Protestos palestinos: a elevação da “Marcha do Terror”

Por Andréa Fernandes

Em total desrespeito a uma importante festa religiosa para judeus em Israel,  que comemoram o Pessach, o grupo terrorista Hamas instigou a população palestina em Gaza a promover atos de violência sob o enganoso movimento chamado “A Grande Marcha do Retorno”, que até o momento gerou, segundo algumas fontes, 16 mortes e centenas de feridos devido ataques palestinos em direção à fronteira israelense.

Antes de iniciar sua nova jihad contra os judeus, que a mídia insiste em chamar de “protestos”, o grupo terrorista colocou em prática a velha estratégia de usar a mídia interna para incitar a população com discursos de ódio contra Israel e simultaneamente desenvolver uma “retórica enganosa” veiculada na mídia ocidental, supostamente convocando os palestinos na Faixa de Gaza a marcharem até a fronteira israelense para promover protestos a partir da sexta-feira (30) até o dia 15 de maio, data em que comemoram a “Nakba” ou “Catástrofe” em alusão ao deslocamento de centenas de milhares de palestinos por ocasião da guerra implementada por árabes para destruir o recém-criado Estado de Israel, em 1948. O comunicado da lideranças terroristas na quinta-feira pedia que os participantes evitassem qualquer ação que pudesse perturbar ou distorcer os objetivos do protesto e sabotar seu sucesso[1], o que foi ratificado pelo vice-líder do Hamas, Khalil al-Hayya, ao visitar as tendas erguidas em cinco locais diferentes para abrigar os palestinos na fronteira entre Gaza e Israel.

Teve ingênuo que acreditou nas mentiras de “propósitos pacifistas” do grupo terrorista, Israel, não… As Forças de Defesa de Israel (IDF) já estavam se preparando para a jihad mascarada de “marcha”, pois a facção poderia desenvolver operações de desvio a fim de permitir que terroristas se infiltrassem no território israelense enquanto as forças de segurança estivessem dispersando arruaceiros espalhados pela fronteira. Diariamente, a população palestina estava sendo avisada de que não deveria se aproximar da cerca da fronteira durante a “marcha”, pois 100 atiradores de elite estariam apostos e a ordem de Gadi Eisenkot, chefe do Estado-Maior da IDF, era clara: “se vidas estiverem em perigo, há permissão para abrir fogo”.

No entanto, objetivando enviar 100 mil palestinos furiosos e dispostos a sacrificar suas vidas, os organizadores da “marcha do terror” não pouparam recursos: enviaram ônibus para transportar os moradores, construíram barracas e toda infraestrutura necessária gastando milhares de dólares, sem faltar uma campanha maciça e agressiva. Todavia, a mídia não se espantou ao ver lideranças terroristas de um território que sofre crise humanitária gastar tantos recursos  com propaganda e organização para confrontos na fronteira.

Percebendo o intuito do Hamas de gerar confrontos que resultassem em “cadáveres midiáticos” para os “abutres seletivos” de grande parte da imprensa ávidos pela continuidade do processo de “demonização de Israel” e consequente “beatificação do terror palestino”, o Coordenador de Atividades do Governo nos Territórios (COGAT) emitiu alerta à população, especialmente à cerca de 20 empresas de ônibus locais exortando-os a não cooperar com o Hamas, afirmando que se os ônibus transportassem manifestantes para a fronteira, as empresas seriam responsabilizadas pelos acontecimentos danosos.

De nada adiantou externar preocupação com a segurança da população civil, já acostumada a ser usada como “escudo humano” pelos terroristas em Gaza. Assim, segundo a imprensa israelense, aproximadamente 30 mil palestinos obedeceram ao comando do terror e misturados entre os jihadistas sanguinários do Hamas devidamente ARMADOS[2], iniciaram as “manifestações”. Líderes do grupo terrorista se posicionaram no meio dos manifestantes conclamando que se dirigissem à fronteira e aos gritos característicos de “protestos pacíficos” exclamavam morte aos judeus[3] enquanto muitos queimavam pneus, faziam uso de pedras, gás lacrimogênio e coquetéis molotov lançados contra soldados.

O resultado das ações de ódio foi um total de 16 mortos e 1.416 feridos, segundo o Ministério da Saúde, em Gaza. Em comunicado oficial, as Forças de Defesa de Israel informam que “munição real só foi usada quando a cerca estava prestes a ser violada ou quando as tropas estavam prestes a ser atingidas[4],  o que caracteriza “direito de defesa” em qualquer situação grave em tentativa de invasão com ataques violentos tentando violar a soberania em fronteiras de qualquer país civilizado, desde que, “não seja Israel”. Aliás, cabe um questionamento: por que a imprensa ocidental não noticiou a morte de pelo menos 5 terroristas do Hamas? O grupo islâmico admitiu publicamente as baixas, mas a mídia silenciou, ocultando, dessa forma, o real propósito dos protestos violentos.

Para o “azar” da militância terrorista em Gaza, não conseguiram criar “mártires” entre a população vulnerável mesmo enviando idosos, mulheres e crianças para a proximidade da fronteira, sendo que a imprensa ignorou propositalmente a atitude covarde e criminosa do Hamas enviar à fronteira em meio aos tumultos uma criança de 7 anos, a qual foi devidamente acolhida por soldados e levada em segurança para seus pais. A mídia ocidental fingiu não saber de tamanha atrocidade.

Como esperado, o Secretário Geral da ONU, Antonio Guterres, pediu uma investigação independente e transparente”, ressaltando “prontidão” da entidade visivelmente pró-Palestina para revitalizar os esforços de paz.

Hoje, na maioria dos jornais, as imagens referentes às consequências da “Marcha do Retorno” retratavam a dor e desespero de mulheres palestinas no sepultamento de seus familiares[5] rodeadas de jihadistas clamando vingança. Nisso, o Hamas teve êxito, vez que continua manipulando a imprensa reforçando a tese da “vitimização” em mortes ocasionadas pela jihad contra judeus apoiada pelo “Ocidente infiel” e ainda conseguiu mais combustível para acarretar novos choques com soldados israelenses desviando o foco da séria crise interna e disputa acirrada e sangrenta com o Fatah, uma vez que só interessa à mídia gerar mais “desinformação” que possibilite a criação emergente de mais um “Estado Islâmico” no Oriente Médio.

Enquanto a ONU e comunidade internacional soam o “alarme” de pedidos de investigação e reprimendas diversas advêm contra Israel devido à “Marcha do Terror” em que milhares de palestinos são usados de forma criminosa e impunemente como “escudos humanos” por um grupo terrorista cujo lema central é invadir e se apropriar de todo território judeu, o “sultão carniceiro” Erdogan passou incólume ao invadir o  território sírio para exterminar curdos provocando a fuga em “marcha desesperada” de mais de 150 mil pessoas que vagaram aflitas sem comida, água ou abrigo tentando proteção das ações tiranas da Turquia[6], membro da OTAN. A imprensa não noticiou número de mortos ou feridos em suas manchetes e não foi solicitado por países árabes “reunião de emergência” no Conselho de Segurança da ONU, bem como o secretário geral das Nações Unidas não propôs “investigação independente”, o que não ocorreu também quando a Turquia passou a fuzilar refugiados sírios em suas fronteiras no momento em que tentavam “marchar” em fuga da guerra na Síria.

Dezenas de mulheres e crianças foram sistematicamente fuziladas pela guarda fronteiriça turca num momento em que não ofereciam qualquer ameaça[7], porém, essas vidas sírias ceifadas não constam da pauta de “direitos humanos” da agenda global, que privilegia e protege a “marcha do terror” ao passo que despreza a “marcha pela vida”.

Andréa Fernandes é jornalista, advogada, internacionalista e presidente da ONG Ecoando a Voz dos Mártires.

Imagem: Reuters

[1] https://www.ynetnews.com/articles/0,7340,L-5209024,00.html

[2] https://www.ynetnews.com/articles/0,7340,L-5212504,00.html

[3]https://www.facebook.com/hnaftali/videos/1881233875221474/?hc_ref=ARQkg3eSvnpxUu8qU0_TWa1VY3QyD-U5d4qBEB-T4INaGHTWaNRStgTDjlWxTJ2JPgI

[4] http://www.jpost.com/Breaking-News/Hamas-spokesperson-15-Palestinians-dead-2476-injured-after-Friday-riots-547546

[5] https://oglobo.globo.com/mundo/onu-ue-pedem-investigacao-independente-sobre-mortes-em-gaza-22543414

[6] https://www.al-monitor.com/pulse/originals/2018/03/turkey-syria-afrin-operation-a-postmortem.html

[7] https://g1.globo.com/mundo/noticia/ong-diz-que-turquia-matou-165-sirios-na-fronteira.ghtml

 

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