Huda Etoom diz que a causa palestina “é uma prioridade sobre a qual devemos nos comprometer”
Uma parlamentar jordaniana disse na terça-feira ao Parlamento sobre o desejo de sua falecida mãe de ser uma mulher-bomba e matar “judeus sionistas”.
“Um único desejo foi deixado em sua alma: vestir um cinto de explosivos e explodir-se entre os judeus sionistas. Este é um exemplo do nosso sentimento – o sentimento de todas as pessoas livres ”, disse ela.
“Continuaremos a sentir remissão a menos que sejamos martirizados na terra da Palestina”.
Em uma transcrição traduzida pelo grupo de vigilância de mídia do Instituto de Pesquisa de Mídia do Oriente Médio (MEMRI), Huda Etoom disse que a causa palestina “é uma prioridade sobre a qual devemos nos comprometer”, e pediu um Estado livre da Palestina, do Mar Mediterrâneo até o Rio Jordão.
De acordo com o MEMRI, o discurso foi proferido em uma sessão da Câmara dos Representantes em 17 de julho, e foi transmitido pela televisão.
Dois ataques de homens armados em Teerã nesta quarta-feira, contra o Parlamento iraniano e ao mausoléu do aiatolá Khomeini, deixaram pelo menos 12 mortos e cerca de 40 feridos.
O ataque ao prédio do Parlamento parece já ter terminado, após horas de tiroteios. No ataque ao mausoléu, um homem-bomba se explodiu e outro foi morto a tiros.
Autoridades iranianas afirmam ter conseguido frustrar a tentativa de um terceiro ataque.
O Estado Islâmico (EI) reivindicou a responsabilidade pelos ataques, algo até então inédito no Irã. O grupo extremista islâmico divulgou um vídeo que mostra o que seriam imagens de dentro do prédio do Parlamento.
A mídia iraniana disse que quatro indivíduos foram mortos por forças de segurança no interior do prédio. Ainda não está claro se a soma de 12 mortes inclui os responsáveis pelos ataques.
Cerca de 40 pessoas foram feridas nos dois atentados, de acordo com o chefe do serviço de emergência Pir Hossein Kolivand.
Invasão
O prédio do Parlamento foi invadido por homens armados de fuzis Kalashnikov, supostamente vestidos de mulher.
Imagens do local mostraram uma grande operação de segurança e barulho de tiros.
Autoridades iranianas negaram que pessoas tinham sido feitas reféns dentro do Parlamento.
Um porta-voz, Ali Larijani, minimizou o ataque, chamando-o de “incidente menor”.
Direito de imagemJAMARANNEWS/FARSImage captionImagem divulgada pelo Fars News mostra explosão no mausoléu
O ataque ao mausoléu no sul de Teerã dedicado ao fundador da República Islâmica, o aiatolá Ruhollah Khomeini, teria ocorrido por volta das 10h40 do horário local (3h10 de Brasília).
Um dos autores do ataque morreu ao detonar um colete-bomba e outro foi morto por forças de segurança, segundo a TV estatal Irib.
Imagens do local mostram granadas e cartuchos de armas sendo aparentemente recolhidos do corpo de um agressor.
Pelo menos um dos envolvidos parece ser uma mulher, ou talvez estivesse vestido de mulher.
Várias pessoas que visitavam o lugar foram feridas.
Image captionMapa de Teerã
Contexto – por Jenny Norton, do serviço persa da BBC
Este parece ser o mais grave incidente de violência terrorista em Teerã desde os turbulentos anos logo após a Revolução Islâmica de 1979.
Isto será um grande choque para os iranianos, que se acostumaram a viver num país que geralmente é muito mais estável e seguro do que a maioria de seus vizinhos.
Apesar do ativo envolvimento do Irã no combate ao EI tanto no Irã como na Síria, o grupo sunita até então não tinha realizado ataques no interior do Irã, e parece ter pouco apoio no país predominantemente xiita.
Entretanto, nos últimos meses, o grupo intensificou os esforços de propaganda na língua farsi – com foco na minoria sunita rebelde do Irã, e as agências de inteligência afirmam ter frustrado uma série de possíveis ataques do EI.
Análise – da equipe de monitoramento da mídia jihadista da BBC
O EI divulgou este ano uma série de peças de propaganda com o objetivo de incitar ataques dentro do Irã.
Um vídeo com o estilo documental do EI mostrou, em março, militantes que eram introduzidos como combatentes iranianos do EI no Iraque.
Falando em farsi, eles criticaram o governo iraniano e o establishment religioso, incluindo o líder espiritual do país, o aiatolá Ali Khamenei.
Um ataque no Irã, se for bem-sucedido, poderia ser um triunfo importante contra um inimigo tradicional que outros grupos jihadistas, incluindo seu rival Al-Qaeda, nunca conseguiram.
Direito de imagemEPAImage captionImagem parece mostrar criança sendo retirada do prédio do parlamentoDireito de imagemAFPImage captionHá informações ainda conflituosas sobre os eventos no mausoléu, no sul de Teerãhttp://www.bbc.com/portuguese/internacional-40187075
Jovem de 17 anos foi atacada por um homem enquanto caminhava em Sondermorg
Ela foi derrubada ao chão pelo agressor que tentou despi-la
Mas ela usou spray de pimenta contra o homem para dar fim ao ataque
Como spray de pimenta é ilegal na Dinamarca, funcionários dizem que ela vai ser processada
Uma adolescente dinamarquesa que foi sexualmente agredida perto de um centro de asilo imigrante disse será processada depois de usar spray de pimenta para afastar seu agressor.
A jovem de 17 anos disse à polícia que foi alvo na cidade costeira de Sonderborg por um homem de fala Inglês, que derrubou-a no chão e tentou despi-la.
Mas ela conseguiu impedir o homem de atacá-la ainda quando pulverizou a substância nele.
No entanto, como é ilegal o uso de spray de pimenta, a adolescente enfrentará acusações. É provável que ela irá enfrentar uma multa de £ 50.
O porta-voz da polícia local, Knud Kirsten, disse à Syd TV: “É ilegal possuir e usar spray de pimenta, então ela provavelmente vai ser cobrada por isso. ‘
O homem que atacou a menina fugiu da cena e ainda não foi processado. Não está claro se o homem era um requerente de asilo ou refugiado.
No entanto, o caso provocou uma controvérsia na Dinamarca, onde tem havido crescente denúncia de assédio sexual em relação às mulheres.
No início deste mês, várias mulheres em Sønderborg relataram sensação de assédio pela natureza agressiva dos refugiados no centro de asilo local.
Essas denúncias ocorrem depois que se relatou que tem havido um número crescente de ataques sexuais por gangues de imigrantes através de um número de países europeus, incluindo a cidade alemã de Colônia.
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A discoteca Buddy Holly em Sonderborg, onde os proprietários só admitirão clientes se eles falarem Inglês, Alemão ou dinamarquês
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Pessoal de segurança IDs de verificação na estação de trem Kastrups Copenhague, na Dinamarca, onde o parlamento aprovou leis para confiscar valor de requerentes de asilo para financiar sua permanência no país.
Isso levou vários nightcubs em Sonderborg a impedir a entrada de pessoas a menos que elas falem dinamarquês, alemão ou Inglês.
Os requisitos linguísticos foram alegadamente postos em prática em vários estabelecimentos na sequência de relatos de “homens estrangeiros em grupos de assediando clientes do sexo feminino.
Buddy Holly, um clube nocturno em Sønderborg, perto da fronteira alemã, popular entre estudantes locais, aplica uma política linguística para todos os hóspedes, e o proprietário a defende como medida de segurança.
“Nós temos algumas regras para que os nossos hóspedes possam ter uma experiência agradável e se sentir seguros”, disse o proprietário Tom Holden à TV2, acrescentando que tem sido a política do clube há anos.
Entretanto, o Parlamento da Dinamarca votou a favor do confisco dos bens dos requerentes de asilo em um lance polêmico para reduzir os números de imigrantes que se deslocam para lá.
Sob a nova lei, os funcionários terão o poder de procurar entre os imigrantes objetos de valor e tomar dinheiro e posses que estejam acima de £ 1.000 para ajudar a pagar a sua estadia.
Apenas anéis de casamento e itens de valor sentimental serão isentos.
Os requerentes de asilo também terão que esperar três anos para os membros da família se juntar a eles no país, em vez do atual um ano.
Decisão permitirá a aplicação do acordo, acertado há três meses.
Suspensão das sanções permitirá ao Irã estimular sua economia.
Os deputados iranianos aprovaram nesta terça-feira (13) o acordo nuclear concluído com as grandes potências há três meses, o que permitirá sua aplicação, informou a imprensa oficial.
Com 161 votos a favor, 59 contrários e 13 abstenções, os parlamentares aprovaram o acordo que prevê a suspensão das sanções internacionais contra o Irã em troca do compromisso do país de não produzir armamento atômico e de reduzir o programa nuclear civil.
A votação encerra um intenso debate entre os defensores do acordo e seus críticos – os conservadores, que são maioria no Parlamento -, que consideravam que o texto favorecia mais as grandes potências do que Teerã.
Mas os conservadores foram obrigados a considerar que o acordo foi aceito pelo guia supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei.
A aprovação no Parlamento aconteceu depois que os republicanos americanos, maioria no Congresso em Washington, não conseguiram derrubar o acordo.
Desta forma, nada impede mais a aplicação do acordo por parte dos signatários: Irã, Estados Unidos, China, Rússia, Grã-Bretanha, França e Alemanha.
A suspensão das sanções permitirá ao Irã estimular sua economia, enquanto as grandes potências consideram que a ameaça nuclear iraniana será reduzida, em uma região de muitos conflitos.
O acordo foi anunciado em 14 de julho em Viena, depois quase dois anos de intensas negociações.
Primeiro-ministro britânico deu entrevista à emissora dos EUA ‘NBC’.
Reino Unido realiza ataques aéreos regularmente contra EI.
O primeiro ministro britânico David Cameron disse em entrevista retransmitida neste domingo (19) que quer que seu país faça mais para ajudar os Estados Unidos a vencer o Estado Islâmico na Síria.
O Reino Unido realiza ataques aéreos regularmente contra os membros do Estado Islâmico no Iraque, mas tem limitado sua participação no conflito na Síria a missões de vigilância no ar e a reunir informações de inteligência.
Cameron não conseguiu aprovação do Parlamento para fazer ações militares contra forças do presidente sírio Bashar al-Assad em 2013, mas pediu aos parlamentares britânicos que considerem que o país possa se unir a bombardeios liderados pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico na Síria.
“Quero que o Reino Unido faça mais”, disse Cameron à emissora norte-americana “NBC”.
Uma série de atentados contra o partido pró-curdo da Turquia durante a sua campanha para entrar no Parlamento foi associada ao Estado Islâmico na Síria, afirmou o presidente da legenda nesta segunda-feira.
Três pessoas morreram em duas explosões na sexta-feira na cidade de maioria curda de Diyarbakir, no sudeste da Turquia, minutos antes de o chefe do Partido Democrático do Povo (HDP), Selahattin Demirtas, discursar num comício eleitoral.
O número de mortos nos atentados subiu de dois para três nesta segunda-feira depois que um menino de 17 anos morreu por causa de ferimentos, disse a mídia local, citando fontes hospitalares. Pelo menos 200 pessoas ficaram feridas no ataque.
O HDP se tornou domingo o primeiro grupo político com raízes curdas da história a entrar no Parlamento da Turquia como um partido depois que facilmente superou o limite de 10 por cento exigido.
O partido conquistou 80 assentos na configuração do novo Parlamento, ajudando a privar o partido governista AK de uma maioria para formar um governo de partido único.
Em entrevista à emissora CNN, Demirtas disse que o ataque e dois outros atentados contra os escritórios do HDP em maio, em que ninguém morreu, tinham ligação com o Estado Islâmico.
Ele não disse, no entanto, como tinha obtido esta informação ou quais provas sugeriam a ligação dos atentados com o Estado Islâmico, mas culpou a segurança do Estado por não ter impedido os ataques.
O Ministro das Relações Exteriores o Irã, Mohammad Javad Zarif, disse na quarta-feira que o Paquistão e Irã devem cooperar para resolver a crise no Iêmen.
“Precisamos trabalhar juntos para encontrar uma solução política”, disse Zarif durante uma visita a Islamabad em que ele era esperado para instar o Paquistão para rejeitar um pedido da Arábia para participar de uma operação militar contra as forças Houthis aliadas do Irã no Iêmen.
“O povo do Iêmen não deve ter que enfrentar bombardeios aéreos”, disse ele. Membros do parlamento paquistanês foram contrários ao país envolver-se militarmente no conflito iemenita, decidiram na quarta-feira aos retomarem o debate sobre o pedido saudita.