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Pesquisa mostra que a maioria dos franceses se opõe à venda de armas à coalizão contra o Iêmen liderada pela Arábia Saudita

Segundo pesquisa de YouGov divulgada pela Reuters, 75% dos franceses querem que o presidente Emmanuel Macron suspenda as exportações de armas para países, incluindo Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, envolvidos na guerra do Iêmen.

Macron tem sido pressionado para reduzir o apoio militar aos dois países do Golfo Pérsico devido à preocupação de que as armas francesas estejam sendo usadas na ofensiva que marca seu terceiro ano na segunda-feira.

Os dois Estados do Golfo Pérsico estão liderando uma coalizão que luta contra o grupo Houthi, alinhado com o Irã, que controla a maior parte do norte do Iêmen e da capital Sanaa. O conflito já matou mais de 10 mil pessoas e desalojou mais de três milhões.

A pesquisa mostrou que 88 % dos entrevistados acreditam que seu país deve parar as exportações de armas para todos os países onde há um risco de serem usadas ​​contra populações civis e especificamente 75 % para aqueles que operam no Iêmen.

Leia:  Daesh afirma tiro na França, não fornece provas

Sete em cada dez pessoas disseram que o governo deveria parar de exportar armas para a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.

“Por ocasião do terceiro aniversário da guerra da Arábia Saudita no Iêmen, é hora de o governo (francês) ouvir essa mensagem”, disse Eoin Dubsky, gerente de campanha da ONG SumOfUs, que encomendou a pesquisa.

Emmanuel Macron, que se apresenta ao mundo como um presidente humanista, deve passar de palavras para ações.”

A pesquisa acontece enquanto alguns Estados europeus, especialmente a Alemanha, cortam laços com a coalizão militar liderada pela Arábia Saudita. França, Grã-Bretanha e os Estados Unidos não seguiram o exemplo.

A França é o terceiro maior exportador de armas do mundo e conta com a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos entre seus maiores compradores.

Leia:  Nenhum sinal da França revendo as vendas de armas para a coalizão liderada pelos sauditas do Iêmen – fontes

Ao contrário de muitos do seus aliados, os procedimentos franceses de licenciamento de exportação não têm freios ou contrapesos parlamentares, tornando o sistema particularmente opaco.

A pesquisa mostrou que 69% das pessoas queriam ver o fortalecimento do papel do parlamento francês no controle das vendas de armas.

A pesquisa foi realizada on-line entre 20 e 21 de março com uma amostra de 1.026 pessoas de várias vertentes da população francesa com 18 anos ou mais.

Com informações e imagens de Middle East Monitor

Estado Islâmico negocia escravas sexuais em aplicativos populares

Em conversas criptografadas, meninas são vendidas por Telegram, Facebook e Whatsapp

KHANKE, Iraque — A descrição em árabe é assustadora: “Virgem. Bonita. De 12 anos. Seu preço já está em US$ 12,5 mil e será logo vendida”. A propaganda aparece em uma das conversas criptografadas em que o Estado Islâmico (EI) vende suas milhares de escravas sexuais no Iraque. Os extremistas agora negociam o comércio de mulheres e meninas em aplicativos populares — sobretudo o Telegram, o Facebook e o Whatsapp.

A Associated Press obteve fotos de 48 prisioneiras, enviadas por uma mulher que conseguiu escapar das mãos dos jihadistas. Elas vestem roupas finas e algumas delas usam muita maquiagem. Elas olham sombriamente para a câmera. Algumas aparentam acabar de ter saído da adolescência. Nenhuma delas parece maior de 30 anos.

Além da publicação sobre a menina de 12 anos em um grupo com centenas de membros, outro aviso no Whatsapp oferecia uma mulher com seus filhos: um de 3 anos e outro de 7 meses. O custo era de US$ 3,7 mil.

Enquanto o Estado Islâmico perde controle de uma cidade após a outra em seu auto-proclamado califado, o grupo vem aumentando seu controle sobre seus prisioneiras. Para isso, contam com um banco de dados com as suas fotos e os nomes dos seus proprietários, para evitar que elas escapem. Quem tenta resgatá-las é assassinado pelo grupo.

Mirza Danai, fundadora de um grupo para ajuda humanitária no Iraque, diz que o banco de dados trata as mulheres como se fossem uma mercadoria.

— Registram cada escrava com o nome do seu dono. Se a mulher escapa, todos os serviços de segurança e os postos de controle são informados — explica Danai.

Dentre as meninas nas fotos, está Nazdar Murat. Ela tinha 16 anos quando foi sequestrada junto a outras duas dezenas de mulheres. Elas haviam escapado de seu vilarejo no Sinjar quando o Estado Islâmico tomou a região. A sua mãe, Nouri Murat, disse em um centro de acolhimento a deslocados no Norte do Iraque que Nazdar telefonou para casa uma vez há seis meses.

— Falamos por poucos segundos. Ela disse que estava em Mossul — disse Nouri. — Cada vez que alguém volta, perguntamos o que aconteceu e ninguém sabe nada sobre ela. Há quem diga que ela suicidou.

As fotos contrabandeadas oferecem às famílias das meninas a esperança de que talvez voltem a vê-las. No entanto, as imagens já serviram à venda de muitas destas meninas em negociações por aplicativos digitais. Dentre os mais utilizados, estão o Telegram, o Facebook e o Whatsapp.

— O Telegram é muito popular no Oriente Médio e em outras regiões. Lamentávelmente, isto inclui tanto elementos marginais como as grandes massas que respeitam as leis — disse o representante do Telegram, Markus Ra, assegurando que a empresa faz todo o possível para evitar abusos e rotineiramente elimina canais públicos utilizados pelo EI.

DRAMA HUMANITÁRIO

Milhares de yazidis foram presos e outros milhares foram mortos quando os combatentes jihaditas tomaram vilarejos do Norte do Iraque em agosto de 2014. Desde então, as meninas desta etnia foram submetidas à escravidão sexual. Estima-se que 2.554 delas já tenham sido libertadas por contrabandistas. Mas, desde maio, o ritmo das libertações foi muito reduzido e apenas 39 foram resgatadas nas últimas seis semanas, segundo o governo regional curdo.

Lamiya Aji Bashar tentou escapar quatro vezes antes de finalmente conseguir sair das mãos dos jihadistas com a ajuda de um contrabandista em março. A fuga foi uma odisseia, já que ela foi perseguida por combatentes do EI. Duas meninas que escaparam com ela morreram ao pisar em uma mina terrestre. Lamiya perdeu a visão do olho direito por causa da explosão, que deixou grandes cicatrizes em seu rosto.

Em uma cama na casa do seu tio em Baadre, um vilarejo do Norte do Iraque, a jovem de 18 anos disse que, apesar do rosto desfigurado, não se arrepende de ter fugido:

— Mesmo que tivesse perdido a vista em ambos os olhos, teria valido a pena porque sobrevivi.

Os yazidi estão na mira do EI porque têm crenças antigas que combinam elementos do islamismo, do cristianismo e do zoroastrismo — o que faz com que os extremistas sunitas os considerem infiéis. Calcula-se que a população yazidi já tenha sido de 500 mil pessoas antes da guerra. Não se sabe quantos existem hoje.

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Estado Islâmico vende escravas sexuais no Facebook

Jihadistas tentam aumentar receita enquanto sofrem crise econômica.

RIO — O Estado Islâmico (EI) começou a vender escravas sexuais pelo Facebook numa tentativa de levantar fundos. O grupo terrorista luta contra uma crise econômica após bombardeios da coalizão internacional liderada pelos EUA terem atingido suas instalações de petróleo, rotas de contrabando e bancos.

Agora, os jihadistas procuram outras formas para pagar combatentes e financiar atividades. Em poucas horas, no entanto, a conta foi fechada pelo Facebook.

“Para todos pensando em comprar um escravo, esta aqui custa US$ 11.000”, dizia uma publicação atribuída a um combatente jihadista alemão chamado Abu Assad Almani.

Acredita-se que a mulher que aparece na publicação tenha 18 anos, segundo “The Washington Post”. Ela tem a pele morena e os cabelos escuros.

Outra mulher à venda pelo mesmo valor foi filmada pelas câmeras chorando.

“O que faz ela valer este preço? Ela tem alguma habilidade excepcional?” perguntou um simpatizante do Estado Islâmico sobre a mulher.

“Não”, respondeu Alamani. “A oferta e a demanda fazem ela valer este preço”.

Mais de 700 escravas sexuais já foram submetidas aos cuidados de médicos das Nações Unidas, após terem conseguido escapar das mãos dos jihadistas. A maioria delas são da minoria yazidi, que há muito tempo sofrem de perseguições no Iraque.

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Famílias iraquianas recorrem a venda de órgãos contra pobreza

O agravamento da pobreza no Iraque nos últimos anos está levando muitas famílias a apelar para a venda de órgãos.

É o caso da família de Om Hussein, uma mãe iraquiana que chegou ao limite de suas forças e, desesperada, não viu outra saída.

Assim como milhões de pessoas no país marcado por mais de uma década de guerras e violência, ela, o marido e quatro filhos enfrentam fome e miséria para sobreviver.

O marido, Ali Hussein, está desempregado. Ele é diabético e tem problemas cardíacos. Há nove anos que a família é sustentada por Om, que trabalha como empregada doméstica.

Mas ela diz estar ficando sem condições de trabalhar.

“Estou cansada e ficamos sem dinheiro para pagar aluguel, remédios, comida e as necessidades das crianças”, conta ela, na casa de um quarto no leste de Bagdá, onde a família está morando temporariamente.

A casa onde a família morava estava tão deteriorada que desabou há alguns meses; eles têm sobrevivido graças à ajuda de amigos e parentes.

BBC
Image captionCasa onde família morava desabou e agora eles vivem em imóvel com apenas um quarto

“Trabalhei em tudo o que você pode imaginar”, conta o marido, Ali. “Açougueiro, diarista, catador de lixo. Eu não pediria dinheiro, mas eles deram”, disse Ali.

“Eu diria para o meu filho pegar pão jogado fora na rua e nós comeríamos, mas nunca pedi comida ou dinheiro.”

Sacrifício

Em meio a tanta pobreza, Om Hussein decidiu fazer um grande sacrifício.

BBC
Image captionAli Hussein está desempregado e tem problemas de saúde

“Decidi vender um dos meus rins. Eu não podia mais sustentar minha família. Seria melhor do que vender meu corpo ou viver de caridade”, disse.

O casal encontrou um traficante de órgãos, mas exames iniciais mostraram que os rins de Om e de seu maridos não eram saudáveis o bastante para aguentar um transplante.

Decepcionados, o casal pensou em uma solução desesperada.

“Por causa de nossa situação miserável até pensamos em vencer o rim de nosso filho”, disse Ali apontando para o filho de nove anos, Hussein.

“Faríamos qualquer coisa menos pedir esmolas. Por que nós chegamos a isso?”

A família não foi tão longe, mas dizem que só de pensar na possibilidade todos já ficaram desolados.

O comércio

A crescente pobreza no país deu grande impulso ao tráfico de rins e outros órgãos em Bagdá.

Segundo estatísticas do Banco Mundial relativas a 2014, cerca de 22,5% da população do Iraque, de quase 30 milhões de pessoas, vivem na miséria.

Gangues oferecem até US$ 10 mil (quase R$ 36 mil) por um rim e têm se aproximado dos iraquianos mais pobres, transformando o país em um novo centro do comércio de órgãos no Oriente Médio.

BBC
Image captionA pobreza no Iraque leva famílias ao desespero e à tentativa de vender órgãos do corpo

“O fenômeno é tão espalhado que as autoridades não tem como combatê-lo”, disse Firas al-Bayati, advogado ligado a defesa de direitos humanos.

“Nos últimos três meses lidei pessoalmente com 12 pessoas que foram presas por vender os próprios rins. E a pobreza era a razão por trás destes atos.”

“Imagine este cenário: um pai desempregado que não tem nenhuma fonte de renda para sustentar os filhos. Ele se sacrifica e ainda é preso. Considero-o uma vítima; tenho que defendê-lo”, diz ele.

Nova lei

Em 2012, o governo aprovou uma nova lei para combater o tráfico de pessoas e órgãos.

BBC
Image captionA doação de órgãos só pode ocorrer entre familiares, mas é fácil falsificar documentos

Apenas familiares podem doar os órgãos para outra pessoa e com consentimento mútuo.

Mas a partir daí, os traficantes passaram a usar documentos de identidade falsos, tanto do comprador como do vendedor, para provar que seriam da mesma família.

“É muito fácil falsificar documentos de identidade. Mas, em breve, o governo vai introduzir novas identidades biométricas, que são impossíveis de falsificar”, disse al-Bayati.

As penas por quem comercializa órgãos varia de três anos de prisão à pena de morte e, segundo Firas al-Bayati, os juízes não costumam aceitar a pobreza como justificativa para o crime.

Na prisão

A reportagem da BBC teve acesso a uma prisão iraquiana para se encontrar com um homem que foi preso depois de oferecer rins para vender.

Mohammed, que preferiu não dar o nome completo, está em uma prisão de segurança máxima junto com outras dez pessoas condenadas por tráfico de órgãos.

“No começo eu não me sentia culpado”, disse Mohammed, que tem dois filhos.

“Encarava como uma causa humanitária, mas depois de alguns meses neste negócio comecei a questionar a moralidade – principalmente por causa das condições miseráveis dos vendedores de órgãos. Partiu meu coração ver jovens fazendo isto por dinheiro.”

BBC
Image captionMédico afirma que, em alguns casos, há dúvidas sobre a ocorrência do tráfico de órgãos, mas eles temem pela vida do paciente

Ele foi preso em frente a um hospital público de Bagdá em novembro de 2015 depois que um policial fingiu ser um possível comprador.

A maioria dos transplantes ilegais de órgãos ocorre em hospitais particulares, especialmente no Curdistão iraquiano, segundo Mohammed. Nesta região há menos restrições do que em Bagdá.

Mas retiradas de órgãos ou transplantes acabam sendo realizados também em hospitais públicos; os cirurgiões dizem que é muito difícil analisar os documentos de cada caso.

“Não há lei no mundo que responsabilize o cirurgião por isso”, disse Rafe al-Akili, cirurgião no Centro de Doenças e Transplantes Renais de Bagdá.

“É verdade que, em alguns casos, temos dúvidas, mas não é o bastante para impedir a cirurgia pois, sem ela, as pessoas vão morrer.”

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/04/160420_iraque_venda_orgaos_fn

A herança envenenada do livro escrito por Hitler

A partir de 1º de janeiro de 2016, Mein Kampf se tornará de domínio público,por ser o ano seguinte aos 70 anos da morte de seu conhecidíssimo autor, como estipula a legislação vigente. A partir de então, qualquer editora poderá fazê-lo chegar de novo às livrarias. Na Alemanha, o land da Baviera, proprietário até agora dos direitos intelectuais sobre a obra que foi o principal instrumento de propaganda do Terceiro Reich, autorizou pela primeira vez uma nova edição científica do volume, que terá 2.000 páginas e será vendido a 59 euros (235 reais) a partir do início de janeiro.

MAIS INFORMAÇÕES

Na França, entretanto, a eventual reedição do livro provoca uma amarga polêmica. A editora Fayard acaba de anunciar uma edição parecida com a alemã para 2018, o que semeou o pânico entre políticos e historiadores, divididos em dois grupos irreconciliáveis. Os refratários ao projeto são encabeçados pelo político antiliberal Jean-Luc Mélenchon, ex-líder de correntes da Frente de Esquerda, que vive o paradoxo de compartilhar a mesma editora com Mein Kampf. “Quem precisa lê-lo? Que utilidade pode ter conhecer ainda mais os delírios criminosos que contém?”, declarou em uma carta aberta à sua editora.

O mundo acadêmico tampouco está de acordo sobre a conveniência de reeditar o livro assinado em 1924 por Hitler. A historiadora Annete Wieviorka, grande especialista na Shoah, se opôs ao projeto, que considera manchado pelo mercantilismo. Por sua vez, aprovam a reedição especialistas como Robert Paxton e Denis Peschanski, que colaborou na edição dos diários de Goebbels e foi responsável por uma inovadora mostra sobre a Ocupação no início do ano. “Para conhecer a ideologia nazi e seu impacto social é inevitável conhecerMein Kamf”, argumenta.

Um grupo de jovens historiadores, liderados por André Loez, propõe que seja publicado somente na Internet. “É a única forma de nos assegurarmos de que o livro não será fetichizado, que nunca veremos filas na Fnac ou o Mein Kampf no topo da lista dos mais vendidos”, declarou ao Le Monde.

http://brasil.elpais.com/brasil/2015/11/25/internacional/1448466007_576932.html

Estado Islâmico vende escravas a combatentes feridos

O grupo extremista Estado Islâmico vendeu várias prisioneiras de guerra não muçulmanas “como escravas” aos seus combatentes feridos ou mutilados no nordeste da Síria.

O diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abderrahman, explicou que estas mulheres são “exploradas sexualmente”, além de efetuarem trabalhos domésticos e ajudarem os combatentes.

A organização não-governamental (ONG) acrescentou que o EI decidiu vender as escravas por as famílias das populações locais não autorizarem casamentos das suas filhas com ‘jihadistas’ feridos em combate.

O OSDH, com sede em Londres e uma ampla rede de ativistas na Síria, obteve testemunhos sobre as escravas na periferia da zona leste de Deir al Zur, capital da província homónima, sob controlo do EI.

A ONG explicou que a venda de mulheres capturadas pelo EI, na Síria e no Iraque, é um negócio muito lucrativo para os dirigentes e membros do grupo ‘jihadista’.

Os ‘jihadistas’ consideram estas mulheres, na maioria dos casos yazidis, minoria religiosa do norte do Iraque, “espólio da guerra contra os hereges”.

Em julho passado, o EI vendeu 42 prisioneiras yazidis na localidade de Al Mayadin, no leste da província síria de Deir al Zur, por valores que rondavam entre os 500 e os dois mil dólares por mulher.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=4875687

“Para quem quiser pagar”: Estado Islâmico coloca reféns a venda na internet

Grupo extremista ressaltou ainda que se trata de uma “oferta por tempo limitado”

O grupo extremista Estado Islâmico, que proclamou um califado nos territórios que domina no Iraque e na Síria há mais de um ano, agora está vendendo reféns na internet. Esta semana, dois anúncios com os nomes e perfis de um chinês e um norueguês sequestrados pelos jihadistas foram publicados na internet, junto de um número de telegrama e a frase “para quem quiser pagar o resgate por sua libertação e transferência”. A publicação ainda ressalta que se trata de uma “oferta por tempo limitado”, segundo informações do Vocativ.

Refém chinês foi identificado como Fan JinghuiReprodução/ Daily Mail

Nas imagens, ambos os reféns aparecem vestindo macacões de prisão amarelos. De acordo com informações do Daily Mail, os homens foram identificados como o norueguês Ole Johan Grimsgaard-Ofstad, de 48 anos natural de Oslo, e o chinês Fan Jinghui, um consultor independente de 50 anos natural de Pequim.

Estado Islâmico matou quase 100 pessoas em um mês

Estado Islâmico dinamita parte do templo de Bel em Palmira

De acordo com os anúncios, os governos da Noruega e da China se recusaram a pagar o resgate pelos reféns. Cada um deles “foi abandonado por seu governo”, diz o texto.

Ainda segundo o Daily Mail, o primeiro-ministro norueguês, Erna Solberg, confirmou nesta quarta-feira (9) que um norueguês “na casa dos 40 anos está sendo mantido refém na Síria desde meados de janeiro deste ano. No entanto, ele negou que o país vá pagar para o Estado Islâmico libertá-lo.— Nosso objetivo é trazer nosso cidadão de volta para casa. Mas quero deixar muito claro que este é um caso bastante exigente.

Os anúncios foram publicado na última edição da revista on-line do Estado Islâmico, que também inclui ofensas a grupos rivais, como o Talebã, e uma foto do menino sírio encontrado afogado em uma praia na Turquia na semana passada. De acordo com a publicação, sua morte serviu como um aviso para todos aqueles que querem fugir dos territórios controlados pelo Estado Islâmico na Síria e no Iraque.

http://noticias.r7.com/internacional/para-quem-quiser-pagar-estado-islamico-coloca-refens-a-venda-na-internet-10092015

Estupradas, agredidas e vendidas: meninas relatam abusos nas mãos do Estado Islâmico

Três jovens yazidis que escaparam de extremistas do Estado Islâmico relatam experiências para muçulmanos em escolas britânicas.

Três jovens mulheres da minoria religiosa yazidi que foram usadas como escravas sexuais pelo grupo militante auto denominado Estado Islâmico narraram as suas terríveis histórias em Londres.

As moças são frágeis, bonitas e continuam muito assustadas.

Elas temem mostrar os rostos, porque, segundo elas, têm amigos e família reféns dos fanáticos que poderiam sofrer represálias, caso suas identidades sejam reveladas.

É difícil imaginar o que poderia ser pior do que elas já sofreram.

“Éramos estupradas até cinco vezes por dia”, diz Bushra, de 20 anos. “Uma menina foi ao banheiro e cortou os pulsos, mas não morreu. Eles cortaram o pescoço dela. Os guardas me mandaram identificá-la: ‘É uma amiga sua’. Eu não consegui reconhecê-la. O rosto dela estava coberto de sangue. Os guardas a enrolaram em um lençol e jogaram o corpo no lixo.”

Para minorias religiosas, o avanço das tropas do EI sobre enormes regiões da Síria e do Iraque é uma ameaça constante. Qualquer um que contrarie de alguma maneira o projeto de califado dos extremistas está sujeito a duras penas.

Para o grupo, a única lei é a sharia (o código legal islâmico), e infiéis não têm vez. Como os yazidis não são nem cristãos nem muçulmanos, mas adoram um deus pagão, aos olhos dos fanáticos muçulmanos são adoradores do demônio, e o seu extermínio é justo.

Bushra conta como aconteceu a invasão do seu povoado, há exatamente um ano.

Invasão do vilarejo
“Certa noite, fomos atacados perto de dois vilarejos. A batalha durou até às 6h. Parentes no vilarejo mais próximo nos aconselharam a fugir, porque não havia soldados peshmerga, só yazidis. Mas no nosso povoado, os peshmerga disseram que não precisávamos nos preocupar e que nos protegeriam.”

Só que as forças peshmerga curdas não resistiram ao EI, e invadiram o nosso vilarejo.

 'Éramos estupradas até cinco vezes por dia', diz vítima  (Foto: BBC)‘Éramos estupradas até cinco vezes por dia’, diz vítima (Foto: BBC)

Noor, de 21 anos, continua a história.

“Eles separaram homens, mulheres e crianças. Os homens foram levados para ser fuzilados. Eu tinha sete irmãos, só um conseguiu escapar. Os outros seis estão desaparecidos. A minha mãe foi levada junto com umas 70 moradoras mais idosas. Vimos uma escavadeira chegar e ouvimos tiros.”

Só as jovens foram poupadas, e muitas prefeririam não ter sido.

Munira, de 16 anos, disse que as moças foram reunidas numa sala de aula e começaram o processo de seleção.

“Os comandantes do EI têm entre 50 e 70 anos. Eu tinha 15 quando fui escolhida por um deles. Ele disse que meninas são melhores que as mais velhas. Normalmente, escolhem as mais bonitas e jovens.”

Depois de algumas semanas, ele se cansou dela. “Abu Mohammed disse: ‘Tive essa menina quando ela era virgem. Agora me cansei dela. Quero outra’.”

“Fui vendida para Abu Abdullah, que também me estuprou. Ele se cansou de mim depois de uns poucos dias e me vendeu para Emad. Se eu não tivesse escapado, teria sido vendida de novo.”

As moças eram espancadas e estupradas diariamente. Mesmo traumatizadas e exaustas, não pensaram duas vezes quando surgiu a oportunidade de fugirem. Noor foi flagrada ao tentar pular pela janela. O seu “dono”, Salman, a puxou de volta e disse que seria punida.

“Castigo”
“Salman e seus ajudantes me bateram e me queimaram com pontas de cigarro. Salman mandou que eu tirasse a roupa e disse: ‘Eu te avisei para você não tentar fugir. Agora, você vai ver o seu castigo.”

“Ele deixou outros seis soldados entrarem e trancou a porta. Eles me estupraram brutalmente. Nem sei quantas vezes.”

As três moças acabaram escapando e foram morar em campos de refugiados no Iraque.

 Vítimas do autoproclamado Estado Islâmico contam histórias de abuso e sofrimento  (Foto: BBC)Vítimas do autoproclamado Estado Islâmico contam histórias de abuso e sofrimento (Foto: BBC)

De lá, foram trazidas para a Inglaterra pela organização humanitária AMAR, que trabalha na divulgação da história delas para combater as campanhas que já levaram várias jovens britânicas a deixar o país e se unir ao EI.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/07/estupradas-agredidas-e-vendidas-meninas-relatam-abusos-nas-maos-do-ei.html

Durante uma palestra na Bristol City Academy, Noor, Bushra e Munira ficaram sentadas ao lado de três adolescentes.

Pouco depois do ataque aos yazidis, a adolescente Yusra Hussein, de 15 anos, abandonou a escola em que terminava o ensino médio para entrar no Estado Islâmico.

Nasra Ahmed, de 18 anos, diz estar em contato com Yusra e outras jovens seduzidas pelo EI pelas redes sociais. “Elas têm uma bela casa, marido, dinheiro. Tudo o que uma menina de 15 anos pode querer.”

“É tudo mentira”, responde Noor, irritada. “Eles te prometem uma bela casa, empregados e um carro, mas é tudo mentira.”

‘Não vá!’
Outra jovem de Bristol, Ikram Hassan, de 14 anos, pergunta que conselho elas dariam a outras meninas que pensam em se juntar aos militantes islâmicos.

“O meu recado é: Não vá!” diz Munira. “Você vai ser estuprada, espancada e vendida para outros homens. Eles são criminosos.”

Em outra escola, desta vez em Birmingham, na região central da Inglaterra, professores e líderes comunitários tentam passar o mesmo recado através da campanha Open Your Eyes (Abra os Olhos, em tradução livre). Eles mostram vídeos de atrocidades do EI.

A maioria muçulmana da escola assiste ao filme respeitosamente, mas só parece realmente interessada quando as três jovens yazidis entram na sala para conversar.

Nasra conta a sua história de estupros e mortes ao grupo.

“Me sinto morrendo por dentro quando ouço falar em meninas querendo ir para lá. Eu não desejo a ninguém o que eu vi e experimentei por lá.”

Os alunos ficam visivelmente chocados. Um deles pede desculpas em nome da maioria dos muçulmanos, pacífica. O contato direto com moças da mesma idade causou um impacto.

Infelizmente, as três jovens yazidis têm que voltar para o Iraque no dia seguinte.

A pele do monstro – uniforme de Göring é vendido na Inglaterra

Victor Grinbaum – MENORAH BRASIL

Um antiquário da cidade de Plymouth, no sudoeste da Inglaterra, está vendendo um conjunto de túnica militar e calça que teriam pertencido a Hermann Göring, fundador da Gestapo e segundo homem na hierarquia do regime nazista. No paletó, parte de um dos vistosos uniformes que o militar amava envergar, ainda possui bordado no paletó a águia nazista do lado direito do peito, além de galões nos ombros e furos onde se penduravam condecorações e joias. O preço pedido pelo infame suvenir é de 85 mil libras (cerca de R$ 393 mil).

De acordo com John Cabello, proprietário do antiquário, a roupa “nunca foi lavada e tem um valor alto, pois o tecido ainda está impregnado com o suor de Göring e tem manchas de comida”. Ela também revela a corpulência de seu antigo dono, um obeso mórbido obcecado por vinhos raros e comidas extravagantes. “Os níveis de tensão nas pregas da túnica, juntamente com a pressão sobre os botões demonstram que essa roupa foi usada por alguém com excesso de peso”, comentou o antiquário, que complementou:

“Ele tinha o hábito de enfiar a mão esquerda no bolso enquanto caminhava e conversava. Por isso, o desgaste no bolso esquerdo é substancialmente maior do que no direito”.

A peça de vestuário foi confeccionada pelo alfaiate vienense Tiller, que forneceu fardas para a cúpula nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. O corte do paletó é de qualidade, mas o tecido utilizado é de baixíssima categoria, o que revela a dificuldade de obtenção de materiais durante a Guerra.

Não se sabe como o uniforme chegou até os dias atuais. Após a derrota da Alemanha em 1945, Hermann Göring foi capturado pelas tropas aliadas e julgado pelo Tribunal de Crimes de Guerra de Nurenberg. Ele foi condenado à morte por enforcamento, mas cometeu suicídio ao ingerir uma cápsula de cianeto em sua cela, na noite anterior à data marcada para sua execução.

Fonte: https://www.facebook.com/menorahbrasil?fref=ts