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Arqueólogos tentam salvar pontos históricos ameaçados por EI

Tecnologia avançada ajuda a mapear digitalmente tesouros e sites históricos antes que sejam destruídos por grupo extremista.

Alguns dos maiores tesouros históricos do Oriente Médio estão sob ameaça do grupo autodenominado ‘Estado Islâmico’.

 Foto: Reprodução / BBCBrasil.com
Palmyra, na Síria, está sob ameaça do grupo ‘Estado Islâmico’

Foto: Reprodução / BBCBrasil.com

Agora, arqueólogos estão tentando, desesperadamente, registrar o maior número possível de locais antes que eles sejam destruídos. E, diferentemente do personagem Indiana Jones e seus acessórios – como o chicote -, eles usam avançada tecnologia.

Mas pode ser tarde demais para a cidade histórica de Palmyra, na Síria. Um antigo rico oásis na rota de antigas caravanas, ela foi tomada pelo ‘EI’ em maio deste ano.

A cidade está, agora, repleta de minas terrestres e, segundo alguns relatos, combatentes já destruíram a famosa estátua do Leão de Al-lat, de 1,9 mil anos.

Nesse cenário, não é de se estranhar que o arqueólogo Roger Michel esteja com pressa de preservar – mesmo que digitalmente – as relíquias que estão no caminho dos militantes.

A equipe dele – do Instituto de Arqueologia Digital, uma iniciativa conjunta entre a Universidade de Harvard e a fundação privada Classics Conclave – espera instalar diversas câmeras 3D na área e descobrir parceiros locais para fotografar o maior número possível de locais históricos.

“Se conseguirmos de 5 mil a 10 mil [câmeras 3D] nos próximos três ou seis meses”, diz, “poderemos, pelo menos, preservar um registro altamente detalhado do que está lá caso não seja possível proteger esses locais fisicamente”.

Ele conta com uma rede de museus locais, organizações não-governamentais e voluntários para realizar o arquivamento digital.

Desafio do deserto
Mas tirar e publicar fotos complexas sob condições secas e desérticas, onde o acesso à internet é limitado, é um grande desafio.

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Imagem divulgada por site de mídia jihadista mostra a bandeira do ‘Estado Islâmico’ no anfiteatro romano de Palmyra, na Síria: grupo poderá destruir patrimônio arqueológico da cidade

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As câmeras precisam ser robustas, ter baterias de longa duração e capazes de carregar grandes arquivos.

Eles fizeram uma parceria com o Instituto de Estudo do Mundo Antigo da Universidade de Nova York para armazenar as imagens em 3D e com o Laboratório de Impressão Tridimensional do Instituto de Tecnologia de Massachusetts para imprimi-las.

A ameaça do grupo ‘Estado Islâmico’ trouxe nova urgência às tentativas dos arqueólogos de registrar a história cultural da humanidade.

As Universidades de Oxford e de Leicester têm usado imagens de satélite e fotografias aéreas como parte do projeto Arqueologia sob Risco no Oriente Médio e Norte da África.

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Imagem de arquivo mostra anfiteatro romano de Palmyra

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O projeto de 1,2 milhão de libras (cerca de R$ 5,9 milhões) irá criar um banco de dados de acesso livre, registrando informações sobre cada local e condições.

O monitoramento remoto é particularmente útil em países devastados pela guerra, como Síria, Iraque e Líbia, onde pesquisas terrestres são perigosas.

Arqueologia aérea
O professor David Kennedy, de Oxford, que trabalha com o projeto, passou sua carreira aperfeiçoando técnicas utilizadas em arqueologia aérea.

Há 19 anos que ele sobrevoa, anualmente, a Jordânia de helicóptero, fotografando grandes estradas romanas e armadilhas pré-históricas para animais. A Jordânia é o único país do Oriente Médio que lhe concedeu permissão para as missões.

A arqueologia aérea é usada desde Pere Antoine Poidebard, um missionário jesuíta e aviador francês que empregou a técnica nos anos 1920 e 1930. Atualmente, métodos usam câmeras de alta qualidade, sensores e outras fontes, como Google Earth e Bing.

“A resolução é muito alta, e podemos começar a olhar para países vizinhos que não nos deixam sobrevoar”, diz Kennedy.

Apenas três das armadilhas para animais pré-históricos tinham sido encontradas na Arábia Saudita antes da chegada do Google Earth, diz ele. Agora, foram descobertas 900 numa área relativamente pequena do centro-oeste.

Atualmente, há 91 mil imagens e mapas – a maioria disponível no site Flickr – armazenados pelo Arquivo Aéreo Fotográfico de Arqueologia do Oriente Médio, de Kennedy.

O futuro do nosso passado
Além de scanners 3D e do Google Earth, um novo conjunto de tecnologias está modernizando a arqueologia.

Por exemplo, o Lidar, um tipo de radar que usa luz de laser em vez de ondas de rádio, está ajudando pesquisadores a explorar partes até então desconhecidas dos templos de Angkor Wat, no Camboja.

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Militante do EI destrói parte de muro de Hatra, patrimônio histórico da Unesco, perto de Mosul, no Iraque, em vídeo militante postado no YouTube: especialistas temem que tesouros arqueológicos estejam sob risco em áreas controladas pelo grupo

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Mas lidar com os novos dados e torná-los acessíveis é um desafio, diz Victoria Yorke-Edwards, editora da publicação .

E enquanto os arqueólogos começam a inventar novas maneiras de usar a tecnologia, encontrar colegas que tenham conhecimento técnico para rever as pesquisas produzidas pode ser tarefa difícil às vezes, diz.

Mas não há dúvida de que a tecnologia está desafiando muitas teorias arqueológicas, dando a aventureiros aspirantes a oportunidade de descobrir novos tesouros.

“A tecnologia traz à tona o lado Indiana Jones de todo mundo”, diz Victoria.

http://noticias.terra.com.br/mundo/oriente-medio/em-corrida-contra-ei-indiana-jones-hi-tech-registra-sitios-historicos,5bf8f393dc511d822f5fdcf4cb3c43107l4vRCRD.html

Militantes do Estado Islâmico plantam minas e bombas em Palmira, diz grupo

O Estado Islâmico plantou minas e bombas na parte antiga da cidade central síria de Palmira, que abriga ruínas da era romana, disse um grupo de acompanhamento da guerra, neste domingo.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos disse que não estava imediatamente claro se o grupo estava se preparando para destruir as antigas ruínas, ou se plantou as minas para impedir que as forças do governo avancem em direção à cidade, também conhecida como Tadmur.

“Eles colocaram tudo ontem. Eles também colocaram minas ao redor do teatro romano, nós ainda não sabemos qual o verdadeiro motivo disso”, disse à Reuters, Rami Abdulrahman, chefe do Observatório.

Maamoun Abdulkarim, chefe de antiguidades da Síria, disse à Reuters que relatos de que o Estado Islâmico plantou bombas em Palmira “parecem ser verdadeiro”.

“A cidade está refém em suas mãos, a situação é perigosa.”

O grupo muçulmano sunita ultra radical tomou em maio a cidade de 50 mil habitantes, local de uma das mais extensas e bem conservadas ruínas romanas antigas do mundo.

(Por Mariam Karouny)

 http://noticias.terra.com.br/mundo/oriente-medio/militantes-do-estado-islamico-plantam-minas-e-bombas-em-palmira-diz-grupo,f8b34fb3d31802e2aeba155dc0d88a17114jRCRD.html

Estado Islâmico assassina 9 crianças em Palmyra, na Síria

Os muçulmanos na cidade síria de Palmyra, todos membros do ISIS, levaram nove crianças e mataram todas elas. As nove crianças estavam entre vinte e três outros cativos que foram assassinados, e dez deles foram decapitados ritualmente. De acordo com um relatório:

Extremistas do Estado Islâmico no Iraque e na Síria (ISIS) executou pelo menos 23 civis na sexta-feira à medida que avançavam em direção a antiga metrópole no deserto da sírio de Palmyra, disse um grupo de acompanhamento.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos disse que nove crianças estavam entre os 23 mortos a tiros por militantes do ISIS perto do local do patrimônio mundial da UNESCO.

“O grupo Estado Islâmico executou o a tiros 23 civis, incluindo nove crianças, na aldeia de Amiriyeh, norte de Tadmor,” disse à AFP o chefe do Observatório Rami Abdel Rahman.

Palmyra, que significa cidade de Palmas, é conhecida em árabe como Tadmor, ou Cidade de datas.

Abdel Rahman disse que os membros da família de funcionários do governo estavam entre os mortos.

http://shoebat.com/2015/05/16/muslims-take-nine-innocent-children-and-slaughter-all-of-them/