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Irã: A “potência genocida” protegida pela “parceria ocidental”

Por Andréa Fernandes

Na quinta-feira, o presidente Donald Trump deu visibilidade em suas redes ao drama do famoso campeão iraniano de luta livre Navid Afkari, um jovem de 27 anos condenado à pena de morte pelo gravíssimo “crime-pecado” de participar de protestos contra o governo teocrático islâmico xiita[1]. A mídia não costuma divulgar, mas em países muçulmanos a liberdade de expressão é proibida assim como a crítica aos governantes “iluminados por Allah”.

O site de notícias Iran International informou que o tribunal da cidade de Shiraz determinou duas sentenças de morte contra Afkari, além de condenação a 6 anos e 6 meses de prisão e 74 chicotadas por participar de protestos pacíficos em 2018 contra o agravamento da situação econômica do país e o aumento estrondoso da inflação. Uma das sentenças foi aplicada por um “tribunal criminal” e a outra por um “tribunal revolucionário”, pois o “culto à morte” dos “infiéis não-alinhados” é um verdadeiro “altar do regime” desde a sangrenta Revolução em 1979.

A jornalista dissidente iraniana Behieh Namjou, noticiou que o lutador tem irmãos presos injustamente pelo regime[2]. Mas, ativistas de direitos humanos e iranianos da diáspora estão protestando nas redes aumentando a exposição de tamanha violação de direitos humanos, o que levou Trump a interceder pelo jovem através do Twitter[3] pedindo: “…Aos líderes do Irã, eu agradeceria muito se poupassem a vida desse jovem, e não o executassem. Obrigado!”

Segundo a Fox News, aAgência de Notícias de Ativistas de Direitos Humanos (HRANA) publicou uma imagem de uma carta de Navid Afkari na qual ele afirma que as autoridades iranianas o torturaram para forçá-lo a confessar as acusações fabricadas contra ele. Sua cabeça foi coberta com um saco plástico e álcool foi derramado em suas narinas como parte da tortura”[4].

No entanto, a TV estatal iraniana divulgou no sábado a suposta confissão por escrito de Afkari sobre a acusação de assassinato, muito embora a vítima do regime autoritário tenha dito numa gravação que circula nas redes sociais que foi COAGIDO a assinar o termo de confissão, o que é comum no país que promove tortura contra presos.

ONU em estado de absoluta “conivência”

Outros líderes globais “parceiros” no projeto armamentista genocida do Irã, tais como França e Reino Unido – que se abstiveram em votação no Conselho de Segurança da ONU para prorrogar embargo a compra de armas[5] – não se sensibilizaram com a grave violação de direitos humanos mantendo-se calados, porém, a instituição UN Watch expôs a conivência das Nações Unidas ao twitar[6] solicitando manifestação do Secretário-Geral da ONU, António Guterres, em relação ao fato de “A República Islâmica do Irã ser membro da Comissão de Justiça Criminal das Nações Unidas”, apesar de sentenciar um nacional à pena de morte por exercer o direito supostamente “universal” à liberdade de expressão.

Se a ONU não se interessa em preservar a vida de milhões de pessoas através do impedimento à ascensão nuclear de um país, cuja liderança genocida promete publicamente destruir Israel, por que se importaria com a vida de um jovem atleta?

Na realidade, os jornalistas e humanistas histéricos que ficam chocados quando Israel bombardeia alvos do grupo terrorista Hamas em Gaza ou quando conservadores brasileiros protestam contra “o assassinato de feto a mando da própria mãe” – conhecido como “aborto” – costumam não se importar com as perversidades na terra dos aiatolás.

No “território do terror”, a lei islâmica promove verdadeiro “culto à morte”

Em relatório para a Assembleia Geral da ONU[7], Javaid Rehman, especialista em direitos humanos da ONU, afirmou em 2019, que houve aumento das restrições ao direito à liberdade de expressão e ininterruptas  violações dos direitos à vida, à liberdade e ao julgamento justo no Irã, salientando a realização de pelo menos 253 execuções de adultos e CRIANÇAS. O especialista relatou que o país tem  mais de 80 CRIMES PUNÍVEIS COM PENA DE MORTE, dentre os quais, adultério, homossexualidade, posse de drogas, “guerra contra Allah”, corrupção na terra, blasfêmia e insulto ao profeta Mohammad.

A instituição Iran Human Rights (IHR) divulgou Relatório[8] em julho denunciando pelo menos 123 execuções nos primeiros 6 meses do ano em diferentes partes do Irã. Desse total, apenas 36 execuções foram anunciadas pela mídia e autoridades locais, sendo as demais realizadas em “segredo”. Frisa, ainda a instituição:

“Isso mostra uma taxa de crescimento de mais de 10% em relação ao mesmo período de 2019. Nos primeiros seis meses de 2019, 110 pessoas foram executadas nacionalmente. (…) O número real de execuções pode ser muito maior do que os altos números já relatados.

A IHR revela que 4 iranianos foram executados em razão de “moharebeh” (inimizade contra Deus), e um deles foi morto sob acusação de “ter ligações com partidos da oposição” e os demais por acusações de fundamento desconhecidos.

Nem mesmo a “ingestão de bebida alcóolica” foi perdoada. A reincidência levou o iraniano Mortaza Jamali, de 55 anos, à pena de morte[9], pois o medieval Código Penal Islâmico prevê punição de 80 chibatadas em caso de consumo de bebida alcóolica, mas se o “infrator” for sentenciado e condenado três vezes, a pena na quarta “ação criminosa” é a morte.

Para agravar a covardia, muitos dos “crimes” não são considerados “graves” de acordo com o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos. Empresários e comerciantes são executados sob acusação de  “crimes econômicos”[10] e qualquer ação considerada “temerária” pelo regime pode resultar na pena capital, já que o promotor de Teerã, Jafari Dolatabadi, exortou os “importadores que abusam dos subsídios do governo”, salientando que podem ser acusados de “corrupção na terra”, o que possibilita a prolação de sentença de morte, medida que tem apoio de jornais e parlamentares reforçando o posicionamento do promotor para “executar pessoas  responsáveis por contribuir para a instabilidade econômica do país[11]. Mas, os “corruptos apadrinhados” que ocupam altos cargos no regime gozam de imunidade.

O Relatório da ONU conduzido por Rehman reforçou a declaração da Chefe dos Direitos Humanos da ONU, Michele Bachelet afirmando que a execução de crianças infratoras “é absolutamente proibida e deve terminar imediatamente”. Contudo, considerando a característica “leve” de violação de direitos humanos, a “quadrilha das Nações Unidas” não aplicou nenhuma sanção e os humanistas não protestaram em frente às embaixadas iranianas. Sugestão de boicote? Nem pensar! Antropólogos versados em “Ocidentalismo” ensinam a respeitar a “diversidade cultural assassina”.

De acordo com a Anistia Internacional, a crueldade do regime dos Aiatolás  que promove “execuções em massa”, deu ao Irã o status de “segundo carrasco mais prolífico do mundo.

Mulheres e crianças na mira do “fundamentalismo assassino”

No auge do descaso com a vida humana, Michele Bachelet, diante de dois casos de adolescentes açoitados e executados, cujas confissões foram obtidas através de tortura e toda sorte de violações do devido processo legal, se limitou a dizer[12]:

“Mais uma vez, apelo às autoridades para que detenham todas as execuções de jovens infratores e comutem imediatamente todas as sentenças de morte”.

Até as feministas engolem a barbárie do “regime racista, misógino e patriarcal” do Irã. A ativista e advogada Nasrin Sotoudeh foi condenada em março do ano passado a 38 anos de prisão e 148 chibatadas “em relação ao seu trabalho na defesa de mulheres acusadas de protestar contra o hijab obrigatório”. Nenhuma feminista resolveu se desnudar em protesto contra o símbolo máximo do “machismo islâmico”, o hijab. As iranianas continuam sendo presas, torturadas e estupradas ao tentar se libertar do autoritarismo machista, mas os “costumes impositivos muçulmanos” não estão no rol de violações de direitos humanos das mulheres progressistas.

Em agosto, um documentário do jornal Al Arabiya denunciou  crimes contra mulheres mantidas em prisões. Os depoimentos são estarrecedores: as detentas solteiras são frequentemente casadas à força ou estupradas antes da execução, uma vez que as autoridades das penitenciárias creem que se as mulheres forem mortas na condição de “virgens”, irão para o céu, destino indevido que as autoridades perversas tentam impedir através do estupro.

Aos manifestantes é assegurado o “direito sagrado à tortura”

Relatório da Anistia Internacional[13] divulgado em Maio revela a implementação de repressão brutal que impôs a prisão de mais de 7 mil homens, mulheres e crianças de até 10 anos. Teriam sido 304 pessoas mortas pelas forças de segurança  durante os protestos realizados em novembro de 2019. Os iranianos presos recentemente em virtude das manifestações antigovernamentais sofreram tortura física, sexual e psicológica, conforme imagens de vídeo e entrevistas com mais de 75 pessoas, envolvendo vítimas e parentes das mesmas.

Retirada forçada das unhas, choque elétrico nos órgãos genitais e execução simulada com armas e cordas, administração forçada de substâncias químicas, spray de pimenta, espancamentos e afogamentos eram alguns dos métodos utilizados por autoridades do regime e as acusações que fundamentaram as prisões arbitrárias realizadas em 28 das 31 províncias do país eram diversas, incluindo a participação em “protestos ilegais” e “compartilhamento de vídeos dos protestos com familiares, amigos, meios de comunicação ou redes sociais”.

Os detidos feridos eram privados do direito ao tratamento médico e medicamentos correspondentes, ainda que vítimas de armas de fogo e espancamentos.

Minorias reféns do terror

Nenhum segmento da sociedade iraniana está seguro em relação às ações autoritárias do regime, já que as instituições de repressão aumentaram a vigilância e punição sobre os sindicalistas, motoristas de caminhão, professores, operários de fábricas e outros profissionais que protestaram em favor dos seus direitos trabalhistas. Aqueles que ignoraram as ameaças foram intimados, presos e acusados de crimes variados, como por exemplo, “espalhar propaganda contra o Estado” e “perturbar a ordem pública e a paz por meio de participação em reuniões ilegais”, o que resulta em prisões e chicotadas.

As minorias étnicas e religiosas também sofrem violações de direitos humanos. A comunidade Bahai ocupa a posição lamentável de maior minoria religiosa não-muçulmana e não-reconhecida do Irã, sendo contínua as “mais flagrantes formas de repressão, perseguição e vitimização.” Já a minoria sunita, que representa aproximadamente 10% da população é atingida por medidas de Apartheid garantidas pela Constituição, a qual os proíbe de ocupar cargos religiosos relevantes, sendo certo que não foi permitida a construção de mesquita na capital desde 1970. Infelizmente, a rivalidade e ódio sectário entre sunitas e xiitas remonta à morte do profeta.

Pior situação é a dos cristãos convertidos, considerados “apóstatas” pelo regime, o que impede o reconhecimento oficial de igrejas. Esses cristãos devem se reunir clandestinamente e sofrem perseguição estatal terrível por ser considerados “inimigos do Estado”. Segundo a lei iraniana, os cristãos “agem contra a segurança nacional”.

As minorias étnicas, dentre as quais, ahwazis árabes, turcos do Azerbaijão, baluchis e curdos, sofrem com a negação de direitos humanos básicos. Os presos políticos da etnia curda também costumam ser acusados de praticar “crimes contra a segurança nacional” e compõem  quase metade do número total de presos políticos no país.

Por que o Ocidente se cala?

Grande parte das desgraças promovidas pelo regime iraniano contra a população vem sendo fartamente relatada por testemunhas e instituições de direitos humanos, porém, não vemos o engajamento de artistas, políticos, intelectuais, humanistas. Por quê? O jornalista Reza Parchizadeh responde: o regime iraniano passou a se infiltrar e influenciar o sistema educacional americano, por perceber que no Ocidente, a academia desempenha papel importantíssimo na política do dia-a-dia e nos planos políticos de longo prazo.  Colocando em prática essa estratégia no “coração do ocidente” cria um “escudo” para espalhar sua ideologia e “se defender dos seus adversários”.

Afirma  Parchizadeh:

O meio acadêmico no Ocidente em geral e nos Estados Unidos em particular, favorece automaticamente a República Islâmica. E isso faz sentido. As correntes esmagadoramente esquerdistas na academia veem um aliado estratégico – senão totalmente ideológico – no regime iraniano em sua luta contra o suposto capitalismo e imperialismo do establishment político ocidental. Além disso, o aparato de segurança do regime iraniano também manipula conscientemente a academia ocidental por meio de financiamento, modelagem de currículo e implantação de professores, pesquisadores e estudantes pró-Teerã em universidades americanas e outros centros de ensino superior e pesquisa.”

A influência dominadora se dá de forma organizada há décadas e várias instituições trabalham nesse sentido. Parchizadeh discorre sobre a Fundação Alavi, braço estrangeiro da Fundação Mostaz’afan da Revolução Islâmica, instituição que representa um poderoso conglomerado político e financeiro vinculado diretamente ao Aiatolá e à Guarda Revolucionária, que funciona desde a Revolução Iraniana como uma “entidade de fachada” visando promover a ideologia e atividades pró-regime na América do Norte, utilizando o método predileto de financiar Departamentos de Estudos iranianos, islâmicos e do Oriente Médio nos mais renomados centros de ensino superior e instituições afins para que reverberem a concepção do regime nessas áreas.

Um relatório da entidade Conservative Review aponta que a Fundação Alavi financiou e instituiu professores e currículos apoiadores do Irã em 41 universidades estadunidenses. Aliás, a universidade onde o blogueiro de extrema-esquerda Guga Chacra estudou – Columbia University – recebeu esses “mimos” da ditadura genocida. Daí, o “respeito” do militante que se nega a reconhecer a facção Hezbollah como organização terrorista.

Além de “tapar os olhos” dos manipulados ideologicamente no que concerne às violações de direitos humanos contra a população iraniana e minorias que vivem naquele território, bem como toldar os projetos imperialistas e as intervenções carniceiras na Síria, Iraque, Líbano e Iêmen, os “filhotes institucionais do regime” promoveram o “desacerto global” de apoiar o perigoso “acordo o nuclear”.

A omissão conivente que não resiste à barbárie e a prevalência da presunção de boa-fé em relação à uma ideologia assassina “açucarada” pelo veneno multiculturalista mostra que no quintal do “Grande Satã”, quem “canta de galo” é Allah!

Andréa Fernandes – advogada, internacionalista, jornalista e presidente da ONG Ecoando a Voz dos Mártires (EVM).

Imagem: The Media Express


[1] https://english.alarabiya.net/en/News/middle-east/2020/09/04/Trump-calls-on-Tehran-not-to-execute-27-year-old-Iranian-wrestler?utm_source=insider&utm_medium=web_push&utm_campaign=en_trump_iranian_wrestler_&webPushId=MjI0NzU=

[2]https://twitter.com/AlinejadMasih/status/1300465583583002630?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1300465583583002630%7Ctwgr%5Eshare_3&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.foxnews.com%2Fworld%2Firan-imposes-double-execution-on-champion-wrestler-for-peacefully-protesting-regime

[3]https://twitter.com/realDonaldTrump/status/1301627761715490817?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1301627761715490817%7Ctwgr%5Eshare_3&ref_url=https%3A%2F%2Fenglish.alarabiya.net%2Fen%2FNews%2Fmiddle-east%2F2020%2F09%2F04%2FTrump-calls-on-Tehran-not-to-execute-27-year-old-Iranian-wrestler

[4] https://www.foxnews.com/world/iran-imposes-double-execution-on-champion-wrestler-for-peacefully-protesting-regime

[5] https://oglobo.globo.com/mundo/em-derrota-para-os-eua-conselho-de-seguranca-da-onu-rejeita-extensao-do-embargo-de-armas-ao-ira-24587487#:~:text=As%20san%C3%A7%C3%B5es%20unilaterais%20americanas%20ao%20Ir%C3%A3%20foram%20restabelecidas.&text=Mas%2C%20com%20o%20acordo%20de,com%C3%A9rcio%20de%20armas%20pelo%20Ir%C3%A3.

[6] https://twitter.com/UNWatch/status/1299827990080229377

[7] https://english.alarabiya.net/en/features/2019/08/17/UN-expert-Executions-in-Iran-among-the-world-s-highest

[8] https://iranhr.net/en/articles/4311/

[9] https://www.amnesty.org/en/latest/news/2020/07/iran-man-executed-for-drinking-alcohol/

[10] https://www.arabnews.com/node/1424271/middle-east

[11] https://www.hrw.org/news/2018/08/10/irans-judiciary-threatens-executions-economic-crimes

[12] https://english.alarabiya.net/en/News/middle-east/2019/05/03/UN-rights-chief-says-appalled-by-Iran-execution-of-two-minors-

[13] https://english.alarabiya.net/en/News/middle-east/2020/09/02/Iran-tortures-protesters-with-fingernail-removal-electric-shock-mock-killing-Repor

Sudão: muçulmanos protestam contra a abolição da pena de morte por contrariar Islã e pedem jihad contra o governo

Uma atualização sobre esta história . “Muçulmanos radicais protestam contra a abolição da apostasia no Sudão, outras leis islâmicas”, Morning Star News , 17 de julho de 2020:

JUBA, Sudão do Sul (Morning Star News) – Muçulmanos radicais no Sudão foram às ruas hoje para protestar contra a adoção de emendas pelo governo de transição para descriminalizar a apostasia e revogar outras leis islâmicas.

A lei da apostasia é usada há mais de 30 anos para perseguir aqueles que deixam o Islã. A adoção do governo nesta semana da Lei dos Direitos Fundamentais e das Liberdades também permite que não-muçulmanos bebam álcool e abole as açoites públicas como punição criminal.

“Vamos abandonar todas as leis que violam os direitos humanos no Sudão”, disse o ministro da Justiça Nasredeen Abdulbari.

Desde que o governo anunciou planos de emendas à lei sudanesa na noite de sábado (11 de julho), os muçulmanos foram às mídias sociais para criticar os movimentos, chamando-os de anti-islâmicos e pedindo manifestações em massa. Alguns pediram “guerra santa” contra o governo por desmantelar as disposições da sharia (lei islâmica).

Hoje (17 de julho) ocorreram manifestações limitadas em Cartum, Cartum Norte e Omdurman para protestar contra as leis emendadas.

Sharia, sharia ou nós morremos“, gritaram os manifestantes. “Escute, Hamdok, aqui é Cartum, não Nova York.

Dezenas de pessoas teriam se reunido nos protestos. Bandeiras brandindo os dizeres “Não ao secularismo”, eles gritavam: “As leis de Deus não serão substituídas.”…

Imagem e informações Jihad Watch

O destino de Asia Bibi é selado após julgamento final, mas a decisão está sendo mantida em sigilo

Nas últimas notícias da Suprema Corte de Islamabad: O veredicto final foi mantida em sigilo até novo aviso. 

A bancada especial da Suprema Corte do Paquistão decidiu sobre o recurso de sentença de morte de Asia Bibi, mas ainda não divulgou seu veredicto.

Os meios de comunicação foram impedidos de acessar o tribunal, quando a deliberou sobre a última apelação sobre o caso mais conhecido de blasfêmia na história recente.

Asia Bibi estava trabalhando em um campo com outras mulheres e compartilhava água com elas. Irritados com o fato de um cristão “impuro” ter contaminado sua água potável, elas levaram a queixa a um imã que reconhecidamente não estava presente para acusá-la de blasfêmia.

Bibi sofreu violência, isolamento de sua família e problemas de saúde precária ao longo dos anos e está presa por mais tempo para a blasfêmia do que qualquer outra pessoa na história recente do Paquistão.

Mehwish Bhatti, oficial-chefe da BPCA, estava no tribunal do lado de fora das portas do tribunal durante o processo.

“Eles chegaram a uma decisão, mas foi reservada. O presidente do tribunal proibiu a interferência da mídia, mas todos os jornalistas estão falando sobre isso.

” Mais cedo eles levaram o meu celular por quase duas horas depois que eu tentei tirar uma foto . A entrada de pessoas de altas níveis era do outro lado, para que ninguém pudesse vê-las “.

O marido da Ásia, Ashiq Masih, continua a afirmar que ela continua forte. Em resposta à investigação de Wilson Chowdhry em um recente evento de direitos humanos, ele disse:

“Ela é psicologicamente, fisicamente e espiritualmente forte”, disse Ashiq. “Tendo uma fé muito forte, ela está pronta e disposta a morrer por Cristo. Ela nunca se converterá ao islamismo “. (Clique aqui)

Há pedidos de oração por cristãos de todo o mundo no fim de semana que alegam inocência, enquanto indignação tem sido registrada na mídia social por muçulmanos que acham que ela não deveria ser perdoada e não foi punido o suficiente.Para ler mais sobre isso   (clique aqui)

Há uma alta taxa de acusação contra aqueles que praticam a fé cristã no Paquistão, já que 15% das acusações de blasfêmia são contra os cristãos minoritários, que são apenas uma escassa 1,6% da população do Paquistão.

O presidente da BPCA, Wilson Chowdhry, doou £ 1.500 para Ashiq no domingo, enquanto o encontrava em Chester, para ajudar a pagar o custo de seu advogado. Continuamos nosso apelo para a família e você pode doar clicando (aqui)

Wilson Chowdhry disse:
“Estou confiante de que este é um bom resultado de ter falado com funcionários da Embaixada do Paquistão no Reino Unido, MPEs e vários deputados e Lordes que têm trabalhado diligentemente pela liberdade para Asia Bibi e outros no campo humanitário todos compartilham essa confiança “.

“Reservar a decisão parece uma medida destinada a permitir que a Ásia escape da ação de retaliação de extremistas enfurecidos no país, muitos dos quais protestaram regularmente em resposta a cada um de seus recursos anteriores e a ameaçaram com um processo extrajudicial se exonerados.”

“A Asia tem sido uma mulher corajosa e resoluta durante todo o seu encarceramento e nunca perdeu uma pitada de sua fé.

” Sua libertação quando declarada deve ser recebida com uma resposta imediata através de ofertas de asilo de todos os países do Ocidente. Ela não merece menos pelo sua grande coragem.

“Tendo falado com Ashiq Masih apenas ontem, enquanto em um evento em Chester organizado pela instituição de caridade católica Aid to the Church in Need.

“Sua maior preocupação é que qualquer asilo no Reino Unido não inclua suas filhas casadas, o que significa que a Asia sempre será separada de alguns daqueles que ela ama. Nós pedimos à Grã-Bretanha e a outras nações ocidentais que ofereçam ofertas de asilo mais completas “.

Por favor, assine nossa petição e ajude a Asia e toda a sua família a procurar asilo no oeste . (Clique aqui)

Com imagem e informações British Pakistani Christians

As punições medievais e grotescas enfrentadas por criminosos na Arábia Saudita

OLHO POR OLHO 

Paralisia, perfuração e crucificação dos olhos – as punições medievais e grotescas enfrentadas por criminosos na Arábia Saudita

A Arábia Saudita continua a usar métodos bárbaros de execução alegando que são justificados pelo Alcorão e suas tradições.

Decapitações públicas, amputações, retribuição e espancamento fazem parte do sistema de justiça.

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Uma execução pública por decapitação na Arábia Saudita (The Guardian)

Como o The Sun relatou esta semana, um assassino foi crucificado após ser considerado culpado de esfaquear repetidamente uma mulher. O corpo dele foi pendurado em uma cruz após a execução.

O príncipe herdeiro Salman quer tornar o reino do deserto uma  nação do século XXI experiente em tecnologia e introduziu reformas liberais.

A Arábia Saudita mantém a pena de morte para um grande número de crimes, incluindo tráfico de drogas e “feitiçaria”, além de assassinato.

Imagem relacionada

Os corpos de cinco homens iemenitas decapitados na Arábia Saudita são deixados pendurados depois que suas cabeças foram colocadas em sacos (observers.france24.com)

A maioria das sentenças de morte é executada em público por decapitação, fazendo comparações com a chocante brutalidade do Estado Islâmico.

O sistema é baseado na lei Sharia, que os sauditas dizem estar enraizada na tradição islâmica e no Alcorão.

Os julgamentos duram um dia e as confissões são extraídas sob tortura.

O país não tem código penal escrito e nenhum código de procedimento criminal e procedimento judicial.

 

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Rei Salman e a chanceler  Theresa May (Sputnik International)

Isso permite que os tribunais tenham amplos poderes para determinar o que constitui uma ofensa criminal e quais sentenças os crimes merecem.

O único meio de recurso é diretamente para o rei, que decide se o condenado vive ou morre.

A lista de punições leva à leitura sombria.

Decapitação

No ano passado, o ano do reino levou a cabo 146 execuções, a terceira maior taxa do mundo, atrás da China e do Irã, segundo a Anistia Internacional.

Só nos primeiros quatro meses deste ano foram realizadas 86 decapitações, metade delas para crimes não violentos, como delitos de drogas.

Houve um surto de execuções desde o mês passado, com pelo menos 27 pessoas executadas somente em julho, segundo a Anistia Internacional .

A decapitação continua a ser a forma mais comum de execução e a sentença tradicionalmente realizada em uma praça pública na sexta-feira após as orações.

Deera Square, no centro da capital Riyadh é conhecida localmente como “Chop Chop Square”.

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O carrasco saudita Muhammad Saad al-Beshi (O Explorador)

O trabalho talvez sombrio, mas o carrasco-chefe do país parecia se orgulhar de seu trabalho.

Depois de visitar a família da vítima para ver se querem perdoar o prisioneiro, eles são levados para a decapitação.

“Quando eles chegam à praça da execução, sua força se esvai”, informou a BBC Muhammad Saad al-Beshi.

“Então eu leio a ordem de execução, e em um sinal eu corto a cabeça do prisioneiro”.

Um aumento recente na taxa de execuções levou a anúncios de oito carrascos no site do serviço público.

Um formulário de inscrição em PDF para empregos dizia que eles se enquadravam no termo “funcionários religiosos” e estariam no nível mais baixo da escala salarial do funcionalismo público.

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Um homem ajoelhado é decapitado em Jeddah, ao lado do cadáver sem cabeça de outro que acabara de sofrer o mesmo destino (The Sun)

Crucificação

Na Arábia Saudita, a prática da “crucificação” refere-se à exibição pública ordenada pelo tribunal após a execução, juntamente com a cabeça separada, se decapitada.

Em um dos casos, imagens nas redes sociais aparentam mostrar cinco corpos decapitados pendurados em um poste horizontal com suas cabeças embrulhadas em sacos.

A decapitação e a “crucificação” ocorridas em frente à Universidade de Jizan, onde os estudantes estavam fazendo os exames, ocorrem em uma praça pública para agir como um impedimento.

Paralisia

A capacidade dos tribunais de decidir por si mesmos as sentenças que se encaixam no crime levou a sentenças de “qisas” ou retribuição.

O exemplo de maior destaque foi o de Ali al-Khawahir, que tinha 14 anos quando esfaqueou um amigo no pescoço, deixando-o paralisado da cintura para baixo.

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Um jovem que paralisou seu amigo foi condenado a ficar paralisado (Imagem Parou Tudo)

Dez anos depois foi condenado a ficar paralisado, a menos que pagasse um milhão de riais sauditas à vítima.

Na época, a Anistia Internacional disse que a sentença era “totalmente chocante” mesmo para a Arábia Saudita.

Nesses casos, a vítima pode exigir que a punição seja executada, solicitar compensação financeira ou conceder um perdão condicional ou incondicional.

Lapidação

O apedrejamento continua sendo uma punição por adultério para mulheres na Arábia Saudita.

De acordo com uma testemunha, as acusados ​​são colocados em buracos e, em seguida, têm pedras derrubadas sobre elas de um caminhão.

Em 2015, uma mulher casada de 45 anos, originalmente do Sri Lanka, que trabalhava como empregada em Riad, foi condenada à morte por apedrejamento.

Seu parceiro, que era solteiro e também do Sri Lanka, foi punido com 100 chicotadas depois de ser considerado culpado do mesmo delito.

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Amputação de membros é outra das terríveis punições no país

Arrancar os olhos

Abdul-Latif Noushad, um cidadão indiano, foi condenado a ter seu olho direito extorquido em retribuição por sua ação numa briga em que um cidadão saudita foi ferido.

Ele trabalhou em um posto de gasolina e entrou em uma briga com cliente que queria um reembolso e na luta que se seguiu atingiu o outro homem na cabeça, batendo em seu olho.

Um tribunal de apelação em Riad teria simplesmente perguntado se o saudita aceitaria uma compensação monetária, segundo a Human Rights Watch.

Em 16 de setembro de 2004, o jornal saudita Okaz informou que um tribunal em Tabuk ordenou que o olho direito de Muhammad `Ayid Sulaiman al-Fadili al-Balawi fosse arrancado.

O tribunal deu-lhe a opção de pagar uma indemnização no prazo de um ano e foi relatado que ele tinha levantado os 1,4 milhão de riais necessários.

Outro jornal saudita, o ArabNews, informou em 6 de dezembro que um tribunal havia recentemente condenado um homem egípcio a ter seus olhos arrancados.

Ele foi acusado de jogar ácido no rosto de outro homem, que posteriormente perdeu a visão.

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Um homem é brutalmente açoitado por guardas uniformizados na Arábia Saudita (The Sun)

Flagelação

Aqueles condenados por insultar o Islã também podem esperar ser açoitados.

Em um caso que trouxe condenação internacional, o blogueiro  Raif Badawi foi condenado a 1000 chicotadas, bem como 10 anos atrás das grades.

Vídeo mostra uma multidão aplaudindo quando os primeiras 50 chicotadas de sua sentença foram executadas, uma ocorrência que sua esposa Ensaf Haidar diz que quase o matou.

No ano passado, um homem foi sentenciado a dez anos de prisão e 2.000 chicotadas por expressar seu ateísmo no Twitter.

O jovem de 28 anos teria se recusado a se arrepender, insistindo que o que ele escreveu refletia suas crenças e que ele tinha o direito de expressá-las.

Com imagem e informações The Sun

Egito condena 75 à morte, incluindo líderes da Irmandade Muçulmana

A mídia estatal egípcia disse que um tribunal condenou à morte 75 pessoas, incluindo figuras importantes do grupo Irmandade Muçulmana por sua participação nos protestos de 2013.

A decisão de sábado no Tribunal Penal do Cairo será agora encaminhada ao Grande Mufti, a principal autoridade teológica do país, por sua opinião não vinculante sobre as sentenças. Em geral, aprova a decisão do tribunal.

A sentença para mais de 660 pessoas foi marcada para 8 de setembro, segundo o site estatal de notícias Al-Ahram.

O caso envolve 739 acusados, incluindo o Guia Supremo da Irmandade Muçulmana Mohammed Badie e o fotojornalista Mahmoud Abu Zeid. As acusações variam de assassinatos a danos à propriedade pública.

O ex-presidente islâmico Mohammed Morsi, apoiado pelos protestos em 2013, foi expulso militarmente após protestos em massa contra seu regime divisional de um ano. Morsi veio da Irmandade. As manifestações foram violentamente dispersas.

Com imagem Egyptian Streets e informações Noticias Israel

Anistia Internacional: Quase 1.000 prisioneiros executados em todo o mundo em 2017

Irã, Arábia Saudita e Iraque registram as mais altas execuções, enquanto o grupo de direitos humanos relata declínio global no uso da pena de morte.

  • Pelo menos 993 prisioneiros executados em todo o mundo
  • Irã executou pelo menos 507
  • 2.591 sentenças de morte no mundo – um declínio de 17 por cento
  • Mais dois países aboliram a pena de morte
  • Paquistão quarto carrasco mais prolífico

A Anistia Internacional expressou preocupação de que a pena de morte continue a ser aplicada em alguns países do Oriente Médio, já que registrou um declínio mundial nas execuções e sentenças de morte em 2017.

Em seu relatório anual publicado na quinta-feira, o grupo de direitos internacionais documentou pelo menos 993 execuções em 23 países no ano passado – uma queda de 4% a partir de 2016, quando 1.032 execuções foram registradas .

De uma alta recorde de 3.117 em 2016, desde que a Anistia começou a documentação, 2.591 sentenças de morte foram impostas em todo o mundo – um declínio de 17%.

Mas pelo segundo ano consecutivo, os países do Oriente Médio – Irã, Arábia Saudita e Iraque – foram os três primeiros no número de execuções no mundo – juntamente com o Paquistão, eles representam 84% das execuções registradas em todo o mundo.

Acredita-se que a China execute milhares de pessoas todos os anos, mas os dados sobre execuções “são classificados como segredo de Estado”, segundo a Anistia.

“Em muitos países da região [do Oriente Médio e Norte da África], a pena de morte é usada após procedimentos que não cumprem os padrões internacionais de julgamento justo”, disse Oluwatosin Popoola, assessor da Anistia Internacional sobre a pena de morte.

“Isso inclui a extração de confissões por meio de tortura e outros maus-tratos”, disse ele à Al Jazeera em uma entrevista por telefone.

Na Arábia Saudita, as decapitações de infratores da legislação antidroga representaram 40% do total de execuções – um aumento em relação aos 16% em 2016.

Desde 1977, a Anistia tem defendido a abolição da pena de morte, que  Popoola disse ser “a negação final dos direitos humanos” e “não serve à sociedade de modo algum”.

“Apesar dos esforços para abolir essa punição abominável, ainda há alguns líderes que recorrem à pena de morte como um ‘conserto rápido’, em vez de atacar problemas em suas raízes com políticas humanas, eficazes e baseadas em evidências”, disse Salil Shetty , Secretário-geral da Anistia Internacional, em um comunicado.

Líderes fortes executam justiça, não pessoas“, acrescentou.

Paquistão

Pelo terceiro ano consecutivo, o Paquistão estava entre os cinco principais carrascos do mundo, levando mais de 60 prisioneiros à morte.

O país suspendeu uma moratória de seis anos sobre execuções em 2014 como parte de um plano de “contraterrorismo” após o  massacre  na Escola Pública do Exército de Peshawar, que deixou pelo menos 144 mortos.

O governo  expandiu o uso de execuções para incluir crimes não relacionados ao terrorismo em 2015, dizendo que a medida era necessária para combater o crime.

Com mais de 6.000 aguardando execução, o Paquistão tem uma das maiores populações do mundo no corredor da morte .

De acordo com o Ministério do Interior do Paquistão, o Gabinete do Presidente rejeitou 513 petições de misericórdia de prisioneiros condenados nos últimos cinco anos, 444 dos quais foram nos primeiros quinze meses após a retomada das execuções em dezembro de 2014.

Apesar de um declínio de 31% nas execuções e de 44% nos condenados, grupos de direitos humanos e especialistas jurídicos ainda questionam sua prática no país.

Tecnicamente, em uma sociedade onde o sistema de justiça criminal tem falhas – e o sistema de justiça penal do Paquistão certamente tem falhas – onde a reabilitação não é, infelizmente, a principal prioridade, idealmente, devemos nos afastar de punir pessoas e reabilitá-las“. disse Saad Rasool, um advogado constitucional, baseado na cidade de Lahore.

Pessoas com deficiências mentais ou intelectuais também foram executadas ou permaneceram no corredor da morte em vários países, incluindo o Paquistão.

Khizar Hayat, que foi diagnosticado com esquizofrenia paranóica, foi condenado à morte pelo assassinato de seu amigo e colega policial em 2003.

Após 14 anos de disputas judiciais e recursos, sua execução foi suspensa pelo Supremo Tribunal de Lahore no ano passado, provocando indignação. Enquanto aguarda a execução, uma petição de misericórdia permanece pendente perante o Presidente Mamnoon Hussain.

Sarah Belal, diretora executiva do grupo de direitos humanos Justice Project Pakistan, responsável pelo caso de Hayat, enfatizou a necessidade de exercer o perdão presidencial para ” compensar as falhas de um sistema de justiça criminal“.

Não há absolutamente nenhuma política para restringir o número de pessoas sendo sentenciadas à morte ou o número de pessoas sendo executadas no Paquistão“, disse ela à Al Jazeera.

Em um país como o Paquistão, onde nosso sistema de justiça criminal está atolado em corrupção e obrigado ao poder e comete graves erros, não exercer esse poder presidencial é, na verdade, a maior injustiça que posso imaginar“, disse Belal .

Guiné e Mongólia aboliram a pena de morte

Em 2017, a Guiné, juntamente com a Mongólia, aboliu a pena de morte para todos os crimes, elevando o total de estados abolicionistas para 106 até o final do ano.

A Anistia saudou a redução substancial nas sentenças de morte na África Subsaariana como “um farol de esperança para a abolição“.

No total, 20 países da região aboliram a pena para todos os crimes.

No ano passado, apenas dois países – Somália e Sudão do Sul – registraram execuções, em comparação com cinco na região em 2016.

“Os poucos países que continuam a usar a pena de morte estão a tornar-se cada vez mais minoritários e estamos muito esperançados que, não antes de muito tempo, mais e mais países aboliriam a pena de morte e este castigo horrível será coisa do passado, “disse Popoola.

Com informações e imagem de Al-Jazeera

República Islâmica do Irã prende mais de 30 homossexuais e vai sujeitá-los a “testes de sodomia”

“Irã prende mais de 30 homens” gays “, e os submeterá a” testes de sodomia “, de Adelle Nazarian,Breitbart , 21 de abril de 2017 (graças a The Religion of Peace ):

O Irã prendeu mais de trinta homens entre 16 e 30 anos em uma festa particular em Isfahan na semana passada, todos suspeitos de serem homossexuais.

Segundo o  Jerusalem Post , as autoridades invadiram o partido no Distrito Bahadoran do Irã e dispararam suas armas enquanto apreendiam os homens.

Uma instituição iraniana sem fins lucrativos com sede no Canadá para Refugiados chamada Queer (IRQR) informou que os homens foram presos e acusados ​​de sodomia, beber álcool e usar drogas psicodélicas. IRQR informou que os homens também serão “enviados para o Departamento de Jurisprudência Médica de Esfahan para exame anal, a fim de fornecer provas de atos homossexuais para o tribunal”.

O grupo emitiu uma declaração respondendo ao incidente:

Na última quinta-feira, por volta das 20h30, a polícia de Esfahan invadiu uma festa particular em Bahadoran, a região de Esfahan, no Jardim. Depois de disparar vários tiros, eles prenderam mais de 30 homens aparentemente entre as idades de 16 e 30 anos por serem homossexuais.

IRQR recebeu vários relatórios nos últimos dias e foram capazes de confirmar que a polícia atacou convidados e bateu fisicamente. A polícia os deteve na Estação Basij (Milícia da Guarda Revolucionária) e depois os transferiu para a prisão de Esfahan Dastgerd. Algumas pessoas conseguiram escapar e recebemos relatos de que havia vários indivíduos heterossexuais entre os presos.

De acordo com a IRQR, as forças iranianas Basij ou paramilitares notificaram aos familiares dos detidos que seus filhos foram presos por sodomia vários dias depois. Embora um perseguidor especial tenha sido atribuído a seus casos, muitos prisioneiros iranianos não recebem um julgamento justo.

O Irã é documentado por perseguir homossexuais.

Breitbart News  informou que desde a Revolução Islâmica de 1979, o regime iraniano executou mais de 4.000 pessoas LGBT.

Em 2007 , o ex-presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad disse: “No Irã, não temos homossexuais como em seu país. Não temos isso em nosso país. No Irã, não temos esse fenômeno. Não sei quem te disse que o temos.

Pouco depois de suas declarações, o assessor de mídia de Ahmadinejad, Mohammad Kalhor, disse à Reuters que a mídia americana simplesmente entendeu mal o presidente. “O que Ahmadinejad disse  que não era uma resposta política”, disse Kalhor à Reuters. “Ele disse que, em comparação com a sociedade americana, não temos muitos homossexuais”.

Sob a lei sharia no Irã, a homossexualidade é punível com a morte. Se dois homens ou mulheres são vistos beijando em público, eles podem ser punidos por flagelação. Muitas vezes, as pessoas que são encontrados para ser gay ou suspeitos de se engajar em atos homossexuais são enforcados. Os Hadiths também ordenam a morte para homossexuais.

“É escandaloso que a União Européia esteja se acostumando com o comércio do regime iraniano e ignore a homofobia mortal, a desastrosa situação dos direitos humanos, as últimas execuções e as ondas de prisão e a promoção do antissemitismo e do apoio ao terrorismo”, afirmou Stefan Schaden , Ativista de direitos LGBT e porta-voz da campanha “Stop the Bomb” européia, disse ao Jerusalem Post . O regime islâmico do Irã com [Hassan] Rouhani como presidente é tudo, menos “moderado”.

Imagem: The Daily Beast

https://www.jihadwatch.org/2017/04/islamic-republic-of-iran-arrests-over-30-gay-men-will-subject-them-to-sodomy-tests

Mulher britânica “presa em Dubai depois de relatar estupro”

Uma mulher britânica foi acusada de ter relações sexuais extra-conjugais em Dubai depois de relatar que foi estuprada, de acordo com um grupo de aconselhamento jurídico baseado no Reino Unido.

O grupo “Detained in Dubai” disse que a mulher foi presa depois de ter noticiado o estupro por dois homens britânicos.

Ela disse que foi libertada sob fiança, mas seu passaporte foi confiscado.
O Ministério das Relações Exteriores disse: “Estamos apoiando uma mulher britânica em relação a este caso e permaneceremos em contato com sua família.”
A mulher supostamente foi atacada por dois homens de Birmingham, enquanto estava em férias.

De acordo com “Detained in Dubai”, os alegados agressores não tiveram nenhuma acusação contra eles.

No entanto, segundo relatos de jornais, os dois homens também tiveram seus passaportes confiscados.

Entende-se que o Ministério dos Negócios Estrangeiros apoia os dois homens e está em contacto com as suas famílias.

“Detained in Dubai”disse que a mulher pode enfrentar julgamento pelas acusações – para as quais as punições possíveis incluem prisão, deportação, flagelação e até lapidação e morte.

Radha Stirling, fundadora e diretora de “Detained in Dubai” disse que os Emirados Árabes Unidos tinham uma longa história de penalizar as vítimas de estupro.

“Temos estado envolvidos com vários casos no passado, onde isso aconteceu, e trabalhamos com os advogados e as famílias e temos feito campanha para mudar atitudes na polícia e no judiciário.

“Casos recentes … mostram que ainda não é seguro para as vítimas relatar esses crimes à polícia sem o risco de sofrer uma dupla punição”

http://www.bbc.com/news/uk-38013351?SThisFB

Arábia Saudita condena à decapitação um deficiente por ter participado de protesto pacífico

By Paul Antonopoulos –

Munir al-Adam, de 23 anos, foi condenado à morte por supostos “ataques à polícia” durante os protestos na província oriental predominantemente xiita da Arábia Saudita no final de 2011.

Al-Adam é parcialmente cego e já era parcialmente surdo no momento em que as forças sauditas o prenderam, no entanto, ele está agora completamente surdo em um ouvido por causa da brutalidade policial enquanto estava sob custódia.

A família de Al-Adão diz que sua confissão de qualquer crime foi extraída sob tortura.

“O caso terrível de Munir Adam ilustra como as autoridades sauditas estão muito felizes em submeter as pessoas mais vulneráveis à espada do espadachim – incluindo jovens e pessoas com deficiência”, disse o diretor da equipe de Penalty, Maya Foa, de Reprieve.

“Como tantos outros, Munir foi preso por supostamente participar de protestos e foi torturado em uma ‘confissão’ – ele foi tão espancado que perdeu a audição. É um escândalo que Munir agora enfrente decapitação com base em uma declaração falsa já retratada”, acrescentou.

A Arábia Saudita foi recentemente reeleita para o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.

https://www.almasdarnews.com/article/saudi-arabia-behead-disabled-man-peacefully-protested/

Erdogan submeterá restauração da pena de morte ao Parlamento turco

‘O que conta não é o que diz o Ocidente, é o que diz o meu povo’, disse o presidente.

ANCARA — O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou neste sábado que a restauração da pena de morte para os participantes da tentativa de golpe de Estado em julho passado será submetida ao Parlamento, acrescentando que as críticas ocidentais sobre esse assunto “não contam”.

— Nosso governo submeterá isto (a restauração da pena de morte) ao Parlamento. E estou convencido de que o Parlamento a aprovará, e eu a ratificarei — declarou Erdogan durante um discurso em Ancara, sem informar datas para apresentar a iniciativa.

— Logo, logo, não se preocupem. Será em breve, se Deus quiser — disse Erdogan, em resposta à multidão que gritava “queremos a pena de morte” para os autores do golpe fracassado de julho.

Um eventual debate parlamentar sobre a pena de morte se antevê tumultuado, em um momento em que o governo precisa do apoio dos deputados da oposição para reformar a Constituição e instaurar um regime presidencialista.

Desde o dia seguinte à tentativa de golpe de 15 de julho, o presidente Erdogan, prometendo eliminar “os vírus” infecciosos do Estado, mencionou uma possível restauração da pena capital, o que provocou indignação na União Europeia (UE), com quem Ancara mantém relações instáveis.

A pena de morte foi abolida na Turquia em 2004, no âmbito da candidatura de Ancara para entrar na UE, de modo que a sua restauração poderia acabar com as negociações de adesão ao bloco, além de agravar as preocupações relativas ao Estado de direito.

— O Ocidente diz isto, o Ocidente diz aquilo. Me desculpem, mas o que conta não é o que diz o Ocidente, é o que diz o meu povo — afirmou Erdogan, que se pronunciou durante a cerimônia de inauguração de uma estação de trem de alta velocidade na capital turca.

Mais de 35.000 pessoas foram presas na Turquia durante as investigações sobre o golpe fracassado, segundo dados do governo.

Ancara acusa um pregador muçulmano exilado nos Estados Unidos, Fethullah Gulen, de planejar o golpe, e pediu a Washington a sua extradição. Gülen, ex-aliado de Erdogan e hoje o seu maior inimigo, nega qualquer envolvimento.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/erdogan-submetera-restauracao-da-pena-de-morte-ao-parlamento-turco-20385071#ixzz4Od2EvhAL