O ano de 2015 não se encerrou e já são pelo menos 300 mil mortos na Síria e 1 milhão e duzentos mil feridos, além de 11 milhões de refugiados e deslocados. Nessa guerra, a maior vítima é a população civil vulnerável, principalmente as crianças, que têm sofrido toda espécie de violação dos direitos humanos.
O Estado Islâmico, as facções terroristas diversas que atuam no território, bem como o próprio regime do ditador Bashar al-Assad juntamente com o Rússia e países que formam a coalizão internacional estão causando o que a própria ONU denomina de “pior crise humanitária do século.”
Num estudo publicado em setembro – antes da Rússia intervir no conflito – de autoria de epidemiologistas especializados em desastres na revista British Medical Journal, afirma que “os civis são o principal alvo dos armamentos e sofrem uma parte desproporcional do ônus dos bombardeios”.
Os pesquisadores, liderados por Debarati Guha-Sapir, relatam que foram documentados ataques suicidas dirigidos especificamente contra menores dentro de colégios e barris-bomba lançados de helicóptero pelas forças governamentais contra hospitais. Apresentam isso como uma prova de que essas bombas, armas supostamente indiscriminadas, estão sendo usadas “de forma seletiva contra crianças e outros grupos civis”.
Entre os dados da pesquisa, um deve ser destacado: os bombardeios golpeiam crianças e mulheres com maior crueldade. De cada 100 mortes causadas por um ataque, 27 são de menores de idade. E vale repetir que essas informações são anteriores ao pesado bombardeio russo que vem arrasando comunidades inteiras!
Dessa forma, é necessário que o desespero da sofrida população síria seja divulgado para que haja uma mobilização global em favor das vítimas do descaso da mídia global e comunidade internacional.
Vejam os retratos mais vergonhosos da omissão de uma humanidade corrompida pelo egoísmo e falta de compaixão: