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Sudão segue Bahrein e Arábia Saudita e corta relações com o Irã

Nesta segunda-feira (4), o Sudão anunciou a decisão de expulsar o embaixador do Irã em Cartum; horas mais tarde, o país se juntou à Arábia Saudita e ao Bahrein e decretou o rompimento dos laços com a República Islâmica, segundo a agência de notícias saudita SPA.

 De acordo com a fonte, o chefe da Administração Presidencial do Sudão notificou por telefone o vice-príncipe herdeiro e ministro da Defesa da Arábia Saudita Muhammad bin Salman a respeito da decisão de expulsar o embaixador iraniano e de convocar o enviado do Sudão no Irã.

“Durante a conversa, o tenente-general Tah [chefe da Administração Presidencial do Sudão] disse que o Sudão decidiu expulsar o embaixador iraniano do país com o resto da missão diplomática e retirar o seu embaixador no Irã”, informou a SPA.

Segundo a agência, o representante do Sudão reafirmou a solidariedade com a Arábia Saudita e condenou a suposta interferência do Irã na região.No domingo (3), a Arábia Saudita disse que iria cortar os laços com o Irã após dois de seus postos diplomáticos terem sido atacados em Teerã e na cidade de Mashhad, ambas na República Islâmica. O Bahrein, em seguida, seguiu o exemplo de Riad e anunciou nesta segunda-feira o rompimento das relações diplomáticas com o Irã.

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Após Arábia Saudita, Bahrein anuncia ruptura de laços diplomáticos com Irã

Decisão vem após disputas envolvendo a execução de um clérigo xiita e ataque à embaixada saudita em Teerã

DUBAI — Num movimento semelhante ao da Arábia Saudita, o Bahrein anunciou nesta segunda-feira que está cortando os laços diplomáticos com o Irã, elevando ainda mais as tensões na região. A decisão vem após disputas envolvendo a execução de um clérigo xiita na Arábia Saudita — ação fortemente condenada pelo Irã — e um ataque posterior de iranianos à embaixada saudita em Teerã.

Manifestantes iranianos invadiram a embaixada saudita em Teerã nas primeiras horas do domingo depois de a Arábia Saudita executar o clérigo xiita Nimr al-Nimr, defensor de protestos antigoverno. Riad retirou seus representantes da missão diplomática no Irã e ordenou que diplomatas iranianos saíssem do reino em 48 horas.

A Arábia Saudita e o Irã são as principais potências sunitas e xiitas na região e estão em lados opostos nos conflitos na Síria e no Iêmen. Governado por um rei muçulmano sunita e população de maioria xiita, o Bahrein acusou o Irã de “aumentar a flagrante e perigosa interferência” nos assuntos internos do Golfo e dos países árabes. E disse que o ataque à embaixada saudita foi parte de um “padrão muito perigoso de políticas sectárias que devem ser confrontadas… a fim de preservar a segurança e a estabilidade em toda a região”.

Os Emirados Árabes Unidos também reagiram ao impasse anunciando a redução de sua representação diplomática em Teerã e o corte no número de diplomatas iranianos no país.

Há temores de que conflitos sectários possam se espalhar na região. Nesta segunda-feira, duas mesquitas sunitas no Iraque foram bombardeadas e um imã foi morto.

Saudita

Os sunitas são o principal ramo do islã, com mais de 80% do total de muçulmanos no mundo. São maioria em praticamente todos os países islâmicos. Já os xiitas são majoritários no Irã, no Iraque, no Líbano e no Bahrein, e constituem uma minoria representativa no Paquistão, na Turquia, no Iêmen, no Afeganistão, na Arábia Saudita e na Síria

IRÃ: PRETEXTO PARA ACIRRAR TENSÕES

O Ministério das Relações Exteriores iraniano acusou Riad de usar o ataque à sua embaixada como um pretexto para acirrar as tensões.

— O Irã tem agido em conformidade com as suas obrigações (diplomáticas) para controlar a ampla onda de emoção popular que surgiu — disse o porta-voz do ministério das Relações Exteriores Hossein Jaberi Ansari em declarações televisionadas. — A Arábia Saudita tira vantagem em prolongar as tensões… usou esse incidente como pretexto para acirrar as tensões.

Ansari acrescentou que diplomatas iranianos ainda não haviam deixado a Arábia Saudita. No domingo, os manifestantes iranianos incendiaram e quebraram móveis na embaixada saudita antes de serem retirados pela polícia, que deteve 40 pessoas.

A Guarda Revolucionária do Irã prometeu “vingança dura” contra a dinastia real sunita da Arábia Saudita pela execução do Nimr no sábado, considerado um terrorista por Riad, mas saudado no Irã como um campeão dos direitos da minoria xiita marginalizados no país. Nimr, o maior crítico da dinastia entre a minoria xiita, passou a ser visto como um líder de jovens ativistas do grupo, que tinham se cansado da incapacidade dos líderes mais velhos.

Além do Irã — país muçulmano majoritariamente xiita e rival da sunita Arábia Saudita — xiitas também protestaram em Bahrein, Iraque, Paquistão e Reino Unido.

Fora do Oriente Médio, países europeus e os Estados Unidos mostraram-se preocupados. A França, aliada de Riad, convocou os responsáveis a fazer todo o possível para evitar o aumento de conflitos sectários e religiosos. Em Berlim, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores afirmou que “a execução reforça a inquietude atual em relação a uma crescente tensão”.

Em nota, o Departamento de Estado dos EUA pediu que a Arábia Saudita respeite e proteja os direitos humanos, e disse temer “a exacerbação de tensões sectárias em um momento em que elas precisam urgentemente ser reduzidas”, sentimento ecoado pela chefe da política externa da União Europeia, Federica Mogherini. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu “calma e moderação”.

As relações entre Arábia Saudita, um país sunita, e Irã, xiita, passam por constantes altos e baixos desde a revolução iraniana de 1979, que acabou com a monarquia do xá e instaurou a República Islâmica.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/apos-arabia-saudita-bahrein-anuncia-ruptura-de-lacos-diplomaticos-com-ira-18403199#ixzz3wHWoYQap

Arábia Saudita anuncia rompimento de relações com o Irã

Decisão segue troca de mensagens duras após execução de clérigo xiita por Riad e invasão da embaixada saudita em Teerã.

RIAD — A Arábia Saudita anunciou neste domingo o rompimento das relações diplomáticas com o Irã. A decisão se segue à troca de mensagens duras após execução do clérigo xiita Nimr al-Nimr por Riad neste sábado e à invasão da representação saudita em Teerã por manifestantes iranianos na noite deste domingo. Além do Irã — país muçulmano majoritariamente xiita e rival da sunita Arábia Saudita — xiitas também protestaram em Bahrein, Iraque, Paquistão e Inglaterra.

 

Segundo o ministro da Relações Exteriores saudita, Adel al-Jubeir, que fez o anúncio, todos os diplomatas irananos devem deixar a Arábia Saudita em um prazo de 48 horas. Jubeir afirmou ainda que Riad não permitirá que a república islâmica xiita mine a segurança do reino sunita. Para o ministro, a invasão da embaixada em Teerã está em linha com outros ataques a representações diplomáticas estrangeiras na capital iraniana e com a política do Irã para desestabilizar a região com a criação de “células terroristas” na Arábia Saudita.

— O reino, à luz destas realidades, anuncia o rompimento das relações diplomáticas com o Irã e pede a partida dos delegados das missões diplomáticas da embaixada, consulado e escritórios em 48 horas. O embaixador foi convocado para notificá-los — disse Jubeir em coletiva com a imprensa transmitida pela TV, convocada logo após que os diplomatas sauditas no Irã chegarem de avião em Dubai depois de serem retirados do Irã na sequência do ataque à embaixada.

Já o vice-chanceler iraniano Hossein Amir-Abdollahian afirmou que a medida era uma tentativa do reino de encobrir “o grande erro da execução de al-Nimr”. Mais cedo, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse que os políticos do reino sunita enfrentariam um “castigo divino”.

— O sangue derramado injustamente deste mártir oprimido, sem dúvida, em breve mostrará seu efeito e a vingança divina cairá sobre os políticos sauditas — afirmou Khamenei na TV estatal.

A Guarda Revolucionária do Irã também havia prometido “vingança dura” contra a dinastia real sunita da Arábia Saudita pela execução do Nimr no sábado, considerado um terrorista por Riad, mas saudado no Irã como um campeão dos direitos da minoria xiita marginalizados no país. Nimr, o maior crítico da dinastia entre a minoria xiita, passou a ser visto como um líder de jovens ativistas da seita, que tinham se cansado da incapacidade dos líderes mais velhos.

Fora do Oriente Médio, países europeus e os Estados Unidos mostraram-se preocupados. A França, aliada de Riad, convocou os responsáveis a fazer todo o possível para evitar o aumento de conflitos sectários e religiosos. Em Berlim, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores afirmou que “a execução reforça a inquietude atual em relação a uma crescente tensão”.

Em nota, o Departamento de Estado dos EUA pediu que a Arábia Saudita respeite e proteja os direitos humanos, e disse temer “a exacerbação de tensões sectárias em um momento em que elas precisam urgentemente ser reduzidas”, sentimento ecoado pela chefe da política externa da União Europeia, Federica Mogherini. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu “calma e moderação”.

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