Global Peace Index aponta conflitos no Oriente Médio como maiores responsáveis por agravamento da situação global. Síria, Sudão do Sul, Iraque, Afeganistão e Somália são os países mais violentos.

O Global Peace Index 2016 (Índice Global da Paz), divulgado pelo Instituto de Economia e da Paz nesta quarta-feira (08/06), aponta que a violência aumentou em todo o mundo, atingindo o pior nível em 25 anos.

O índice, que mede 23 indicadores – como incidência de crimes violentos, níveis de militarização e importação de armamentos – indica que os conflitos no Oriente Médio são os maiores responsáveis pelo aumento da violência global.

“Com frequência, em meio ao caos atual no Oriente Médio, perdemos a perspectiva sobre outras tendências positivas”, afirmou Steve Killelea, fundador do Instituto de Economia e da Paz.

“Ao observarmos o ano passado, se não levássemos em conta o Oriente Médio […] o mundo teria sido mais pacífico”, disse Killelea. Mais de 100 mil pessoas morreram em conflitos em 2014. Em 2008, foram 20 mil. A Síria, com 67 mil mortes em 2014 em meio à guerra civil, foi responsável pela maior parte desse aumento.

De acordo com o levantamento, a maioria dos ataques considerados “terroristas” concentrou-se em cinco países: Síria, Iraque, Nigéria, Afeganistão e Paquistão.

Custo da violência

Segundo o índice, o custo econômico da violência em 2015 foi de 13,6 trilhões de dólares, ou seja, 13,3% do PIB global. Esse valor é 11 vezes maior do que o total dos investimentos estrangeiros diretos em todo o mundo.

“Entretanto, os gastos com o estabelecimento e a manutenção da paz se mantêm proporcionalmente baixos em comparação ao impacto econômico da violência, representando apenas 2% das perdas globais resultantes dos conflitos armados”, disse Killelea.

A Europa é a região menos violenta em todo o mundo, apesar de uma queda no índice em razão dos ataques terroristas em Paris e Bruxelas. A Islândia é considerada o país mais pacífico, seguido da Dinamarca, Áustria, Nova Zelândia e Portugal.

Os Estados Unidos foram considerados o 103º país mais pacífico, entre os 163 relacionados no índice. O Japão ocupa a nona colocação, à frente da Alemanha (16º) e do Reino Unido (47º). Após os ataques terroristas do ano passado, a França caiu apenas uma posição, ocupando a 46ª posição. O Brasil ficou em 105º lugar.

Os países mais violentos são a Síria, seguida do Sudão do Sul, Iraque, Afeganistão e Somália.

RC/rtr/dpa

http://www.dw.com/pt/viol%C3%AAncia-no-mundo-atinge-pior-n%C3%ADvel-em-25-anos/a-19314811

‘Los cristianos en Israel no somos árabes ni palestinos, sino israelíes’

 

El padre Gabriel Nadaf no para. Ante la persecución de los cristianos en Oriente Próximo-según denuncia,120.000 miembros de esta comunidad han muerto en la última década, – se presentó hace unos días ante la Comisión de Derechos Humanos de la ONU para sentenciar: “Israel es el único lugar en la región donde los cristianos están seguros y donde gozan de seguridad y libertad de expresión y culto”.

Cada cinco minutos un cristiano fue asesinado a causa de su fe en Oriente Próximo (…) Los que pudieron escapar de la persecución por parte de extremistas musulmanes, huyeron, y los que se quedaron están en peligro”, añadió.

Palabras que irritan a palestinos y muchos árabes en Israel que consideran al cura grecoortodoxo una especie de “traidor”. Nadaf está acostumbrado a las críticas. Incluso a las amenazas de muerte que le obligan a llevar escolta. Sobre todo desde que, en parte gracias a él, el Ejército israelí promovió activamente el alistamiento de los jóvenes cristianos. Por primera vez, les envía formularios de reclutamiento y explicaciones sobre el servicio que seguirá siendo voluntario.

“Es un paso importante para sentirnos parte de nuestra patria, Israel”, comentó Nadaf a EL MUNDO asumiendo el efecto inflamatorio de sus palabras en el sector árabe (de mayoría musulmana) dividido entre el corazón palestino y el pasaporte israelí.

Luchar para la integración de los suyos en la sociedad israelí renunciando a la causa palestina sitúa a este cura de la Galilea a un precipicio del que hace unos meses parecía caer por su alianza con el Ejército. “Le avisamos que debía seguir sus labores estrictamente sacerdotales sin interferir en cuestiones militares. Como no nos hizo caso, se decidió despedirle”, anunció Essa Musleh,portavoz de la Iglesia greco-ortodoxa.

Aunque Nadaf asegura que sigue ejerciendo, paga el precio por apadrinar un proyecto que va más allá de portar un fusil. “Es una decisión histórica y demuestra que Israel desea nuestra plena integración. Exigimos derechos como ciudadanos pero debemos cumplir las obligaciones como defender el país o realizar el servicio civil. Hemos perdido el miedo y aunque nos amenacen no nos cerrarán la boca”, promete el sacerdote que recuerda la agresión que sufrió su hijo de 17 años.

Los árabes -más del 20% de la población israelí- gozan de exención militar. Antes, los que deseaban hacer la mili (obligada para los chicos y chicas judíos) iban al cuartel para preguntar. Ahora, el cuartel llega a sus casas.

Cristianos en el ejército israelí

El teniente coronel Amir Jai explica a ELMUNDO.ES: “Los jóvenes cristianos tendrán mayor acceso a la información para que decida sobre las opciones y ventajas del servicio. ¿Queremos que se alisten? Sí, es importante para la integración de todos los sectores”.

La decisión provocó un terremoto. Líderes árabes israelíes atacaron a Nadaf (“agente sionista”) y acusaron al Gobierno de querer dividirles. “Insto a todos los jóvenes a devolver o quemar los formularios del Ejército”, exigió el diputado árabe cristiano, Bassel Ghattas. Poniendo el ejemplo de reclutas drusos y beduinos, les avisó: “Por servir, no os integraréis más en la sociedad israelí”.

Ghattas critica la democracia israelí que nos permite a los cristianos vivir aquí con libertad mientras en los países árabes somos perseguidos y masacrados por musulmanes. Me ataca aprovechando la inmunidad de diputado que le concede el país que detesta”, responde Nadaf.

¿No provoca un cisma entre los árabes en Israel?, preguntamos. “Permítame que le corrija. Los cristianos aquí no somos árabes ni palestinos sino israelíes fieles a sus instituciones como cualquier otro cristiano en España. Volvemos a las raíces y a la unión con los judíos”.

Ningún país árabe trata a los cristianos tan bien. Viendo lo que pasa en Oriente Próximo debemos sacrificarnos por Israel que nos protege”, añade Nadaf provocando la ira de grupos y dirigentes palestinos que denuncian “la unión contra los musulmanes” y “la política del divide y vencerás”.

Si en el pasado se alistaban 40 por promoción, el último año llegó al centenar cifrándose el potencial en mil. Antes de que Israel “descubriera” al soldado cristiano, F ya era una uniformada. “Siempre quise hacerlo y cumplir el sueño de mi madre que no pudo servir en el Tsáhal. Por favor, ¡no me saque fotos ni me grabe!”, nos ruega.

Antes de despedirse, el padre Gabriel regresa al factor demográfico: “Israel es el único país en la zona donde el número de cristianos ha aumentado. De 34.000 personas desde la creación del país en el 48 hasta los 160.000 en el 2014″.

Tras exigir el reconocimiento de lo que llama “verdadera identidad” de los cristianos de Israel, elogia la reciente decisión del Gobierno de reconocer la minoría aramea. “Es otro intento de dividir al sector árabe compuesto tanto por musulmanes como cristianos”, denuncia el diputado árabe israelí Ahmed Tibi que acusa al sacerdote de aliarse con la derecha radical.

Fonte: El Mundo

Desde 622 d.C, islã massacrou mais de 669 milhões de não-muçulmanos

Na verdade, nenhuma ideologia tem sido tão genocida como islâ…

Pelos números totais, nós atualizamos mais de 80 milhões de cristãos mortos por muçulmanos em 500 anos nos Estados dos Balcãs, Hungria, Ucrânia e Rússia.

Então, nós temos Índia. O número estimativo oficial de abates muçulmanos de hindus é de 80 milhões. No entanto, o historiador muçulmano Firistha (b. 1570) escreveu (em qualquer Tarikh-i Firishta ou o Gulshan-i Ibrahim), que os muçulmanos abateram mais de 400 milhões de hindus até o pico da lei islâmica na Índia, reduzindo a população hindu de 600 milhões para 200 milhões na época.

Com estas novas adições ao genocídio muçulmano de não-muçulmanos desde o nascimento de Mohammed seriam mais de 669 milhões assassinatos.

Fonte: Israel Islam and End Times 

EVM presente em seminário sobre Religião e Política na UCAM

Por Erica Oliveira

A equipe da ONG Ecoando a Voz do Mártires (EVM) participou do seminário “Religião e Política: tensões, complementação e contradições”, na noite de ontem, na Universidade Candido Mendes.

Estavam à mesa o reitor da universidade, Cândido Mendes, o pastor e teólogo da Igreja Cristã de Ipanema Edson Fernando de Almeida , o cientista político e coordenador do seminário Luiz Alberto G. Souza e a professora e pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Beatriz Bissio.

No seminário, foi apresentado pela professora Beatriz um mundo muçulmano “vitimizado” pelas potências ocidentais e isento de qualquer culpabilidade pelo extremismo que exporta para o Ocidente e os demais palestrantes criticaram o “cristianismo fundamentalista”, tachado como intolerante.
Não houve debates, porém, a presidente da EVM questionou a ausência de abordagem sobre a perseguição contra cristãos e minorias no Oriente Médio. Luiz Alberto – organizador do seminário e cientista politico – disse que poderia incluir o tema numa próxima oportunidade. Enquanto isso, a EVM continuará a questionar a carência de uma discussão plural acerca de perseguições e violações dos direitos humanos internacionais, por vezes, ocultadas ou pouco debatidas nos espaços acadêmicos.

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À esquerda, o produtor Daniel Souza; ao centro; a presidente do EVM, Andrea Fernandes e à direita, a assistente de comunicação, Erica Oliveira
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À direita o internacionalista e pesquisador André Nunes que demonstrou interesse pelo trabalho do EVM
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Edson F. Almeida, Pastor e teólogo
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Selfie do produtor e da assistente de comunicação do EVM
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Da esquerda para a direita, o pastor e teólogo, Edson F. Almeida; ao lado, a professora e pesquisadora da UFRJ Beatriz Bissio; ao centro, o reitor da UCAM e ao lado, o cientista político e coordenador do seminário, Luiz Alberto G. Souza

Imagens aéreas mostram campo de refugiados que abriga 40 mil crianças sírias

Pela vista aérea, Zaatari parece uma cidade. Mas é, na verdade, o terceiro maior campo de refugiados no Oriente Médio.

Muitos daqueles forçados a deixar suas casas durante o conflito sírio se refugiaram em países vizinhos, e 80 mil deles estão vivendo agora em uma parte do deserto jordaniano.

Desse total, mais de metade são crianças.

O rei jordaniano Abdullah diz que seu país está em “ponto de ebulição” devido ao fluxo de refugiados.

O monarca disse à BBC que há uma enorme pressão sobre os serviços sociais, infraestrutura e economia da Jordânia.

“Cedo ou tarde, acho que a barragem vai estourar”, alertou, ao mesmo tempo em que pediu mais ajuda internacional para os refugiados em seu país.

A Jordânia acolhe cerca de 1,5 milhão de refugiados, mais que o continente europeu inteiro.

Por isso, a ONU pede quantia de US$ 7,7 bilhões (cerca de R$ 30 bilhões) para financiar as operações de ajuda a 22,5 milhões de pessoas na Síria e em países vizinhos em 2016.

No entanto, em 2015, apenas 43% dos US$ 2,9 bilhões (aproximadamente R$ 12 bilhões) solicitados foram financiados

http://www.bbc.com/portuguese/videos_e_fotos/2016/03/160302_video_zaatari_my

Limpeza étnica e sectária avança no Oriente Médio

Guerra entre comunidades no Iraque e na Síria expõe nova crise de refugiados.

DAMASCO — Uma limpeza sectária e étnica está se intensificando na Síria e no Iraque. Comunidades que antes viviam juntas em paz estão tão temerosas umas das outras, depois de anos de guerra selvagem, que as seitas ou grupos étnicos mais poderosos estão expulsando os mais fracos. Este padrão está se repetindo em vários lugares — desde cidades sunitas capturadas por milicianos xiitas nas províncias ao redor de Bagdá, passando por enclaves cristãos no centro da Síria sob a ameaça do Estado Islâmico (EI), até aldeias do Turcomenistão ao sul da fronteira sírio-turca sendo bombardeadas por aviões russos.

A incapacidade de sírios e iraquianos de voltar para casa em segurança significa que Europa e Oriente Médio terão que lidar durante décadas adiante com uma irreversível crise de refugiados provocada pela guerra.

— Vamos acabar como os cristãos, sendo tirados do país à força — diz o jovem fotógrafo sunita Mahmoud Omar, que já morou em Ramadi, no Iraque.

Muitos fugiram em maio, quando o EI capturou a cidade, atualmente sob ataque das forças militares do governo xiita de Bagdá, que tenta recapturá-la. Cerca de 1,4 milhão de pessoas de Anbar — 43% da população da maior província iraquiana — estão deslocadas, diz a Organização Internacional para Migrações.

As tribos árabes sunitas na província de Raqqa, na Síria, emitiram uma declaração no início do mês passado acusando forças curdas — as Unidades de Proteção Popular (YPG) — de deslocar árabes da cidade Tal Abyad, na fronteira com a Turquia. As forças curdas dizem que “nenhum soldado das YPG pode entrar nas áreas árabes, onde os nossos combatentes estão presentes”. As YPG negam ter forçado os árabes a deixar Tal Abyad, mas curdos sírios muitas vezes consideram os árabes sunitas como colaboradores do EI.

Comunidades menores, como as dos cristãos no Iraque e na Síria, estão sendo eliminadas. Na aldeia de Sadad — que já foi lar de cinco mil membros da Igreja Ortodoxa Síria — as pessoas estão saindo porque há apenas algumas horas de eletricidade por dia e os preços são muito altos, mas acima de tudo porque os moradores têm medo de serem abatidos pelo EI. Dois anos atrás jihadistas sunitas radicais, liderados pela Jabhat al-Nusra, filiada à al-Qaeda, capturaram Sadad por dez dias, matando 45 cristãos e destruindo ou saqueando 14 igrejas antes de serem expulsos pelo exército sírio.

Na Síria, muitos dos cerca de 5,3 milhões de refugiados e 6,5 milhões de pessoas deslocadas provavelmente tiveram suas casas e bairros destruídos ou ocupados por membros bem armados de alguma comunidade hostil.

O mesmo se dá no Iraque. Descrevendo aldeias sunitas ao sul de Kirkuk, cujos habitantes foram expulsos por xiitas e curdos, um especialista de direitos humanos que quis manter o anonimato disse que “se os sunitas fogem, as pessoas dizem que é a prova de que eles estavam trabalhando com o EI e, se ficam, é dito que são membros de células adormecidas do EI esperando para atacar. Eles saem perdendo sempre”. A fuga em massa e as expulsões que estão ocorrendo são comparáveis às que aconteceram na Índia e no Paquistão em 1947, ou na Alemanha no final da Segunda Guerra Mundial.

‘Divisão irremediável’

“Os esforços de limpeza étnica local já estão tornando a divisão da Síria cada vez mais irremediável”, analisa o professor Fabrice Balanche, do Washington Institute for Near East Policy, no estudo chamado “Limpeza étnica ameaça Unidade da Síria”. Ele acrescenta que “a diversidade sectária está desaparecendo em muitas áreas do país”. A tomada de uma área inteira por uma única seita, etnia ou filiação política tende a ser difícil de reverter porque as casas são dadas aos novos proprietários que não querem abandoná-las.

Os árabes sunitas têm estado no centro da revolta contra o presidente sírio Bashar al-Assad desde 2011 e também consideram as comunidades não-sunitas como partidárias de Assad. Isso é o motivo dos distritos sunitas terem se tornado alvos do governo. Distritos inteiros de Damasco e Homs que já estiveram sob controle rebelde são hoje um mar de ruínas com cada edifício tendo sido destruído por explosivos. Mas a comunidade sunita também está socialmente dividida, com os mais letrados e de melhor poder aquisitivo aliando-se a Assad, opondo-se aos sunitas mais pobres, mais rurais e tribais.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/limpeza-etnica-sectaria-avanca-no-oriente-medio-18397372#ixzz3w6DGFMbv

Cristãos orientais compartilham Jesus

Através de um projeto de mídia social eles contam suas histórias .

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Um projeto de mídia social nasceu numa aldeia do Oriente Médio para impulsionar a propagação do amor de Cristo através de mensagens virtuais. Cristãos da Síria, Iraque e Líbano reuniram-se num sábado pela manhã para combinar maneiras de compartilhar e dar testemunhos de suas vidas.

No final do dia, decidiram colocar à disposição do Reino de Deus os seus smartphones, para assim darem início a um projeto de evangelização. Uma geração de jovens cristãos permanece online com o apoio da Portas Abertas, numa região onde o cenário é conflitante e violento.

Eles ficam conectados a maior parte do tempo, contando sobre o cotidiano de suas vidas, detalhes de suas histórias e relatos de suas experiências com Cristo. Ao contrário do que muitos pensam sobre a tecnologia nesses países, 48% da população tem acesso à internet com uma taxa de conectividade 6% mais elevada do que o resto do mundo, usando as redes sociais, como Facebook, Youtube e Whatsapp para se comunicar com seus familiares, amigos e irmãos. Ore para que eles se fortaleçam através desse projeto.

Análise: Apartheid de Gênero difundido no mundo islâmico

O recente apedrejamento até a morte de uma jovem afegã de 19 anos e o suicídio de uma noiva iraniana de 14 anos testemunham o apartheid de gênero generalizado em todo o mundo islâmico: “As mulheres são tratadas como cidadãs de segunda classe.”

Ao longo de muitas partes do mundo islâmico, as mulheres estão sofrendo sob um apartheid de gênero cruel que lhes nega o direito de viver com dignidade como seres humanos. A eles são negadas igualdade de direitos e oportunidades iguais perante a lei. Eles são segregadas dos homens, nega-se o direito de casar com quem eles amam, são obrigadas a participar de relações poligâmicas, enfrentam a violência doméstica, são estupradas em massa, obrigadas a usar o véu, e sofrem com casamentos arranjados na infância. Quando elas se recusam a submeter silenciosamente a estas condições, muitas vezes acabam mortas.

O proeminente ativista de direitos humanos Kaveh Taheri escreveu um artigo no Grupo Bourjourdi de Direitos Civis, que uma menina afegã de 19 anos de idade chamada Rokhsana foi apedrejada até a morte no Afeganistão controlado pelo Talibã, porque ela supostamente fugiu com outro homem depois de ser obrigada a casar com um homem contra sua vontade. O incidente aconteceu na província de Ghor, no Afeganistão e as autoridades de lá disseram à imprensa que este foi o primeiro incidente do tipo este ano, mas não vai ser o último. A BBC expôs um vídeo de uma jovem cercada por homens de turbante atirando pedras sobre ela. Seu suposto amante também foi açoitado.

“Não há nenhuma penalidade legal para a sodomia de Mullah, múltiplos casamentos para homens, o casamento forçado de meninas, a venda de moças solteiras para se tornar esposas, a violência doméstica contra as mulheres, desobediências às regras, o tráfico de droga, o tráfico de entorpecentes, roubo e peculato em meu país “, escreveu a jornalista afegã Sahar Samet em sua conta do Facebook. “No entanto, o amor é um crime para as mulheres que é punível por apedrejamento. Seu único crime era o amor e viver livremente; matar uma garota inocente é uma honra para os homens em meu país. ”

Após a exposição deste incidente que se tornou manchetes internacionais, ativistas afegãos protestaram contra. “Viemos aqui para despertar a consciência do povo afegão”, Farahnāz Froutan, uma jornalista, disse ao Daily Star. “Hoje isso aconteceu com Rokhsana. Amanhã, ele vai acontecer com você. A questão aqui é: por que não nos levantammos contra um crime e não levantamos a nossa voz? “Embora o governo afegão tenha instaurado uma investigação sobre o incidente após a contestação dentro do Afeganistão, o New York Times revelou que o mulá tem apoio para apedrejar mulheres à morte.

No entanto, nem todas as mulheres que se rebelam contra o sistema acabam apedrejadas até a morte. Algumas mulheres preferem cometer suicídio. De acordo com a ativista de direitos humanos iraniana Shabnam Assadollahi, “Uma noiva adolescente de 14 anos em Ahwaz, Irã, cometeu suicídio jogando-se da janela da casa de seus pais. Ela foi declarada morta no hospital. Seu marido desconhecido falou sobre o incidente com a mídia iraniana. Sua morte é devido o criminoso regime islâmico no Irã e sua ideologia bárbara.”

No entanto, enquanto grande parte da comunidade internacional está consciente de que no mundo islâmico, muitas mulheres são apedrejadas até a morte ou tiram suas próprias vidas, a fim de escapar de casamentos arranjados indesejados, o que é menos compreendido é que estas violações dos direitos das mulheres são tão sistemáticas em muitos casos, que constituem apartheid de gênero. “As mulheres em geral têm problemas em todos os países controlados por lei Sharia, mas em áreas controladas pelo Talibã e ISIS, há uma tendência ainda mais conservadora para vencer”, explicou Tahari. “Os sistemas judiciais ilegais frequentemente vitimam as mulheres nos países islâmicos. O adultério é um crime capital sob a lei Sharia e é punível por lapidação, flagelação e enforcamento. Na Nigéria, Paquistão, Qatar, Arábia Saudita, Sudão, Emirados Árabes Unidos, Iêmen e Irã, apedrejamento é uma penalidade legal. ”

“Se quisermos comparar os direitos das mulheres nos países regidos pela lei islâmica com a de mulheres ocidentais, podemos ver enormes disparidades como às mulheres muçulmanas ainda são negados os seus direitos fundamentais básicos”, frisou. “As mulheres são tratadas como cidadãs de segunda classe. Eles proíbem as mulheres de entrar nos estádios, existem barreiras de gênero no mercado, elas não têm controle sobre seus corpos, e elas não podem deixar o país sem a permissão dos seus maridos. ”

Em territórios controlados pelo ISIS, o proeminente ativista de direitos das mulheres Phyllis Chesler disse à Fox News que escravas sexuais Yazidis e cristãs são estupradas até 30 vezes por dia por homens diferentes. As mulheres que se casam com combatentes do ISIS não são escravas sexuais, mas elas também vivem uma existência miserável. Elas passam a maior parte de seus dias confinadas em casa, sem eletricidade ou água limpa. Elas usam pesados ​​vestimentas pretas que envolvem  “enquanto elas são monitoradas, perseguidas e punidas por um sádica brigada feminina se a sua burca deslizar.” Elas se casam com terroristas do ISIS via casamentos arranjados e fornece “sexo e crianças”. Quando seus maridos estão mortos, eles são esperadas para celebrar o seu martírio e para se casar rapidamente com outro”.

“Tendo nascido muçulmana e feminina, especialmente hoje sob o governo radical islâmico é potencialmente um crime capital”, escreveu Chesler. “Os avisos e as punições começam logo no início e são ambos implacáveis e normalizados. As mulheres são vistas como sub-humana, meio-demônios, perigosas e sexualmente selvagens por homens cuja luxúria não conhece limites.Embora existam muitas exceções, em geral, muçulmanas e meninas árabes são rotineiramente desprezadas e amaldiçoadas, espancadas, tratadas como servas e escravas por seus pais e irmãos mais velhos. Mulheres são escondidas, literalmente sufocadas sob véus faciais e corporais, fisicamente enterradas vivas enquanto vivas. Se você nunca usou uma burca, você não iria entender que não é o mesmo que cobrir seu cabelo com um lenço ou peruca.Você não tem nenhuma visão periférica. Você nunca pode sentir o sol em seu rosto. As pessoas não podem ver seus olhos, suas expressões faciais; você realmente não pode se relacionar com ninguém. Você está condenada a se mover no universo, como se fosse um fantasma. ”

“Hoje, meninas de oito anos são casadas com homens tão velhos com cinquenta anos”, observou ela. “As mulheres muçulmanas são legalmente apedrejadas até à morte no Irã e no Afeganistão; decapitadas, tanto legalmente como habitualmente, no Iraque, Arábia Saudita e Paquistão. Elas costumam ser cegadas por ataques com ácido no Paquistão e no Afeganistão, mas não por judeus ou ocidentais, mas por outros muçulmanos. As mulheres muçulmanas estão sendo enterradas vivas, sexualmente perseguidas, estupradas e depois atacadas quase até a morte. Elas estão sendo normativamente espancadas por todo o mundo muçulmano e normativamente mortas em crimes de honra. Estas atrocidades contra os direitos humanos estão acontecendo em todo o mundo muçulmano. O islã radical fundamentalista é o maior praticante do mundo de apartheid de gênero. Nós, que vivemos no Ocidente simplesmente não temos ideia do quanto as mulheres ocidentais estão mais livres e mais seguras do que em países muçulmanos. ”

http://www.jerusalemonline.com/news/world-news/around-the-globe/analysis-gender-apartheid-widespread-in-the-islamic-world-17015