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Índia: advogado diz que mutilação genital “é parte essencial do Islã, não pode ser submetida a escrutínio judicial”

A comunidade muçulmana de Dawoodi Bohra justificou a mutilação genital feminina (MGF) na Suprema Corte chamando-a de aspecto integrante da prática religiosa.

Nova Deli: Abhishek Manu Singhvi, advogado representando a comunidade de Dawoodi Bohra, justificou na Suprema Corte, na terça-feira, a mutilação genital feminina (FGM) e chamou-a de um aspecto integrante da prática religiosa.

Fazendo essa argumentação diante de uma bancada de três juízes composta pelo presidente da Suprema Corte Dipak Misra e os juízes AM Khanwilkar e DY Chandrachud ouvindo petições da defensora Sunita Tihar e outros desafiando a prática da MGF, o Dr. Singhvi afirmou que tem a sanção de textos religiosos.

Ele disse: “É um aspecto essencial do Islã e não pode ser submetido ao escrutínio judicial. Citando textos religiosos, ele demonstrou que esta prática tem sido seguida há séculos.

FGM ou ‘khatna’ é uma prática predominante entre a comunidade religiosa Dawoodi Bohra da seita xiita, embora seja um crime e uma ofensa punível. Esta prática é uma tradição milenar nesta comunidade para marcar a chegada da feminilidade. O tribunal já havia expressado oralmente sua desaprovação a essa prática.

O Centro havia apoiado os peticionários afirmando que a MGF é um crime com uma punição de sete anos de prisão “sob as leis existentes” e que o tribunal pode esclarecer ainda mais sobre o assunto e emitir diretrizes. Também apontou que as Nações Unidas descontinuaram essa prática e a MGF foi banida nos EUA, Reino Unido, Austrália, Canadá e 27 países africanos e não deve ser permitida a continuidade.

Os peticionários descreveram a prática como “desumana” e “violativa” dos direitos das meninas nos termos do Artigo 14 da Constituição (Direito à Igualdade) e do Artigo 21 (Direito à Vida). Eles procuraram uma direção para declarar que é ilegal e inconstitucional, não-compostável e uma ofensa inatacável.

Eles também pediram ao tribunal para formular diretrizes para conter a prática e emitir instruções para os chefes de polícia estaduais tomarem medidas contra aqueles que se entregam a tal prática.

Os argumentos continuarão em 9 de agosto.

Com imagem e informações The Asian Age

Iraque: Grupos sunitas e xiitas também perseguem os cristãos

Milícias são apoiadas pelo Irã, que endossa a violência dos agressores, estimulando a destruição de igrejas, casas de cristãos, empresas e até locais de interesse cultural

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Relatórios da Portas Abertas indicam que os cristãos iraquianos estão sendo perseguidos pelo Estado Islâmico (EI) e agora também por outros grupos radicais, como os sunitas terroristas e milícias xiitas. Essas milícias são apoiadas pelo Irã, que endossa a violência dos agressores, estimulando a destruição de igrejas, casas de cristãos, empresas e até locais de interesse cultural.

De acordo com um líder cristão, eles acreditam que as propriedades dos seguidores do cristianismo pertencem a eles e que podem ser tomadas sem maiores consequências. “Desde que o Iraque vem sendo governado por uma maioria xiita, a influência do Irã aumentou consideravelmente e com a chegada do EI, esse país está cada vez mais presente aqui no Iraque, através de seus militares, que cometem crimes contra a humanidade, atacando em especial os sunitas e a minoria cristã”, comenta um dos analistas de perseguição.

O analista disse que os grupos sunitas estão desaparecendo do país. “O papel da comunidade internacional, de reconhecer que o Estado Islâmico está cometendo genocídio no Iraque e na Síria, tem sido algo positivo para combatê-los, pelo menos de alguma forma. Como está não pode continuar”, diz o analista. A igreja no Iraque, que é o segundo país na Classificação da Perseguição Religiosa de 2016, vem sendo atacada da forma mais violenta e os conflitos na região Iraque-Síria estão sendo discutidos no mundo todo. O Iraque chama a atenção dos cristãos livres para que orem e contribuam com as pessoas que, apesar da perseguição e do risco de morte, preferem ficar em seus países e servir a Jesus em todo o tempo.

Já em seu segundo ano, e com o agravamento da perseguição também na Síria, a campanha Mantenha a Igreja Viva no Iraque e Síria torna-se permanente, dando ao cristão brasileiro a oportunidade de ajudar a Igreja Perseguida do Oriente Médio. Os projetos de ajuda socioeconômica na região cresceram em média 53% e cerca de 200 mil refugiados foram beneficiados com a distribuição de alimentos, roupas, aquecedores e medicamentos. “Jesus continua presente mesmo através dos poucos cristãos que restam no Iraque. Nós não temos medo. Muitos morreram ou fugiram, as igrejas foram bombardeadas, mas continuamos a pregar entre os escombros”, disse um líder cristão, que não pode ser identificado por motivos de segurança.

Iraque e Síria precisam muito das nossas orações 
Há várias formas de estender a mão para a Igreja Perseguida. Você pode se lembrar deles em suas orações, colaborar com os projetos que já estão em andamento ou participar do Domingo da Igreja Perseguida (DIP), intercedendo por eles em sua igreja e pelos demais cristãos que estão sofrendo e clamando a Deus por um milagre.

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https://www.portasabertas.org.br/noticias/2016/03/grupos-sunitas-e-xiitas-tambem-perseguem-os-cristaos

EUA dizem que “Estado Islâmico” cometeu genocídio

Kerry reconhece que grupo terrorista tenta dizimar minorias cristãs e yazidis, além de muçulmanos xiitas na Síria e no Iraque. Medida não deixa claro se serão tomadas novas ações para combater os extremistas.

O secretário de Estado americano, John Kerry, disse nesta quinta-feira (17/03) que o Estado Islâmico (EI) pratica genocídio contra minorias cristãs e yazidis e contra muçulmanos xiitas no Iraque e na Síria.

“O fato é que o Daesh [termo árabe para o EI] mata cristãos por serem cristãos. Yazidis por serem yazidis. Xiitas por serem xiitas”, afirmou Kerry, que acusou os terroristas de crimes contra a humanidade e limpeza étnica. “A visão de mundo do grupo é baseada em eliminar aqueles que não seguem a sua ideologia perversa.”

O Congresso americano vinha pressionando a Casa Branca a apresentar uma investigação sobre a prática de genocídio envolvendo o EI. As conclusões do relatório são baseadas em informações do Departamento de Estado e dos serviços de inteligência.

Apesar de reconhecer a prática, Washington não é legalmente obrigado a tomar ações específicas. Kerry disse que os EUA vão fazer o possível para desmobilizar o grupo, mas não deixou claro se haveria mudanças nas estratégias militares das forças americanas na Síria e no Iraque.

Os EUA têm lançado ataques aéreos contra o grupo, mas não se comprometeu a enviar soldados para combate por terra.

A última vez que o governo americano reconheceu um genocídio foi em 2004, no conflito de Darfur, no Sudão.

KG/rtr/dpa

http://www.dw.com/pt/eua-dizem-que-estado-isl%C3%A2mico-cometeu-genoc%C3%ADdio/a-19123565

Nigéria: Conflitos entre xiitas e sunitas intensifica a violência contra cristãos

Apesar de tanto sofrimento, eles se mostram fortes e decididos a seguir o evangelho de Cristo.

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Há relatos de que há uma nova insurgência islâmica na Nigéria, mas desta vez é uma insurgência xiita. De acordo com a BBC News, houve uma briga entre o exército nigeriano e os xiitas, apoiados pelo Irã, no norte da Nigéria. Pelo menos 300 xiitas foram mortos e rapidamente enterrados, logo após os conflitos. “Ver xiitas e sunitas lutando entre si não é algo muito comum na Nigéria. O exército nigeriano correu um grande risco de levantar uma revolta xiita e causar uma verdadeira guerra”, comentou um dos analistas de perseguição.

O grupo xiita partilha com o Boko Haram o domínio de uma vasta extensão territorial do nordeste da Nigéria e tem tido muitos confrontos com o exército governamental. Apesar da sua influência regional, o Movimento Islâmico vem enfrentando problemas com o Boko Haram que vem atacando os locais de culto dos xiitas, em regiões onde as forças governamentais mantinham distância. Recentemente, alguns membros resolveram atacar até mesmo uma caravana onde viajava o chefe do exército e alguns líderes envolvidos com a luta contra o terrorismo. Em retaliação, o exército ocupou algumas aldeias xiitas e deteve o seu líder, que será em breve remetido ao tribunal para responder por diversos ataques da sua organização contra posições do exército.

A rivalidade entre xiitas e sunitas, na Nigéria, tem sido um pouco camuflada pelo próprio governo, que assume sozinho as despesas da luta contra o Boko Haram. Desde maio de 2015, quando Buhari assumiu o governo, prometeu combater a corrupção e a ousadia do grupo extremista, mas apesar de sua intenção, a violência só aumenta, principalmente contra as minorias religiosas. A Portas Abertas tem atuado no país dando assistência aos cristãos nigerianos perseguidos e, apesar de tanto sofrimento, eles se mostram fortes e decididos a seguir o evangelho de Cristo. “Deus eu te agradeço por ter me escolhido. Não sou digna de ser perseguida pelo seu nome. Mas, ter testemunhado sobre ti tem me dado muita alegria. Obrigada, Jesus, pois é o Senhor quem tem me mantido forte!”, declarou uma viúva cristã nigeriana.

 

https://www.portasabertas.org.br/noticias/2016/02/conflitos-entre-xiitas-e-sunitas-intensifica-a-violencia-contra-cristaos

Mesquitas sunitas do Iraque são atacadas após atentados do EI

Retaliação a explosões reacende conflito sectário no país
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BAGDÁ – Ao menos sete mesquitas sunitas e dezenas de lojas no leste do Iraque foram incendiadas nesta terça-feira, segundo fontes de segurança e autoridades locais, um dia depois que 23 pessoas foram mortas em duas explosões reivindicadas pelo Estado Islâmico. Dez pessoas também foram mortas a tiros em Muqdadiyah, 80 quilômetros a nordeste de Bagdá, disseram fontes de segurança e de hospitais.

Testemunhas disseram que algumas vítimas do ataque desta terça-feira foram mortas dentro de casa ou arrastadas para a rua e executadas por atiradores de vestes pretas e uniformes camuflados. De acordo com as forças de segurança, os ataques ocorreram nos distritos centrais de Mualimeen, Asri e Orouba.

— É pior que o inferno. Eu escondi meu dois filhos embaixo de uma pilha de roupas, dentro do armário, para evitar que fossem descobertos — disse Um Ibrahim, viúva sunita que fugiu para Khanaqin depois de ver duas mesquitas tomadas pela fumaça preta.

A ascensão do grupo terrorista Estado Islâmico, que segue uma ideologia jihadista sunita, tem inflamado um conflito sectário de longa duração no país, principalmente entre a maioria xiita e a minoria sunita. O aumento dessa violência pode minar os esforços do primeiro-ministro Haider al-Abadi, um islâmico xiita moderado, para desalojar os militantes de grandes áreas do Norte e Oeste, que os jihadistas conquistaram em 2014.

Pelo menos duas mesquitas sunitas no Sul de Bagdá foram atacadas na semana passada depois de um clérigo xiita ser executado na Arábia Saudita, provocando reações furiosas no Iraque e no vizinho Irã.

ESCALADA DE TENSÕES

No auge da guerra civil do Iraque, há quase uma década, esses ataques a mesquitas muitas vezes desencadeavam assassinatos por vingança e contra-ataques em todo o país. As autoridades tentaram coibir a escalada da violência ao condenar os ataques às mesquitas, assim como os bombardeios da segunda-feira, que, segundo o Estado Islâmico, tiveram alvos xiitas.

Abdul Lateef al-Himayim, chefe do órgão governamental responsável pelo monitoramento de sítios religiosos sunitas, considerou os ataques “uma tentativa desesperada de destruir a unidade iraquiana”, enquanto as Nações Unidas alertaram, em comunicado, que os bombardeios poderiam levar o país “de volta aos dias obscuros de luta sectária”.

Já Haqqi al-Jabouri, membro do conselho local da província de Diyala, onde se localiza Muqdadiya, disse que os ataques de ambos os lados prejudicam a integração da comunidade. Ele culpou “milícias xiitas indisciplinadas” pelos ataques às mesquitas. Amal Omran, que também integra o conselho de Diyala, creditou o ataque a “infiltrados interessados em minar a imagem das milícias xiitas”.

As milícias xiitas foram cruciais para evitar que o Estado Islâmico avançasse sobre a capital iraquiana e sobre santuários desta ramificação do Islã, durante a investida de radicais sunitas na fronteira síria em 2014. Essas organizações têm ajudado as forças iraquianas a afastar os militantes, inclusive de territórios de Diyala. No entanto, as milícias têm sido acusadas de violar os direitos humanos dos sunitas.

POLÍCIA TAMBÉM É ALVO

Dois jornalistas iraquianos também foram mortos esta terça-feira nos arredores de Baquba, a 65 quilômetros de Bagdá, de acordo com autoridades de segurança e a TV estatal Sharqiya. Eles teriam sido desviados por uma milícia xiita em um posto de controle perto de Muqdadiya. No caminho de volta a Baquba, atiradores dispararam no veículos em que os profissionais estavam.

Mais cedo, um homem-bomba atacou um comboio policial na mesma região, matando três membros das forças de segurança e ferindo um oficial de polícia.

Qasim al-Anbuki, chefe da inteligência policial na região, liderou um grupo para checar um suposto carro-bomba estacionado em uma rodovia que liga Bagdá a Baquba. Ao se aproximar do veículo, o homem detonou o explosivo. Nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/mesquitas-sunitas-do-iraque-sao-atacadas-apos-atentados-do-ei-18458187#ixzz3x5caa84O

Limpeza étnica e sectária avança no Oriente Médio

Guerra entre comunidades no Iraque e na Síria expõe nova crise de refugiados.

DAMASCO — Uma limpeza sectária e étnica está se intensificando na Síria e no Iraque. Comunidades que antes viviam juntas em paz estão tão temerosas umas das outras, depois de anos de guerra selvagem, que as seitas ou grupos étnicos mais poderosos estão expulsando os mais fracos. Este padrão está se repetindo em vários lugares — desde cidades sunitas capturadas por milicianos xiitas nas províncias ao redor de Bagdá, passando por enclaves cristãos no centro da Síria sob a ameaça do Estado Islâmico (EI), até aldeias do Turcomenistão ao sul da fronteira sírio-turca sendo bombardeadas por aviões russos.

A incapacidade de sírios e iraquianos de voltar para casa em segurança significa que Europa e Oriente Médio terão que lidar durante décadas adiante com uma irreversível crise de refugiados provocada pela guerra.

— Vamos acabar como os cristãos, sendo tirados do país à força — diz o jovem fotógrafo sunita Mahmoud Omar, que já morou em Ramadi, no Iraque.

Muitos fugiram em maio, quando o EI capturou a cidade, atualmente sob ataque das forças militares do governo xiita de Bagdá, que tenta recapturá-la. Cerca de 1,4 milhão de pessoas de Anbar — 43% da população da maior província iraquiana — estão deslocadas, diz a Organização Internacional para Migrações.

As tribos árabes sunitas na província de Raqqa, na Síria, emitiram uma declaração no início do mês passado acusando forças curdas — as Unidades de Proteção Popular (YPG) — de deslocar árabes da cidade Tal Abyad, na fronteira com a Turquia. As forças curdas dizem que “nenhum soldado das YPG pode entrar nas áreas árabes, onde os nossos combatentes estão presentes”. As YPG negam ter forçado os árabes a deixar Tal Abyad, mas curdos sírios muitas vezes consideram os árabes sunitas como colaboradores do EI.

Comunidades menores, como as dos cristãos no Iraque e na Síria, estão sendo eliminadas. Na aldeia de Sadad — que já foi lar de cinco mil membros da Igreja Ortodoxa Síria — as pessoas estão saindo porque há apenas algumas horas de eletricidade por dia e os preços são muito altos, mas acima de tudo porque os moradores têm medo de serem abatidos pelo EI. Dois anos atrás jihadistas sunitas radicais, liderados pela Jabhat al-Nusra, filiada à al-Qaeda, capturaram Sadad por dez dias, matando 45 cristãos e destruindo ou saqueando 14 igrejas antes de serem expulsos pelo exército sírio.

Na Síria, muitos dos cerca de 5,3 milhões de refugiados e 6,5 milhões de pessoas deslocadas provavelmente tiveram suas casas e bairros destruídos ou ocupados por membros bem armados de alguma comunidade hostil.

O mesmo se dá no Iraque. Descrevendo aldeias sunitas ao sul de Kirkuk, cujos habitantes foram expulsos por xiitas e curdos, um especialista de direitos humanos que quis manter o anonimato disse que “se os sunitas fogem, as pessoas dizem que é a prova de que eles estavam trabalhando com o EI e, se ficam, é dito que são membros de células adormecidas do EI esperando para atacar. Eles saem perdendo sempre”. A fuga em massa e as expulsões que estão ocorrendo são comparáveis às que aconteceram na Índia e no Paquistão em 1947, ou na Alemanha no final da Segunda Guerra Mundial.

‘Divisão irremediável’

“Os esforços de limpeza étnica local já estão tornando a divisão da Síria cada vez mais irremediável”, analisa o professor Fabrice Balanche, do Washington Institute for Near East Policy, no estudo chamado “Limpeza étnica ameaça Unidade da Síria”. Ele acrescenta que “a diversidade sectária está desaparecendo em muitas áreas do país”. A tomada de uma área inteira por uma única seita, etnia ou filiação política tende a ser difícil de reverter porque as casas são dadas aos novos proprietários que não querem abandoná-las.

Os árabes sunitas têm estado no centro da revolta contra o presidente sírio Bashar al-Assad desde 2011 e também consideram as comunidades não-sunitas como partidárias de Assad. Isso é o motivo dos distritos sunitas terem se tornado alvos do governo. Distritos inteiros de Damasco e Homs que já estiveram sob controle rebelde são hoje um mar de ruínas com cada edifício tendo sido destruído por explosivos. Mas a comunidade sunita também está socialmente dividida, com os mais letrados e de melhor poder aquisitivo aliando-se a Assad, opondo-se aos sunitas mais pobres, mais rurais e tribais.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/limpeza-etnica-sectaria-avanca-no-oriente-medio-18397372#ixzz3w6DGFMbv

Exército nigeriano é acusado de massacre de civis xiitas

Episódio teria acontecido durante manifestação que supostamente atacou general.

ABUJA – O Senado nigeriano abriu um inquérito para investigar denúncias de um massacre contra civis xiitas em Zaria, no Norte do país. Segundo grupos muçulmanos, de direitos humanos e independentes, soldados teriam matado a sangue frio cidadãos sem confronto e enterrado seus corpos em valas comuns. O Exército anunciou uma investigação própria.

Segundo as Forças Armadas, o confronto começou quando um grupo teria atacado um general durante uma manifestação na cidade. Em resposta, invadiram a casa do chefe de um grupo islâmico, num suposto confronto que “deixou mortos”, admitiu o Exército.

O episódio foi tão violento que chegou a destruir casas no entorno. Não se sabe o número dos mortos nos ataques, condenados internacionalmente.

— Não há dúvida de que hhouve perda de vida substancial por conta dos militares. Mortes extrajudiciais devem levar os responsáveis à Justiça — disse MK Ibrahim, diretor local da Anistia Internacional.

O presiden iraniano, Hassan Rouhani, questionou seu par nigeriano, Muhammadu Buhari, por telefone. O país persa apoia a comunidade xiita e chegou a chamar seu embaixador para consultas.

O Exército nigeriano é frequentemente acusado de violações de direitos humanos e crimes de guerra, como estupro e destruição de casas. O contexto das operações se dá através dos ataques do Boko haram, radical sunita.

http://oglobo.globo.com/mundo/exercito-nigeriano-acusado-de-massacre-de-civis-xiitas-18314943

A Secreta Limpeza Étnica dos Palestinos

  • De acordo com o pesquisador, muitos palestinos capturados pelas milícias xiitas no Iraque estão sendo cruelmente torturados e forçados a “confessar” seu suposto envolvimento com o terrorismo. Desde 2003, o número de palestinos naquela região despencou de 25.000 para 6.000.
  • O mais interessante de tudo é a total indiferença das organizações internacionais de direitos humanos, da imprensa e da Autoridade Palestina (AP) em relação aos abusos cometidos contra os palestinos nos países árabes. Os jornalistas internacionais não se importam com os palestinos do mundo árabe porque não se trata de reportagens que possam culpar Israel.
  • As Nações Unidas e outros organismos internacionais obviamente não ouviram falar da limpeza étnica de palestinos no mundo árabe. Eles também estão tão obcecados com Israel que preferem não saber do sofrimento dos palestinos que vivem sob regimes árabes.
  • Os líderes da AP dizem estar determinados a ingressar com ações de “crimes de guerra” contra Israel no Tribunal Penal Internacional. Entretanto, quando se trata de limpeza étnica e tortura de palestinos em países árabes como Iraque, Síria e Líbano, eles preferem fazer vista grossa.
  • Um árabe matando ou torturando outro árabe não é matéria que valha a pena ser publicada em um jornal de grande circulação no Ocidente. Porém, quando um palestino reclama das autoridades israelenses ou de colonos judeus, muitos jornalistas ocidentais não perdem tempo para cobrirem esse “importante” acontecimento.
  • Como se não bastasse os países árabes menosprezarem os palestinos, eles também querem que eles (palestinos) sejam unicamente problema de Israel. Desde 1948 os governos árabes vêm se recusando a aceitar que os palestinos se fixem permanentemente em seus países e se tornem cidadãos com os mesmos direitos dos nativos. Agora esses países árabes também estão matando e torturando os palestinos e sujeitando-os à limpeza étnica, tudo isso está acontecendo enquanto líderes mundiais continuam enfiando suas cabeças na areia, apontando o dedo acusador contra Israel.

Não é segredo para ninguém que a maioria dos países árabes vem maltratando seus irmãos palestinos sujeitando-os a uma série de legislações discriminatórias do tipo Apartheid, que não raramente lhes negam direitos básicos.

Em países como Iraque, Líbano, Jordânia, Egito e Síria, os palestinos são tratados como cidadãos de segunda e terceira classe, fato este que têm forçado muitos deles a procurarem uma vida melhor nos EUA, Canadá, Austrália e diversos países europeus. Em consequência disso, hoje muitos palestinos se sentem indesejados em seus países de origem bem como em outros países árabes.

Essa condição dos palestinos em países árabes começou a se deteriorar após a invasão do Kuwait pelo Iraque em agosto de 1990. Os palestinos foram os primeiros a “parabenizarem” Saddam Hussein pela invasão do Kuwait, justamente um país que normalmente supria a OLP, todos os anos, com dezenas de milhões de dólares em ajuda financeira. Muitos fugiram do Kuwait devido à anarquia e desrespeito à lei que lá reinavam depois da invasão iraquiana.

No ano seguinte quando o Kuwait foi libertado pela coalizão liderada pelos Estados Unidos, cerca de 200.000 palestinos foram expulsos do emirado rico em petróleo, em represália por eles terem apoiado a invasão de seu país pelas tropas de Saddam Hussein. Outros 150.000 palestinos deixaram o Kuwait antes que a coalizão liderada pelos Estados Unidos entrasse no conflito. Eles suspeitavam que uma nova incursão estava prestes a acontecer, deixando-os apreensivos sobre o que os aguardava uma vez que o Kuwait fosse libertado.

A maioria dos palestinos que deixaram o Kuwait seja voluntariamente, seja por meio da expulsão, acabaram se instalando na Jordânia.

Os palestinos ora no Iraque também estão pagando um preço alto. Desde 2003 o número de palestinos no Iraque despencou de 25.000 para 6.000. Ativistas palestinos dizem que os iranianos estão empreendendo uma campanha de limpeza étnica contra a população palestina do país.

Os ativistas dizem que desde o colapso do regime de Saddam Hussein, milícias xiitas no Iraque, ao longo da década passada, vêm sistematicamente atacando e intimidando a população palestina, fazendo com que muitos deixem o país.

Os xiitas, segundo eles, se opõem à presença de sunitas não-iraquianos, inclusive de palestinos em seu país, principalmente na capital Bagdá.

Além disso, dizem eles, muitos sunitas no Iraque que eram contrários a Saddam Hussein também estão combatendo os palestinos, em represália ao apoio deles ao ditador.

Segundo consta, há alguns dias o presidente da Liga pelos Palestinos no Iraque Thamer Meshainesh, disse que os palestinos estavam sofrendo “violações sem precedentes” e sendo “cada vez mais agredidos”. Ele alertou que os palestinos no Iraque estão sendo alvo de diversas milícias como parte de uma política sistemática de expulsá-los do país.

Abu al-Walid, pesquisador palestino que vem acompanhando o sofrimento dos palestinos no Iraque há alguns anos, assinalou que 19.000 dos 25.000 palestinos que residiam no Iraque já deixaram o país. Ele também salientou que os palestinos estão sendo visados, diariamente, sob o pretexto de envolvimento com o terrorismo.

De acordo com o pesquisador, muitos palestinos capturados pelas milícias xiitas no Iraque estão sendo cruelmente torturados e forçados a “confessar” seu suposto envolvimento com o terrorismo.

Meshainesh e Abu al-Walid acusaram a Autoridade Palestina (AP) de não fazer nada para ajudar os palestinos que estão no Iraque. Eles disseram que a AP só se deu ao trabalho de emitir “retórica vazia”.

Os palestinos no Iraque estão pagando o preço por se intrometerem nos assuntos internos do país. É o que também aconteceu com os palestinos na Síria, Líbano e Líbia. Os palestinos, amiúde, se envolvem, direta e indiretamente, nas rivalidades que ocorrem nos países árabes. E quando a coisa se volta contra eles, começam a clamar por ajuda, como é o caso hoje no Iraque.

Parte do campo de refugiados palestinos de Yarmouk, perto de Damasco na Síria, após ser devastado pelos combates. (imagem: captura de tela de vídeo da RT)

O mais interessante de tudo é a total indiferença das organizações internacionais de direitos humanos, da imprensa e da Autoridade Palestina em relação aos abusos cometidos contra os palestinos nos países árabes.

A AP, cujos líderes estão ocupados demais incitando diariamente contra Israel, não tem tempo suficiente para se preocupar com seu povo que se encontra no mundo árabe. Os líderes da AP dizem estar determinados a ingressar com ações de “crimes de guerra” contra Israel no Tribunal Penal Internacional devido à guerra do ano passado com o Hamas e a contínua construção de colônias na Cisjordânia.

Entretanto, quando se trata de limpeza étnica e tortura de palestinos em países árabes como Iraque, Síria e Líbano, a Autoridade Palestina prefere fazer vista grossa.

Paralelamente, a mídia internacional parece ter esquecido que há dezenas de milhares de palestinos vivendo em países árabes. Os únicos palestinos que os jornalistas se dão conta e se importam são aqueles que estão na Cisjordânia e Faixa de Gaza.

Os jornalistas internacionais não se importam com os palestinos do mundo árabe porque não se trata de reportagens que possam culpar Israel. Um árabe matando ou torturando outro árabe não é matéria que valha a pena ser publicada em um jornal de grande circulação nos Estados Unidos, Canadá ou Grã-Bretanha. Porém, quando um palestino na Cisjordânia reclama das autoridades israelenses ou de colonos judeus, muitos jornalistas não perdem tempo para se deslocarem até o local para cobrir esse “importante” acontecimento.

A limpeza étnica dos palestinos no Iraque não é um fenômeno incomum no mundo árabe. Dezenas de milhares de palestinos também fugiram da Síria nos últimos anos. A maioria se dirigiu para o Líbano e Jordânia, onde as autoridades estão fazendo o máximo para assegurar que os refugiados palestinos saibam que eles não são bem-vindos. Ativistas palestinos estimam que em poucos anos não haverá mais palestinos no Iraque ou na Síria.

As Nações Unidas e outros organismos internacionais obviamente não ouviram falar da limpeza étnica de palestinos no mundo árabe. Eles também estão tão obcecados com Israel que preferem não saber do sofrimento dos palestinos que vivem sob regimes árabes.

Como se não bastasse os países árabes menosprezarem os palestinos, eles também querem que eles (palestinos) sejam unicamente problema de Israel. Isso explica porque que desde 1948 os governos árabes vêm se recusando a aceitar que os palestinos se fixem permanentemente em seus países e se tornem cidadãos com os mesmos direitos dos nativos. Agora esses países árabes não só negam aos palestinos seus direitos básicos como também os torturam e matam, sujeitando-os à limpeza étnica. E tudo isso acontece enquanto os líderes e governos mundiais continuam enfiando suas cabeças na areia, apontando o dedo acusador contra Israel.

por Khaled Abu Toameh

http://pt.gatestoneinstitute.org/6349/limpeza-etnica-palestinos

Estado Islâmico reivindica atentados que mataram quase 60 no Iraque

Pelo menos 58 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas nesta segunda-feira (10) em duas explosões no Iraque reivindicadas pelo Estado Islâmico, em uma província antes considerada em sua maioria livre do grupo radical.

 

ESTADO ISLÂMICO
O que está por trás do grupo radical

Em janeiro, autoridades iraquianas declararam vitória sobre os insurgentes na província de Diyala, que faz fronteira com o Irã, depois que as forças de segurança e paramilitares xiitas os expulsaram de cidades e aldeias do local. Mas os militantes permanecem ativos.

Uma explosão em um mercado em Huwaidar, cerca de 4 quilômetros ao norte da capital provincial de Baquba, matou 51 pessoas e feriu pelo menos 80, segundo a polícia e fontes médicas.

“O agressor conseguiu passar por um posto de controle ao se camuflar em uma carreata de casamento e depois se separou e explodiu o veículo cheio de explosivos em um mercado lotado”, disse o capitão da polícia de Diyala, Mohammed al-Tamimi.

O Estado Islâmico, que controla grande parte do norte e oeste do Iraque, reivindicou a responsabilidade pelo ataque na província mista de sunitas e xiitas, e disse que o alvo eram os “infiéis”, como o grupo se refere aos xiitas.

Uma explosão separada a leste de Baquba matou mais sete pessoas e feriu 25.

Os ataques ocorreram menos de um mês depois de um atentado reivindicado pelo Estado Islâmico na cidade vizinha de Khan Bani Saad, que matou mais de 100 pessoas e provocou tumultos.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/08/estado-islamico-reivindica-atentados-que-mataram-quase-60-no-iraque.html

Estado Islâmico explode carro perto de mesquita xiita no Iêmen

Um carro-bomba explodiu na noite desda terça-feira (7) perto de uma mesquita xiita na capital do Iêmen, Sanaa, em atentado reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI) que deixou ao menos um morto e cinco feridos, de acordo com o primeiro balanço fornecido por fontes médicas.

A explosão aconteceu na saída de fiéis da mesquita Al-Raoudh, no sudoeste da cidade, relataram testemunhas.

A fonte dos serviços de segurança confirmou o atentado, perpetrado por meio de um “carro-bomba, estacionado próximo à mesquita Al-Raoudh”.

“O atentado deixou mortos e feridos”, completou a fonte, sem fornecer um balanço preciso das vítimas.

 O EI reivindicou o atentado por meio de um breve comunicado publicado no seu site, no qual diz “se vingar dos huthis”, rebeldes xiitas que controlam vários territórios do país.

Trata-se do segundo atentado antixiita em uma semana em Sanaa. Na madrugada do dia 30 de junho, 28 pessoas, entre elas oito mulheres, morreram depois de outro carro-bomba explodir na residência de dois dirigentes da rebelião dos huthis.

Aquele atentado também tinha sido reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que considera a prática do islã chiita uma heresia.

Responsável pela onda de terror que atingiu vários países árabes, principalmente o Iraque e a Síria, o EI perpetrou os primeiros atentados no Iêmen no dia 21 de março, tendo como alvo várias mesquitas xiitas.

O ataque deixou 142 mortos, um dos piores balanços registrados no país em casos de terrorismo.

Outros atentados
No centro do Iêmen, quatro rebeldes foram mortos e outros dez feridos na noite desta terça, num outro atentado com carro-bomba que teve como alvo uma delegacia de Baida, que era controla pelos insurgentes, de acordo com uma fonte de segurança e testemunhas.

Baida é um bastião de Al-Qaeda, que também é muito ativa no sul e no sudeste do país.

Também nesta terça-feira, fiéis morreram numa mesquita em Waht, cidade da província de Lahj (Sul), alvo de bombardeios aéreos conduzidos por uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, informou à AFP um dirigente regional, alegando que o templo foi atingido “por engano”.

O Iêmen vive desde o ano passado uma guerra civil entre as forças legais ao presidente Abd Rabbo Mansour Hadi e os rebeldes huthis.

A coalizão liderada pelos sauditas bombardeia os insurgentes desde março, para impedir que controlem todo o território.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/07/estado-islamico-explode-carro-perto-de-mesquita-xiita-no-iemen.html