Execuções em massa por regime aliado deixam EUA em alerta.
WASHINGTON – A onda de execuções que a Arábia Saudita se prepara para promover deixou os EUA em alerta. O país colocou no corredor da morte um jovem que foi preso aos 15 anos por se manifestar contra o reinado, e deve executar outras 51 pessoas a qualquer momento. Aliado próximo, os EUA chegaram a emitir um alerta dizendo que as mortes podem promover manifestações e ações terroristas contra a monarquia saudita.
Abdullah al-Zaher, hoje com 19 anos, foi preso aos 15 quando protestava contra o reinado. Acabou espancado e torturado antes de um julgamento instantâneo decidir pela pena de morte — segundo a família, o adolescente assinou um documento em branco que depois foi usado para supostamente forjar uma confissão de terrorismo.
Ele e outros presos foram levados para a solitária e podem ser degolados a qualquer momento.
— Salvem meu filho da ameaça iminente de morte. Ele não merece morrer por participar de protestos — apelou seu pai, Hassan.
Apesar de considerada parceira próxima dos EUA, a Arábia Saudita é considerada por outros países um regime brutal com os dissidentes, no qual manifestantes podem ser condenados à morte somente por exibirem contrariedade à monarquia.
Num comunicado, o Departamento de Estado pediu a seus cidadãos que evitem ficar próximos a representações diplomáticas da Arábia Saudita ou que esperem transtornos por conta de possíveis ataques terroristas ou manifestações. Ainda assim, não fez qualquer apelo mencionando os direitos humanos.
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